Voce foi o meu Momento Inesquecivel Amor
"Amores oo amores do meu reduto de saudade,deixando lembranças amargas e doces,na minha alma sedenta pelo amor, a música da paixão ecoa"
Sinto falta do meu antigo eu, o eu que antes deixava cada palavra fluir como a correnteza calma de um rio, o antigo e doce eu que pintava cada linha com imagens e cenários imaginários só porque achava bonito, que mesmo recebendo olhares maldosos e julgadores continuava dançando com a música alta pois era assim que libertava o próprio coração. O antigo eu, escritor, poeta, músico, dançarino, tudo que quisesse ser e não ser.
Mas esse eu morreu. Eu o matei. Ou talvez o mundo todo o matou. O mundo todo que cresceu e moldou neste antigo eu uma torre alta e assustadora, onde lá, ele passaria o resto de sua vida sendo infeliz, sendo sugado por fantasmas cinzentos que roubaram sua cor segundo após segundo, até não sobrar mais nada. E eu o matei deixando isso acontecer. Sem impedir, sem salvá-lo.
"Escombro"
Pequena demais para a força que meu peito suportou —
não rompeu, só silenciou.
Minha pele nem molhou com a chuva fria do inverno,
mas a alma, encharcada de momento eterno.
Como o sangue que jorrou dos cortes e ninguém notou,
como cicatrizes dançando na carne, pulsando, aliviando o que restou.
Então me diz: se foi tão bom, por que tanta marca ficou?
Se a lâmina era leve — sensação orgásmica da solidão acompanhada —,
por que o abandono pesou?
Ei, mãe… me explica por que fez de mim um ser tão perdoador.
Por que meu coração costura feridas que nem fui eu quem rasgou?
Por que consolo quem me machucou
e beijo a mão que, em raiva, me apunhalou?
Por que tenho um colo que acolhe até a dor alheia,
enquanto a minha só escorre, sem bandeira?
Por que sou abrigo quando só quis ser lar?
E quem me viu ruir… não parou pra me salvar?
Talvez um dia, mãe, eu entenda esse amor que não exige volta,
essa entrega que me faz altar… e revolta.
Mas por enquanto, sou só poesia
nascida de cada escombro.
**"Madrugadas de Ausência (Versão Final)"**
As horas noturnas escorrem lentas, e meus pensamentos — esses visitantes indesejados — insistem em perfurar o silêncio. Há dias não me reconheço no espelho: a força que exibo é apenas um disfarce que desmorona na solidão. Eu daria tudo, até meu próprio nome, para dobrar o tempo e reescrever nosso fim. Talvez, num ato de loucura ou redenção, eu encontrasse as palavras que faltaram.
*Saudade.* Três sílabas que pesam como um mundo. Você era meu porto seguro, meu norte em noites sem estrelas — e agora é apenas um eco, um fantasma que habita meus "e se". Talvez esperasse que eu despertasse a tempo, mas eu, mergulhado em minhas próprias sombras, não via a luz que você me estendia. Sei que agora floresce em outros braços, e essa certeza é uma faca que torço no peito toda vez que o relógio marca 3h17 e eu, insone, revisito nosso passado.
A dor que carrego é orgulhosa: não se expõe em lágrimas fáceis. Esconde-se nas entrelinhas do meu riso, nos copos vazios da mesa de bar, no hábito de ainda olhar para o celular esperando uma mensagem que nunca virá. Aprendi que o tempo não cura — apenas ensina a conviver com a cicatriz.
Somos agora dois estranhos que compartilham um museu de memórias. Como explicar que já naveguei por todo o teu ser? Conheci a geografia do teu riso, as tempestades nos teus olhos, os segredos que você sussurrava no escuro. Seu abraço era minha única pátria — e hoje sou um exilado do seu calor.
*Sinto falta do ritual de cuidar de você:*
— Das gargalhadas que eu roubava dos teus lábios mesmo nos dias cinza;
— Do modo como ajustava o cobertor sobre seus pés frios;
— Da coragem que você me emprestava só por existir.
Nossas lembranças são como um filme projetado em paredes úmidas: cada cena, um paradoxo de dor e gratidão. Obrigado por me ensinar que o amor pode ser tão vasto quanto o mar — e, ainda assim, caber no espaço entre duas mãos entrelaçadas.
Três anos. Mil e noventa e cinco dias de eu me enganar dizendo que "já passou". Seu nome ainda brota em mim como hera em ruínas: devagar, implacável. Descobri que você espera um filho — e essa notícia me transformou em um atlas de mundos paralelos, onde em algum universo esse bebê teria meus olhos e seu nariz perfeito.
Você voou para os sonhos que um dia plantamos juntos. Eu, aqui, rego as sementes que sobraram com lágrimas estéreis. Segui em frente porque a vida exige movimento — mas meu coração é um relógio de areia que insiste em virar sozinho, sempre de volta a você.
*"Fleur de ma vie"*, você permanece:
— Na canção que toca no elevador do shopping;
— No cheiro de jasmim que algum vento traiçoeiro me traz em agosto;
— No vão da minha cama, que ainda guarda o formato do seu corpo.
E se um dia nossos caminhos se cruzarem novamente, prometo sorrir com os olhos (como você me ensinou). Até lá, continuarei escrevendo cartas que nunca enviarei — porque algumas saudades são tão profundas que precisam ser vividas no silêncio.
---
**
Estudei tanto e morri na praia, segurando a mão do meu filho, aos 108 anos. Minha lápide, minha vida!
Povos verão que sou Teu,
Verão Teu nome brilhando no meu.
Tua presença me distingue com luz,
Pois carrego comigo o nome de Jesus.
Superando as sombras do passado
As palavras de meu pai ecoavam como um decreto de inutilidade. As afirmações de minha mãe pintavam um futuro sombrio, desprovido de conquistas. O laço fraterno com minhas irmãs parecia frágil, distante da amizade que eu ansiava. Na escola, sentia-me como uma intrusa, uma aluna indesejada. A crítica de um professor ressoou profundamente, como se minha própria existência fosse um erro.
Cresci envolta em uma névoa de incerteza, questionando meu lugar no mundo. Hoje, aos 30 anos, reconheço o vazio que se instalou, reflexo das feridas do passado. Minha história pode não ser um conto de alegrias fáceis, mas ela é a minha jornada.
Ainda que em alguns momentos a vida pareça um fardo pesado, carrego em mim a resiliência de quem sobreviveu às tempestades. Se por vezes meus passos vacilam e o destino se oculta, a busca por um caminho permanece acesa. A tristeza que as incertezas trouxeram não me define, mas me impulsiona a buscar luz.
Na minha busca espiritual, volto-me para diversas crenças, na esperança de encontrar amparo e compreensão. E mesmo que o silêncio persista em alguns momentos, a fé reside em meu coração.
Sou feita da vastidão da estrada sob a noite estrelada, da firmeza do chão batido sob a luz da lua. Envolvo-me na delicadeza do perfume das rosas e na imensidão acolhedora do mar. Reconheço a multiplicidade de caminhos e destinos que se apresentam, e com renovada esperança, sigo adiante, confiante de que um deles me encontrará.
Minha colheita, meu pão e meu grão,
São tocados por Tua mão.
Os cestos se enchem, não há escassez,
Pois em Ti eu confio outra vez.
Se eu ouvir Tua voz, ó Senhor meu Deus,
E andar Teus caminhos, fiéis e teus,
Então, sobre os montes, me farás voar,
E bênçãos do alto virão me alcançar.
ALGUÉM
Sua resposta é não.
Implícita em ação, evidente em emoção, Levando meu apaixonado coração
A envolver-se em na melancolia da solidão.
Lampejos de memória me afligem
Como o vento sopra as folhas caídas de outono.
Antes tão próximos, hoje distantes,
Estão apagados, como o obscuro sono.
A verdade é que esse amor
Esteve, em todo tempo, morto;
Mesmo que nunca estivesse vivo, Permanece sob o frio solo de um cemitério.
Se um dia quiseres meu amor
Dar-lhe-ei felizmente.
Mas, agora, estou distante
Refletindo-te, amando-te, sofrendo-te.
Agora me resta lembrar de você,
No momento em que tu amas outrém. Mas já nada posso fazer:
Tu amas, alguém.
" PORTEIRA "
Espero, na porteira desta vida,
o meu destino de antemão traçado
que logo há de chegar-me, abençoado,
conforme a escrita já me prometida!
Vou me alegrando dele no traçado
pois que o avisto vindo na medida
me despontando aurora em paz, florida,
a perfumar de amor o meu roçado.
Assim, de mim, mais perto a cada instante
me traz felicidade em seu semblante
e novos horizontes na bagagem…
Da vida, na porteira, espero vindo
o meu destino de um prazer infindo
chegando a me ofertar nova paisagem!
Auto resgate
No silêncio, ouço meu coração —
aflito, sedento,
por respostas que não se explicam,
e se dissolvem na introspecção.
A sombra que me acompanha
esconde uma parte ferida,
como uma criança contrariada
por vontades não atendidas.
O despertar não vem em paz,
vem no grito sutil
da força que pede socorro,
dentro de mim, no mais frágil fio.
Agora é tempo de resgate,
de me estender a própria mão,
acolher minha dor calada
e renascer da solidão.
✍️
Na terra onde o bode berra,
também canta o bem-te-vi,
cantata em meu pé de serra,
nas plagas do Piauí!
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp