Voar
Noites de uma "alma livre e só"
Ao escurecer sinto-me como ser, livre a voar, à calada da noite chega assim, como um temporal dentro de mim.
Percebo me sem saber onde estou, minha imaginação viaja para um lugar longínquo, secreto, um lugar somente meu ou de quem eu "permita" lá estar...lugar este, agradável, onde às horas passam como segundos e mais uma vez aqui estou, em meu mundo de paz, onde não preciso saber onde é e o que é o amanhã.
Não sei o motivo de estar aqui, mas hoje como em alguns outros entardeceres, me sinto assim livre, para voar até este lugar sem destino, um local desconhecido, mas ali estou seguro.
Nestes momentos, sinto apenas meu rosto ao vento, aos poucos meu verdadeiro ser se revela, minha visão contempla a plenitude de viver tudo aquilo novamente, como um pássaro livre à voar.
Se eu te mostrasse como é a vida do lado de fora do casulo, você com certeza teria medo de voar. Nesse mundo cruel onde você está em seu ninho e é derrubado por uma ave qualquer que nem se liga pra quem você é; me diga se enfrentaria esse mundo para viver comigo e por mim? Faça essa demonstração de amor quando quiser, mas faça rápido o tempo está passando e ele não irá nos esperar..
Sinto Ciúme -
Sinto ciúme
das negras nuvens a passar
das gaivotas a voar
dos corações dos amantes
e das ondas do mar ...
Sinto ciúme
da noite que chega
da morte que nos leva
da Vida que nos beija
dos lagos, dos prados e da erva ...
Sinto ciúme
do nevoeiro que nos cobre
do dia que amanhece
da Terra que sepulta
da minh'Alma que perece ...
Sinto ciúme! Eterno ciúme!
Pena negra na aza alvissima do Amor,
olhos cegos, sem cor,
corpo frio, sem calor!
Sinto ciúme - ciúme de ti
- meu amor!
- meu Amor!
Cantam os pássaros nos beirais
Ansiando a asa que os faz voar
E no cantico das folhas da velha árvore
Adormece a terra na canícula da tarde
Cheira a alecrim do monte e a jasmim
A alfazema enamorada da rosa de alexandria
Embebeda-se dos seus exóticos aromas
No banco de madeira envelhecido pelo tempo
Solitário e pensativo
Sofre o poeta na incessante busca dos seus ideais
Sede que lhe seca as veias
Lhe aperta a garganta ...
E chora lágrimas apertadas junto ao peito
A calma e o silencio são tormenta
Solta-se o grito de alma e em convulsão escreve a vida incompreendida do poeta
Ao meu ver, podes ser comparada
a uma linda borboleta que ama a luz do dia, mas que prefere voar à noite,
aprecia a sensação ardente
de liberdadeque ela transmite,
assim, com a delicadeza
da tua pele e de tuas formas
e o fascínio das tuas cores,
a tua beleza logo se nota
e segues com uma desenvoltura excitante que faz-me esquecer
das horas.
Dessarte, a tua natureza é sedenta, insaciável, profusamente bela,
um fogo abrasador
que sente a necessidade
de ser alimentadocontinuamente
com uma veemência inflamável
que compense a perda do seu fôlego
por alguns instantes acalorados.
Claramente, és fascinante
em cada parte,
entre a arte do teu corpo
e a poesia do teu espírito
que geram um resultado gracioso
de um jeito inconfundível.
Amar é como saber voar ou como se respira. Quando está longe dela, pode sentir o frio na barriga. Sente o gosto. E quando estão juntos, é como… é impossível pensar, por um segundo, que alguém esteja se divertindo tanto no mundo.
Voar Errado -
Há no desespero um não sei quê de glorioso!
Algo que me intriga, eleva, dinamiza ...
Há na solidão um não sei quê de atencioso
que me envolve, adormece, sintetiza ...
Há na Alma um não sei quê de precioso!
Uma Vida de viagem mundo fora
que nos leva. Leva onde?! Onde leva?! Turva agora,
água limpa, triste ser, silencioso ...
Eterna solidão d'um Poeta intemporal,
capaz de amar, amando a negritude,
escrevendo versos em seu próprio corporal!
Meu linho, meu tecido, meu brocado,
minha capa, meu sudário, eterna juventude,
cega, possuída, asa quebrada, voar errado ...
Nós Somos Assim -
Sonhamos voar mas tememos cair!
É preciso coragem. Alento sem fim ...
O vazio, a miragem que é preciso sentir,
faz-nos fugir, nós somos assim!
E há dor e vazio em cada voar!
Mas é no vazio que a Vida diz "SIM" ...
Chorar e sofrer é aprender a amar,
fugimos da dor, nós somos assim!
Destino e coragem é saber de onde vim!
Mas vimos de onde?! Tememos saber!
Fugimos da Vida, nós somos assim!
E o que sei eu de mim?!...
Vivo escrevendo, ganhando a perder,
fugindo da vida, nós somos assim!
Dali
voar, e no fim ser devorado por um passáro
depois do banho de formigas
o voo de abandono a gangue
a pena negra nunca esquecida
e o canto que restou por todos os danos
não é para efeito de tempo
os relógios derretendo
e as caravanas longilíneas nos desertos
não querem devorar um religioso
está apenas fragmentando os prisioneiros
os tornando livres em seus sopros
em teu nascimento a face oculta celebrou
e um pouco de cada pedaço teu guardou em gavetas
codificou em estigmas as respostas dos segredos
e no sofrimento fez a chave
no amor nada
no prazer o caminho
na dor o intento
na solidão a compreensão
no desejo a vontade
da indústria do circo
a plebe tem saudade
do veneno do vício
do vício de lealdade
da causa que dá sentido
por não ter escolha
ignorantes da unidade
onde tudo se fragmentou
quem dele se decidiu ser cada parte
de uma mão que toca o violino
seu corpo está longe
na beira de praia
esse corpo em descarte
de tua torre enviou um navio até a minha
para encontrar algo sem sentido que te retorna
te inflama e me traz de volta tuas cinzas
no regresso queima a minha
leva as cinzas e no mar naufraga
para sempre no fundo
onde tudo ressoa.
Se eu fosse passarinho,
e estiver a voar,
poderia ir distante,
ter o mundo pra ganhar.
Mas depois eu voltaria,
para logo me juntar
ao amor da minha vida
no abrigo do meu lar.
Faça sol ou chuva, quando amanhece o dia, ela abre as asas e se prepara para voar: nasceu com alma de borboleta.
O conhecimento é o impulso para voar e descobrir novos mundos e a ignorância a âncora que te impede de voar.
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