Viver sem Risco
A nossa existência está ligada ao tempo como a lenha está à sua chama. Na verdade, ele nos consome aos poucos, mas é ele que nos dá o esplendor da vida.
A vida é mágica sim, mas também é uma caixinha de surpresa. E surpresa, como o nome já diz, é surpresa. Todo dia o universo tira uma delas da cartola e você que lute para fazer malabarismo com o inesperado que te chega.
Suas atitudes e pensamentos moldam o que virá. O futuro não acontece por acaso — ele é reflexo do agora.
Eu desisti de desistir.
Meu fim? Só o tempo e Deus conhecerão.
Hoje, decidi que parar não é mais uma opção.
O que sinto não será calado pela culpa de não ter feito diferente.
Minhas dores existem. Minhas angústias também.
Mas nenhuma delas é maior do que a força que vive em mim.
Nenhuma é mais forte que a minha vontade de vencer.
Um passo por vez.
Um dia de cada vez.
Mesmo com dor, eu sigo. Mesmo cansado, eu continuo.
Agora eu entendo: talvez nunca tenha sido por mim…
Mas, já que estou aqui, eu vou lutar — e vou vencer.
A alegria pode não vir com o amanhecer, mas o choro também não vai me dominar.
A decisão é minha.
E eu escolho continuar.
Eu escolho viver.
Eu escolho vencer.
Qual o sentido da vida?
A ciência propõe duas explicações para essa dúvida metafísica. A primeira, mais tradicional, é: o sentido (objetivo) da vida é se reproduzir, ou seja, ter filhos. Ponto. Isso vale tanto para nós como para o sabiá, o cordeiro patagônico ou o bicho-da-seda. Pelo menos é o que diz a tese do biólogo britânico Richard Dawkins.
Segunda: O cérebro humano possui um mecanismo chamado sistema de recompensa. São grupos de neurônios situados em certas regiões, como o septo – que fica bem no centro do cérebro. Toda vez que fazemos algo física ou mentalmente agradável, qualquer coisa mesmo, esses neurônios causam a liberação de dopamina, neurotransmissor responsável pela sensação de prazer. As demais áreas do cérebro são inundadas pela dopamina – inclusive aquelas que manejam o autocontrole e as emoções. Você sente prazer. E tem vontade de sentir de novo. E de novo. E de novo… O sistema de recompensa tem uma influência gigantesca sobre nossas ações e decisões. Sempre que você se sente bem, ou mal, é esse sistema que está fazendo isso acontecer. E ele nem sempre nos guia no caminho de gerar descendentes – você deve conhecer gente que não tem filhos, nem quer ter, e está muito bem assim. Porque existe uma segunda explicação para o sentido da vida. Em vez de espalhar genes, o objetivo pode ser contentar o sistema de recompensa. Traduzindo: ser feliz.
* Não consigo olhar para o ser humano como um marionete movido por pulsões meramente biológicas.
Sempre acho que somos mais que isso. Que há algo na cartola no Universo para nos surpreender.
E continuo a me perguntar se viver não é apenas um castigo semelhante ao suplício de Tântalo. Uma espécie de copo vazio que nos deixa sempre com sede.
Somos apenas passageiros de um trem que nos conduz para a morte. Para que a viagem não seja tão enfadonha o percurso é ladrilhado com uma dádiva chamada vida, com todos os seus paradoxos. No entanto, o que faz toda a diferença é a paisagem que avistamos da janela. Essa é um bônus que só ganha os que foram feitos pra voar.
Eu estava aqui pensando em como a vida é surpreende, mágica e tão docemente envolvente. E é exatamente o fato de ser surpreendente que a faz nova a cada instante. São essas pequenas surpresas que encontramos pelo caminho que nos sopram um punhado de purpurina na cara e deixa a vida assim: com jeito de festa!
A vida é essencialmente efêmera. Tão efêmera que, no instante em que chegamos ao mundo começa a nossa viagem de volta.
Quem diz que lhe sobra tempo é porque não vive o bastante. Viver nos consome tanto que não sobra tempo para mais nada.
De vez em quando é necessário colocar a vida no piloto automático e descansar a cabeça e o coração. Deixar que ela flua como água de nascente. Que flutue livre de qualquer amarra que a alma cria, que o pensamento aprisiona. Faça uma pausa e deixe que a própria vida se encarregue de eternizar os bons momentos e apagar os que não foram assim tão bons.
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