Viver em Sociedade
O grande problema da nossa sociedade reside no simples facto de os maus estragarem cada vez mais os bons.
Sorria moça, pois tem um mundo te esperando lá fora, um mundo no qual a sociedade te limita à ir mas um mundo no qual você pode fazer seus limites te dá força pra seguir e ultrapassa-los .
As ideologias mudam por conformidades e discordâncias da sociedade em seu tempo mas os conceitos históricos e filosóficos, não. Nem mesmo se queimarem todos os livros do mundo sobre os assuntos.
Os cargos não são vitalícios. Os actos de demissão e de exoneração são normais numa sociedade civilizada.
As pessoas estão fadadas a morrerem tristes, pois seguem padrões que a sociedade os impõem e não vivem livremente
O Stalinismo Anarcossindicalista, stansyndie, é a melhor forma de criarmos uma sociedade equidaria com medidas anarquistas e autoritárias.
"Criamos, como sociedade, o destrutivo hábito de glorificar a ignorância e abolir o mérito. Construímos a base e os fundamentos da nova geração na lama".
Eu gostava de uma banda ruim, um gosto estranho ou uma forma de ir contra a sociedade moderna. Nunca entendi o motivo de você ter passado a apreciar aquela melodia repetitiva feita nos anos 90. Isso não impediu os Discos quebrados anos depois. Você não conseguia ouvi-los sem chorar, enquanto eu passei a vê-los apenas como uma banda ruim.
ONDE MORREM OS OLHARES
Faço parte da sociedade de consumo sem sumo; se eu pensasse em algo na minha adolescência, provavelmente eu pensaria nisso, mas nisso eu não pensava; o meu olhar caia com o sol e a magia que só a natureza proporciona nos finais das tardes, até então eu ainda não entendera esta sensibilidade de contemplar os ocasos. calção roto, pés descalços, um carretel de linha e uma pipa, eu ajudava a compor as cores maravilhosas dos verões com os tons extraordinários das minhas pipas e suas evoluções. Nunca imaginei como algo irreparável as carências materiais que me cercavam, tudo isso se perdia diante do azul anil do firmamento ou do verde oliva das colinas; as cores da natureza tinham suas magias e na hora do crepúsculo tudo ganhava poder revigorante; alguém, algo, alguma coisa surreal me fez acreditar que com a minha boca roxa de chupar jamelões, as minhas unhas encardidas e a minha pipa eu era uma espécie de sentinela daquele portal que só eu tinha a capacidade de vislumbrar. eu guardava o arrebol e os deslimites onde morrem os olhares, se perdem os sonhos e nascem as esperanças; mas isso, a minha confusa adolescência, perdida no fascínio do rosicler ainda não explicara. Minha grande preocupação eram os predadores: Simica, Brucutu e Mermequer, que derrubavam para além do horizonte as mais belas cafifas. Traçando uma estratégia para o dia seguinte, sob os tons opacos da penumbra eu retornava ao convívio do meu clã; tentava uma desculpa esfarrapada para a minha ausência, mas o cinto nas mão de mamãe jamais entendera... depois da janta, já sob a presença de papai, eu dividia, somava, subtraia e multiplicava, tentando entender a filosofia de que a ordem dos fatores não alteram o produto; eram lógicas que não me seduziam. Eu ainda tentava entender onde morrem os olhares, quando o olhar de papai já desmaiava cansado de mais uma jornada, provavelmente muito mais árdua que a deste infante sonhador.
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