Versos sobre Alianca de Noivado
Não guardo tesouros de barganha. Tenho comigo a composição dos versos. Um bolso cheiinho de palavras. Uma boca molhada de poesia. Faço compridos os braços pra cheirar vida. Estico as pernas pra sonhar sorrisos. Sou olho que esgota encantamentos. Um poeta de pequenices e miudezas alojadas em coração insano. Tenho um plano de sonhar. Há que se dar gosto ao céu, ao sol, ao chão de cores. Torcer amores em tina velha de guardar brilho de viver. Alucinar as palavras com o medo de ser lúcido. Preciso pintar loucura santa na língua de dizer verbos. Ali onde tudo nasce líquido. Onde os ponteiros do tempo enferrujam. Vou, pois, beijar estradas. Vou alargar de grande um sentido. Fazer vivido um amor. Embolar olhares. Rezar promessas de ser. E o mais difícil, permanecer. Hoje floresci coragem.
Faz-se necessário, pois, parar de viver os versos de outrem e viver os meus, ainda que tenha de criá-los.
Ah, como eu gostaria que o valor das palavras sustentassem o dia-a-dia. Dos versos fazer salário, pondo fim à correria.
Eu me lembro dos versos de um livro que eu nunca li, e os transformo em cenas de um filme que eu nunca vi.
De todos os versos, versos livres... Para que a gente saiba da importância da poesia (vida), e que ela nem sempre é apenas de rima!...
Os versos vão transformando o nosso intelectual, as atitudes consolidando o nosso caráter, a mente constantemente aprendendo e a imaginação flertando as nossas escolhas.
Às vezes é necessário refletir através dos versos, a reflexão nos dar a capacidade de conduzir melhor a nossa vida.
Vou me despedir aos versos. Porque a poesia é um jeito de amar através de palavras apaixonadas. Elas se gostam e se rimam pra não esquecermos como é.
É preciso planar sobre o que fazemos. É necessário saber muito mais por cima e por baixo, ao lado e de todos os lados, rodear o seu objeto e tornar-se o seu dono.
Todos aqueles que devem deliberar sobre questões dúbias devem também manter-se imunes ao ódio e à simpatia, à ira e ao sentimentalismo.
Meu Coração
Eu tenho um coração um século atrasado
ainda vive a sonhar... ainda sonha, a sofrer...
acredita que o mundo é um castelo encantado
e, criança, vive a rir, batendo de prazer...
Eu tenho um coração - um mísero coitado
que um dia há de por fim, o mundo compreender...
- é um poeta, um sonhador, um pobre esperançado
que habita no meu peito e enche de sons meu ser...
Quando tudo é matéria e é sombra - ele é uma luz
ainda crê na ilusão, no amor, na fantasia
sabe todos de cor os versos que compus...
Deus pôs-me um coração com certeza enganado:
- e é por isso talvez, que ainda faço poesia
lembrando um sonhador do século passado
20 de Junho de 1942
Tenho vontade de escrever, e tenho uma necessidade ainda maior de tirar todo o tipo de coisas de dentro do meu peito.
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