Versos para Ex Namorado

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Todos recebiam cartas
e discos pedidos
ao domingo
no Rádio Clube de Huambo
a mais de mil e duzentos quilómetros…
era a emissora que mais se ouvia

Só ele,
porque exatamente ele era só
e de longe
(talvez de lugar nenhum),
o furriel Abreu Gomes
nem uma letra vertida em magra folha de papel

Vingava-se da solidão no cigarro
que um após outro fumava

Enrolava-os com perícia tal
no fino papel de mortalha,
dois a dois de cada vez,
como se ali depositasse os fios da vida
que queimava,
como se estivesse a fechar para sempre
as abas do seu caixão

Aquele livro de mortalhas
e a cinza do cigarro queimado
que lhe morria pendurado na boca,
tinha a brevidade da vida
que ali se vivia a cada hora que passava


In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta

Inserida por alvarogiesta

Olhei-me em cima da berliet
com o coração tolhido de medo

Aqui não há heróis…
até os mais audazes na vitória
sentem medo

As mãos vazias
seguram com firmeza
estranha
a espingarda G3
que me deram para matar,
a única companheira segura
de todos os dias e noites

As nuvens de sangue ao longo da picada
abreviam a morte


In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta

Inserida por alvarogiesta

Terra de medo
e de dor
e de sonho também…

Lá fora o vento que zumbe
e uiva
e fustiga ameaçador e célere passa…

o vento a quem tudo pergunto
e nada me diz

O vento que volve e revolve
e varre
as folhas secas das mangueiras
plantadas no terreiro
que serve ao quartel de parada

O vento que zumbe e uiva
tresloucado
no negrume da noite que dói e mata

O vento que fustiga e passa
as frágeis paredes da vida
dentro do arame farpado


In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta

Inserida por alvarogiesta

À volta de mim, o terror e a morte…
olhares de medo
fixos na imensidão do vácuo
interrogam-se mudos
inquietos…

dolorosamente pensam na razão
de tal sofrer

Mas não choram porque o pranto
se esgotou há muito
neste inquieto viver

Ah! Se eu soubesse ao menos rezar…

Rezava por ti
ó homem verme, tirano e sádico
que por prazer destróis;

Rezava por ti
ó governante ganancioso e brutal
que o mais fraco aniquilas;

Rezava por ti
ó deus, que já nem sei se existes,
pela geração que criaste
e abandonaste



In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta

Inserida por alvarogiesta

Desperto…
minhas mãos frias
crispam os dedos inertes
no gatilho da espingarda

Debaixo de mira
numa linha reta que dificilmente erro,
o alvo
Um corpo negro,
meio nu…

Apenas o cobrem os restos daquilo que foi
um camuflado zambiano
Veste no rosto,
encimado por um chapéu também camuflado,
a raiva

Para ele nós somos o invasor,
o inimigo a abater que importa liquidar
ainda que connosco tenha aprendido
rimas de civilização

Nós somos o invasor que (ele) quer
expulsar
destruir
aniquilar

E ele, para mim, o inimigo de ontem
será o amigo de amanhã
a quem hei-de abraçar



In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta

Inserida por alvarogiesta

Há corpos espalhados pelo chão
à minha frente

Nos seus rostos lívidos
cor de cera
morreu a esperança com a chegada da morte
no frio gume da catana

Jazem à sombra das mangueiras…
a morte passou por ali

Corpos decepados
esventrados
violentados
num rio de sangue pelo chão…

Ali apenas as varejeiras têm vida e voz
no zunido e na cegueira de beber
Sugam famintas de sede
o sangue ainda quente dos cadáveres

Zunem de sofreguidão na disputa
do sangue vertido
dos corpos esquartejados
pelos golpes das catanas

Para lá da orla da mata ainda o eco
dos gritos de vitória e os risos satânicos
de alegria e morte no ar
numa mistura de feitiço e de liamba


In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta

Inserida por alvarogiesta

No ar, o medo e o silêncio sepulcral
a invadir
os primeiros raios da manhã

Corações sobressaltados
em prece e oração…
muitos sem saberem sequer rezar

No trilho traiçoeiro
espreitava a morte a cada passo
que se desse em falso
na picada

Sem perder de vista o combatente
à nossa frente
perscrutávamos, no lusco fusco do alvorecer,
as sombras que se dissipavam
por entre as silhuetas das bissapas

Nas mãos doridas,
por matar,
o peso da G3 engatilhada
dos soldados

De repente o grito e a dor
pelo estrondo e pela morte trazida
no estilhado e no sopro da granada

As lágrimas morriam afogadas
pela raiva e ódio surdo
nos corpos amputados


In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta

Inserida por alvarogiesta

Entre os teus lábios
entreabertos
inchados pela morte
e gretados pelo calor que te calcinava
os ossos desfeitos
ainda antes de morreres,
passeava-se uma mosca varejeira
ufana de sua propriedade encontrada

No ar
adivinhava-se o som das palavras
que não chegaste a proferir…

Talvez uma oração…
ou uma prece ao teu deus de ti tão distraído
a quem imploraste a ajuda sem te socorrer

Ou à mulher distante
de quem não chegaste a conhecer
o filho que lhe deixaste no ventre



In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta

Inserida por alvarogiesta

-UM PASSADO DISTANTE

É como uma paixão de adolescente
seu nome fica na minha mente ,
a todo tempo da vontade de gritar
o quão louca sou por te amar.

Escrevo seu nome em meu caderno,
sonho em te ver usando um terno
comigo na frente do altar
só de pensar é de arrepiar .

Imaginando um futuro contigo
mas agora a gente não passa de amigo,
acho q agora nem isso mais somos
tenho saudades do que um dia nós fomos.

Inserida por soumaadolescente

Fim!

-Não te quero mais aqui.
-OK, só vou tirar minhas coisas da casa.
-Não vai lutar por mim? Por nós?
-Não, não mais, o seu desdém me ensinou que devo permanecer apenas enquanto existir a reciprocidade, dizer adeus dói, mas nas maioria das vezes é necessário.
-Então vai escolher a saída mais fácil?
-Se eu precisar lutar para estar ao seu lado, significa que ali não é meu lugar, eu não escolhi desistir fácil, pra mim tem outro nome: Sobrevivência. Escolhi sobreviver a você!

Inserida por revieira22

Sobre aquele velho amor:

-Ele deixou de me fazer sonhar, e ao soltar minhas mãos mesmo que por mero segundos, me fez querer uma liberdade que não mais encontrava em seus braços.

Inserida por revieira22

Em meu sonho tudo estava resolvido.
Sem problemas nem inimigo.
Lembro até de ter sentido o seu cheiro.
Disseste até que estava morrendo de saudade.

Em meu sonho você estava tão linda.
Seus olhos brilhantes, seu cabelo preso daquele jeito que me agrada.
Amiga, amante, namorada.

Agora só mais um sonho.
Em tantos que tenho, és o meu preferido.
Acordar depois de tudo ter se resolvido.
Não, ele não era só mais um amigo.

Tudo era tão perfeito que morava até no seu condomínio.
No abraço que me deu senti até seu coração junto ao meu.
Te amo, te quero, te espero
Meu sonho preferido.

Inserida por PedroVeraszto

Fantasmas no vagão
Letra: Renê Góis

Já não sei dizer quanto tempo faz.
O prazo terminou, final de uma ilusão.
Não posso mentir pro meu coração.
Alimentar a velha dor, a dor de uma paixão.

Não sou mais o mesmo de ser.
Tinha que morrer pra renascer.
Todo tempo é pouco pra viver a esperança de sentir um novo amor, nova paixão. Viver feliz é ser feliz com o seu novo amor.

Não me importo mais com os fantasmas no vagão, perdidos pela noite em vão, soprando minha vela então. Não posso mentir, talvez admitir, alimentar a velha dor... A dor de uma paixão.

Inserida por GoisDelValle

Rosto bonito, coração de agulhas
Chegue perto e ele te mostra como dói esta perto
Os seus dias são lindos como um poema
Mas ele cria sua tempestade em um céu azul
Então não me venha me cobra algo que você não foi capaz de fazer
Ser realmente que ser amado, por que viver trancado dentro de uma caixa?

Minta com sua comoção de mentira
Não fale o que gostaria, você nunca deu nada
Não me cobre atenção, você nunca me deu
Não procure algum tipo de afeto em meus olhos, você nunca amou nada
Não me fale de suas fantasias como meu corpo, você não me tem!

Rosto bonito, uma beleza perdida com seus traços vazios
Chegue perto e ele te mostra com ser perde em seu vazio
Há cores em sua alma, mas você cria seu mundo em cinzas

Não cobre algo de alguém, já que você nunca moveu nada
Apenas fez com sua obrigação.

Inserida por LuziaDellmon

Amigos,já perdidos?

Ne um dia,existia uma menina,uma menina muito sensível e amiga.Era seu primeiro dia na escola,fez amigizade com todos,mais especificamente com três amigos.Eles eram os melhores amigos,faziam tudo juntos,zuavam,Jogavam video games,saíam para cinema,faziam trabalhos escolares,em fim tudo.
As semanas foram passando muita diversão.
Os meses foram passando,tudo já estava sumindo.
Um ano passou,uma confusão se iniciou.A menina não sabia o porquê se ela amava tanto seus amigos dois deles se viraram contra ela.Esses amigos agora zoam a menina,excluem ela,e falam l dela pelas costas,já o terceiro amigo,estava lá com ela nos momentos difíceis.
Essa menina com a mesma capacidade que ela tinha de amar,ela tem a mesma para odiar,e concerteza vai odiar mesmo sem querer.

Inserida por CoxinhaRainha

⁠Já não quero sentir o gosto de outros lábios
Não sinto aconchego em outros abraços
Pois no meu pensamento só você ocupa espaço...

Inserida por LeticiaButterfield

⁠escrevo a ti a minha despedida,
não deveria ter partido tão cedo,
ainda dava tempo para uma última xícara de café.
mas te deixo aqui escrito recordações minhas,
dificilmente consigo descrever em palavras o que está estampado nos olhos,
meus olhos castanhos que te seduzia feito medusa.
eu sei, dói,
nosso amor era bonito, mas me doía mais ter que me fazer de pedaços para te deixar inteiro.
adeus, querido ex amor,
te desejo uma boa noite de insônia cheia de lembranças minhas.

Inserida por buabatista

Eu queria voar

Enquanto corria contigo de mãos dadas de frente pro abismo,
eu temi que no salto, nossas mãos se separassem,
Tu como ser imaculado que sempre foi, voaria naturalmente aos ceus,
A mim caberia a queda, e o chão.
Eu tentaria voar em sua direção inutilmente,
te veria afastando cada vez mais rapido,
e gradualmente sentiria meu fim.

Eu queria voar, beirei o abismo e me assustei,
O ceu pertence a ti, pois és divina,
Es agora tal nodóa do passado...
Enfim, eu temi , como tolo petrifiquei,
tenho a sorte de ver teu voo,
e de poder dizer a todos que tive o prazer de correr com voce,
e sentir tuas mãos, ora gelidas ora ardentes,
Tua pele tão pálido como seu nome diz,
Temo que se esqueças de mim...
Mas a ti sempre olharei aos ceus,
pensando no voo que por covardias e infortunios eu não fiz

Eu quis voar, olhando teu voo e a queda,
o abismo não parece tão ruim assim..

Inserida por Kleber_kobal_Pereira

Teus braços são o mais perto que cheguei do ceu
Mas eu, pobre diabo,
me assustava com o que me causava
Nada é facil menina,
a rede da sua casa é aonde eu ainda quero pousar,
Mas nossas escolhas nos dividiram,
A minha era movida por dor portanto era falsa...
Tu viste e disse-me, e eu não acreditei..
Sempre me assustei com o quanto me conhecia a alma
me doi , não ter dito o que precisava,
E creio que em tua memória é isso que vai ficar.

Te amo , com todo meu ser,
Mas sou incapaz de te dizer isso pessoalmente.
Sou incapaz de buscar tua alma que conhecia,
Voce diz que mudou
Mas ainda está em mim.

Meu amor nunca vai morrer,
mas isso é nosso fim.
Eu só , e você pra sempre em mim!

Inserida por Kleber_kobal_Pereira

O passado quieto é arquivo
O passado relembrado, é álbum
O passado repassado é herança
O passado é diário guardado, trancado.

Só entende o passado,
Quem o viveu!
O passado não é herança
para quem não o quer herdar
Para este é retrocesso, prisão.

Inserida por cassianodc

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