Versos estou te Esperando
Solstício de Verão,
amor em quentura,
Estamos esperando
pela próxima Lua,
Galáxia Charuto,
tabaco de estrelas,
Mil beijos estetas
os lábios ensejam,...
Cadenciados nunca
haverão de cessar,
Poros em rumba
o amor irá celebrar;
Amor, eu te quero
e não irei largar,
De ti só espero
o mais profundo apego,
e de ti não mais voltar.
Quando a aurora vespertina
cruzar com as Três-marias
em floração estarei eu
esperando a inspiração
potente para escrever
aquilo que irá tocar
um coração com amor,
carinho e total devoção.
Primavera rosa quase roxo
que faz a minh'alma descansar
na beleza da amável florada,
Esperando ser por ti desejada
e para sempre a sua amada.
Ascenda-se
Não fique esperando alguém acender sua candeia, faça no escuro mesmo, abrace a escuridão. Perceba que você é a luz, ascenda-se.
“Você não vai, você está no Paraíso, se passar a vida esperando ir para o paraíso, vai passar a eternidade na morte.”
Deixar o mato crescer não significa que seu jardim se tornou um inferno, você precisa cuidar.
Se o jardim é seu, não espere que Deus corte o mato.
Nosso Jardim é um cemitério clandestino,
Somos dois lírios sem comunhão, fora do ninho.
Se bem quis assim o irrefutável Jardineiro,
Resta-nos chorar o que soa trágico: nosso destino!
Lamentos maiores guardaremos aos dias que virão...
“O universo só foi criado porque imperava o tédio!
O big-bang foi a suma endorfina dos deuses,
A brisa epifânica dos gênios!
Quando disseram “Faça-se a luz” ,
Em verdade estavam dizendo,
-Um brinde aos mais criativos, aos mestres boêmios!”
A sociedade do ópio, e ela não esconde de ninguém,
Já perdeu a razão, a educação e o espontâneo decoro.
Vai consumindo sua droga,
Quem lhe dá apoio é a sua droga,
Quem apóia se encontra ainda mais drogado.
Este é seu circulo vicioso.
Abundam sanidades e normais neste mundóide,
O biltre que governa e o boçal que abençoa,
Chegaram ao poder pela sensatez e o horrendo juízo de valor,
Que sinistra sandice! É por isso que vivemos num mundóide!
São homens bêbados, mas não de vinho.
O amor está na televisão, desligue-a.
O amor está no papel, rasgue-o.
Há casamentos demais para poucos padres,
Divórcios demais para enriquecer advogados.
Há lágrimas demais para apenas dois olhos;
Sentimento sem gracejo.
Muito amor para pouca compaixão
Na hora do esquartejo.
Entre uma dose e outra,
Fomos capazes de decidir sobre nossas vidas,
Ficou decidido que, acima de nós,
Apenas existiriam as grandes estrelas estupendas,
E abaixo, somente os erros e os cansaços,
Não menos estupendos.
A celebridade no holofote azedo da caridade
Apenas ofusca o que já está devastado.
Que a loira caridosa saia da capa da revista,
Sejam menos sádicos e mais complacentes com a pobreza!
As regras na crase, tão meticulosas e cruéis,
Jamais resolveram o problema do analfabetismo.
Tudo continua grave!
Grave rima com crase, isso jaze!
Todo bafafá lingüístico é um tremendo entrave!
Liberdade aos que agora estão livres,
Eles estão, mas não são livres!
Aos que se sentem seguros e salvos na obscura estrada.
Estes desconhecem a saída!
Pobres arruinados, não conheceram sequer a entrada!
Liberdade aos que pechincham a morte,
Desprezando o valor cristalino que traz a vida.
O padre vive de seu casamento celestial,
Aquele que se casou com ele também,
Juntos, não se beijam, não se tocam, não se amam.
Apenas vivem na infalível e eterna crise espiritual.
Leste os meus versos? Leste? E adivinhaste
O encanto supremo que os ditou?
Acaso, quando os leste, imaginaste
Que era o teu esse olhar que os inspirou?
Adivinhaste? Eu não posso acreditar
Que adivinhasses, vês? E até, sorrindo.
Tu disseste para ti: “Por um olhar
Somente, embora fosse assim tão lindo,
Ficar amando um homem!… Que loucura!”
- Pois foi o teu olhar; a noite escura,
- (Eu só a ti digo, e muito a medo…)
Que inspirou esses versos! Teu olhar
Que eu trago dentro d’alma a soluçar!
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Aí não descubras nunca o meu segredo!
Quão admirável sua ausência de elogios
Que fazem de meus versos ainda mais vazios
Perdi a sintonia de outrora
Com sua indiferença e antipatia
Me sinto mais sozinho agora!
A Poesia bombeia os versos pelas artérias da vida,
Para que não morra,
O Amor e a beleza no Mundo...
Trilhei os montes...abrí uma coleccao de versos que podessem encantar ti, mas a tua beleza estava além dos versos...entao humilhei me a ti meu grande amor, para que podesse completar a minha alegria...mas nem com isso importaste ti em olhar para o semblante
mas porquê???
-porque já eras eternamente meu!
