Versos e poesias de Saudades Lembranças
Feliz de quem não tem mais o pai por perto, mas tem uma saudade bonita personificada de presença lhe consolando o coração e lembranças queridas e tão vivas que não se apagarão jamais da memória.
"Em meio ao silêncio do domingo, a melancolia encontra morada nas lembranças que não querem partir."
Entre o verso nostálgico e a melodia saudosa, percebo que a saudade é uma canção eterna, uma composição que nunca deixará de tocar em meu coração.
A madrugada se torna o palco da saudade, onde o vazio da noite destaca a sua falta, transformando as horas escuras em um espetáculo nostálgico.
Certas lembranças não são um passado morto. São um presente vivo, com forte potencial para transformar-se em futura saudade.
A saudade é uma pedra que o tempo joga nas águas turvas da memória, fazendo com que algumas lembranças subam à superfície.
Uma saudade que acalenta a alma, mantendo viva a imagem daquele que partiu. A família nutre a lembrança com afeição e devaneios, enquanto uma melodia de ternura ecoa pela ausência perene. Uma quimera de reencontro que persiste no coração.
Aos poucos viramos lembranças para os outros e passamos a existir somente nelas. Que sejam boas então.
O tempo leva pessoas, momentos, histórias. Mas a saudade é o eco do que foi bonito demais para ser esquecido. Quem partiu ainda vive na lembrança, nas palavras que ficaram, naquilo que o coração se recusa a deixar ir.
Lembro com saudades do faz de conta. Das comidinhas, dos batizados das bonequinhas... a rua inteira era convidada para essas festinhas.
Uma memória só se transforma em saudade quando a dor de não podermos mais vivê-la passa e nós conseguimos lembrar dela sem sofrer.
Saudades de todas as paisagens que ainda não vimos e de todos os lugares que ainda vamos conhecer. Lembranças de tudo o que já fizemos juntos, aumenta vontade de viajar o mundo com você.
Mãe é mãe na dor, no amor, na cumplicidade. Berço de vida, palco de lembrança e símbolo de verdade. Mãe é a eterna imagem, que reside no coração, no tempo e na saudade.
Não é o que vai embora que dói, é o que fica com as lembranças, com as memórias, e sobretudo, com a saudade.
A pele da memória torna-se surpreendentemente sensível ao toque da saudade quando está repleta de sensações voluptuosas.
Às vezes dá saudade da torta de abóbora que a minha avó fazia, sempre a comia enquanto observava o campo da janela que ficava na cozinha. Ainda lembro do seu cheiro e gosto doce, também lembro do ar de gentileza e acolhimento que rodeava a nossa casa... Pena que isso tenha sido em outra vida.
Saudade é um punhado de recordações aromatizadas pelo passado no eclipse crepuscular do pensamento.
O tempo leva tudo embora, apaga tudo da memória, exceto as lembranças que permanecem suspensas na atmosfera do presente com o precioso cheiro da saudade.
