Versos de Silêncio
Canto do silêncio
Quando percebi em teus olhos
a tua cruel indiferença,
meu coração soluçou.
Balbuciou gemido de intensa dor
e a amargura me dominou.
Fraquejei diante da tua frieza,
do teu silêncio, da tua crueza,
da tua indiferença, da tua ferocidade,
do teu desamor, da tua maldade
do teu infindável torpor.
.
Senti o medo abrigando-se
em meu íntimo e naveguei
por mares escurecidos
mergulhada na aflição da incerteza.
Tantas perguntas sem respostas!
Por que finges que me ouves
Se não me escutas?
Por que me olhas
se não me vês?
Por que silencias
quando devias falar?
Umbelina Marçal Gadêlha
A música virou silêncio
O regozijo tornou-se decepção
E numa volta do relógio
Ele entendeu a solidão
Pedi ao céu
Ficarei aqui esperando que anoiteça.
eu pedi ao céu um pouco de silêncio
Porque preciso conversar com a noite
falar sobre meus sonhos, eu e você.
Para que eu possa fazer de cada ilusão
uma promessa e poder cumpri-la.
Como testemunha estrelas brilhantes,
as mais lindas que selecionei nesta noite.
A noite, as estrelas e a lua saberão que:
Eu aprendi me libertar dos preconceitos,
e a ironizar a amargura que existe em mim.
Descobri que o desejo de seguir, de lutar,
e de amar, é muito maior, é tudo!
Assim, decidi viver as coisas que vi, ouvi.
E amei viver, vivendo eu voltei a amar.
Amando vi que haverá sempre um recomeço.
E pensei, o que passou, não tem volta.
Saberão que olhei-me no espelho e sorri.
E foi aquele meu sorriso tudo de bom,
Que apesar de tudo ainda mora em mim.
Não sei viver sem o silêncio
O silêncio é o grito mudo
É no silêncio que encontro o som da mariposa
É no silêncio que o som do coração se expande
O silêncio é transformador
É a inquietude inteira
É a paz de espírito
É o encontro com Deu
É a pausa
A força do silêncio não é limitação
É necessidade
A Paz e o silêncio andam juntos
O silêncio é o céu
Não existe cura se não for o silêncio
A calma é o silêncio
O silêncio é a voz que ouço
É o encontro da consciência
Divina alma imutável
Trago um Silêncio -
Trago um silêncio nocturno
no meu corpo de lilases
das noites que não durmo
dos abraços que não trazes.
Trago um silêncio de sombras
num toque de matizes
do calice que não tomas
das palavras que não dizes.
Trago um silêncio de criança
numa espera inacabada
na loucura da lembrança
da minh'Alma enamorada.
Trago um silêncio sem sentido
nestes versos que compus
trago o meu olhar perdido
na tua pele que me seduz.
Trago um silêncio de rosas
no campo dos meus dias
trago sonhos com asas
rasgando as ventanias.
Trago um silêncio de mel
no eco do teu nome
lembro o toque da tua pele
num desejo que me consome.
E és tu esse silêncio
essa espera em que naufrago
és o barco dos meus dias
que no peito ainda guardo.
Solidão - Cansaço -
Solidão é cinza
silêncio, pó e nada,
solidão é gente,
à deriva, abandonada.
Solidão é ferida
ângustia e vaidade
é dor, lamento e culpa
numa teia de saudade.
Ai solidão - cansaço
que nos veste o coração
prende a vida a um regaço
numa dor pregada ao chão.
Qual o sentido disso tudo?
Mas pra hoje só preciso ouvir o silêncio, acomodar-me no escuro, relaxar e não buscar entender a pobreza do antagonismo que me choca.
"Nossos maiores obstáculos repousam em silêncio em nosso íntimo, por isso o conhecimento que nos eleva em crescimento, não está nas letras ou na ciência, mas em si.
Se queres conhecer o mundo, olhe para o universo dentro de ti."
Como um sentinela
Em silêncio
Vejo a lua cheia na maré alta
iluminando o horizonte
da escuridão
Enquanto sinto-me
Uma triste vela
De chama vazia cabisbaixa
apagando-se cega
na solidão.
“ O silêncio é a reflexão do sábio. Controlar a língua não é para o tolo, o sábio compreende por que o homem tem dois ouvidos e uma boca”
Cirilo Coelho
Eu sou o melhor e o pior de mim.
Barulho e silêncio.
Piada errada as vezes certa.
Caio em tristeza profundas e levanto em alegrias transbordantes...
Sinto muito e muitas vezes nada.
Acredito, desconfiando e acreditando.
Vou para lugares em meio a conversas que ninguém suspeita.
Sono do Poeta -
E veio a noite cheia de gritos e punhais,
trouxe o silêncio desses gritos- mil gemidos,
os sonhos de quem sofre-tantos ais,
e os gestos de quem ainda está perdido.
Veio a madrugada embrenhada em loucura,
trouxe versos a quem ainda é desperto
e espinhos a quem procura na lonjura
encontrar o peito de um amor que esteja perto.
E a aurora anunciou-se breve e mansa,
os olhos já cansados respiravam solidão,
e o corpo, num pesar, arfava com a dança.
Mas o dia clareou e nada aconteceu,
na verdade, a dor recomeçou,
alguém em vão esperou e o poeta adormeceu ...
O tempo e o silêncio
O tempo perguntou para o silêncio porquê ele estava tão calado.
Não obteve resposta e seguiu adiante.
O silêncio vendo o tempo ir-se colocou-se a pensar no porquê insistia em não falar e tão somente pensar.
Então, pensando bem, o silêncio levantou-se e começou a caminhar ao invés de só pensar ali no canto sozinho, sentiu o sol, aproveitou a primavera e todos os seus encantos. Inebriou-se com o perfume das flores …
Ao reencontrar o tempo, o silêncio lhe dá um demorado abraço e pela primeira vez sussurra em seu ouvido: o tempo é o elixir de todos os males.
mão tenha medo do meu barulho e sim do meu silêncio
Lembre-se do trovão barulhento mais nocivo
O relâmpago silencioso mais mortal
Tragédia de um Adeus -
Meu amor o teu silêncio
faz parar meu coração,
numa triste madrugada
minha fria solidão
numa cama já cansada!
Meu amor terás meu corpo,
nos teus olhos meu olhar
e no silêncio das palavras
esta ânsia no mar morto
será eco de um cantar!
E os teus olhos, meu amor,
cor das longas ventanias,
olhos fundos como os meus
dois martírios pelos dias
na tragédia de um adeus!
A crítica !
A verdadeira força está no silêncio e na disciplina! Enquanto as críticas ganhão alto falante, no final você sempre prova seu valor ! A virtude está no silêncio da Glória!
Seja imprevisível e os críticos prantearam porquê suas palavras foram afogadas e engolidas nas profundezas do arrependimento!
Você é capaz Deus sabe.
Cárcere -
Sinto-me preso a uma estranha inquietação
que marca no silêncio um compasso lento e mortal,
horas frias a que chamo, cansaço e solidão,
herdadas dos Poetas deste chão de Portugal.
Espirais de assombro, tuneis negros
adentram repentinamente aos olhos meus
e palavras tocam no meu corpo como beijos
na procura incessante de um adeus.
Senhor que ser Poeta é meu cárcere,
meu chão, minha tábua, meu punhal,
meu prato de ansiedade nas mesas de Ninguém
servido de amargura, pó e cinza, dor e sal ...
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