Versos de Silêncio
A Luz Que Dança no Silêncio
À medida que a noite cai e o mundo silencia, algo desperta dentro de nós — uma presença suave, que não tem nome nem forma, mas que sentimos com clareza no coração.
Ela vem com o vento que toca a janela, com a brisa que embala os pensamentos, com a luz da lua que se deita sobre o travesseiro como um sussurro da alma.
Essa luz não julga, não cobra. Ela apenas convida.
Convida você a fechar os olhos e voltar para dentro.
Voltar para o centro calmo onde mora sua verdade.
Aquele espaço onde não existe medo, apenas lembrança:
Você é feito da mesma matéria das estrelas.
Respire. Sinta. Lembre.
O universo inteiro pulsa em você.
E mesmo nos dias mais escuros, essa luz nunca se apaga.
Ela apenas espera…
Pelo silêncio que permite encontrá-la.
Boa noite.
Boa luz.
Boa alma.
– Diane Leite
Amor em Silêncio
Renovo-me em ti a cada amanhecer,
quando teus olhos — simples luz —
revelam o mistério que só o coração entende.
És morena, doce miragem,
onde minha alma repousa e se perde.
Teu corpo, suave estrada dos meus sonhos,
me conduz por caminhos sem mapa,
em busca de uma perfeição
que só tua voz sabe desenhar no ar.
É proibido, eu sei —
mas não há força mais pura
do que esse desejo que me toma
quando lembro do teu riso contido,
do toque que nunca tive, mas sinto.
Vives em mim como brisa e tempestade,
lembrança e futuro,
e mesmo ausente,
és o alicerce invisível
que sustenta meus dias.
Morrer não é o fim: é apenas o regresso ao silêncio, com as pegadas do mundo ainda gravadas na alma.
Autenticidade
Quem é, não precisa anunciar,
carrega no olhar, no gesto, no silêncio.
A essência não grita...ela vibra.
É o vento leve que move as folhas,
sem precisar se mostrar.
Quem não é, fantasia o que falta,
costura máscaras com linhas de vaidade,
enche a boca de palavras grandes,
mas o eco é vazi...
porque onde não há raiz, o vento leva.
Ser é sutil.
Parecer é barulhento.
No fim, o tempo revela:
o que é, permanece.
o que finge, se desfaz.
Saúde: O Tesouro Silencioso
Saúde é o silêncio que embala o corpo,
é o canto leve da vida que pulsa.
É o sol aquecendo a manhã,
é o sopro sereno da esperança.
Não se vê, não se toca,
mas se sente em cada passo,
em cada riso leve,
em cada sonho alcançado.
É a dança dos dias tranquilos,
o abraço invisível do cuidado,
a bênção diária que esquecemos de agradecer,
mas que faz toda diferença no caminhar.
Cuida da alma, cuida da carne,
cuida da mente que voa e se cansa.
Saúde é flor frágil em solo duro,
mas é também raiz forte em tempestade.
Valorizar a saúde é celebrar a vida,
é honrar o dom de simplesmente estar,
de simplesmente ser,
de simplesmente viver.
Tatuagem em Ti
Serei um marco em tua mente,
Presença viva, elo potente.
No silêncio ou na multidão,
Ecoarei no teu coração.
Tatuagem feita sem dor,
Marcada a fogo pelo amor.
Mesmo distante, sem estar aqui,
Teus pensamentos voltarão a mim.
Como um sussurro que o vento traz,
Como uma lembrança que nunca se desfaz,
Sou o eterno em tua emoção,
Tatuagem viva na tua razão.
O que nos torna mais
Leve é encontrar
Lugares de amor.
O silêncio é uma resposta, a falta de tempo é uma resposta, agir como se não fizesse questão de estar com você, também é uma resposta…
A vida e as pessoas dão sinais o tempo todo, a gente só se surpreende se estiver olhando na direção errada, esperando pelo que não está vindo..
Qdo a pessoa não vem atrás de você é mais uma resposta.
A poesia limpa a alma e quebra os sentimentos.
Tira a dor e neutraliza sentimentos.
A pedra é bruta,
mas a vontade é firme.
O silêncio é aprendizado, mas o propósito é construção.
Mas dentro de você há um mestre em formação.
Aprender será diário.
Crescer será inevitável.
Desistir… não é uma opção.
Você agora é parte da construção.
E com cada lição,
se aproxima da Luz que o Sol Reluz
Seja Luz!
Bem-vindo à Jornada.
Você Yin e eu Yang.
Teu silêncio é brisa que me acalma,
Minha palavra é fogo que te chama.
Tua sombra toca minha luz,
Meu dia se deita no teu amanhecer.
Teu olhar é lua, sereno e profundo,
Meu toque é sol, ardente e fiel.
Somos contraste que dança no mundo,
Dois corpos, um laço, um céu.
Quando sorri, tudo equilibra,
Quando me toca, tudo repousa.
No teu Yin encontrei meu eixo,
No meu Yang tu fizeste morada.
E assim seguimos,
Não por sermos iguais,
Mas por sermos complementos
Um do outro,
Na arte de nos amar.
Um dia, você vai conhecer alguém que vai decifrar sua história no compasso do teu silêncio e te proteger não por dever, mas porque não suportaria ver seu coração se partir da mesma forma. Vai enxergar sua dor nas entrelinhas da alma e te abraçar como quem guarda um tesouro raro. Não porque precisa, mas porque não suportaria te ver desmoronar…
… Outra vez.
Desabafo
Eu amava a minha amiga
amava o riso partilhado, o silêncio compreendido, até os momentos difíceis, porque qual laço verdadeiro é feito só de calmaria?
ela gostava de mim mais do que eu podia oferecer, etalvez por isso tenha partido.
Na época, doeu.
fiquei mal, perdida num mar de perguntas, tentando entender se havia sido uma pessoa ruim. Mas hoje, olhando com calma, eu vejo que há dois lados em toda história.
Eu fui sincera, estive presente, do meu jeito, não prometi o que não podia cumprir. E se o meu afeto não bastou,
isso não faz de mim alguém menor,
apenas alguém que amou com as ferramentas que tinha.
Ela se foi. E tudo bem, as vezes, amar também é deixar ir, mesmo quando o coração queria segurar.
Silêncio tudo sabe,
é meu volume baixo em plenitude,
É meu barulho de porta trancada,
sem posse da chave,
São os meus eus presos em mim
e livres qual uma ave.
🌙 Entre o Silêncio e a Seiva 🌿
No véu da noite, escuto o vento,
como um sussurro vindo da raiz.
A terra pulsa em tom lento,
onde a alma das folhas repousa e diz:
Sou o canto do que cresce em segredo,
sou perfume do que morre em flor.
Sou lágrima de um tempo sem medo,
sou memória do primeiro amor.
No orvalho, vejo espelhos da infância,
nas pétalas, promessas não ditas.
O mundo gira com leve constância,
mas as plantas, ah… são infinitas.
Entre o átomo e o aroma, medito,
cada broto é um verso escondido.
Há um poema em cada grão bendito,
e um Deus em cada caule erguido.
Oh botânica, ciência do sentir,
ensina-me a brotar sem ferir.
Que eu seja flor antes de partir,
e raiz quando não mais existir.
Toda civilização que esquece os seus mortos cava, com
silêncio e festa, a própria sepultura.
Não é o estrangeiro que a dissolve — é o vazio de
sentido que a torna permeável ao abismo.
O JARDINEIRO DO INVISÍVEL
Ninguém se torna poeta — o poeta é aquele a quem o silêncio escolheu como altar.
Não foi chamado por glória, mas ferido pelo mistério. Carrega no peito uma fenda invisível,
onde o mundo sussurra com voz de vento e de ausência.
Dentro dele dorme um vulcão que não ruge, mas ora — e cada brasa calada acende sentidos nas margens do indizível.
Não traz o fogo para incendiar — traz uma bússola trêmula, feita de dor decantada, contemplação e entrega.
Ser poeta não é declarar-se ao mundo — é desaparecer aos poucos em palavras que brotaram do exílio da alma,
como se cada verso fosse uma oração plantada no deserto.
Ao fim, o poeta é o jardineiro do invisível — aquele que sangra em silêncio, todos os dias,
para que outros vislumbrem, mesmo que por um instante, o caminho no turbulento escuro.
No silêncio frio da madrugada, Ana caminhava pela cidade vazia com os fones nos ouvidos e a cabeça cheia de perguntas que não sabia responder. O céu, encoberto por nuvens pesadas, parecia sentir o mesmo peso que ela carregava no peito. Era como se até as estrelas tivessem desistido de brilhar para ela naquela noite.
Trinta e dois anos. Era isso que diziam os documentos, os espelhos, os olhares que ela cruzava pelas ruas — e ainda assim, parecia que sua alma tinha séculos. Uma existência em preto e branco, onde os tons de cor vinham apenas quando cantava. A música era a única coisa que ainda a fazia respirar fundo, mesmo que cada nota saísse carregada de dor.
Veio uma lembrança de tempos em que sentir dor parecia romântico. Agora, doía mesmo — e não havia poesia nisso.
Porque talvez, pensou Ana, o sentido da vida não fosse encontrar um propósito. Talvez fosse apenas seguir em frente mesmo, cantando para as sombras, até que alguma luz decidisse voltar.
Silêncio que Cura
Por Hugo Kartzziano
Você não é obrigado a permanecer,
cercado de vozes que só sabem dizer
que tudo é difícil, que nada vai bem,
que a vida é fardo, tristeza e desdém.
Se não tem abraços que tragam calor,
busque no livro um refúgio de amor.
Se as amizades não sabem somar,
deixe uma canção sua alma embalar.
Porque, às vezes, o que faz bem ao coração,
é o silêncio de um livro e a leveza de uma canção.
Beijo no Píer
A noite vestia silêncio e brisa,
o píer rangia sob os pés calados,
dois jovens — coração na beira —
com os olhos tímidos, entrelaçados.
O frio bordava os casacos fechados,
mas entre eles algo ardia,
um sopro quente entre as palavras,
um fio tenso de poesia.
A lua, curiosa entre as nuvens,
espreguiçava um brilho sobre o mar,
testemunha pálida e discreta
de um momento prestes a se eternizar.
Nenhum som além das ondas,
nenhum gesto além do olhar,
e então, um passo — meio incerto —
até os lábios se encontrar.
Foi breve, foi puro, foi novo,
foi tudo o que o mundo não via.
Um beijo, num píer, numa noite,
em que até o frio parecia poesia.
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