Versos de Rosa
Gostava dela, muito…Mais do que ele mesmo dizia, mais do que ele mesmo sabia, de maneira que a gente deve gostar. E tinha uma força grande, de amor calado, e uma paciência quente, cantada, para chamar pelo seu nome.
(A hora e a vez de Augusto Matraga)
MENTIRAS
Não suporto perversidade,
Nem tão pouco maus tratos.
Não suporto agressividade,
Nem tão pouco falsidade.
Não suporto desagravo,
Nem tão pouco humilhação.
Não suporto fingimento,
Nem tão pouco desacato.
Não suporto bater,
Nem tão pouco apanhar.
Não suporto desatinos,
Nem tão pouco suas consequências.
Não suporto falsas palavras
E nem tão pouco grandes MENTIRAS.
Por isso, não diga mais nada
Porque de minha parte, a partir de agora,
Prefiro ficar calada
Irmãs de criação
Rosa Pena
Saudade e solidão
Coloridas com a mesma tinta
Distintas só pelas sombras
Que uma na outra pinta.
INTROSPECÇÃO
Um plácido silêncio adormece, nesta tarde, em minha alma. O tenso frio do inverno contrai-se na inércia das horas do relógio da minha saudade. Um sino, ao longe, faz minhas lembranças regurgitarem devaneios latentes, mas ignorados, avisando-me que meus sonhos andam socados nas gavetas da vida. Em meus armários internos, há muito lixo para se jogar fora. Tenho caminhado sem batuta, sem maestro, sem notas musicais, sem importar se faz sol ou se chove. Tenho flores descuidadas nos vasos de minhas pulsações. Tenho janelas abertas nos quartos das emoções. Tenho ausências autografadas no meu coração. Tenho estilhaços de vidraças quebradas em meus sentimentos distantes. Tenho distancias desenhadas nos mapas de minha estrada. Já não sei mais de mim. Já não sei mais de coisa nenhuma. No cá-lice de meu refúgio, resta-me beber o vazio de meu ser para umedecer a poeira de minhas palavras mudas. Não estou triste, não estou cansada, não estou NADA
Cantar, só, não fazia mal, não era pecado. As estradas cantam. E ele achava muitas coisas bonitas, e tudo era mesmo bonito, como são todas as coisas, nos caminhos do sertão.
(A hora e a vez de Augusto Matraga)
Bom mesmo é conviver com pessoas falsas, porque assim
você aprende a lidar com elas sem se contagiar com suas ações...
Por que tenho medo de perder você?
Bom porque as coisas mas belas
se vão muito cedo!
Porque as melhores pessoas,
São como as flores!
Que ao amanhecer abrem e no fim da tarde murcham!
Por isso morro de medo de te perder!
São PERFEITAS todas as nossas IMPERFEIÇÕES
e mais que IMPERFEITAS as nossas PERFEIÇÕES.
Somos humanos.
Era fim de outubro, em ano resseco. Um cachorro soletrava, longe, um mesmo nome, sem sentido. E ia, no alto do mato, a lentidão da lua.
(A hora e a vez de Augusto Matraga)
Quando chega o dia da casa cair (…) é um dia de chegada infalível, – o dono pode estar: de dentro, ou de fora. É melhor de fora.
(A hora e a vez de Augusto Matraga)
...tanto que me vinha a vontade, se pudesse, nessa caminhada, eu carregava Diadorim, livre de tudo, nas minhas costas.
(Grande Sertão: Veredas, p . 388)
Livrai-me do cupido atrapalhado
Do Santo Antônio desligado
Do acaso mal combinado
Dos amigos desavisados
E me arrume um amor equilibrado.
INVEJO OS LOUCOS
Invejo os loucos, bichos soltos sem amarras, aves libertas na imensidão
Invejo as estratégias e táticas dos loucos em seus discursos confusos.
Invejo as verdades difusas e utópicas dos loucos e suas realidades plásticas.
Invejo a segurança da manifestação das emoções primárias dos loucos.
Invejo a ausência de autocensura dos loucos, ao se despirem dos sentimentos dolorosos.
Invejo a autenticidade dos loucos e suas loucas e instigantes revelações.
Invejo a essência da loucura dos loucos, companheira fiel até que a sanidade os separe.
Invejo os loucos, simplesmente, porque os loucos não sofrem de solidão.
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