Versos de Medo

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De onde aprendi desde então que o medo recíproco era aquele que governava o mundo.

Certamente, existem atos que só acontecem porque os tememos. Se o nosso medo não os convidassem, não viriam.

Você não pode subestimar o poder do medo.

É possível inspirar tanto a coragem quanto o medo.

O medo tremendo de viver, apesar de todo, vale mais que a recusa de viver.

O medo e o entusiasmo são contagiosos.

Quando se cede ao medo do mal, já se nota o mal do medo.

"Sobreviver significa renascer repetidas vezes. Não era fácil, e sempre se mostrava doloroso, mas não restava qualquer escolha, com exceção da morte".

"Mas isso passaria, com o tempo. Sempre passava, infelizmente. O machucado no coração que, no começo, parece tão sensível ao toque, com o tempo se transforma em todas as tonalidades do arco-íris e pára de doer. Chegamos a esquecer que temos coração, até que apareça a vez seguinte. E é quando tudo acontece de novo e nos espantamos em verificar como foi possível esquecer. Pensamos: "Este é mais forte, este é melhor...", porque na verdade, não conseguimos lembrar bem da vez anterior".

Porque a vida é como andar de bicicleta: quando você perde o medo, aprende, está indo muito bem e feliz... Aí Deus diz: Ok, agora sem rodinhas!

Não tenha medo da dor, tenha medo de não enfrentá-la.

Conserve seu medo mas sempre ficando sem medo de nada, por que dessa vida de qualquer maneira não se leva nada.

Era uma falsa revolta, uma tentativa de libertação que vinha sobretudo com muito medo de vitória.

Clarice Lispector
Perto do coração selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Se Puder Sem Medo

O medo nasce da ignorância.

Não tenho medo de morrer; tenho pena, porque são tantas as ideias para realizar.

Enfrente seu medo e o desafie, você vera que o mostro não é tão feio quanto você imagina

Não quero saber de medo, paciência, tempo que vai chegar. Não negue, apareça. Seja forte. Porque é preciso coragem para se arriscar num futuro incerto. Não posso esperar. Tenho tudo pronto dentro de mim e uma alma que só sabe viver presentes. Sem esperas, sem amarras, sem receios, sem cobertas, sem sentido, sem passados. É preciso que você venha nesse exato momento. Abandone os antes. Chame do que quiser. Mas venha. Quero dividir meus erros, loucuras, beijos, chocolates... Apague minhas interrogações. Por que estamos tão perto e tão longe?

Perde o medo, e segue em frente. Daqui a um tempo você simplesmente esquece.

Há alguma coisa aqui que me dá medo. Quando eu descobrir o que me assusta, saberei também o que amo aqui.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Nos primeiros começos de Brasília.

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