Versos de Amor sobre Rosas

O beijo fulmina-nos como o relâmpago, o amor passa como um temporal, depois a vida, novamente, acalma-se como o céu, e tudo volta a ser como dantes. Quem se lembra de uma nuvem?

A ausência é o remédio do amor.

O amor afirma, o ódio nega. Mas por cada afirmação há milhentas de negação. Assim o amor é pequeno em face do que se odeia. Vê se consegues que isso seja mentira. E terás chegado à verdade.

Aprender música lendo teoria musical é como fazer amor por correspondência.

A distância é o fascínio do amor.

Para se pôr fim a uma guerra, como a um amor, é preciso ver-se de perto.

Até na pessoa mais cansada o amor é como um despertar.

O adultério é a aplicação dos princípios democráticos ao amor.

É impossível exprimir a perturbação que o ciúme causa a um coração em que o amor ainda se não tenha declarado.

No amor, o engano vai quase sempre mais longe do que a desconfiança.

A música clássica do amor é em tom maior, a romântica em tom menor. O amor moderno é uma fraca melodia, sobreinstrumentada.

O verdadeiro amor, como se sabe, é impiedoso.

Sem o amor-próprio nenhuma vida é possível, nem sequer a mais leve decisão, só desespero e rigidez.

O amor não mata a morte, a morte não mata o amor. No fundo, entendem-se muito bem. Cada um deles explica o outro.

O amor ou não desculpa nada ou desculpa tudo.

A medicina é o remédio para todas as dores humanas, apenas o amor é um mal que não tem cura.

Quando o amor nos visita, a amizade despede-se.

Só havia três coisas sagradas na vida: a infância, o amor e a doença. Tudo se podia atraiçoar no mundo, menos uma criança, o ser que nos ama e um enfermo. Em todos esses casos a pessoa está indefesa.

É falso o amor que leva o homem à indignidade.

A vida é um calvário. Sobe-se ao amor pela dor, à redenção pelo sofrimento.