Versos de Amor para quem Mora longe
"O amor bateu na porta do meu coração, e eu abri, ele trouxe a sua fiel companheira: a felicidade."
Ismael Gouvêa
degustação
eu preciso
de um amor igual poema
que surpreenda
sem teorema
ou emenda
eu preciso de poesia
na paixão
sem o substantivo arrelia
das quizilas do coração
todos na mesma rima
no mesmo pensamento
palavras e enzima
redigindo momento
que narre segredos
desalinho,
inconfessáveis
e aprecie vinho
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Maio de 2016
Cerrado goiano
Ame até quem for estranho,
E quem estranhe ser prezado.
O amor dará seu ganho,
E não se acanhe, em ser amado.
Fagulhas da fogueira de vaidades,
sobre as sombras do amor,
a afronta se doma na libertinagem
sonsa alma na pandemia
se torna se translucida
na fome a ânsia de viver...
até insanidade se tornar irreal,
simples singularidade altiva
sobre o clássico tom de cinza...
oportunidade explicita,
boa companhia que transpõem
o gosto da tua carne...
fruto do maior do doce viver...
transe momentâneo...
expressa se o amanhecer,
nas magoas apenas o calor do corpo,
suor que se da com o amor.
Amor Melancólico
Tão somente amamos a nós mesmos,queremos amar a outra pessoa, assim é o amor e a maldição da paixão.
Não basta amarmos alguém com todas as nossas forças, a vida não corrobora com esse detalhe, temos de sofrer a cada instante.
Se deixamos de estar apaixonados por alguém, e realmente se prova o amor, aí sim temos o verdadeiro sofrer.
Amor Amigo
Quando amamos a alguém próximo, sofremos de proximidade, não um sofrimento qualquer, uma angustia e um nó na garganta, faltam palavras para tal descrição, amar uma pessoa já se torna uma missão difícil, pois o ato de amar a si próprio já não é uma tarefa simples.
Amar alguém que temos uma profunda amizade, uma pessoa que seguidamente encontramos, torna-se um via de duas rotas, ou perfeito, quando é reciproco tamanho sentimento, ou tortuoso, quando se ama sem ser correspondido, tal cura é impossível.
No Brilho Daquele Olhar
No brilho daquele olhar encontrei o amor, amor que no começo era paixão, e que por si só era perigo, más após o decorrer do tempo tornou-se muito mais.
Naquele brilho, enxerguei algo mais, pude ver quem eu queria ser e com quem queria estar, naquele olhar acompanhado de um sorriso brilhante, um sorriso que quando é verdadeiro mostra três covinhas, covinhas que sem pestanejar poderia enterrar meu coração, e essa combinação torna-se fatal a qualquer sentimento ruim que se estabelece na alma, mesmo estando com raiva ou triste com essa pessoa, aquele olhar e aquele sorriso reconquistam com tamanha facilidade jamais vista.
Ela não entende meu amor!
e acaba me causando dor
eu já cheguei me declarar
e ela hoje passa me odiar.
MEU AMOR E EU
andando pelas calçadas
nas altas horas da madrugada
coração bate forte, destribuindo a sorte
sorte que tenho de ser quem sou.
Sou o mito do amor, do meu amor e eu
A todas a crianças do mundo,a todo o Planeta meus desejos de muito mais amor,muito mais educação e oportunidades para um Brasil melhor.
Muito mais respeito e contemplação a tudo o que tenha vida,que seja vida,ao que respiramos ao que nós da vida, muito mais amorosidade!!
Namastê!!!!!
carão
quem quer só aparência, e não essência,
terá no amor conveniência, e na vida
reticência...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
SONETO DO VERBO POETAR
Da oração inspiração o verbo poetar
conjuga-se com amor, dor, ínclito
uma flexão enunciada do espírito
um evocar eclodindo de um versar
Vem primeiro o dito pelo não dito
pra no manuscrito ter ato de criar
o invisível em tangível no lapidar
e o sendo se ordenando em rito
Nesta norma gramatical vem amar
numa proposição avessa, um delito
também enumerado, sofrer, chorar
E assim, na conjugação do inédito
une-se sentimento e muito idear...
O verbo poetar vai além do infinito
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Junho de 2016
Cerrado goiano
SONETO DE UM AMOR EXCÊNTRICO
Estranho amor este que hoje eu sinto
a saudade incorporou a coisa amada
acorda comigo depois de ser sonhada
e de mãos dadas paira pelo ressinto
E quando lembro, a alma fica apertada
o coração acelera triste num instinto
que não sossega nada o que pressinto
e as tais lembranças põe-se na risada
Carrasco este amor meu, já extinto
me lança aos desejos sem morada
me fere com o passado tão faminto
E numa paixão delirante de um nada
me faz poetar pra este amor destinto
num acorde de excêntrica doce toada
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
14 de junho, 2016
Cerrado goiano
