Versos de Amantes

Cerca de 785 versos de Amantes

O amor é o fenômeno mais próximo da meditação: os amantes abandonam suas máscaras, são uma alma dentro de dois corpos.

Os amantes não vêem as mais belas loucuras que cometem.

Exprimir o amor de dois amantes no casamento de duas cores complementares, sua fusão e oposição, as misteriosas vibrações de tons da mesma ordem. Exprimir o pensamento de uma fonte de esplendor. Exprimir esperança num punhado de estrelas.

Vincent van Gogh

Nota: Trecho de carta a Theo van Gogh, escrita em 3 de setembro de 1888.

O amor não é um encontro romântico entre dois amantes. (...) ...o amor é como a união entre dois seres cuja força reunida permite a um deles, ou a ambos, a entrada em comunicação com o mundo da alma e a participação no destino como uma dança com a vida e a morte.'

"Que doce som de prata faz a língua dos amantes à noite, tal qual musica langorosa que ouvido atendo escuta"

Os amantes não se encontram finalmente nalgum lugar. Eles sempre estiveram um dentro do outro.

A poesia não quer adeptos, quer amantes.

Federico García Lorca
Obras completas

Nota: Trecho da conferência "Imaginación, Inspiración, Evasión"

...Mais

"Homens são bons amantes. Principalmente quando estão traindo suas esposas."

A relação perfeita consiste em: Conversar como amigos, relacionar-se como amantes e proteger um ao outro como irmãos...

"Nada senão o próprio Amor pode explicar amor e os amantes"

Sim, tive amantes e amadas,
fui escravo, fui senhor.

Mas só agora que te encontro
tenho amante e amada
num mesmo amor.

AMANTES
De repente o encontro de desconhecidos e o começo de uma aventura, um romance proibido. Dois seres descarados e sem juízo vivendo na contramão do amor, se amando sem nenhum pudor, amantes incendiados por uma paixão ardente, avassaladora, envolvente, descobrindo os mais loucos desejos e fantasias no corpo inteiro, no gosto, no cheiro. Amantes perfeitos de prazer e sedução, cama e colchão, frio e calor, fogo de amor.

Vai sempre avante a paixão,
Buscando seu doce fim;
Os amantes são assim:
Todos fogem à razão.

Ama-me

Aos amantes é lícito a voz desvanecida.
Quando acordares, um só murmúrio sobre o teu ouvido:
Ama-me. Alguém dentro de mim dirá: não é tempo, senhora,
Recolhe tuas papoulas, teus narcisos. Não vês
Que sobre o muro dos mortos a garganta do mundo
Ronda escurecida?

Não é tempo, senhora. Ave, moinho e vento
Num vórtice de sombra. Podes cantar de amor
Quando tudo anoitece? Antes lamenta
Essa teia de seda que a garganta tece.

Ama-me. Desvaneço e suplico. Aos amantes é lícito
Vertigens e pedidos. E é tão grande a minha fome
Tão intenso meu canto, tão flamante meu preclaro tecido
Que o mundo inteiro, amor, há de cantar comigo.

Hilda Hilst
Prelúdios-Intensos para os Desmemoriados do Amor

E todos os amantes já adormeceram, e todas as palavras já se calaram
Já não vive o mundo em que se perderam
Nem as madrugadas em que se amaram
Quero sentir, quero ouvir
Seus passos de volta a minha porta
Pra dizer que me amava quando estava longe
E deixar que amanha juntos nos encontre
E que passe a ser vida o que hoje é só sonho
E que se acabe os segredos, e que se aumente os desejos
E assim enquanto eu te beijo, que mude o destino por um minuto
Que meu corpo encontre o seu corpo num prazer absoluto
E assim enquanto eu te abraço me aperte em seus braços por um minuto
De um jeito que só você sabe, de um jeito que só eu sei

Já não há razão pra não ser pra sempre dessa vez há de ser, tem que ser diferente
Não me deixe sozinho nem mesmo um pouco
Que esse pouco me deixa cada vez mais louco
E que se acabem os segredos, e que se aumentem os desejos

Saiba que para sempre
Nós seremos grandes amantes
Mesmo nos momentos que durarem
Apenas alguns instantes.

OS AMANTES DE NOVEMBRO

Ruas e ruas dos amantes
Sem um quarto para o amor
Amantes são sempre extravagantes
E ao frio também faz calor

Pobres amantes escorraçados
Dum tempo sem amor nenhum
Coitados tão engalfinhados
Que sendo dois parecem um

De pé imóveis transportados
Como uma estátua erguida num
Jardim votado ao abandono
De amor juncado e de outono.

Os gatos

Os amantes febris e os sábios solitários
Amam de modo igual, na idade da razão,
Os doces e orgulhosos gatos da mansão,
Que como eles têm frio e cismam sedentários.

Amigos da volúpia e devotos da ciência,
Buscam eles o horror da treva e dos mistérios;
Tomara-os Érebo por seus corcéis funéreos,
Se a submissão pudera opor-lhes à insolência.

Sonhando eles assumem a nobre atitude
Da esfinge que no além se funde à infinitude,
Como ao sabor de um sonho que jamais termina;

Os rins em mágicas fagulhas se distendem,
E partículas de ouro, como areia fina,
Suas graves pupilas vagamente acendem.

Eternos

(...)"Os amantes
não se encontram
nas madrugadas
escondidos dentro de motéis
como muitos pensam.
Estão dentro um do outro.
Em todos os seus
melhores pensamentos.
Estão nos rastros deixados
pelo caminho...
Os pés de novas pessoas
não apagam as velhas pegadas.
Marcas solitárias de saudade
daqueles que um dia
caminharam juntos."

Aos amantes não amados, não um conselho, mas um intento amoroso.
Abandonar as roupas usadas e ousar novos caminhos. É um desperdício deixar o burrinho interminável da teimosia, roubar a preciosidade da solidão e do silêncio. Não há por que ter medo.
É bom ficar a sós e reconstruir com pedras e enfeitar com flores os sobrados que se desmancharam por aí. Talvez não fique igual. Talvez seja melhor que nasça diferente.
As comparações podem ser corrosivas do metal nobre da escultura em modelagem ainda frágil. Não há pessoas iguais nem sentimentos iguais. Há novas tentativas, novas formas de descobrir e dar significado a um rosto que era só multidão.

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