Escorreguei os olhos para o asfalto da rua e me prendi às formas pitorescas do espaço que me envolvia. Ao mesmo tempo, fiz uma espécie de contemplação interior e dispus minha atenção às pequenezas e assim consegui me encontrar naquele silêncio que falava comigo!
Ele roubou sim, roubou a calmaria das horas sem fome da minha vida. Roubou a paz das minhas tardes e sossegos dos dias de semana sem ansiedades. ele roubou na medida em que me devolveu também, um frio na espinha, um suor nas mãos, devolveu uma vontade de sorrir sem motivo, uma lágrima sentida por qualquer deslize bobo...