Versos Antigos de Criancas

O amigo é um segundo eu.

Há uma certa vergonha em sermos felizes perante certas misérias.

As coisas maiores só devem ser ditas com simplicidade; a ênfase estraga-as. As menores precisam de ser ditas com solenidade; elas só se sustentam pelo modo de expressão, pela atitude e pelo tom.

O tempo, que fortalece as amizades, enfraquece o amor.

São sempre desatinadas as vinganças por ciúmes.

Os pintores só devem meditar com os pincéis na mão.

A maioria das mulheres quase não têm princípios: conduzem-se pelo coração e, quanto aos seus costumes, dependem daqueles a quem amam.

Não há paixão que abale tanto a sinceridade dos juízos como a cólera.

É preciso rirmos antes de sermos felizes, sob pena de morrermos antes de ter rido.

Todos os homens são bestas; os príncipes são bestas que não estão atreladas.

O insignificante presume dar-se importância maldizendo de tudo e de todos.

A luxúria é como a avareza: aumenta a sua própria sede com a aquisição de tesouros.

Muita luz deslumbra a vista, muita ciência confunde o entendimento.

A preguiça dificulta, a atividade tudo facilita.

Onde intervêm o favor e as doações abatem-se os obstáculos e desfazem-se as dificuldades.

O nosso bom, ou mau procedimento, é o nosso melhor amigo, ou pior inimigo.

Os males que não são percebidos são os mais perigosos.

A beleza não passa de uma maravilha que a natureza arma à razão.

Muitas pessoas se prezam de firmes e constantes que não são mais que teimosas e impertinentes.

O interesse forma as amizades, o interesse dissolve-as.