Verso com o Tema te quero
Humanos insanos que se matam por futebol
Idolatria que fisga escondida atrás do anzol
Eu Te pergunto...
Quanto Vale a vida?
Não seu da sua, só pensa e raciocina
Eu sei da minha, e custou bem caro pra escorrer pela latrina
Quando tudo deu errado precisei mudar
Transformar as labuta em luta
Por novas ideias na cabeça e aplicar na vida
Marchei avante mesmo sendo fraco na guerra
A vida chacoalhou minhas ideias e me formou poeta
Ontem eu curti um clássico calmo do Caetano
Hoje Hip Hop no máximo com as caixas torando
Deu vontade de andar descaço na praia com chuva
Anoite ler um livro bom a luz da lua
Quão bela és entre os astros
Tão sublime se faz no universo
Seu sorriso transmuta o caos
Destrói meus fundamentos
E cativa o meu verso
Ainda que falasse a língua dos anjos
Não conseguiria externar tal fascínio
Nos confins da terra e dos céus
Na vida até a morte
Viveria em seu domínio
Admirável o universo foi para mim
Já não me atrai a atenção
Hoje só quero admirá-la
A estrela mais bela avistada
No centro da toda constelação
E do fogo veio uma fagulha
Não tenho espada então luto com unhas
Sinto o mar nos pés e quebra a onda
Olho pra cima pra luz
Não pra minha sombra
Vivi no meu próprio mundo
Ou em um universo paralelo
Pus meu coração nisso
Desde o meu primeiro verso
Cuidado com suas escolhas...
Não tire quem Deus colocou na sua vida, pra colocar quem o diabo te apresentou no o lugar...
O ser dividido,
Aos quinze de Junho,
Chegou cisudo, cindido;
Sem choro e aturdido.
Pois cabia-lhe ser indeciso;
Buscou em coisas díspares: sentido.
Ergueu um mundo nos ares,
Com silêncio, palavras, riso.
Caminhou pela vida,
Entre rimas desenxabidas;
Versos trôpegos, frases mínimas.
O ser dividido,
Alçou seu grito;
Cingiu-se de versos rotos, mancos, cerzidos.
...
Quase quinquagenário
Virei trovador
Não sei qual foi o cenário
Que me percebi escritor
Acendi uma nova verdade
Extingui a visão realista
Uma nova possibilidade
De virar um idealista
Talvez o luto de um irmão
A distância de uma ninhada
Ou a fuga de uma opressão
Uma estrofe, angústia versada
Só sei que virei um poeta
Na quinta às cinco, aos cinquenta
Foi quando surgiu o alerta
Palavras como vestimenta
Vesti meu verso
Despi minha prosa
Olhei acima Universo
Plantei abaixo uma rosa
Um tributo linda trova
Atributo bela bravata
Obtive singela prova
Um soneto com serenata
Testemunhei cá poesia
Outrora, composição
Me livrei de toda heresia
No pulsar do meu coração
E aí entendi o motivo
Da rima como osmose
Do meu ar conotativo
Da minha metamorfose
ANTES DO ÚLTIMO
Que estros fugitivos me deixou aqui
No silêncio... e a mim não mais veio
Ilhando a trova sem frescor e asseio
Que me falta, e que por ele me perdi
Em que seda de lacuna me envolvi
Se hoje parece um sonetar alheio
Com palavras sem zelo, sem freio
E, em qual da imaginação remordi
Achei que fosse meu o teu prazer
E que no versejar eu fosse te ter
Eternamente, e você... de saída!
Partiste, bem antes do último verso
E o soneto na imensidão submerso
E a emoção numa saudade perdida...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20/10/2020, 14’22” – Triângulo Mineiro
Lápide
Quem você procura, por que veio?
Ele não está aqui, não existe mais.
Apenas seus restos mortais,
Símbolo da fragilidade da vida,
Que é uma dádiva, mas se esvazia,
Como um jarro d’água ao regar uma planta,
Entrega o sabor da vida, mas se esvazia.
Quem você procura, não está aqui,
Somente em sua memória ele vive,
Cada gesto, cada olhar,
A palavra que ecoa como o vento nas árvores,
Produzindo sons que se perdem no tempo.
Quem você procura, não está aqui,
Mas em outra vida, no passado,
Nos ecos das histórias que deixou,
Marcadas em suas lembranças.
Quem você procura, não está aqui,
Mas em você, todos os dias,
Ao dormir e ao levantar,
Ele estará presente.
Ele estará sempre vivo enquanto você se lembrar que ele não esta mais aqui.
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