Ver longe
Ainda posso ver as estrelas. Elas brilham demais mesmo estando muito longe. Faço uma prece para Deus, ouço Sua voz. Hoje, bem perto de mim. Outros dias, muito longe, mas nunca fiquei desamparado. Sempre consolado. Nunca pensei que seria assim, a felicidade batendo à porta. Abri sem ter medo dela. Por quanto tempo ela vai continuar aqui? Até quando eu mesmo permitir. Se existir a eternidade vou escolher este tempo.
Sabe quando você ver a coisas de longe, e ver que hoje você não é mais importante? Poisé, assim que me vejo,
"SUBSTITUÍDO"
Já de longe, consigo ver
Um novo caminho
Ta pra nascer
Se é escuro
Ou se é florido
Depende do brilho
Dos olhos de quem o vê
Dentre riquezas e esperança
Nunca se esqueça
Daquela criança
Que mora dentro de você
Se arrisque mais,
Se cobre menos
Entenda que cada um tem seu tempo
Não deixe de agradecer
Viva feliz do seu jeito
Não desista por palpite alheio
Quem faz acontecer é você!
Feliz Ano Novo!
OLHAR DE CRIANÇA
Ao ver o olhar de uma criança
De longe me emociona
Pálpebras ficam cheias de água
Ao lembrar a minha infância.
O mundo parece uma brincadeira
Não consegue ver estação perfeita
Na sua visão o outono não reina
Todas as estações parecem primavera.
Os jardins floridos os olhos observam
A imagem na mente fica armazenada
Tudo é lindo, parece conto de fada
Nos seus olhos sempre há esperança.
O brilho no seu olhar parece magia
Ao fitar no adulto o enfeitiça
Aos pais como uma estrela elaborada
Aos seus avós, inspiração e alegria.
É muito triste ver pessoas numa grade de aço, fina, longe dos outros, pedindo por socorro como um animal sofrendo por alimento.
Um amor que não passa
De longe posso ver o nascer e o por do Sol,
Fico parado,
E começo a meditar,
No meu olhar,
Uma evidência invade meu coração,
Algo que eu nem sonhava enxergar,
O poente ofuscando se vai,
E o nascente brilhante se vem,
No globo que gira,
Aos poucos me vai mostrando,
Inquietudes de uma alma que chora por dentro e me fere por fora,
São sangramentos de um pensamento que busca o que apraz,
Silêncios de um sonhador,
Silêncios de um poeta,
Nas noites mal dormidas e nada me consola,
Nos profundos sonos pesados a cura não chega,
Minha rede embala e estala no bracelete do armador,
E faz rugidos que atalham o meu imaginário,
Por vezes me levanto e tomo um chá para me adormecer,
Entre as noites e as madrugadas,
O meu coração só vem a sofrer,
Deito e me sento,
E acendo a luz do abajur,
E pergunto as paredes,
No retrato apoiado na penteadeira que perder seu gatilho,
Vejo marcas da saudade,
Vejo manchas de verdade,
Vejo a raiz de tudo que me faz perambular nas insanas noites de solidão,
A reposta está debaixo do meu travesseiro,
É a fotografia de um amor que se foi,
Em de tom colorido ela ainda me mostra,
A rosa que eu a presentiei,
Buquê de margaridas vermelhas e brancas,
Um sorriso que jamais esquecerei,
O tempo passa,
Tudo passa,
Mas aquele amor que se foi,
Do meu coração,
Jamais passará.....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Sutil
Meu brilho é sutil. Algo que não se pode ver facilmente. Minha força é na escuridão, longe dos olhares, que me são indesejáveis. Meu trabalho e na surdina, na calada. Minha glória é no silêncio, na entropia. Assim como o raio, que só após ter surgido, pode ser notado pôr sua resplandescente luz e seu rugido implacável. Apenas após não estar mais entre nós.
De longe conseguimos ver o horizonte, as dádivas da vida, o girar do mundo, as contradições do homem, a decepção do que se foi antes dito. No anonimato da moita, vemos tudo e pouco os ver. De volta a vida visível vejo que interagir é possível
Eu só quero ver as pessoas que eu me importo bem e felizes, porque elas valem demais, mesmo longe eu sempre vou tá aqui, para oque precisarem.
(...)Há momentos em que eu sinto vontade de correr para bem longe...onde ninguém possa me ver. Para um lugar tão distante onde eu possa me esconder. Correr... Correr sem parar ...para um lugar onde não veja ninguém passar.(...)
O fantasma de Ani ( nas ruínas de 1001 igrejas).
De longe eu vejo as ruínas
Se eu pudesse ver mais
Eu veria as mil e uma igrejas
Oh Ani! Tu foste grande!
Seda, reis e riquezas tiveste
Se eu pudesse saber mais
Basalto em vermelho e amarelo
Oh Ani! Tu foste tão linda!
Oh Ani!
O quê resta-me de ti?
Oh Ani!
Apenas teu perfume!
Oh Ani!
O quê resta-me de ti?
Oh Ani!
Apenas teu perfume!
De longe eu vejo as ruínas
Se eu pudesse ver mais
Eu veria a sua decadência
Oh Ani! Tu foste destruída!
Morte, invasores e terremotos
Se eu pudesse viver mais
Eu veria seus restos mortais
Oh Ani! Tu és um fantasma!
Oh Ani!
O quê resta-me de ti?
Oh Ani!
Apenas teu perfume!
Oh Ani!
O quê resta-me de ti?
Oh Ani!
Apenas teu perfume!
Pensar pequeno não nos leva longe. É preciso usar os óculos certos para ver longe, olhar fundo e enxergar a beleza nas coisas pequenas. Para perceber os detalhes e entender que a vida exige mais profundidade. Estamos vivendo uma emergência da superficialidade digital, que nos conduz a uma encruzilhada: o esvaziamento da cognição humana e uma fragmentação sem precedentes.
Como é bom acordar e ter você aqui, como é bom ver você. Sabe que mesmo quando está longe você está perto.
