Vem
Quando pensamos que está tudo bem vem o destino e nos surpreende com seu ar de infelicidade que paramos para tentar ser feliz mas nunca alcançamos nada do que queremos. Queria por um momento que fosse quando diferente que o destino fosse generoso com comigo e que não me deixasse desmotivada e sem reação a todo momento que eu sentisse dor dentro do meu coração, queria ser mais leve e poder levar isso pra outras pessoas também. Eu sou o oposto de tudo, sou estranha e sem motivo para ir em frente, tudo oque eu sinto está acabando comigo e tenho certeza que isso um dia vai ser tão doloroso que eu me tornarei vítima de mim mesma. Não quero viver em um mundo onde não me cabe em nada e em ninguém, queria ser importante para alguém não ser algo tão pequeno na vida das pessoas que poderia me substituir fácil a qualquer momento.
Não me sinto feliz em nada do que eu faça ou deixo de fazer sou corrente de água e sempre estou me puxando para o lado infeliz da minha vida só pras coisas ruins terríveis.
O caminho da espada se apresenta sem cerimônias. Vem a galope vestindo o traje mais pesado para um samurai: vencer a si mesmo superando os próprios defeitos.
AMOR X RESPEITO
Só no dicionário o amor vem antes do respeito, as pessoas falam muito de amor sem ao menos terem aprendido a respeitar.
Não existe amor sem respeito, embora exista respeito sem amor.
Vem, porque sem ti
a vida é liberdade sem tormento
valsa dançada sem entrosamento
: casa vazia, sem flores na janela.
Eliana Mora, 04/10/2006
ANÁLISE
Tão abstrata é a idéia do teu ser
Que me vem de te olhar, que, ao entreter
Os meus olhos nos teus, perco-os de vista,
E nada fica em meu olhar, e dista
Teu corpo do meu ver tão longemente,
E a idéia do teu ser fica tão rente
Ao meu pensar olhar-te, e ao saber-me
Sabendo que tu és, que, só por ter-me
Consciente de ti, nem a mim sinto.
E assim, neste ignorar-me a ver-te, minto
A ilusão da sensação, e sonho,
Não te vendo, nem vendo, nem sabendo
Que te vejo, ou sequer que sou, risonho
Do interior crepúsculo tristonho
Em que sinto que sonho o que me sinto sendo.
Fernando Pessoa, 12-1911
Cantiga de Amigo
Vem, amado meu,
Amante amantíssimo.
Seja como a brisa,
Acaricie o meu rosto.
Envolva o meu corpo
E afaga minha alma.
Não precisa falar nada.
Como um artista apaixonado
Pode ir modelando o meu corpo
Como se fosse a última escultura
De mulher a ser esculpida na terra.
Comece pelos meus olhos
Transformando-os como desejar.
Minha boca poderá ser como uma flor,
Ou um cálice, onde provará o meu mel.
Com essas mesmas mãos de artista.
Suavemente, em círculos crescentes,
Modele os meus seios
Até que estejam como os imaginou.
Continue esse trabalho,
Agora, ao compasso da música
Que meu corpo orquestra.
Sinta perfumes de jambos, rosas e maçãs,
Em manhãs ardentes de verão.
As minhas coxas, brancas e firmes,
Como colunas de alabastro
Sejam o pórtico de um palácio
Onde só você será rei.
Abner
MK 2000
Mais do que eu imaginei
Quis enganar meu coração
Mas foi em vão...
A verdade vem e não dá
E eu só penso em te encontrar
Eu quero o teu amor
Se eu disser que perdi a direção
Se eu disser que machuquei meu coração
Quando eu disse não
Tudo que eu vejo só lembra você
E é impossível te esquecer
Por isso, vem amor
Se eu tiver todo o teu calor outra vez aqui
Olhe bem para os meus olhos
Pra sentir, quanto eu sofri
Hoje eu sei que preciso de você
E não dá pra imaginar te perder
Eu amo o teu amor
De tudo que vivi você foi mais
Do que eu imaginei ser capaz...
vem nevoeiro,tudo abarca
apaga marcas,parcas lembranças
anuviadas,de cegas vistas
pistas deixadas varrendo rastros
mastros sumidos da vista ao longe
que não guardaram lembranças minhas
agora eu olho para o Sol
para imprimir a sua imagem
como a atestar sua passagem
e lá se vão as alcatéias
que dominaram tantas vidas
além das que abreviaram
fechei meus olhos,já me deixaram
termina sonho,começa vida
está num ponto em que é dividida
onde começa a eternidade
também terminam as ilusões
sou figurante em meu próprio sonho
ao qual sonhei por vontade alheia
testemunhando algo sem tamanho
sob meus pés não existe areia
não há mais mundo,não há mais nada
só o julgamento de um crime antigo
não ganho nada,sequer castigo
agora eu olho para o Sol
para imprimir a sua imagem
como a atestar sua passagem
De onde vem...
Com certo toque de presunção
Sentia que apareceria
Mas o meu pensar não foi capaz de decifrar
O que ocasionaria a sua chegada.
Acredito que jamais conseguiria
E, se talvez, conseguisse, romperia esse futuro.
Drasticamente rasgaria qualquer rascunho presente
Que lançasse ao que estaria por vim.
E, para justiça, isso nem seria necessário,
Abdicar-me-ia da existência.
Destruir-me-ia sem qualquer resistência.
Chega dessas tentativas e ameaças fúnebres.
Todo esse discurso dramático,
Toda essa eloqüência desenfreada colide...
Choca-se nesse presente inimaginável,
Com os sabores provados.
Com os olhares trocados.
Com os beijos experimentados
E ainda,
Com as palavras, sempre elas,
Dominam-me, como uma brisa no anoitecer,
Soprada do mar, triste e frio. Ah! Como o compreendo!
Entrelaçando-me a alma,
Faz-me sentir toda sua solidão.
E continuo por ali
À espera do amanhecer
Com os primeiros raios,
Com o clarear de todo o breu.
Então, é quando vejo a tua aparição,
Resgatando-me dos meus medos,
Tirando-me do relento
Eis meu Alento!
Um sopro de vida sobre a constância inanimada.
O acalento!
Meu cobertor na nevasca.
Foi num simples olhar
Numa conversa informal
Num encontro casual
Numa noite fatal
Minha pulsação aumenta
Minha pupila dilata
Minha mente pára
Meu corpo fica inquieto
E debruço-me a entender tudo isso
Folheio revistas, e sua imagem salta a meus olhos
Ouço músicas, nelas viajo ao seu encontro
E lá está, esperando-me...
Sabendo de tudo que me faz vivo
E já não me permito mais nada imaginar
Mais nada querer.
Mais nada ser.
Só quero entender:
De onde vem...
Essa força indestrutível
Essa razão incompreensível.
Não sou um astrologo pra dizer de onde vem as estrela,
Não sou um medico pra dizer a causa da sua doença,
Não sou a pomba branca mas querro sempre a paz,
A vida é engraçada não somos super homens mas queremos Mudar o mundo.
Começo e fim...
Abro minha janela e vejo
Já é madrugada a noite se finda
E o dourado vem cobrindo,
Os montes ,a relva fica linda de se ver...
A mistura do final da noite com o começo
De mais um dia lindo
Os pássaros despertam
Cantam felizes com a nova que sempre vem...
Assim vou cuidar de minhas plantas...
Na certeza do dia feliz que terei
Até a noite chegar, assim é o ciclo da vida.....
