Vc Nao sabe o quanto eu te Considero
Eu pedi tanto á Deus um amor. Eu pedi apenas isso, pois eu sei que apenas um amor poderia me salvar. Um amor pode salvar qualquer pessoa.
Eu acredito nas pessoas, até que me provem o contrário. Quem sou eu pra sair julgando alguém, apontando os defeitos de uma pessoa? Antes de apontar o dedo, vá a frente do espelho e aponte o dedo pra si mesmo. Nada melhor do que reconhecer seus erros antes de julgar os dos outros.
Se alguém me agredir e
eu ir lá e agredi lo depois
o que me difere dele?
Se ele me ameaçar e eu
ir mata lo por isso serei
melhor que ele? E se eu
guardar ódio por ele a
vida toda isso me fará
me sentir melhor? Eu
acho que não.
Ou talvez eu apenas queira deixar assinado, em todos os cômodos dessa casa quieta, que você se faz presente até no ar estagnado apesar das portas fechadas.
Eu quero me apaixonar por alguém que morda os lábios e estale os dedos de ansiedade enquanto me espera do outro lado da rua.
Mas aí, no último minuto da conversa, antes de fechar a porta, eu disse que ele só era capaz de se relacionar com pessoas tipo maçãs: homogêneas, cansativas, bonitas por fora, medíocres, com quem ele pudesse conviver tranquilamente sem se preocupar com a casca, os caroços. Alguém que desse pra segurar pelo cabinho, sem sujar as mãos.
Foi então que eu resolvi esquecê-lo, ainda que doesse e doesse muito até o último fio de cabelo. Mas eu não podia negar que o rapaz por quem ele se apaixonou é surrealmente mais bonito do que eu. Parece ser mais alto e bastante engraçado. Ele tem mais amigos, deve ser legal com as pessoas, não deve ser tão dramático. O cabelo dele é melhor que o meu, tem um brilho absurdo, irradiante, fantástico até. Ele sorri nas fotos, parece ser mais inteligente, aparentemente parece ter mais cultura. Deve ter viajado muito, deve conhecer lugares à beça, deve gostar das mesmas coisas que ele gosta. Vi que tem um corpo mais forte, uma disposição que não tenho nos olhos, deve se doar bem menos do que eu. Não deve ficar reclamando das coisas o tempo inteiro, nem deve levar as coisas tão a sério. Acho que esse menino deve merecê-lo mesmo. Deixa pra lá.
Agora, mais do que nunca, eu precisava ir adiante. Precisava ir além desses pensamentos mesquinhos e limitados.
Acordei muito bem hoje. Muito decidido, irreconhecível, confiando em mim pra valer. Eu estou entrando em outro ciclo, depois de ter passado por dias escuros, bastante dolorosos. Então, só pra que ficasse mais claro, abri todas as portas de casa, deixei o que não era pra ser sair pelas janelas. Estou com uma sensação de que, pela primeira vez na vida, as coisas estão começando a dar certo.
E tive que prender várias vezes a vontade de chorar. Ainda tento. Mas, às vezes, é tão forte que eu agarro o travesseiro, à noite, e choro, choro e choro muito, até que uma hora, quem sabe, eu pegue no sono.
De todos os rapazes que eu tinha visto ali, naquela manifestação, ele era o mais entregue, parecia um filósofo platônico, sabia se portar, tinha umas coisas que fazia a gente não tirar os olhos. E quando o vi, em meio àquelas fumaças de gás lacrimogêneo, mesmo sendo tudo muito rápido e assustador, tive certeza de que havia sido feito unicamente para ele.
Dezessete
Enquanto o tempo zomba da minha saudade,
eu me deleito em desejos intensos, sedentos, ávidos, incompreendidos...
Que vontade de te beijar,
de sentir teu corpo numa brisa leve.
Ando pela metade,
buscando incessantemente em cada acorde, em cada melodia
aquela tarde de sol a pino,
onde por alguns segundos
tornamo-nos um só.
A música soava rente a nossa pele,
e eu só queria que o tempo parasse naquele instante
pra eu poder te guardar nos meus versos
e te buscar a todo instante.
É impossível que teu cheiro
não permaneça estampado em mim,
que teus verdes olhos não ofusquem
tudo o que eu não queria sentir,
mas sinto.
A luta diária para que tu
não invadas terminantemente os meus sentidos,
enjaula todo o meu ser
que grita obcecadamente,
por um dia que não volta.
Depois daquela tarde
nada mais ficou no lugar.
Os teus segredos que tanto eu temia
já não me tem importância,
nessa atual e relevante vida.
Inevitavelmente prendo-me em oração
para que de alguma forma meu corpo,
não se perca de ti...
Talvez eu tivesse que inventar uma estrada para eu pisar...
Onde seria possível, andar nas núvens.
Talvez...eu segueria em frente...sem curvas, sem desvios, numa linha reta.
Talvez valha a pena planejar esse novo caminho, com você
quem sabe!!
Ou quem será que inventou um ser como minha pessoa de ser o descobrir do silêncio, que nos completa, das nossas faltas...das nossas vontades...
E por que não inventar um destino desorientado e nunca em vão.
Talvez, me sinta orgulhosa, sem pestanejar a enfrentar os obstáculos dessa estrada, com ou sem você...
...
EXTRAVIO
Eu preciso de um poema
Forte
Inanimado
E absolutamente vazio.
Eu pressinto um poema
Na liturgia velada do teu jogo de sombras
Posto que sei imenso do azul.
Eu esgoto o meu desejo
E arrebento o desconforto
De ter tido saudade
De ter tido o tempo exato
De desmerecer o cálculo.
Eu imploro o poema digno de nada
Digerido em minha ossatura tenra
E despreparada.
Eu impugno o poema que me cospe
O sabor errático da vitória.
(Em mim, gangrena)
Eu mastigo o fracasso
Como quem disseca
A ultima doçura daquela goma
- já incolor -
A grudar intestinos.
Eu encolho o poema
E sem as rimas
Disfarço
A dimensão de meus pormenores.
Eu esqueço o poema
No bolso da calça preta
E amarrotada
Que um dia já existiu na minha lembrança.
Eu preciso o poema
Na falta
Na tua falta
Em não presença
De estar aqui.
Eu
Simplesmente
Perdi
O poema
Num achado de esperanças.
MILENAR
Quando disse
Eu te amo
Da última vez
Quis dizer ainda
Entre tanto...
Tenta agora
Calar a voz
do tempo...
Já tem mil anos.
SOFISTICADO
Eu te retiro
Dos direitos adquiridos
De todos os sábados
Dias santos
E domingos
Eu miro
E atiro
Meu amor é um cínico
Alvejado no rosto
E com um sorriso torto
Caído ao chão
Do sofismo.
CAPITAL
Sabes
Eu invejo o teu sono...
Como te toma e ampara
Nas hastes invisíveis do fantástico.
Como recobre teus olhos
De pálpebras súbitas e inalteradas
Tantas tais poucas as asas
de um poema.
Teu sono repousa minhas vestes
E me condena
A permiti-lo à espera
No desejo a salvo
Insone, meu apelo é um leigo
A guardar-me no enleio
De teus largos braços.
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