Vazio
Fragmentos de “O vazio de Ivan em mim”
(por Leonardo Azevedo)
2.
Minha dor não é a do ateu.
É a dor de quem foi expulso do paraíso da certeza.
Fragmentos de “O vazio de Ivan em mim”
(por Leonardo Azevedo)
3.
Carrego a lucidez como lâmina.
Ela me corta mais do que conforta.
No espaço que você preenchia com o seu amor agora está um vazio ernome me fazendo me questionar se algum dia ele vai ser preenchido denovo.
PASSADO EM BRANCO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Meu olhar frente ao seu direto ao vazio;
rompe o crânio, se livra e não tem nostalgia;
não encontra magia e não revive um tempo
que perdeu em miragens de felicidade...
Sua boca não diz, quando fala comigo;
tão apenas relata o necessário e pronto;
bate o ponto certeiro do assunto formal;
nunca bate com nada que meu pulso marca...
Eu a culpo do mal de não sentir saudade
a não ser da saudade que podia ter
se você se restasse de quem foi outrora...
Dói demais não sentir a mais longínqua dor
pelas cores e os traços que o tempo esvaiu
num amor transformado nesta folha em branco...
SANGUE FRIO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
De repente o vazio que me toma;
uma grande lacuna sobre o nada
que já teve uma essência, uma coluna,
mas não foi de fumaça; foi de amores...
Quero ter meus sentidos novamente;
coração que não caiba no meu peito;
minha mente repleta em fantasias
e um leito pra mais do que dormir...
Sem amar e também sem ser amado,
sou leão acuado; nau sem mar;
ter pra dar, e pra ter, faz tanta falta...
De repente o repente que me acorda
com a corda no pulso que nem pulsa,
pois o tempo esfriou meu sangue quente...
SOLIDÃO UNIVERSAL
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Cada próximo à vista é uma nova miragem do vazio que habita os nossos olhos, janelas de nossas almas baldias. A distância do próximo está cada vez maior e contextualizada nas aparências; na plástica de uma multidão solitária. O ser humano se acotovela e não sente, porque não cabe ao tato a sensibilidade perdida. Cabe ao trato profundo, sincero e solidário que perdemos no tempo e no espaço de nosso egoísmo irrefreável.
Estamos separados por abismos. Imersos em prioridades palpáveis. Preocupados com o que teremos no dia seguinte, mas que jamais bastará, tanto faz o tamanho da conquista. Queremos o acúmulo; a coleção de bens, poder e unidades monetárias. O que tem de ser nosso e o que poderia ser de outros, mesmo que não tenhamos onde pôr e utilizar. Cultuamos o desperdício, em nome da ostentação e da vã imagem de superioridade.
Construímos o reino do egoísmo e perdemos a noção da vida. Parece que somos todo o mundo e todo mundo é ninguém aos nossos olhos. Os rumos da humanidade ficaram todos congestionados, porque há tantos eus no caminho para o nada. Já não há mais garagem para tanta solidão... no fundo, é tudo solidão.
TEU SISTEMA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Derramei minha essência em teu vazio
sempre cheio de alerta e sobressalto,
senti frio, mas dei o meu calor
incapaz de aquecer a tua neve...
Percorri as estradas de silêncios
que se perdem na treva dos teus vãos,
dei aos não dessa inércia em teu olhar
toda minha esperança em sentimentos...
Foste o túnel sem luz na outra margem,
a viagem perdida por meu sonho
de respostas que o tempo corroeu...
Minha gema jamais se fecundou
entre tantos conceitos empalhados;
fui humano demais pro teu sistema...
Ficou um vazio, um vácuo, um espaço desocupado depois do que foi dito, fico meio sem graça de falar com você agora, enxerguei algo que nunca existiu e nunca existirá, fui menos que o mínimo com você e por isso estou assim, sem rumo, sem horizonte. Sou o único culpado por ver errado os fatos de modo distorcido e sempre a meu favor, lamento, nos vemos por aí. .
Cuidado com os aplausos que ecoam no vazio. A verdadeira aprovação reside na consciência da própria jornada, não no julgamento alheio. Afinal aplausos não significa aceitação, o mundo muitas vezes se encanta com a exibição de um tolo.
Empoleirada na transparência mimética da folha, sem decreto, sem farda. Produz o trinado do vazio institucionalizado, qual quimera entoando a partitura de um porvir que nunca se quis presente, e que, mesmo quando prometido com verbo polido e peito batido, se esvai em lamentos mais vistosos que verídicos, pois onde há brilho, nem sempre há substância e onde há substância, não se canta assim
Nós dois
No melhor vazio da cidade
a mocidade
corre para
eternidade
você tens mas
do que o começo do meu
nome
coração sagra
por tua partida
já não, consigo dar vida
ao passado
e nem as rosas mortas...
Cuida me
(até que o meu coração fecha
as melhores composição
de amar)
bate numa pétala
esquecido por nós!!!
A música dançam
a nossa dança
as letras ficam dois a dois
o avião leva a minha jasmim
estou aqui no teu melhor
sitio
a ouvir a tua melhor música
e vejo um riso sem fim
na minha cabeça
o sinto o perfume
da tua música,
e a luz se apaga para sempre.
romântico eke roma
segundo ela poeta falso
Ao que parece, a sensação de vazio da espécie humana chegou a tal ponto que ela se dedicou a criar tantas coisas para preencher e agora já não cabe mais em si mesma!
Acho que a paz que você me trouxe ao estar por perto é o motivo do aperto e do vazio que sinto na sua ausência.
Está frio.
Tempo cinza,
segunda fria,
dia vazio, sem cor,
feito meu peito que bate em Preto e Branco.
Na terra da garoa o meu nome é solidão como no refrão,
tudo está sem sabor,
e eu espero que o sol venha me aquecer
pois esse outono frio só me lembra do que partio,
e me partio.
Sou a sombra de um alma sem Sol num descanso vendo a semana começar. PAULOROCKCESAR
Somos seres em invariante busca por algo que nos complete. Buscamos preencher o vazio que sentimos com a ilusão de que alguém pode nos completar. No entanto, ninguém pode preencher o vazio do outro, nem mesmo o próprio. Sem embargo disso, essa ilusão nos leva a uma busca incessante por algo que nos complete.
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