Vai Ficar na Memoria
A vida tem altos e baixos
nos momentos felizes são eternizados na memoria
E os momentos tristes se arrastam no tempo!
Shirlei Miriam de Souza
Preservar a memória histórica não significa viver do passado, muito menos barrar o desenvolvimento tecnológico, mas conservar o conhecimento dos nossos ancestrais, nos ajuda a lembra de onde viemos e de quem, tudo isso nos ajuda a saber quem realmente somos.
Há marcas na memória que a gente perdoa, releva e até esquece, mas as marcas do coração, tanto as boas como as ruins são inesquecíveis.
Sou o que minha memória diz. Sem ela não poderia afirmar que aquele garotinho na foto antiga sou eu.
O coração tem memória seletiva e só guarda o que vale a pena lembrar, o resto ele sepulta com graça sob a lápide do esquecimento.
O dia que inventarem uma vacina que apague da memória das pessoas a sensação de poder, de querer e se sentir superior, o mundo será melhor.
Vestida de hortelã, essa memória me visita e mareja meu olhar: tantos anos já se passaram sem a sua presença física, tantas coisas já vivi e quantas histórias minhas eu gostaria de te contar, mas a certeza de que você me vê – mesmo que invisível aos meus olhos – me conforta. Então, minha querida vó, cuide da sua hortinha aí no Céu, enquanto eu semeio nossas lembranças aqui na Terra. Minha saudade segue com o teu cheiro.
A memória dos velhos não mente sobre o passado distante, apenas se engana e confunde sobre o que é próximo.
Emilly...
A Emilly foi uma pessoa que eu conheci, que hoje só existe na minha memória...
Você já foi prisioneiro de algo?...
Bom eu já fui, acordava todos os dias numa prisão, a escuridão do vazio sem funções, eu só enxergava escuridão...
Até que ela chegou e todos os dias eu esperava a luz do sol, meu Deus que sensação boa... O sorriso dela era meu preferido, era como o sol que me livrava de tudo... Você já teve um sorriso que era o sol pra você?...
As vezes eu via ela dormir, ficava lá por horas sem fazer barulho, as vezes eu nem via ela dormir só ouvia... Mas eu fazia questão de ficar lá, pois eu ouvindo ou vendo ela... Saberia que estava segura...
Onde anda aquele sorriso que me tirava toda dor?...
Onde anda meu sol?...
A noite não acaba mais?...
Onde está a sensação de calor?...
Por que você se foi?...
Meu Deus que saudade você me dá...
Hoje eu sei que amei alguém, eu estou preso novamente, porém, eu espero todos os dias o meu sol voltar...
Um dia ele voltará, e nesse dia vou sentir a mesma sensação da primeira vez...
Ela está por aí em algum lugar...
Será que ela sabe a falta que me faz?...
Será que ela imagina que era o sol da minha vida?
Não importa onde esteja, o sol sempre brilhará em algum lugar.
-Lucas.E
Grandes lideres somam vitórias na memória mas pecam diante da história quando minimos detalhes lhes retiram a glória.
O encontro
Uma memória, uma xícara de café, uma boa música e um perfume marcante.
Estaria ela esperando alguém?
Certamente sim. Mas ela não espera um homem de barba feita, terno e um buquê na mão. Ela espera o seu antigo eu, ansiosa, atenta a janela.
Entre uma golada e outra de café, sentada na mesa vê o seu eu chegando... toda preocupada se a roupa se adequa, se o corpo se esculpe com aquele vestido vermelho de alta costura, se o status do aplicativo foi atualizado. O antigo eu senta na mesa, mas se recusa ao café. Quer um vinho em uma boa taça, que é para garantir a próxima atualização do status. Não olha para a atual, não tem tempo para isso. Liga a câmera frontal e confere se o cabelo e a maquiagem estão intactos. Para quem? Por quem?
Para o mundo virtual.
Ela, o eu atual, olha fixamente para a estante, onde as fotografias não mostravam o amor e a cumplicidade de alguém e sim os momentos luxuosos vividos e os países visitados: sozinha.
Mergulha em pensamentos e revive a morte dos pais, naquele acidente de carro em que somente ela sobreviveu. Entretanto lembrou -se das mensagens de consolo que recebeu pelo celular, percebendo mais uma vez o quanto as pessoas deixaram que o celular as substituíssem. Mensagens de fé, amor, consolo e carinho, mas o calor de um abraço e o toque das mãos naquele momento não existia mais.
O eu atual começou a elucidar as coisas e resolveu entregar ao antigo eu todas as memórias que para ela se tornaram fúteis. Sem expressão nenhuma entregou também o celular.
O tempo passou e...
As pessoas que sentiram sua falta no meio virtual a viam caminhando todos os dias (coisa que ela não fazia antes) no parque. Ela estava abrindo horizontes e fazendo coisas que acabara de descobrir que gostava. Começou a trabalhar numa creche e descobriu uma paixão por criança. Abraços não faltavam mais na rotina da nova "tia".
Cada dia mais trazia para si o contato corpo a corpo, olho a olho.
A casa que já não tinha mais cor começou a colorir-se novamente. A mesma recebia muitas visitas e passava horas lembrando vagamente das paisagens que conheceu mundo afora e transformando em arte com seus pincéis multicores. Pintava quadros lindos que tiravam o fôlego e mexiam com o intelectual.
Após esse encontro, ela afirma que não retomou a vida e sim que aprendeu a viver. Pois antes ela existia em um mundo oco, de curtidas e meias palavras e não sentia o prazer, o real prazer de existir.
Quem sabe em uma caminhada matinal ou em um momento inesperado ela tromba com o amor da sua vida. Afinal, agora ela é real e desperta olhares reais.
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