Util So quando Precisam
PAI
Como o tempo passa
Quem me confirma é o espelho!
Quando entrei em casa
Olhei os retratos na parede
Fiquei pensando na minha vida ali a tarde na cama sentada
Imaginando uma grande casa de varanda e uma rede. (Nosso sonho lembra?)
Ouvi aquela sua velha canção...
Vi a menina cheia de sonhos indo embora do teu acalento
Senti-me vazia! (Porque fui tão cedo?)
Experimentei o novo, fui senhora da razão.
Aprendi que o destino à gente domina
Das coisas que vivi, de nada me arrependo
Só que agora nem me lembro
O gosto da comida que você fazia,
Ou a última conversa que tivemos,
A cada ano tudo fica tão longe, e teu abraço de pai era tudo que eu queria!!!
Quis provar para o mundo
Que eu era diferente
Mas sabemos que lá no fundo
Só queria te mostrar que seria independente
Agora renovei meus sonhos criei outros ideais
Aqui estou, com mais uma taça de vinho na mão.
A menina querida que fui, já não sou mais.
Tornei-me mulher com sua falta no coração
Sentada vendo fotos antigas...
Imaginando como poderia ter sido
Se não houvesse tantas mágoas
Você demorou de perdoar e essa parte da vida eu não domino
Queria te falar como andam meus dias...
Minha vida, minhas alegrias e tremores...
Queria ser o que eu era; sua filha e amiga.
Queria ouvir suas histórias e as dores...
Quem sabe até ouvindo esta canção... (que você gostava tanto!)
Que fala de amor fraternal e sete filhos
Brindando com um copo nas mãos
Passando á limpo nosso destino
Quem sabe um dia, numa casinha de varanda com uma rede...
Eu recordo o que você disse no dia em que me perdoou...
Você disse que sentia sim orgulho dessa filha que hoje anda tão ferida
E eu disse que sentia tanto, e num abraço a gente se rendeu.
Muito pouco tempo depois a vida te levou...
Mas quem sabe também um dia eu reencontro no espelho aquele olhar de menina
Que perdi em algum lugar daquela fotografia.
Muita gente busca as respostas no mundo, quando na verdade as respostas sempre estiveram dentro delas
O Sonho de hoje pode virar a conquista de amanhã! Depende do nosso crer. Quando a fé é elevada o milagre é certo!
Se alguém te faz rir quando a tua vontade é chorar acredite , vale a pena deixar os medos e incertezas no passado e arriscar de cabeça , corpo e alma á esse alguém , no hoje , no amanhã e no para sempre.
Se não saem palavras da minha boca quando me criticam erroneamente, não é porque sou frágil, mas porque sou forte o suficiente pra deixar essa negatividade invadir o meu interior e poluir minha confiança.
Quando cresce o número dos que te admiram, automaticamente cresce o número dos que te invejam. A gasolina do nosso sucesso é a lingua dos que nos criticam.
Ego Humano
Quando já se esgotaram as alternativas e não existem mais escolhas, nos resta somente o tempo, e nele depositar a ideia de mudança para ilusoriamente apagar de dentro de nós uma história estéril que parou aquele período da vida, deixando tudo o que sentimos a mercê da infeliz lembrança de um passado que todos os dias nos perguntamos se realmente existiu, negando-o a cada interrogação retórica de nossa suja consciência.
Que a cada ameaça da estabilidade do egoísmo, as palavras se tornam um punhal tão resistente quanto o diamante, na tentativa mortífera de matar em quem se gosta tudo aquilo que nos intimida mesmo sem rancor.
É algo sem glória, que a vitória nos leva ao sentimento de derrota, as batalhas ganhadas viram fundo ao que se sente, e imaturamente implodimos por não conseguir sanar o dano do passado que de maneira egóica, prevalece o desprezível, solitário e miserável ego humano.
Quando eu te vejo eu fico até paralisado,
Pois não sei realmente se estou apaixonado,
Meu coração começa a disparar descontrolado,
Me inspiro completamente em você todos os dias,
Você desperta a pura magia,
Eu sei que nada nesse mundo é para sempre,
Não consigo imaginar o que passa em sua mente,
Você despertou uma luz dentro de mim,
Até hoje eu não entendo porque tem que ser assim,
A sua partida não teve despedida,
É triste,
Mas lembre-se a esperança ainda existe,
Portanto a vida continua,
Não importa se ainda estou magoado,
Não entendo porque continuo apaixonado.
Imagino quando eu vou deixar de me emocionar em passar horas olhando pro céu contemplando a grandeza da lua e a infinita beleza das estrelas e planetas que brilham a milhares de anos-luz de mim, tento imagino quando deixar de gostar da musica que escuto varias vezes ao dia, quando eu deixar de achar essa musica bonita, imagino quando eu não estiver mais afim da garota que sou hipnotizado por sua beleza e pelo seu jeito de ser que para mim é encantador, imagino também quando deixarei de achar as flores uma das coisas mais expressantes de beleza, simplicidade e repressora com seus espinhos, imagino quando deixarei de ver beleza na arte e quando deixarei de valorar de dar prioridade à aquilo que é importante para mim e quando eu achar o meu melhor filme uma grande chatisse e perda de tempo em assisti-lo, me pergunto sera que foram as coisas que mudaram ou foi eu ou talvez quem sabe as pessoas perto de mim, a sociedade, hum talvez,mas a minha preocupação é que não quero deixa de olhar pro céu não quero deixar de gostar da garoto mais interessante que já conheci, não quero deixar de escutar renato russo ou assistir Diário de um Vampiro,mas infelizmente sera essa mudança inevitável, respondo-me , sim ate o ponto em que você costuma a deixar coisas importantes para você de lado, e não a partir do momento em que não quer perde-las e fara de tudo para que isso não ocorra, então a resposta esta em você e não nas coisas.
Cometas Halley são difíceis de aparecer em nossas vidas, quando aparecem logo se vão deixando um rastro de saudades, porém as estrelas estão espalhadas por todos os lados, iluminando o nosso céu e quase sempre deixando a sua marca uma assinatura sem igual, única, perfeita, magistral, simplesmente mais do que especial, às vezes acho que você está tão longe, mas tenho a certeza que está tão perto sempre a brilhar, minha estrela da manhã prometo estar sempre ao seu lado junto contigo esse amor compartilhar.
"" Quando a complexidade de seus pensamentos nao tiverem sentido ao palco de suas emoções, lembre-se, que suas idéias poderão abrir espaço para o gélido de sua alma,arder no mais puro sentimento que há dentro de você chamado, SUA SINCERIDADE ""
.
Teus olhinhos, quando se alinham ao meu, brilham como as estrelas do céu e então eu me sinto ímpar por um instante no universo. Teu sorriso calmo e cintilante que me deixa 'mundiado', e eu então, já entorpecido me rendo aos teus lábios desenhados perfeitamente pelo criador, então eu tenho a certeza de que ele é perfeito em tudo...
Porém, do teu amor eu sou refém, e da tua paixão sou escravo. A tua metade que me enaltece é o sol que clareia minha vida e me enche de esperança, e a outra metade é como a escuridão, que me deixa cego e sem direção. Sem saber pra onde ir eu me perco e fico vagando sem destino certo. E é essa metade que me destrói...
Talvez eu não seja tão bom quanto pareça, talvez as pessoas se equivoquem quando fazem uma biografia positiva de mim. Viver a realidade.
Cansado de muita coisa...
MEMÓRIAS DE UM NATAL PASSADO
Quando era criança, na noite de Natal, eu e o meu irmão partia-mos nozes e avelãs no chão de cimento da cozinha, à luz do candeeiro, enquanto a minha mãe se ocupava das coisas que as mães fazem.
Depois, quando o meu pai chegava, jantava-mos como sempre e seguia-se, propriamente, a cerimónia de Natal. Naquela noite o meu pai trazia um bolo-rei e uma garrafa de vinho do Porto.
Sentados à mesa, abria-se a garrafa de vinho do porto e partia-se o bolo em fatias. O meu irmão e eu disputava-mos o brinde do bolo-rei comendo o mais rápido possível na expectativa de nos calhar em sorte não a fava, mas sim o almejado brinde!
Eu não gostava daquele bolo, mas naquele tempo a gente “não sabia o que era gostar”, como dizia a minha mãe quando nos punha o prato á frente. Assim acostumada, engolia rapidamente as fatias para não sentir o sabor e ser a primeira a encontrar o brinde.
O meu pai, deleitava-se com o copito de vinho do Porto e observava calado as nossas criancices.
Depois, vencedor e derrotado continuavam felizes, na expectativa da verdadeira magia do Natal. Púnhamos o nosso sapato na chaminé, (eu punha a bota de borracha, que era maior), para que, á meia-noite o menino Jesus pusesse a prenda.
Íamos para a cama excitados, mas queríamos dormir para o tempo passar depressa e ser logo de manhã. Mal o sol nascia, corria-mos direitos ao sapatinho para ver o que o menino Jesus tinha la deixado.
Lembro-me de chegar junto á chaminé e encontrar o maior chocolate que alguma vez tivera visto ou ousara imaginar existir. O meu irmão, quatro anos mais velho, explicou-me que era de Espanha, que era uma terra muito longe onde havia dessas coisas que não havia cá.
O mano é que sabia tudo e, por isso, satisfeita com a resposta e ainda mais com o presente, levei o dia todo para conseguir comê-lo a saborear cada pedacinho devagar!
Depois, não me lembro quando, o meu irmão contou-me que não era o menino Jesus que punha a prenda no sapatinho, mas sim o nosso pai. Eu não acreditei e fui perguntar-lhe.
O meu pai, que gostava ainda mais daquilo do que nos, respondeu de imediato que não, que era mentira do meu irmão, que ele sabia lá, pois se estava a dormir…
Com a pulga atras da orelha, no Natal seguinte decidi ficar de vigília, para ver se apanhava o meu pai em flagrante, ou via o Menino. Mas os olhos pesavam e, contra minha vontade e sem dar por isso, adormecia sempre e nunca chegava a apurar a verdade.
Na idade dos porquês, havia outro mistério á volta da prenda de natal. É que eu ouvia dizer aos miúdos la da rua, que eram todos os que eu conhecia no mundo, que lhes mandavam escrever uma carta ao menino Jesus a pedir o que queriam receber. Maravilhada com tal perspetiva, apressei-me a aprender a ler e a escrever com a D. Adelina, que era uma senhora que tomava conta da gente quando a nossa mãe tinha que ir trabalhar e que tinha a 4ª classe, por isso era muito respeitada sobre os assuntos da escrita e das contas.
Antes de entrar para a escola primária já sabia ler e escrever mas isso não era suficiente.
Faltava ainda arranjar maneira de fazer chegar a carta ao seu destino. Para mim, aquilo não resultou: da lista de brinquedos que eu conhecia, não estava nenhum no meu sapato.
Questionada, a minha mãe, que tinha ficado encarregue de dar a carta ao Sr. Carteiro, disse-me que o menino Jesus só dava prendas boas aos meninos que se portavam bem. Mas eu já era uma menina crescida, já tinha entrado para a escola primária (em 1974) e sabia que os que recebiam brinquedos eram diferentes de mim noutras coisas também.
E foi então que, depois de ler a carta dos Direitos da Criança que estava afixada na porta da sala de aula, soube de tudo. Senti-me triste, zangada e confusa: Porque é que escreviam coisas certas e as deixavam ser erradas? Eles eram grandes, podiam fazer tudo! Se estava escrito ali na porta da escola era porque era verdade e importante, igual para todas as crianças como dizia na Carta. Que tínhamos direito a um pai e uma mãe lembro-me. A partir dali todas as coisas que a que a criança tinha direito, eu não tinha, e isso eram por culpa de alguém. Experimentei pela primeira vez um sentimento que hoje sei chamar-se injustiça.
Tranquilizei-me com o pensamento de que um dia viria alguém importante e faria com que tudo aquilo se cumprisse. E eu aí esperar. Era criança, tinha muito tempo: nascera a minha consciência cívica.
Compreendi que os adultos diziam as coisas que deviam ser, mas não eram como eles diziam. Nesta compreensão confusa do mundo escrevi nesse primeiro ano na escola a minha carta ao menino Jesus e deixei-a eu mesma no sapatinho. Era um bilhete maior que o sapato e dizia assim:
“Menino Jesus
Obrigada pela prenda.
Vou pensar em ti todas as noites mesmo depois do natal passar e espero por ti no natal que vem. Gosto muito de ti.
Adeus.”
E rezei a Deus que, houvesse ou não menino Jesus para por a prenda no sapatinho, me trouxesse todas as noites o meu pai para casa.
Nisa
Setúbal, 29 de Novembro de 2012
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