Urbano

Cerca de 327 frases e pensamentos: Urbano

A raiz da timidez no meu ponto de vista está na auto estima que muitas vezes se perpetua no indivíduo desde a sua infância".

Inserida por GutoMaiaBaptista

Sacra constituição

Cravei com Deus
Umas novas leis
Pros meus sonhos
Ai ele me deixa sonhar,
Do jeito certo

Funciona assim
Eu sou só pele
E pra flutuar
O que tenho por dentro
É o que pensam almas notívagas

Delas me vem um tanto de malícia
Que atravessa e respinga paixão
Ai vou longe sobre o urbano e o rural
E nada de sentir dentes caindo

Ou o susto de cair de um arranha-céu no colchão
Assim furto de todo o resto pra ir te visitando!

Gosto de levantar bem cedo para caminhar, pois assim nunca me esquecerei de como a cidade fica calma ao amanhecer.

“Não é apenas o DNA de seus ancestrais que estão em você, a coragem, alegria e dor também estão. Quando você desisti de lutar, você desonra seu povo que morreu lutando.”

⁠Postes Laranja

Avenida barulhenta
Se cala na sarjeta
Postes Laranja
Na beira da falência

Gasolina fedorenta
Poluição da grande empresa
Postes Laranja
Ignoram sua presença

Cidades isoladas
Vidas isoladas
Postes Laranja
Invadem nossa mata

Progresso é o que se diz
E escreve com um giz
Postes Laranja
Se espalham como chafariz

Está ficando estrelado
Está ficando clareado
Postes Laranja
Apagam o estrelato

Eu preciso ficar calmo
Fugir do urbano no marasmo
Postes Laranja
Me perseguem por todo lado

Postes Laranja
Postes Laranja
Postes Laranja
Postes Laranja
Por onde eu vou não tem mais vermelho
Verde, azul, amarelo
Roxo, branco, preto,
Cinza, marrom ou caramelo
Tudo o que vejo na distância
São apenas Postes Laranja

A melhor lembrança gastronômica que tenho vem da infância: Comer acaçá na cidade de São Félix (BA) no dia de Cosme e Damião. Acaçá é feito de milho e enrolado em folha de bananeira.
A rápida migração do rural para urbano apagou memórias e tradições. Hoje, poucos sabem o que é acaçá. Eu não sei onde tem. E quem sabe?

Inserida por AdrianoMoitinhoPinto

NAS ENGRENAGENS

De casa pro trabalho
do trabalho para casa
assim trabalha o ponteiro
pedalando mais uma jornada
um pouco de óleo para refrescar a labuta
e logo volta ao normal, continua a luta
mais acocho neste, naquele parafuso
confuso, inútil
deve haver algum defeito
erro na configuração
tudo esta se degradando rápido
só as máquinas continuam firmes no chão
engrenagens vivas por sangue pulsante
combustível necessário constante
mediante o custo do caos
desconhecido, estabelecido, incerto.

Inserida por Juniorfrio

Me de seu caminho; me dê a direção; respire; bem vindo ao mundão.

Inserida por tombarreto

A Terra muda o Homem
O Homem muda a Terra
Ela modifica ele
Ele modifica ela.

Inserida por rennan_barros

Um dos maiores desafios das pessoas que moram nas grandes cidades brasileiras é resgatar o senso de comunidade.

Inserida por neuber_lourenco

<Evolui dai e voa! Voa daí e evolui! Voa, evolui daí>

A vida moldou-me na pancada,
tornei-me plástico, maleável, flexível!
- Não manipulável. Adaptei-me e evolui,
na medida em que a vida me sovava feito pão.
Depois de um tempo nesse estado, parecia falar outra língua.

Algumas coisas pareciam tão distantes
para os que não podiam ver o mundo de onde o via,
tudo parecia distante daquele mundo ínfimo que fui um dia
tudo era tão iminente, que parecia uma catarse
uma inevitável catarse, mais dia ou menos dia.

Nadava na lama e era tão feliz, que podia enxergar além dali
além daquele pequeno mundo, fechado e sem mobilidade
àquela altura, já era alguém além dali, livre de ser igual a todos
nem melhor nem pior, mas podia ver antes de todos
muito além da superficialidade que corrompia o intelecto de todos ali.

Em meio a toda aquela lama,
a voz na consciência que gritava todos os dias:
- Evolui dai e voa!
Voa daí e evolui.
Voa, evolui daí.

Aprendi a ser tolerante, sendo tolerante
e a respeitar, respeitando
não haviam outras opções na ocasião,
desde muito cedo,
ou era assim ou era assim.

E se hoje sou capaz de enxergar
a alma das pessoas
e ver nelas o que nelas há de melhor,
mesmo que isso não pareça tão evidente num primeiro olhar
é porque a vida evoluiu-me a ponto de tal.

Depois de estar tanto tempo fechado em si mesmo,
não é tão difícil sair, na verdade é um grande prazer sair
e encontrar o mundo escancarado,
ofertando tantas possibilidades de ser o que se quiser ser.
E apesar de ser bom estar dentro, é ainda muito melhor do lado de fora.

Evolui dai e voa! Voa daí e evolui! Voa, evolui daí.

Inserida por JotaW

<<A Lenda do Chapelão>>

Pelas duras estradas de terra do bairro Copacabana do passado, tocando sua boiada em meio à solidão de tais caminhos seguia firme o arauto, desbravando a mata virgem para dar de comer ao seu gado, pisando o barro da estrada encharcada para por o que de comer sobre a mesa de sua própria casa, enquanto caminhava descobrindo e ou construindo novos caminhos por onde seguir... “Ôh Marruh”! “Bora Sergipe”! “Boi bandido”.

Seguia pelos caminhos, sozinho, com a força típica dos homens valentes do campo, que tocam as boiadas no comando firme de suas vozes imperativas, e que apesar da doçura e mansidão de gente que de tão sofrida tem a paz estampada no olhar, seguia em frente fazendo a sua própria história fazendo a infância da gente ser grande, gostosa de ser vivida de ser lembrada. Fazendo a infância das gentes, todas, terem aquele gostinho de terra pequena, fazendo-nos todos, nostalgicamente, lembrarmo-nos da roça ou vivenciar uma experiência aproximada com o que há de ser de fato a vida no campo, mesmo para aqueles que nasceram e cresceram nas cidades já imensas e cheias de todo tipo de confusão e que jamais pisou o pé no mato de uma roça qualquer. Lembrança de quando tudo o que se tinha por aqui era ainda o que estava por ser conquistado e do mato rude que perfazia todos os caminhos fazendo capoeira para as brincadeiras das crianças à época.

Quando passava a boiada assombrada pela ligeireza do chicote do vaqueiro hábil torneando o seguir dos bois, ditando o ritmo do caminhar (tanto do gado quanto das pessoas a observar o movimento) agitava-se toda a molecada pelos caminhos de terra vermelha, de barro preto dos brejos encharcados pelas inúmeras minas d’água existentes (hoje extintas), e ou pela argila cintilante das encostas de barrancos que serviam de arquibancada pra fugir das possíveis chifradas dos bois desembestados às vezes. Ao ver aquele mundaréu de boi seguindo no rumo comandado pelo vaqueiro de chapelão de palha ou de feltro marrom na cabeça e estaca de madeira e chicote de couro às mãos e berrante uivando repertório vasto e requintado o mundo pequeno que era o de quem observava, agigantava-se, tornando-os expectadores do evento: - “Bois passando, cuidado”! E por fim, quando já lá longe ia o último boi gritava de cá a criançada animada: Vai com Deus Chapelão! Vai com Deus. E todo mundo tinha um boi preferido dentre os bois do rebanho, só que de tanto medo de ser chifrado, ninguém ousava chegar perto.

Particularmente, lembro-me com muito carinho das “benzeções” e das “rezas” carregadas de fé, que curavam mesmo, qualquer tipo de problema. Certa vez, minha mãe achando-me aguado, levou-me e deixou-me aos cuidados dele. Depois de colher alguns ramos de uma planta qualquer no mato e embeber-lhe em água benzida (benta) saraivaram sobre mim umas duas ou três ramadas, na hora ri, mas doeu de verdade. Depois lavou meu corpo todo na bica que escorria ao pé da mina d’água que corria perto de sua casa, nos arredores da Rua Argentina, com um incômodo banho de leite de cabra, ordenhado naquele exato momento, para tal finalidade. Enquanto minha mãe me espreitava com uma galha lavrada de goiabeira na mão, por medo de eu reagir negativamente me recusando ao tratamento ou por medo de eu tentar fugir por vergonha da azaração dos meus amigos e desconhecidos da mesma idade que aguardavam por ali. No auge da minha ingenuidade infantil achei fantástico tão espetáculo de alegoria irreparável. Apenas fiquei com medo das rezas estranhas e com vergonha das risadas das outras crianças na fila para serem benzidas (bentas) também. Não há de minha época uma criança sequer, fosse da religião que fosse que não tenha vivenciado experiência parecida. Lembro-me até hoje, com nostalgia, de tal procedimento e sinto-me honrado todos os dias por isso. Hoje, me sinto um pouco órfão dessa época e desse tipo de ser humano que aos poucos vai deixando de existir no bairro Copacabana.


>>> OBS: Homenagem ao grande Srº Chapelão, morador do bairro Copacabana, BH, MG. Com toda a minha deferência.

Inserida por JotaW

A Fotografia é a essência da alma.
( Serurbanafoto)
- Isis Soares

Inserida por isis_soares

Rua Escura
Veia Aberta
Jorra Sub-imundo
Na Mente do Poeta

Inserida por otiagom

Mesmo duras, as nossas ruas, ainda nos divertem!

Inserida por JotaW

O homem branco é tão civilizado que abandona seu cachorro na entrada das aldeias porque sabe que aqueles que ele chama de selvagens não farão o que ele fez.

Inserida por katiakim

Não é questão de inspiração, eu acordo e já vejo milhares de coisas erradas, acordo e já sou bombardeada de visões ruins, injustiças e mais injustiças, essas coisas não me inspiram, essas coisas me obrigam a falar, gritar, revolucionar.
Inspiração para mim é assistir um filme e sair do cinema com ideias para criar algo. Minha vida não me inspira, ela me obriga, eu me sufoco e preciso fazer algo porque se eu não fazer nada com essa dor, essa coisa me sufocará até a morte. Minha arte nasce da dor, da observação desse mundo de horror. Não crio por inspiração, crio para sobreviver, se tenho dons, não se trata de inspiração, eu não faço mais que minha obrigação.

Inserida por katiakim

⁠Tento seguir em frente
Em uma via de contra-mão
Seguindo as coordenadas
Que estão no meu coração

As placas disseram pare
Mas minha mente dizia não
Bati no muro do amor
Quebrei meu corpo e meu coração

Inserida por henrique_de_freitas

⁠Toda Alma estará nua perante o SENHOR

Inserida por Netrax

⁠A urbanidade é com certeza inversamente proporcional a sociabilidade

Inserida por franciscoslour