Uma grande Amizade Nao tem Dinheiro que Pague

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Precisamos amar para não adoecer.

Sigmund Freud
Introdução ao narcisismo (1914).

AMOR MADURO

O amor maduro não é menor em intensidade. Ele é apenas silencioso. Não é menor em extensão. É mais definido colorido e poetizado. Não carece de demonstrações: Presenteia com a verdade do sentimento.

Não precisa de presenças exigidas: amplia-se com as ausências significantes.
O amor maduro tem e quer problemas, sim, como tudo. Mas vive dos problemas da felicidade. Problemas da felicidade são formas trabalhosas de construir o bem, o prazer. Problemas da infelicidade não interessam ao amor maduro. Na felicidade está o encontro de peles, o ficar com o gosto da boca e do cheiro do outro - está a compreensão antecipada, a adivinhação, o presente de valor interior, a emoção vivida em conjunto, os discursos silenciosos da percepção, o prazer de conviver, o equilíbrio de carne e de espírito.

O amor maduro é a valorização do melhor do outro e a relação com a parte salva de cada pessoa. Ele vive do que não morreu, mesmo tendo ficado para depois, vive do que fermentou criando dimensões novas para sentimentos
antigos, jardins abandonados, cheios de sementes.

Ele não pede, tem.
Não reivindica, consegue.
Não percebe, recebe.
Não exige, oferece.
Não pergunta, adivinha.
Existe, para fazer feliz.

O amor maduro cresce na verdade e se esconde a cada auto-ilusão, basta-se com o todo do pouco. Não precisa e nem quer nada do muito. Está relacionado com a vida e por isso mesmo é incompleto, por isso é pleno em cada ninharia por ele transformada em paraíso. É feito de compreensão, música e mistério.

É a forma sublime de ser adulto e a forma adulta de ser sublime e criança. É o sol de outono: nítido, mas doce.

Luminoso, sem ofuscar.
Suave, mas definido.
Discreto, mas certo.

Artur da Távola

Nota: Trecho adaptado de um texto do autor.

O amor não é limitação. O amor é o voo.

Eu tenho saudade do que não vivi. Tenho saudade de lugares onde não fui e de pessoas que não conheci. Tenho saudade de uma época que não vivenciei, lembranças de um tempo que mesmo sem fazer parte do meu passado, marcou presença e deixou legado. Esse tempo, onde a palavra valia mais do que um contrato, onde a decência era reconhecida pelo olhar, onde as pessoas não tinham vergonha da honestidade, onde a justiça cega não se vendia nem esmolava, onde rir não era apenas um direito do rei...

As pessoas não percebem, mas a solidão é subestimada.

E sinceramente não sei dizer, se você mudou, ou era eu que não te conhecia.

Par perfeito não existe. Não temos o direito de depositar em alguém a responsabilidade da nossa felicidade. Simplesmente porque não existe ninguém perfeito. Temos que nos superar dia a dia e conviver com nossas limitações e respeitar as diferenças. O amor nos torna tolerantes, tornando tudo possível. Só é possível fazer alguém feliz quando aprendemos que o amor tem que ser incondicional.

O corpo reage ao coração ou reage à mente?
08/05/09

Estou tão cansada. Quase não tenho força. Hoje estou naqueles dias em que dá vontade de dormir e acordar dez anos depois. Você já ouviu falar em sono reparador? Queria dormir e acordar dez anos mais linda e dez anos mais burra.
Interessa a você saber que estou apaixonada?
Impressionante como essa palavra acorda os outros. Eu estou apaixonada, mas não é por uma pessoa. Estou apaixonada pela lembrança de algo leve, solto e rápido, como uma bola de gás que escapa da nossa mão e passa a ficar cada vez menor e mais distante. Estou apaixonada pelo impacto da vida, por um tiro certeiro e bem mirado, pelo arrebatamento provocado pelo descuido das minhas defesas. Quem está no comando dentro de nós? Andei flertando com o perigo e no entanto o perigo estava dentro de mim, dentro desse coração que empacou nos 15 anos, aquela época em que eu era uma velha e acreditava no amor. Toda mulher romântica é uma idosa. Não acredito que eu tenha caído nessa cilada, me apaixonar por uma situação. Por que não estou apaixonada por alguém, estou apaixonada por algo. Algo completamente inatingível. Estou apaixonada por marcar encontros, por receber mensagens safadas, emails, por estacionar olhando pros lados, temendo ser reconhecida. Apaixonada por entrar no apartamento de um estranho, por tirar a roupa, por gozar com um estranho. Apaixonada por aquilo que inspira os filmes B e os romances vendidos em banca. Quem está no comando, me diga? É claro que ele tem rosto, nome e sobrenome. Mas isolado, longe do cenário, ele não me comove. Ele me comove acionando em mim a outra, aquela que só deixo sair da casca de vez em quando. Ele é o xerife que dá liberdade condicional ao meu lado fora-da-lei. Se o xerife desiste da brincadeira, ela precisa voltar pra sua prisão domiciliar. Não me venha falar de outros namorados, não me interessa uma transferência imediata, seria simplista demais. Quero o circo todo a que tenho direito: sedução, fantasia, tempo. Quero um romance longo, quero intimidade. Fazer cena de ciúme, terminar, voltar, amar, brigar de novo, telefonar, pedir desculpas, retornar. Amantes bem comportadas são um tédio. Se eu estivesse no comando, pinçaria do meu caderninho meia dúzia de frases que liquidariam a questão. "Foi bom enquanto durou". "O destino sabe o que faz". "Tudo tem seu preço". "O show deve continuar". Este tipo de clichê. Mas quem está no comando é ela, a que não quer voltar pra cela. Rebelião no presídio feminino: ela fugiu do meu controle. Ela é romântica como uma adolescente. Visceral. Caótica. Ela chora como uma menininha. Cria diálogos tão convincentes durante suas madrugadas insones que chega a acreditar que eles aconteceram. Viajandona. Doce. Áspera. Virginal. Ela me enlouquece. Ela determina a hora de voltar pra casa, e eu aguardo por ela com uma ansiedade quase sexual. Quem está apaixonada? Ela por ele? Eu por ela? Ou tudo não passa de um sentimento solto, sem dono, caçoando de todos nós?

Não sou poeta e não sei escrever... só sei que te amo e jamais vou te esquecer...

Não sei com que palavras vou agradecer a Deus, o presente mais bonito que Ele já me deu. Todo mundo sabe, não dá pra esconder, é só olhar pra mim, que vão ver você!

Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é... Autenticidade.

Kim e Alison McMillen

Nota: Trecho adaptado do livro "Quando me amei de verdade", de Kim e Alison McMillen. Link

Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para dizer tudo o que tem que ser dito.
O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutar para realizar todas as nossas loucuras.
Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação.

Desconhecido

Nota: Trecho de um texto de autoria desconhecida.

A natureza reservou para si tanta liberdade que não a podemos nunca penetrar completamente com o nosso saber e a nossa ciência.

O pouco não me serve...
médio não me satisfaz...
metades nunca foram meu forte...
palavras até me conquistam temporariamente...
mas atitudes me perdem,
ou me ganham pra sempre...

Não me arrependo de nada. Mas, de vez em quando, passa pela cabeça um "ah, podia ter sido diferente".

Não faça sua felicidade depender daquilo que não depende de você

Hoje é meu aniversário. Sei que muitos não vão lembrar, mas eu não me importo. Se Deus viesse até mim hoje e me perguntasse "meu filho, pode escolher o que sua imaginação quiser, pode me pedir todo o dinheiro do mundo, pode escolher qualquer mulher, pode escolher a vida eterna, pode escolher qualquer coisa mesmo". Sabem o que eu pediria? Apenas que ele deixasse que o céu tivesse horário de visitas. Para eu poder abraçar e beijar minha mãe e minha irmã só mais uma vez e poder dizer pra ela como elas fazem falta pra mim e como eu precisava de um puxão de orelhas delas. Deus se não for pedir muito deixa eu sonhar com elas hoje? Parabéns pra mim.

Eu amo,
Ele não me ama.
Eu quero,
Ele não me quer.
Eu sofro por ele,
Ele nem sabe.
Eu preciso do seu amor,
Ele nega.
Eu tô sempre triste,
Ele sempre sorri.
Eu o vejo, tremo e arrepio,
Ele fica firme.
Eu desejo seus lábios,
Ele nem pensa nisso.
Eu sacrifico-me para vê-lo,
Ele não aparece.
Eu minto para ouvir sua voz,
Ele se cala.
Eu escrevo para me expressar,
Ele não lê.
Eu declaro-me atravez de um olhar,
Ele diz não através do seu.
Eu não sei pensar em outra coisa,
Ele pensa em tudo menos em mim.
Eu humilharia-me por ele,
Ele riria de mim.
Eu sou criança pra ele,
Ele adulto demais pra mim.
Posso ser criança...
Mas amo com,
Mais intensidade,
Devido à inocência
De meu sentimento infantil.

Verdadeiro valor não dão à gente;
Essas honras vãs, esse ouro puro
melhor é merecê-los sem os ter
que possuí-los sem os merecer.

Luís de Camões
Os Lusíadas (1572).

Testamento

O que não tenho e desejo
É que melhor me enriquece.
Tive uns dinheiros - perdi-os...
Tive amores - esqueci-os.
Mas no maior desespero
Rezei: ganhei essa prece.
Vi terras da minha terra.
Por outras terras andei.
Mas o que ficou marcado
No meu olhar fatigado,
Foram terras que inventei.
Gosto muito de crianças:
Não tive um filho de meu.
Um filho!... Não foi de jeito...
Mas trago dentro do peito
Meu filho que não nasceu.
Criou-me, desde eu menino
Para arquiteto meu pai.
Foi-se-me um dia a saúde...
Fiz-me arquiteto? Não pude!
Sou poeta menor, perdoai!
Não faço versos de guerra.
Não faço porque não sei.
Mas num torpedo-suicida
Darei de bom grado a vida
Na luta em que não lutei!

Manuel Bandeira
Antologia Poética - Manuel Bandeira. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2001.

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