Um Texto sobre a Mulher Maravilhosa

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Teu jeitinho...
(Nilo Ribeiro)

Não escrevo sobre tua beleza,
pois sou um suspeito admirador,
hoje minha poesia verseja,
o teu jeitinho encantador

mulher madura,
alma juvenil,
mulher de cultura,
de qualidades mil

dona de casa atarefada,
sábia comandante,
mãe linda e dedicada,
é carinho a todo instante

mulher inteligente,
postura de rainha,
firme, exigente,
elegante quando caminha

mulher para se contemplar,
tem "status" de diva,
mulher feita para amar,
e admirar pro resto da vida

mulher forte,
mas delicada,
não perde o norte,
mulher centrada,

guarda segredo,
mulher de confiança,
não tem medo,
psique de criança

mulher batalhadora,
mulher poderosa,
mulher encantadora,
mulher formosa

mulher segura,
teu encanto exacerba,
a mais linda criatura,
que Deus pôs na Terra

não queria falar da beleza,
mas a poesia recusa,
você com toda tua nobreza
é a mais divina musa

você me extasia,
você me emudece,
é para você esta poesia,
e também toda minha prece...

Eu escrevo sobre o amor, ou o amor me escreve?

Eu escrevo sobre o amor quando digo que amar é um sentimento puro
E o amor me escreve quando eu amo outro alguém
Eu escrevo sobre o amor quando digo que posso senti-lo
E o amor me escreve quando eu escrevo sobre você

Quando escrevo sobre você eu tento
De todas as formas
Tocá-lo com palavras
Tento
De todas as formas
Aproximar-te desse sentimento

E quando o amor me escreve ele tenta
De todas as formas
Fazer com que eu toque você com palavras
Ele tenta
De todas as formas
Fazer com que eu aproxime você desse sentimento

O amor não só me escreve como nos escreve
Porque seja na paixão, daquelas que vem do fundo da alma
Paixão amor
Ou em um ato de solidariedade
O amor nos escreve

E quando ele nos escreve
Ele nos envolve
E então
Somos um só.

A quadra, a sextilha e a oitava sobre o amor dos pais

De todos os amores do mundo
O amor por um filho prevalece
O ser pai, o ser mãe, vai mais fundo
O amor premeditado enaltece

De todas as pessoas do mundo
Os pais são os que mais amam
Se afogam no destrato dos filhos
Se deleitam na malcriação
E ainda assim, os amam
Se entregam a imensidão do coração

E por estarem a amar, brigam
Brigam por tudo e tudo um pouco
E por brigarem, revoltam seus filhos
Revoltosos, contrariam seus pais
Contrariando, se entregam ao ilícito
Encurralados, buscam o apoio dos pais
Apoiados, se sentem amados
Amados, assim são.

O espelho

Um labirinto misterioso e profundo
Encara os olhos atentos do homem
Indagando sobre si e o mundo

A poeira pisada do dia de ontem
E os passos incertos do ser
Abrem as portas para ele viver

Viver em si, em sua própria imagem
Olhando o espelho, e vendo seus olhos
A face da alma, uma grande miragem

A cortina se abriu, e veio a atuação
Sorriu e chorou, colheu os espólios
Mas quando se fechou, viu a enganação

O homem se via um grande rei
Mas o abismo do espelho o despiu
E revelou o ser oco e vil.

Deitas sobre um fio de mar.
Alugas a tempestade,
porém, por que tem tanto medo da chuva?
Deixe de ser tão tola, tão covarde.
Dei me um braço de vento
para que eu possa tocar as nuvens.
Não esconda suas lágrimas
atrás de tais sorrisos, tais acordes.
Deixe os violões tristes falarem por si mesmos
fúnebres e trémulos.

Sobre amor e libélulas
Um dia desses estava escorado na janela de um hotel qualquer quando uma libélula pousou a poucos centímetros do meu braço. Na hora, eu não sabia ao certo se aquilo era uma libélula, ou uma cigarra, ou um inseto gigante qualquer. Nunca soube, e os poucos segundos que perdi tentando classificar o bicho foram suficientes para que ele sumisse. Bateu asas e escafedeu-se entre as árvores.

Eu tenho uma ligação especial com libélulas. Foi correndo atrás de uma que eu me estabaquei no chão, fraturando uma costela, perfurando o baço e sofrendo uma hemorragia interna que por pouco não me matou. Tinha cinco anos e, desde então, convivo com uma cicatriz que me atravessa o abdome, lado a lado. Tudo que eu queria era vê-la de perto, justamente para me certificar se o bicho em questão era cigarra, libélula ou “seja-lá-o-que-fosse”.

Se a necessidade de classificar uma libélula me rendeu duas semanas de internação, imagino o que me aconteceria se eu ficasse tentando classificar meus sentimentos. Inclusive, me cansa ver por todo lado gente tentando diferenciar um sentimento do outro. Se é amor, amizade, namoro, rolo, beijo, ficada, passatempo… Não tenho a mínima idéia, e nem quero ter! São inúmeras as espécies de relacionamento e a tentativa de classificar a todo minuto algo que, ás vezes, é simplesmente inclassificável pode resultar em muito mais do que um baço perfurado.

Ás vezes, perdemos a noção de que cada minuto da nossa vida pode ser o derradeiro, de que cada ligação telefônica pode ser a última, bem como aquela pessoa, de quem você ainda não sabe se gosta, pode ser o seu último romance.

Lulu Santos pediu, a gente obedece:

“Hoje o tempo voa, amor
E escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
E não há tempo que volte, amor

Vamos viver tudo que há pra viver
Vamos nos permitir!”

O amor é uma libélula que pousa na nossa janela pouquíssimas vezes. Corra atrás da sua libélula, sem medo de se machucar. Viva o seu romance. Viva o seu último romance.

Sentado no escuro, eu tive uma chance de pensar sobre um monte de coisas, incluindo a
natureza do próprio mundo. E após um exame demorado, eu percebi uma coisa: estando
tudo dito e feito, o mundo é um lugar muito desconhecido.
Na superfície, tudo parece racional, ordenado. Mas o que realmente está para além da
fina camada de razão? Estabilidade e superioridade? Ou o caos e a loucura? Do que
somos realmente feitos, afinal? Existe realmente algum significado para a vida que levamos? Ou somos nada além de vasos ocos?
Estas são perguntas que nunca poderemos responder, pois não podemos ver através da
camada frágil do mundo de pele. Assim nós vivemos nossas vidas cheias de incerteza,
sem saber o que realmente somos ou o que o futuro pode trazer; tudo o que podemos
fazer é imaginar.
A vida se torna um mistério insolúvel com qualquer número de voltas e reviravoltas no final. E isso é o suficiente para encher uma alma com terror!

O rio do amar.

Guiando meu coração

Nas margens calmas de um rio

Um nome paira sobre minha mente

Como um bom presságio, um aviso,

Lembro-me de como era bonito estar do se lado

Seus olhos me avisavam que eu corro perigo

Seus lábios me diziam que não era possível



Mais não é fácil guiar o coração nas margens desastrosa

Da solidão, ao ver uma luz eu acreditei que seria um refugio

Um lar um lugar seguro pra eu ficar, a onde eu encontrei um

Abismo com um final, um túnel com uma saída.



Apeguei-me, mais o fim estava próximo ainda não ouvi da

Sua boca, mais sei que sim seus olhos me dizem, seus lindos

Lábios mesmo fechados gritão que não.



Mesmo que você fale que eu só te trago o bem,

O destino em nossos caminhos manda

E o futuro um caminho difícil de trilhar, eu posso

Ajudar-te, te amar, e tudo que você não teve

Com outras pessoas eu vou te dar.



Um rio calmo trilha seu caminho sempre por

Onde a correnteza o leva, assim como o

Destino que guia nossas vidas

Por onde a gente menos

espera.

Depoimento sobre uma Best:

Amigos? Isso é pouco perto do que somos...
Um olhar e ja deciframos o que está acontecendo...
Uma risada e ja nos compreendemos...
Conselhos? Isso é pouco...
Conversas? Isso é para os fracos
Telepatia? Ainda não chegamos lá.
O que nós somos??
Bests...Apenas Bests

HODIE ou CRAS?

Certa vez, um jovem foi conversar com um padre sobre suas dúvidas em relação a vida. O jovem dizia para o padre sobre todos os seus planos para o futuro e todos os passos que precisaria dar até alcançá-los. Dizia este jovem:

- Ah padre, amanhã eu serei um filho melhor! Serei um filho perfeito, o filho que meus pais sonharam. Amanhã eu estudarei para um concurso importante. E juro amanhã terei um namoro sério.

O padre observava todo aquele discurso em silêncio. Fitava o menino e pensava algo para dizer. Na sala em que se encontravam estava uma imagem de Santo Expedito. O jovem padre sorriu ao avistar aquela imagem e disse:

- Meu filho, já viu aquela imagem de Santo Expedito? Observe a cruz na mão do santo e o corvo aos seus pé. E me diga o que vês!

O jovem olhou a imagem e observou que nas mãos soldado romano havia uma cruz e escrita na cruz estava a palavra HODIE e da boca do corvo pisado por Santo Expedito saía a palavra CRAS.

- Padre estou vendo duas palavras em latim. Hodie e Cras mas não sei o que significam.

- Meu jovem! O corvo representa o Inimigo e da sua boca sai a palavra CRAS que significa AMANHÃ e na cruz de Santo Expedito está a palavra HODIE que significa HOJE. A imagem nos diz que devemos pisar sobre as seduções de deixarmos para amanhã a ideia de sermos melhores. Precisamos com o exemplo deste jovem soldado termos a pressa para sermos agradáveis à Deus. O ontem não existe mais, o amanhã ainda não existe... só temos o HOJE para fazermos a Vontade de Deus.

Viagem de um vencido

Noite. Cruzes na estrada. Aves com frio...
E, enquanto eu tropeçava sobre os paus,
A efígie apocalíptica do Caos
Dançava no meu cérebro sombrio!

O Céu estava horrivelmente preto
E as árvores magríssimas lembravam
Pontos de admiração que se admiravam
De ver passar ali meu esqueleto!

Sozinho, uivando hoffmânnicos dizeres,
Aprazia-me assim, na escuridão,
Mergulhar minha exótica visão
Na intimidade noumenal dos seres.

Eu procurava, com uma vela acesa,
O feto original, de onde decorrem
Todas essas moléculas que morrem
Nas transubstanciações da Natureza.

Mas o que meus sentidos apreendiam
Dentro da treva lúgubre, era só
O ocaso sistemático de pó,
Em que as formas humanas se sumiam!

Reboava, num ruidoso burburinho
Bruto, análogo ao peã de márcios brados,
A rebeldia dos meus pés danados
Nas pedras resignadas do caminho.

Sentia estar pisando com a planta ávida
Um povo de radículas em embriões
Prestes a rebentar, como vulcões,
Do ventre equatorial da terra grávida!

Dentro de mim, como num chão profundo,
Choravam, com soluços quase humanos,
Convulsionando Céus, almas e oceanos
As formas microscópicas do mundo!

Era a larva agarrada a absconsas landes,
Era o abjeto vibrião rudimentar
Na impotência angustiosa de falar,
No desespero de não serem grandes!

Vinha-me à boca, assim, na ânsia dos párias,
Como o protesto de uma raça invicta,
O brado emocionante de vindicta
Das sensibilidades solitárias!

A longanimidade e o vilipêndio,
A abstinência e a luxúria, o bem e o mal
Ardiam no meu Orco cerebral,
Numa crepitação própria de incêndio!

Em contraposição à paz funérea,
Doía profundamente no meu crânio
Esse funcionamento simultâneo
De todos os conflitos da matéria!

Eu, perdido no Cosmos, me tornara
A assembléia belígera malsã,
Onde Ormuzd guerreava com Arimã,
Na discórdia perpétua do sansara!

Já me fazia medo aquela viagem
A carregar pelas ladeiras tétricas,
Na óssea armação das vértebras simétricas
A angústia da biológica engrenagem!

No Céu, de onde se vê o Homem de rastros,
Brilhava, vingadora, a esclarecer
As manchas subjetivas do meu ser
A espionagem fatídica dos astros!

Sentinelas de espíritos e estradas,
Noite alta, com a sidérica lanterna,
Eles entravam todos na caverna
Das consciências humanas mais fechadas!

Ao castigo daquela rutilância,
Maior que o olhar que perseguiu Caim,
Cumpria-se afinal dentro de mim
O próprio sofrimento da Substância!

Como quem traz ao dorso muitas cartas
Eu sofria, ao colher simples gardênia,
A multiplicidade heterogênea
De sensações diversamente amargas.

Mas das árvores, frias como lousas,
Fluía, horrenda e monótona, uma voz
Tão grande, tão profunda, tão feroz
Que parecia vir da alma das cousas:

"Se todos os fenômenos complexos,
Desde a consciência à antítese dos sexos
Vêm de um dínamo fluídico de gás,
Se hoje, obscuro, amanhã píncaros galgas,
A humildade botânica das algas
De que grandeza não será capaz?!

Quem sabe, enquanto Deus, Jeová ou Siva
Oculta à tua força cognitiva
Fenomenalidades que hão de vir,
Se a contração que hoje produz o choro
Não há de ser no século vindouro
Um simples movimento para rir?!

Que espécies outras, do Equador aos pólos,
Na prisão milenária dos subsolos,
Rasgando avidamente o húmus malsão,
Não trabalham, com a febre mais bravia,
Para erguer, na ânsia cósmica, a Energia
À última etapa da objetivação?!

É inútil, pois, que, a espiar enigmas, entres
Na química genésica dos ventres,
Porque em todas as cousas, afinal,
Crânio, ovário, montanha, árvore, iceberg,
Tragicamente, diante do Homem, se ergue
a esfinge do Mistério Universal!

A própria força em que teu Ser se expande,
Para esconder-se nessa esfinge grande,
Deu-te (oh! Mistério que se não traduz!)
Neste astro ruim de tênebras e abrolhos
A efeméride orgânica dos olhos
E o simulacro atordoador da Lua!

Por isto, oh! filho dos terráqueos limos,
Nós, arvoredos desterrados, rimos
Das vãs diatribes com que aturdes o ar...
Rimos, isto é, choramos, porque, em suma,
Rir da desgraça que de ti ressuma
É quase a mesma coisa que chorar!"

Às vibrações daquele horrível carme
Meu dispêndio nervoso era tamanho
Que eu sentia no corpo um vácuo estranho
Como uma boca sôfrega a esvaziar-me!

Na avançada epiléptica dos medos
Cria ouvir, a escalar Céus e apogeus,
A voz cavernosíssima de Deus
Reproduzida pelos arvoredos!

Agora, astro decrépito, em destroços,
Eu, desgraçadamente magro, a erguer-me,
Tinha necessidade de esconder-me
Longe da espécie humana, com os meus ossos!

Restava apenas na minha alma bruta
Onde frutificara outrora o Amor
Uma volicional fome interior
De renúncia budística absoluta!

Porque, naquela noite de ânsia e inferno,
Eu fora, alheio ao mundanário ruído,
A maior expressão do homem vencido
Diante da sombra do Mistério Eterno!

Augusto dos Anjos
ANJOS, A. Eu e Outras Poesias. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.

⁠Carta a um grande amor.

Fiquei aqui pensando sobre o que vc me disse hoje, "que eu já faço parte da sua vida".

É tão gostoso isso. Eu fiquei aqui analisando este sentimento, esta experiência única que estamos vivendo e várias coisas vieram a minha mente.

É interessante que em momento algum eu penso e nem desejo competir com nada, assim como em momento algum penso que estou substituindo nada da minha vida por você. Existe um respeito muito grande entende?

Você é pra mim um presente, um achado equivalente àqueles que tiram a sorte grande de encontrar um diamante valioso. Você me faz bem, me deixa super a vontade, COMPLETA meu coração de uma forma inexplicável.

E eu? Eu quero ser pra você o colo que acalma, o porto seguro pros seus momentos de angústia e solidão, a alegria que sentimos quando compartilhamos o nosso melhor e também o nosso pior, sabendo que quem nos ouve nos acolhe, nos aquece, nos quer bem, nos ama. Sem julgamentos, sem interferências em qualquer estrutura já existente.

Vc também já faz parte da minha vida. Sinto saudade, vontade de conversar com vc, te abraçar, te beijar, te conhecer mais e mais. Sinto um carinho a tudo que te pertence, tudo que se refere a você, tudo, tudo mesmo.

Vc tem uma alma linda. É um homem admirável. É carinhoso, cuidadoso, atencioso, humano, divertido, tem uma leveza, excelente pai e filho. Vc é encantador. Uma pessoa simples mas inteligente, esforçado, batalhador, de valores sólidos que eu admiro muito. Foi impossível não me apaixonar por vc. Digo mais, impossível não amar vc.

E a química? Ahhh esta química louca. Que delícia! Só de pensar em vc, falar com vc eu já fico feliz. Você desperta em mim coisas muito boas de sentir. Coisas que nem esperava.

Quero muito você comigo. Sem pressa, sentir cada parte de você, cada gesto, cada olhar, cada sensação. E mesmo quando isso não for possível porque também sei que não é fácil e nem será sempre, com a frequência que gostaríamos, quero continuar sendo parte da sua vida como você ja é da minha. Uma amiga, uma confidente, um porto seguro, um amor pra sua vida assim como você já é pra minha.

Minha doce travessura.

Beijos

Com um livro sobre o colo estéril
versejo uma ideia que me foge,
aquela frase exata que sempre busquei.
Com o exato momento da palavra,
que tivesse o tom do improvisado jazz
e a razão de um vidente esquizofrênico.
Ai, como eu gostaria de ter escrito
certos versos que neste livro leio!
Cercaria meus sonhos com grandes muros,
no jarro de minha mesa sorririam flores
e tudo isto já não mais seria plágio.

Algumas pessoas vão dizer que você é "difícil de lidar", e vão colocar sobre você um peso que você não precisa carregar. Acontece que incomoda a elas o fato de você ser diferente do que elas querem que você seja.
Diz respeito apenas a elas, e não a você. Não perca seu tempo tentando se encaixar no quadrado dos outros.

⁠A melhor educação que um país pode proporcionar é a liderança sobre suas emoções e impulsos apaixonados.
Toda paixão é fruto de uma ignorância intelectual. Penso que educação deve ser além de preparo para o mercado de trabalho, também o conhecimento de si e do mundo em sua volta, de sorte que o homem seja livre, imparcial e equilibrado.

Nilo Deyson Monteiro Pessanha

⁠TENTAÇÃO

Enfeitava-se de lantejoulas
E vestia uma espécie de ceroulas
Sobre um corpo muito moreno
Pequeno,
Quase ao chocolate negro,
De púbis atena
Com cheiros de açucena
Muito farfalhuda
Negra, barbuda
Como as do pirata
Primata
Dos sete mares
Sentidos
Mas não percorridos.
Nestes meus invividos
Ares
Altares
Sem fé de sentir
O doce do fruto maduro
Sem ser só pão duro
Neste mundo inexplicável
Por tanto inextricável
Do que foi
E do que está para vir
Como um boi
Puxa a carroça da troça
Doente, por não poder fugir.
E a pequena esfinge
Egipciana
Era uma mulher que finge
Estar comigo na cama
Da ilusão,
Apenas, cruel tentação!

(Carlos De Castro, in Poesia num País Sem Censura, em 10-08-2022)

⁠Se você entrar em um discurso sobre um tema complexo e não tiver o domínio profundo, cale-se. Acredite, fazer silêncio diante do que se ouve faz aprender aquilo que se quer falar.
Portanto, não seja marionete da polarização de informações rasas e artificiais que surgem em grupos coletivos de segmentos específicos da sociedade.

⁠Sobre Fotografias... ❤️


A foto é só um detalhe.
A beleza está na alma do artista.
É a sensibilidade que enobrece o lugar.
Que o faz ser especial ?
É o olhar.
É o amor.
Paixão.
Dedicação.
persistência.
É o clique.
Angulo.
Perfil.
Foco.
Sorriso e pronto.
É arte.
Ponto!
________
©Aline Hikelme
©Textos de autoria de Aline Hikelme
Direitos reservados conforme artigo (Lei 9610/98)
AlinneH / Ano 2022

⁠Sobre a vida... e a vida...

E a vida segue seu rumo... mais um dia do lado de cá... o Sol no céu a brilhar... já mais uma noite do lado de lá... a lua e as estrelas num brilho bruxuleante a escuridão a afastar.

Um dia a menos... ou um dia a mais... uma noite a menos... ou a mais.. tanto faz... Mas, ao menos, você ainda está aí pra ver o tempo passar... e ele passa apressado, não importa o lado...

Você anda tão calad@... no seu próprio caminho concentrad@... tantos passos já dados... tantos passos por vir (bem, meu bem, se muitos... nunca se sabe)... e você, meio perdid@, já nem sabe muito bem o que vale a pena seguir.

Algumas dores, alguns desamores, decepções, ladrões de ilusões... por tudo isso você cruzou... e de tudo isso você provou... e de tudo o que sobrou? O que foi que o vento não levou? Alguma coisa de bom ficou?

Siga... sim, siga... ou fique parad@.

Tanto faz... na realidade se tudo o que o vento traz é só o que seus olhos carnais conseguem ver... tanto faz... porque tudo, no fim, vai mesmo é com o vento se desfazer... você pode atrás correr, entre os dedos querer prender... se nada há mais do que você pode ver... no que se resume todo um viver?

Em morrer... camarada... em morrer... e mais nada. Se tudo o que existe é só nesta vida é que há pra se viver... resta mesmo é o morrer.
E fim!!!

Diz pra mim: quem foi que convenceu você de que é só assim!? Simples assim! Vai, diz pra mim...

A Poda

Tive um breve pensamento sobre a poda!
Por que podamos uma árvore?
Geralmente por que o crescer livre dela não cabe em nossas expectativas, talvez, o espaço que lhe foi destinado seja menor que ela possa alcançar.
Ou simplesmente sua beleza natural não nos agrada, e moldados, com tesoura, afim de que ela passe a ter uma imagem mais agradável aos nossos padrões.
Mas, ela não para!
Terá que cortá-la sempre, pois, é seu natural crescer, alcançar mais espaços, mais folhas, mais luz...
É uma luta de padrões ou/e necessidades.
E quando não houver mais como manter esse "equilíbrio" (a árvore ceder). Cortar é a solução. Afinal, não dá pra manter alguém que insiste em não caber, insiste em não se adequar as nossas expectativas. Opa alguém não, desculpe. Estávamos falando de poda de árvores...
Deixa...