Um Poema para as Maes Drummond
Lábios de Éter
Na pele da madrugada, teu corpo desenho,
Língua de mel que invade meus segredos,
Teus dedos, fogo em mapas não revelados,
No sopro do teu riso, desfaço meus medos.
Tua boca é um vinho que me embriaga,
Fruta roubada do jardim proibido,
Na curva do teu pescoço, a noite se alonga,
Sussurras meu nome—e o mundo é um gemido.
Entre lençóis de sombra, nos dissolvemos,
Cada toque teu, um verso em carne viva,
Sou maré que se rende ao fluxo do teu leito,
Na dança dos ossos, a chama se reluz.
Beijo teus joelhos, altar do meu desejo,
Teu ventre, um rio onde me perco e nado,
Na língua do teu umbigo, escrevo um enigma:
Somos fera e flor, pecado e sacramento sagrado.
Quebramos o relógio, só há pele e espasmo,
Dois corpos que o cosmos não ousa entender:
Na curva da tua coxa, mordo o tempo e traço,
Segredo é só um nome…—aqui, somos eternidade em brasa.
Até o amanhecer nos caçar, encharcados de estrelas,
Alma e carne um só vértice, eclipse e fruto:
Me beberás de novo, sou teu cálice sem fundo,
Morrer de amor é só o início do nosso culto.
Cálamo Ardente
Ó tu, esplendor de etérea matéria,
Vértice e sonho em que meu ser se enlaça,
Tua voz, harpa eólica, ligeira,
Nas cordas de meu peito ecoa e passa.
Teu olhar, astro em noite taciturna,
Derrama sobre mim seu lume brando,
E a alma, náufraga e soturna,
Ancoro em teu porto, rubro e nefando.
São teus lábios a fonte prometida
Onde bebo o licor da tua essência,
Eterna ambrosia, doce ferida,
Que me transfigura em pura incandescência.
Em teu dorso, a cartografia antiga
De um reino onde o tempo é só delírio,
E cada gesto teu, sutil liturgia,
Consagra-me ao teu amor—sacrário e giro.
Pois és o verso que me faz poeta,
O enigma e a chama que me completa,
E até que o Fogo Universal se acoite,
Serás meu canto, minha estrela inquieta.
Baú de máscaras
Num armário, sujo, antigo,
Eu guardo um baú de disfarces
E uma máscara de sorrisos
Que já fere a minha face.
Fere o sonho, fere a crença,
Fere o riso que se cala
E a esperança
De que o espelho me convença,
Se eu usá-la.
Mas meu olhar descoberto
Por duas únicas frestas,
Ainda procura disperso,
Contemplando o que lhe resta.
Derrama uma lágrima azul,
Que racha o espelho em desgosto...
Em que lugar do baú,
Eu deixei meu próprio rosto?
Quando era criança, acha incrível ter um piano de cauda branco. Hoje acho cafona. E tirar foto ao lado deles, mais ainda. 😂
Esse aqui foi no @spahotellareserve e no contexto do lounge e sala de televisão com um terraço incrível pro Rio de La Plata, combinou com a decoração e proposta do lugar, que é bem charmoso, por sinal.
Então ficam duas lições:
1) Sua visão, gosto, prioridades, percepções do que é feio, bonito, justo, injusto, certo ou errado, mudam.
2) O que é ruim para você, pode ser interesante, legal, ou cair bem para o outro.
Então, não julgue. Aceite a vida, os fatos, as pessoas como elas são. Não há pior ou melhor. Há momentos convenientes para cada um. Como tirar uma foto ao lado de um piano branco para escrever este post. 😉🙏🏻😘
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Sinto passos na minha estrada, pegadas que desenham um arco íris sobre um véu negro de sombras, florescendo de esperança o resto dos meus dias.
O tempo me possui e morre em meus segredos, todos os ontem, cintilando em meus amanhãs sua ecografia, colorindo minhas páginas em branco, expurgando minhas dores, deixando seu rastro que me enche de vida, então eu me lembro de quem sou, do que sei e aprendi, e sinto que o mundo me pertence, porque nem sempre tudo dá errado...
... Bate asas Fênix, em meio ao temporal você sobreviveu.
Porque há um fogo dentro de cada cicatriz plena dos anos em que me pusestes teus sumos, e ainda que tua língua esteja longe das feridas, a minha respiração anseia a felicidade de naufragar em teu corpo.
Porque não importa quantos anos eu morra, o silencio do desespero do meu ventre, sem parcimônia, me rasga as paredes da carne, aflorando o colorido deixado por tuas unhas, impregnado até a íris das minhas pupilas, que se dilatam com a leitura do seu nome.
E ainda que eu esteja exaurida, o tempo te reinventa num transbordamento implícito, que flagra meu desejo separando minhas pernas e a minha saliva à procura das frestas da sua boca, que jogou fora minha âncora se apossando do meu porto.
Eu sei que um dia irei encontrar aquilo que procuro
E vou deixar que a luz brilhe em meu coração escuro e ascenda minha alma
Meu desejo de ver você de novo é tão puro
Que as vezes chego suspirar
É como se os vaga-lumes voarem para o céu nunca mais voltar
Você me deixou com um olhar silencioso na despedida
Machucado e chateado ainda balancei a cabeça
Não triste mais não desisto
Porque mesmo abandonado quero achar o que procuro
E eu sei que um dia eu irei encontrar
Talvez alguma coisa ou uma pessoa amada
E que em mim possa pensar
Acredito nisso enquanto a lua iluminar o hoje e o amanha
Que brilha muito, brilha em meus sonhos.
Sou um animal
E não posso comigo.
Não sou como a triste
Hiena que ri e este riso
É natureza da feia hiena.
Sou um animal que canta,
Que dança, que fala, que pensa.
Um animal criativo e rico de potenciais.
Mas minha melhor performance
Tem sido destruir.
Sou um animal
E não posso com meus iguais.
Muito menos com os meus diferentes.
Nem quero poder.
Faço sofrer e destruo meus iguais.
Faço sofrer e destruo meus diferentes.
Faço bem a guerra, não a paz.
Faço bem o escuro, não a luz.
Sou um animal
E como eu não há igual.
Nenhum outro animal
Devassa...
E assim vou desconstruindo o mundo,
E desfazendo o Equilíbrio Inicial.
Um dia ainda mastigo
O meu próprio estômago,
E me vomito eu mesmo,
Ou me engulo satisfeito.
Eu preciso tomar cuidado comigo...
Eu quero um gol de meia-bicicleta de Reinaldo para tatuar na pele da lua e tomar o lugar de São Jorge com seu cavalo, para que os namorados e os ex-namorados, os amantes e os ex-amantes, de todas as idades, digam uns aos outros, apontando para a lua:
- Olhe só o que pode um homem, mesmo quando está caído
Chega um momento em que mesmo sendo sociável, conversando com todas as pessoas, sem qualquer tipo de intriga ou afins, eu me encontro sozinha. Estão todos conversando. Baladas, namoros, viagens, faculdade, provas, eu, ele, ela, ele. São tantas palavras, sons, que não escuto mais nada. Está tudo mudo. E eu nesse vazio que parece não ter fim.
Quem são os que se importam comigo? Quem irá me telefonar? Quem já chorou por mim? Quem sorri quando estou perto? Quem me quer bem? Quem quer longe? Quem me quer como amiga? Quem é esta pessoa ao meu lado? Quem... Quem! Quem?
Nesse universo de perguntas, não há uma que sei responder. E por quê? Porque sou apenas um alguém entre estas milhares de pessoas com talentos múltiplos.
Eu só sei cantar, sorrir, gritar, escrever e me divertir neste mundo só meu. Que muitas vezes nem eu o entendo. Mas sei o quanto a felicidade é boa e me faz bem. As portas estão eternamente abertas para quem quiser dar uma volta no meu mundo. Mesmo que por muitas vezes eu quebre a cara, como já quebrei. Mesmo que me façam de relógio. Mesmo que por curiosidade. Mesmo que perdidos.
Não me importo para o que forem dizer, ou para o que dizem. Eu só busco a paz e a felicidade. Eu sei que tentei, e continuarei tentando. Seja bem-vindo!
Era uma vez....
Um gatinho que se aproximou de mansinho, olhando meio desconfiado, sem saber se vinha ou se dava meia volta, e mesmo na incerteza ele se aproximou, olhou nos meus olhos e beijou-me a mão, delicadamente, longe de ser um gato de botas ou uma réplica qualquer, ele é um gato ambicioso, não joga com a sorte, ao menos não com a dele, e quer se aninhar num cantinho dele que tenha o seu cheiro, que sobre o seu pelo de um dia pro outro, um cantinho onde ele não precise deixar folga a ninguém, mas ao contrário, que seja sabidamente dele.
E assim esse gatinho veio chegando, ronronando pela minha casa, e sem fazer barulho, no cair da noite ou no silencio do dia, eu já nem sei mais, esse gatinho alcançou as minhas pernas, ronronou, e nela esfregou seu pelo macio, fazendo com que eu o visse ali, lindo, altivo e imponente como um puro sangue, meu olhar encontrou o dele, eu suspirei, sorri, ajeitei minhas pernas....
E o gatinho atento a todos os meus movimentos entende a linguagem do meu corpo e num único salto alcança o meu colo e se aninha em meus braços, ora suave ora me arranhando, marcando em meus braços o seu espaço, se esfregando em meu corpo para deixar na minha pele o seu cheiro, e na minha roupa o seu pelo, ele me lambe os braços, estica o corpo e alcança minha boca e nela sua língua brinca como quem bebe leite no pires.
Por muito tempo, todos os dias o gatinho se aninhava no meu corpo, ronronava no meu ouvido, lambia minha pele me chamando pra ele.
Mas um dia ele saiu e não encontrou o caminho de volta... Eu bem que o procurei por todos os cantos... Não era mesmo um conto de fadas. De encantado mesmo é toda a saudade que ficou.
E isso não é sobre gatinho.
A vida é um sopro, um instante fugaz entre o nascer e o partir. Amar é estar verdadeiramente vivo, sentir o coração pulsar no compasso das emoções, permitir-se viver cada segundo como se fosse o único. Sentir o arrepio do inesperado, a melancolia das despedidas, a euforia das conquistas, tudo com a intensidade que a existência merece.
O passado já se dissolveu no tempo, o futuro ainda é um mistério. O agora, este exato momento, é o único presente real. Deguste a vida como quem saboreia um prato único, com todos os seus temperos, nuances e surpresas. Como dizia uma grande poetisa e amiga, a vida é para ser sentida em sua plenitude.
Ame seus pais, honre sua presença enquanto ainda caminham ao seu lado, pois o tempo não avisa quando decidirá levá-los. E com seus filhos, seja mais do que uma figura de autoridade; seja um mestre paciente, um guia que ensina pelo exemplo, compreendendo que eles estão aprendendo a arte de viver.
Use seu corpo como bem entender, pois ele é a morada da sua alma. Mas acima de tudo, seja leal a si mesmo. Não traia seus próprios valores, não se perca tentando agradar o mundo. Viva com autenticidade, pois a maior dádiva da existência é ser quem você realmente é.
Victor Drummond
Tem palavras que chegam como um abraço...
E tem abraços que não precisam de palavras.
Aqueles que meu abraço não alcançam, eu abraço com palavras.
Com um final de semana especial para aqueles que ainda possuem mãe. Um Feliz Dia das Mães ou da esposa amiga e amada e se ainda assim se sentires sozinho..
lembre-se de Deus e do seu filho Jesus Cristo que jamais te esquece..com um dia.
Rosa de Luz
Numa noite enluarada,
uma rosa me encantou;
tinha o olhar de um anjo
e um sorriso que brilhou.
Sua voz era a melodia,
a mais bela dos meus dias.
A rosa mais cheirosa
do jardim da minha vida.
Ao seu lado, eu vivia
num abraço acolhedor.
Tão leve me sentia,
como o amanhecer em flor.
Ela era a esperança,
a luz do fim do túnel.
Com ela, eu ganhava
uma força de outro mundo.
Meu coração se acalmava,
meu sorriso resplandecia.
Meu olhar se tornava terno
ao sentir sua harmonia.
Deus foi generoso
ao criar tão linda flor,
com nome tão pequeno
e imenso poder de amor.
Ó minha mãezinha querida,
minha rainha abençoada,
meu amor por você
vai além desta jornada.
Te amo, MÃE, para todo sempre.
Autoria #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados
Manter créditos de autoria original
SOBRE MIM.
Já chegaram a me dizer
O que eu deveria fazer,
Do que eu deveria saber,
Mas mal sabiam eles
Que apenas queriam ensinar chuva a chover.
Nunca fui um sabe nada,
No entanto,
Nunca serei um sabe tudo,
Eu vou seguindo minha estrada,
Como guerra de Esparta,
Mas sem usar espada e escudo..
Não sou igual a ninguém
E não sou tão diferente também,
Tenho minha vida,
Um eterno vai e vem,
Mas eu vou seguindo bem.
Vivo de forma mansa,
Como uma dança,
Uma eterna valsa,
Onde não se cansa.
Veja só, veja só,
Sou um eterno viciado,
Não em pedra,
Não em pó,
Sou viciado em verso,
Em prosa,
Na vida e só.
AMAR.
Amar…
A mar…
Ah, o mar,
E essa beleza de luar,
Que encanta e ilumina o fundo do olhar,
Que seu brilho e sua onda, que vieram para limpar...
Purificar,
Cada alma que para a lhe observar,
Vendo cada alma desse mar,
Ah, o mar,
A mar,
Amar...
SIMPLES OLHAR.
A felicidade pode não passar de mera ilusão
Que vem pelos nossos olhos e engana nosso coração,
É apenas um substantivo de enganação,
É apenas um momento que poderá ser lembrado, ou não.
O sorriso é uma ação temporária,
Que muitos veem como medalha,
Outros veem com inveja no olhar,
Por pensar que aquilo é verdadeiro e querer participar.
O abraço pode ser confortante, mas com falsidade,
Há sempre o abraço que não queria ser dado de verdade,
Mesmo aquele que é bem apertado
Pode ser mais um que não seria compartilhado.
Já o olhar, Aaah, olhar...
Ele é fascinante,
Ele não mente,
Quanto mais fundo você olhar,
Mais você irá desvendar,
Não existe olhar que engana,
Existe aquele que te causa gana,
Então sempre vai querer mais...
Sempre mais do que um simples olhar faz.
AO PARTIR.
Ao partir, você deixou saudade...
Foi muito o que deu-me:
Amor, carinho, vontade...
E, antes de ir,
Avisou-me que iria partir,
Mas tolo como sou,
Não me preparei,
Apenas imaginava um futuro para nós,
E não conseguia imaginar
Minha vida novamente no singular.
Você foi-se e não levou consigo
Aquilo que conquistou comigo,
Deixando-me um grande embrulho,
Um embrulho cheio de memórias,
Um embrulho que não quero jogar fora,
Mesmo que, às vezes, seja um peso para mim.
O POEMA PERFEITO
Escrever o poema perfeito,
Aah... Quem me dera...
Mas, para mim, os versos perfeitos não seriam os que caíssem na boca do povo,
Mas sim aquele que fosse recitado por ela,
Aah... Quem me dera,
Após recitá-lo, minha boca indo de encontro a dela.
Aah... Quem me dera...
Para mim, esse seria o verso bem feito,
O estrofe magistral, o poema perfeito.
Seria interessante se...
Apenas o amor bastasse
Para fazer você crer
Que eu sempre estarei aqui.
Nem sempre estarei por perto,
Mas sempre estou ao seu lado,
Ainda que embaraçado,
Enrolado em meio a laços,
Eu sempre estarei aqui,
Ainda que você não olhe por mim,
Por mais que você tenha preferido partir,
Como o ar,
Eu sempre estarei aqui.
Por mais que me fira,
Ainda que diga que é o melhor para mim,
Acreditarei que seja mentira
Ou preferirei acreditar numa mentira
Que é te amar e pensar que sente o mesmo por mim.
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