Um Poema para as Maes Drummond
Estava numa palestra na qual não conseguia entender nada... Estava “quase tendo um infarto”. Saí correndo. No meio do caminho... Não havia uma pedra no meio do caminho: Resplandecente, havia um cassino no meio do caminho. Ó! O negócio é tão bom que até faz Drummond rimar melhor. Ainda... Minha esposa não tava lá pra me encher o saco!
Havia um cassino no meio do caminho
E eu estava sozinho
Só apostava nove linhas
No caça-níquel do cachorrinho
“Cachorrinho”?! É... Existe um caça-níquel que tem um cachorrinho puxando um diamante. Aqui no Brasil, você vai achar nuns buteco fuleiro por aí, “escondido” atrás de um biombo. Era nesse que eu tava brincando: Coloquei 50 dinheiros... Fui socando nove linhas...
100... Bônus... 150... Jackpot!!! Aquela gritaria na máquina... 200. Cheguei a 300 dinheiros! A sorte, claro, mudou mas... Outra história.
Ceia para mim ou ceia para você:
Então é natal
E o que você fez?
Mais um ano banal,
miserável outra vez
No dia vinte e quatro,
Nobres se presenteiam
No dia vinte e cinco,
Pobres se angustiam
A Coca-Cola mente,
Diz que o Natal é para todos
Mas coloque em sua mente,
São os maiores engana bobos
Drummond procura alegria,
Você procure uma planta que semeia,
Numa mala vazia
embarcando sorrisos em ceia.
Poesia de Mulher
Ela é como poesia
Cada verso seu
É como um enigma
Não é qualquer um que entenderia
Precisaria de muita sabedoria
Sua complexidade
É como literatura barroca
Às vezes meio louca
Suas curvas exalam perfeição
Parece até obra parnasiana
Me deixa completamente insana
Mulher, você não me engana
Pois há mais de uma semana
Ando vasculhando seu sorriso
Tentando desvendar
Seus segredos e medos
Mas, como Drummond já havia dito,
Havia muitas pedras no caminho
Mesmo assim me aventurei
E no fim desse poema
Por você me apaixonei.
CONTO DO MEIO
Quando pequeno, eu estava no aniversário de um amiguinho
e pus meu dedo no bolo.
Não coloquei e tirei. Não passei o dedo.
Apenas enfiei a ponta do indicador naquela parte branca.
O dedo permaneceu lá, parado, enfiado, intacto.
Todas as mamães me deram um sorriso falso.
Os papais estavam bêbados no quintal.
O único homem ali perto era o tio Carlos.
Tio Carlos se escondia atrás dos óculos e da câmera fotográfica.
Era bobo, agitado e gorducho.
Quase sempre sorrindo.
Tinha poucas, raras, nenhuma namorada.
Tio Carlos atrás dos óculos, da câmera e de namorada.
Meu braço esticado era a Golden Gate.
Uma conexão entre minha consciência
e aquele montante de açúcar.
A ponta do dedo imóvel, conectada, penetrada no creme branco.
Uma das mamães resolveu liderar a alcateia
e me pediu para tirar o dedo.
Pra que tanta coragem, perguntou meu coração.
Porém meu dedo,
afundou um pouco mais.
Olhei-a nos olhos sem docilidade.
Meu corpo imóvel.
O dela recuou.
Minha mamãe, sem graça,
falou que isso passa.
Eu atravancava, ria e dizia:
- Vocês passarão, eu... - estendia a aporia.
Eu era a Criação de Adão na Sistina.
Era mais que Michelângelo,
Era Adão no Bolo,
Era Bolo em Deus.
Mamães desconcertadas. Olhando umas para as outras.
O silêncio reinava,
o reino era meu.
Mamães desorientadas. Olhando para mim.
Tio Carlos com a câmera fotográfica
olhava para as mamães.
Acho que ele era apaixonado por umas três mamães,
ou mais,
ou todas.
Esperei um não.
Esperei um pare.
Ninguém era páreo
para um rei.
Tirei.
Desabafo de um amante
Há de acontecer um dia
Em que meu coração não velará mais pelo teu;
Que repotuo-o ufano
Me queres de rojo
Pois me deseja rendido aos teus pés
E neles deseja o meu selo
Haverá um dia, em que ir-me-ei, nem que tardança, arrebatar-me por outra
E se valer a pena, a chamarei de amante, só pra te ver arrufada
axuq
...acho que já fui faz tanto
que velho já tou de ter ido
um matusalém muito aquém
que não vai e muito menos fica
achando que ouvir Chris Cornell
ressuscita la anima
mas talvez ela já foi
deixando a casca pra trás
feito não se desfaz?
...pois é...sem agora Carlos
De ruminar já nem mais pastamos
Drummond do José cuidou
mas e os CARLOSSSSSSSSSSSSSSSS
quem cuidará?
axuq que tá tudo finalizado
mas sem final lap
uma corrida que não foi apreciada
agora só a máscara interessa
posto que agora pode
usá-la full time
time to stay
not to say
CIAO BELO
piu
As vezes tudo o que eu queria era um aconchego nosso
Aquele sem ócio, só com brilhos do teu olhar
Que me apega, que me aperta, que me cega
Mas um dia eu te tenha quem sabe eu
Te lembro que a vida é feita de transtornos imediatos
De sopros falsos
Que nos levam ao sul
E se lembra: a gente ia pro norte
Pra que eu ter um par de asas
Se eu posso voar com os pés no chão
Eu te digo outra vez que tudo o que eu queria era um aconchego nosso.
O Fim da Esperança
“Chega um ponto em que não se roga mais por ajuda.
Preferes sofrer sozinho, a ouvir mentiras.
Tempo de absoluto decaimento.
Tempo em que a luz que emana do amor
já não se mostra mais tão brilhante.
E os olhos não suportam chorar mais,
pois cada lágrima caiu em vão.
E o coração está despedaçado.
Seus familiares chamam por seu nome, mas se fazes de surdo.
A luz apagou-se, seu corpo jaz na completa escuridão
mas na sombra ficas vazio, abandonado pela mente,
deixado para trás pela alma.
Já não tens mais esperança de salvação.
Já não tens mais esperança de ser feliz.
E nada esperas de teus amigos.
Não se preocupas mais em esconder sua pele,
pois cada gota de sangue estampada,
representa um momento no qual a dor foi-se embora.
Já não sabes mais o sentido do amor.
Já não sabes mais o propósito da vida.
Teus ombros suportam todo o peso do mundo,
pois não há mais com quem dividir tal peso.
As brigas, as conversas, os debates dentro dos edifícios
provam que sua vida é insignificante
e não há quem ligue para sua existência.
Logo se tornas um fantasma,
invisível, desacreditado.
Alguns consideram apenas um espetáculo
Achando que só queres aparecer.
Chega um tempo em que o abismo se torna um velho amigo
e as sombras emanadas pelo mesmo, a única luz, a única solução.
Então deixas ser abraçado por tais sombras.
Se jogando por sobre o abismo.
Dando um fim, para aquilo que um dia,
foi chamado de vida.”
Eu te odeio, te amo
Eu te odeio tanto que mordo a língua,
Fecho os olhos para não te ver passar.
Cada vez que você se aproxima,
É como se o mundo desabasse, sem avisar.
Te odeio ao ponto de desejar teu esquecimento,
Que teu nome seja vento,
Que teu rosto se torne névoa,
Mas fugir desse tormento é puro intento.
Te odeio por me obrigar a mentir,
A esconder o que grita dentro de mim.
Te odeio por me fazer te amar,
E depois, sem aviso, me deixar no fim.
Te odeio porque te amo mais do que posso,
Porque, em silêncio, carrego esse fardo profundo.
Você me deu asas e, depois, me jogou no poço,
E eu me odeio por ainda te querer no meu mundo.
Dez meses se passaram, e aqui estou,
Prisioneiro de lembranças que não me deixam partir.
Você me vê como amigo, e eu me perco,
Pois ser apenas isso, eu nunca vou conseguir.
Eu odeio teus olhos castanhos brilhantes,
Teu sorriso que ilumina e desarma,
Teu cabelo, que é um mar de seda,
E me odeio por te amar com tanta lama.
Te odeio por não conseguir seguir adiante,
E me odeio por te amar com tanta ferocidade.
Te odeio por te manter num pedestal,
Mesmo agora, penso em ti, de modo irracional.
Me prendi em minha própria loucura por ti,
De onde não consigo me libertar, nem se quisesse.
Te odeio e te amo em cada verso,
Sou cativo do teu riso e do teu olhar.
Nessa confusão, me perco, me disperso,
Sabendo que nunca vou deixar de te amar.
Quando somos jovens, temos momentos tão felizes que achamos que vivemos num lugar mágico, como é na nossa imaginação. Então crescemos e nosso coração se parte ao meio.
"Ainda não beijou, mas beijará, e todos os beijos de sua vida, comparados a este deixaram a desejar"
Confiamos em Deus e Ele abençoou nosso amor! Valeu a pena esperar por você! Lindas promessas estamos vivendo! Nosso lar é cheio de bênçãos!
Dizem que, segundo a mitologia grega, os humanos foram criados com quatro braços, quatro pernas e uma cabeça com duas caras. Mas, temendo o poder deles, Zeus os separou em duas partes, condenando os humanos a passar o resto da vida procurando a outra metade, a alma gêmea.
"Nem todos os sonhadores realizam seus sonhos, mas todos os realizadores sonham. Eles energizam seus sonhos com ação. A felicidade acontece para aqueles que sonham seus sonhos e fazem exatamente o que é necessário para que eles se tornem realidade."
Depois de muitos anos eu aprendi. Aprendi que o máximo que posso exigir de uma pessoa é o respeito. Aprendi a conviver com ausências, lembranças, menos com a saudade. Essa, meu amigo, com certeza nunca aprenderei a doma-la. Uma vez ou outra ela resolve aparecer para deixar as minhas noites mais melancólicas, mais frias, trazendo a solidão para me fazer uma visita de rotina. Aprendi que o amor é a coisa mais valiosa que alguém pode ter. Amor é algo que pra ser conquistado exige esforço, dedicação, paciência e compreensão. Amor não se implora, não se pede, não se cobra.
''Coragem é algo difícil de imaginar. Você pode ter coragem baseado numa idéia idiota ou num erro, mas você não pode suspostamente questionar adultos, ou seu técnico, ou seu professor - porque eles fazem as regras. Talvez eles saibam melhor, mas talvez não saibam. Tudo depende de quem você é e de onde você veio. Ao menos um dos seiscentos caras não pensou em desistir. Quero dizer, Vale da Morte... Isso é uma coisa muito forte. É por isso que coragem é uma coisa complicada. Você sempre vai fazer o que os outros dizem pra você fazer? Às vezes, você pode nem ao menos saber porque está fazendo alguma coisa. Digo, qualquer idiota pode ter coragem. Mas honra... Essa é a verdadeira razão para você fazer ou não algo. É quem você é ou talvez quem você queira ser. Se você morrer tentando por alguma coisa importante, então você terá ambos - coragem e honra. E isso é muito bom. Acho que isso é o que o escritor estava dizendo... Que você deve esperar pela coragem e praticar a honra. E talvez até mesmo rezar, para as pessoas que lhe dizem o que fazer, tenha alguma também.''
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