Um Poema para as Maes Drummond
Pobre juventude!
O quanto se pode presumir?
observando este semblante?
Ele não aprendeu á amar!
Se vê a carência em seu olhar
E os seus passos claudicantes
Nesses olhos profundos, mergulho!
Quando paro em frente ao espelho
Ele não sabe ser amado!
E se cansou de ouvir conselho!
Todas as coisas que segurei
Dentro de mim, segurei tantas coisas…Abstratas, pequenas, grandes, confortantes.
Desenvolvi barreiras para guardar todas essas coisas que segurei, constantemente, estava ali comigo, independente do que houvesse, elas haviam se tornado atemporais, o tempo não transcorria, nada poderia apagá-las na nitidez em que se mantinham firme dentro de mim.
Um desejo incansável de controlar o incontrolável e por ego, não reconhecer a beleza da liberdade. Havia tanto em mim, que pesou. Pesou nas profundezas do interior que já nem era mais meu, entretanto, estava se tornando propriedade daquilo que eu guardava em mim e estava me moldando aos poucos.
No nascer do dia e no fim dele, percebo repetidamente que a vida são fases, ciclos, estações. E tudo de intenso que há no meu peito jamais transformaria-se em concreto eternamente. Não posso guardar, tocar, manter sempre dentro de mim. É preciso soltar, libertar, encontrar o equilíbrio, pois tudo o que realmente nos pertence, jamais vai embora, apenas ressurge em sensações melhores.
Fui, por tempos,
o mais ingênuo dos poetas.
Traduzi minha alma em escritos,
ofertados a rostos que jamais souberam ler;
justamente por esconderem-se atrás de máscaras.
As palavras — essas que julguei importantes —,
definhavam-se à medida do correr do tempo.
Então, tornaram-se meras lembranças do que poderiam ser:
pontes de transformação,
não muros de adorno.
Foi à escuridão do meu quarto —
a única leal que me restou —
que compreendi:
não era a beleza que faltava aos versos,
mas o merecimento dos olhos.
Toda poesia é imperfeita,
como todo homem;
e é essa a essência da natureza.
Os dissimulados, na vã procura do eterno,
hão de pasmar-se aos espasmos da tênue verdade.
Agora, ao ausentar-me,
deixo um rastro de luz contida —
mínima, talvez,
mas real.
Aqueles que um dia lerem,
não mais embuçados
— com a alma aberta —,
sentirão o brilho de minha partícula viva,
explodindo no silêncio cósmico.
“Não fui lido,
mas fui real.”
Palavras Soltas
São apenas palavras, soltas e perdidas;
Palavras que se desencontram, palavras que se afastam;
Palavras que machucam corações;
Palavras voando, procurando refúgio;
Palavras que alguém pronunciou;
Que saíram de bocas sórdidas ou sujas;
Palavras no calor do momento que saem como labaredas de fogo;
Palavras assustadas que te deixam com o coração apertado;
Palavras nunca ditas que se arrependem de nunca ter falado;
Mas são apenas palavras que ninguém se dá conta que falou;
Que ninguém se importa de ter falado;
Palavras que como lâminas ferem tantas pessoas por ai;
No olhar de tantas pessoas eu vejo vozes e dessas vozes palavras perdidas;
Palavras que nunca mais se reencontraram;
Palavras de um pai para sua filha;
Palavras da filha para o pai;
Palavras agora não importam mais;
Não me peça ajuda com palavras;
Porque palavras mentem;
Palavras escondem desejos, medos, sonhos e lembranças;
Me peça ajuda com o que tiver de mais santo;
Seu eu ouvir a voz do que está te atormentando;
Vou poder sentir o mesmo tanto;
Pra sempre você viverá sabendo que proferiu as últimas palavras para mim;
Que suas palavras me afastaram de você;
Que você mesma disse para eu te esquecer;
Porque palavras afastam corações;
Não me diga mais nada;
Não me procure;
Não te procurarei mais;
Sua face sumirá do meu horizonte
Suas palavras se apagarão da minha mente;
Que música é essa que ecoa em meus pensamentos, mesmo no silêncio?
A melodia é quente, eloquente e sedutora.
Minha mente inquieta se cala, e se confunde, alternando entre desconectar e conectar, camuflando as palavras sem sentido.
Os impulsos são irresistíveis...
Tudo se encaixa em um desencaixe perfeito, sem propósito ou objetivo, temporariamente por acaso. Estranhamente, tudo faz sentido quando, aparentemente não há algum sentido.
Eu estava cansada de tudo tão igual,
Dessa mesmice habitual.
Mas do nada, você apareceu,
Diferente de tudo e tão fora do comum.
Seu jeito singular e perfeito
Era algo que eu nunca havia visto antes.
Não esperava encontrar alguém assim,
Mas cê chegou e atropelou tudo dentro de mim.
Com teu olhar cativante e presença marcante,
E essa voz alucinante,
É impossível não querer estar contigo.
Tão diferente, menino, você é especial,
Desde então o mundo não foi mais o mesmo.
Você trouxe sensações,
De trovão e calmaria, ondulações.
Com você, eu corro como um trovão na tempestade,
Ou danço na chuva como um passarinho que cura.
É ser a sua guitarra chorando ou seu piano cantando,
Ou simplesmente um apagão que some e deixa confusão em meu coração.
Entrar no seu mundo também pode ser assustador,
Pois você parece a personificação da desconexão do tanto faz.
Mas contigo, tudo faz sentido,
E a cada dia descubro algo novo e excitante
Hoje,numa aula de programação
fico muito abismada com toda a situação
acho que estou em crise
ou estou em confusão
flores queimam suas folhas
e borboletas voam lindamente numa sincronização.
Pensar é muito estranho
como é estranho pensar
num dia me ponho a sorrir
no outro me ponho a chorar.
Hoje estou como Brenda
Mas amanhã quero ser Noélia Perfect
Por favor
Só lhe peço que me mate.
Me estrangule como uma borboleta
jogue uma pedra em cima de mim para que eu possa escorrer de sangue
Na minha cabeça quebre uma ampulheta
ou me sequestre em uma gangue.
Se eu puder morrer em paz
eu agradeço a morte incerta
pois eu nunca seria capaz
de escrever de mente aberta.
Por isso,por favor
Só lhe peço que me mate.
Quero morrer de dor
e de muita crueldade.
Se fosse possível
Se fosse possível, mudaria nada outra vez ,
repetiria tudo que não aconteceu,
Me banharia da chuva seca de escassez,
Admitiria o fracasso dos sonhos teus
Mergulharia profundo na sensibilidade raza de sua existência
Como quem crê na sabedoria retrógrada de aparente excelência
Militaria voraz a constância singular de suas imprevisíveis ideias
Eu seria o que jamais fui,
mas o que sempre sonhei,
não para mim,
mas para a geração que hoje não pode voltar
Me oferecem um futuro breve .
Devo aceitar?
Sinalizam um afeto sincero,
Devo me acomodar?
De todas as coisas bonitas que falou, acredito no vagueio do seu olhar
Que assim como um rio calmo e despretensioso operando a normalidade ,
Não se perde de vista sua real necessidade
De caminhar firme sobre estratégias sinuosas
Cumprindo o rito de sua missão imperiosa
Abrindo passagem em meio a concretos de desilusão.
Como um grande castelo de areia moldado sem mãos
Posso abster quando outra vez me indagar
Meu nome mudou agora me chamo mar
Chegou abril, então vamos lá,
nos abrir, falar.
Abrir os olhos,
brilhar o olhar.
Os ouvidos,
escutar.
Abrir espaço,
Respeitar.
Abrir os braços,
lacear.
Abrir um vinho,
conversar.
Abrir as mãos
Acarinhar.
Abrir a boca,
Beijar
E a cabeça
Pra pensar
E todos ninhos, luzes, passarinhos
Abrindo todos os caminhos!
Dor que retorna
Ferir sem querer é lançar mão
de uma lâmina sem ver o fio,
e, no ato de se proteger,
cravamos cortes que escorrem silêncio.
Há uma tristeza que é faca cega,
um espinho oculto sob a pele.
E é só depois, ao sentir o eco
do que fizemos, que a dor se revela.
Nosso coração sabe o que é errado,
mas às vezes se debate, erra os olhos,
e atinge quem mais amamos,
num reflexo triste de autoproteção.
E então, o peso nos volta —
o corte que causamos abre-se em nós.
É a dor que revira, rasga por dentro,
e ninguém vê, mas em nós lateja.
Quis apenas me defender,
mas na pressa fui flecha cega.
E, agora, o arrependimento sussurra,
ferindo-me na ferida que deixei.
Seja leve
mas nem tudo releve
seja leve
mas nem tudo leve
porque a vida é breve
como segurar diante o sol
uma bola de neve
seja leve
pra deixar a vida leve
e leve dela apenas o que for leve
pras tristezas
dê greve
pros sorrisos
se entregue
sinta a tocar
feito flocos de neve
leve
tão leve
e se eleve.
ALAGOAS
Alagoas minha querida.
Fica nas margens do Nordeste
Terra recheada de Cultura;
Na zona da mata, no sertão e no agreste.
Suas belas praias,
Do mundo tem atenção.
Alagoas de águas,
Que causam emoção.
O que não sofreu esse povo
Pra chegarem até aqui.
200 anos não é pouco
Tem guerreiros a servir.
Lugar do meu coração.
Terra dos marechais,
Dos índios e do algodão,
Do fumo e canaviais.
Maceió é a capital,
Intitulada de sereia.
Na bandeira tem branco e azul
E também a cor vermelha.
Um estado arretado
Mistura de muita gente.
Para a terra “brasis”
Deu logo dois presidentes.
Suas terras são fabris.
Um artesanato impecável,
Um dos melhores do país
De matéria prima inigualável.
Terra fértil
Terra amada
De encantos mil,
És tu, Alagoas do meu Brasil
Se o sorriso sumir
E a esperança esmorecer
Se o sol bater 40°
E o suor me descer
Se a labuta de hoje
Amanhã eu não puder colher
Se a chuva não vier
E a colheita definhar
Se os pássaros não voarem
Se a flor não desabrochar
Se o meu sangue precisar cair
Se a comida na mesa faltar
Se meu nome não puder dizer
Se minha voz eu tenha que calar
Em meio a tudo isso
A Asa Branca cantará
Quero que o mundo saiba
Que o Nordeste é o meu lugar
Inalcançável
As estrelas adorei.
Pela Lua me encantei.
De Vênus a nomeei,
E, sem perceber me apaixonei,
Seu azul, tão puro.
És meu meu porto seguro.
Seu brilho tão belo,
Contra meus demônios trava um duelo,
Com tantas coisas eu sonharia.
Te tocar eu amaria.
Mas isso não poderia,
Pois você me afastaria,
Só de pensar em te perder
Já me sinto morrer
Mas se isso ocorrer
Ainda irei te proteger
O Véu de Lete
Antes do alvorecer, fui tudo.
Rei e réptil, mãe e mártir,
ferro e flor.
Fui punhal e promessa,
fui incêndio e oração.
Mas ao nascer, bebi do rio.
E esqueci.
O nome da lâmina que me cortou.
O rosto da alma que me amou.
Os juramentos murmurados entre dentes
na última noite de outra vida.
Tudo se perdeu.
Como areia entre os dedos do tempo.
E no silêncio do não saber,
floresceu o saber maior.
Não o saber das lembranças,
mas o saber do instinto,
da escolha que pulsa sem porquê,
do medo que avisa, da paixão que chama,
do erro que retorna como mestre.
Esquecer foi meu pacto.
Minha chance de ser novo
sem me ferir do antigo.
Pois se eu lembrasse…
ah, se eu lembrasse!
Perdoar seria impossível.
E amar, um risco repetido.
Cada gesto se tornaria prisão.
Cada encontro, um julgamento.
Mas neste esquecimento sagrado,
a alma dança.
Livre de correntes de glória ou culpa,
ela ousa errar de novo.
E ao errar, aprende —
não com a mente, mas com a essência.
No final, quando o corpo dormir
e o véu se erguer,
voltarei à margem do rio.
E saberei.
Mas por ora, bendito seja o esquecimento.
Ele é o ventre onde renasço.
É o chão fértil do esquecimento
que guarda a semente da eterna sabedoria.
Simplesmente Você
Escrever é minha arte,
Ela fala mais que o meu falar
Te admirar tanto, é o que faz parte,
Quando penso em você, só me falta enlouquecer
De tanto te imaginar.
Te imagino sorrindo,
Através de poemas num papel
Você me faz acreditar,
Que anjos não existem apenas no céu.
Você fascina o meu viver,
E a vida se encanta com seu existir
Mas, me pergunto, pra que tantos poemas de amor,
Se nenhum deles traz você pra mim?
Simplesmente você ilumina,
Cada pensamento do meu dia
Você é a arte que enlouquece,
Todas as rimas de uma poesia!!!
'nao me olhe desse jeito'
mas de que jeito?
estou apenas apreciando o castanho dos seus olhos
Apreciando esses seu sorriso apertado
Apreciando esses teus longos cílios
As curvas do seu cabelo enrolado
Tua risada sem graça
E sentindo minha tristeza escassa.
Talvez eu realmente te olhe diferente
Talvez um brilho apareça de repente
Nesse meu olhar reluzente
Toda vez q eu bato o olho em ti
E talvez ou sempre
Dentro da minha mente
Essas fotografias sem lente
Que eu tiro com o olhar
Possibilitam q quase sempre
De vc eu vá me lembrar.
A chuva cai
Como as lágrimas dos meus olhos
Frente a tamanha dúvida.
Leva-me, no subconsciente,
A buscar respostas
Que resolvam tamanha loucura.
Queria escrever para ti
Até o momento que você notasse o amor que por ti sinto
E, se me permitir,
Escreverei até o dia que a visão me escurecer
E, como a chuva, minha vida se esvaísse.
Se não quiser, escreverei da mesma forma;
Meu amor é inexorável, não se transforma.
Mesmo que você nem saiba da existência desses versos,
Eles terão o mesmo sentimento
Que um dia lhe pareceu complexo
Sem razão nem contexto.
Mas gostaria de saber, por razão ou loucura:
O sentimento que nutro é recíproco?
Talvez nem lhe tenha ocorrido
Que, de forma inimaginável,
Meus sentimentos por você
São tão reais como o ar, o ser, o palpável.
Mas não pode ser possível!
Tantas mensagens inteligíveis,
Tantos versos escritos,
Tantas conversas incríveis, em que quase confesso,
Nada torna uma paixão
Mais real, possível?
Amor, se eu pudesse ser mais direto,
Fazê-lo-ia nesse instante.
Mas, como no encontro de uma constante,
Preciso de seu sinal para seguir adiante.
Portanto, sem ser mais hesitante:
Posso?
VIDA
vida
o que pode se dizer
sempre tentando não morrer
sempre tentando não saber
o que é a morte
sorte
de quem não vive isso todos os dias
medo de uma bala perdia
acertar bem no meio do seu peito
e você ver o desespero
de todos a sua volta
e procurar
um motivo para não chorar
para não pensar
que todos os seus sonhos estão indo embora
para nunca voltar
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