Um Poema para as Maes Drummond
Não espere seu orgulho te levar para um lugar de necessidade extrema, para aprender a importância do saber receber!
“Um dia triste. Um dia para esquecer. Um dia para me lembrar de que despertei. Um dia em que percebo minhas perdas. Um dia em que não comemoro meus ganhos. Um dia de luto. Um dia sem glórias. Um dia de realidade. Um dia.”
“Hoje não é um dia de celebração, mas de consciência. Percebo o tempo em sua nudez, os ganhos silenciados, as perdas em evidência. Não por revolta, mas por lucidez. Há dias que apenas são. E por serem, nos confrontam.”
”É um dia. Apenas um dia. Mas nele moram silêncios, memórias e um luto sem nome. Não há velas, nem brindes, apenas o tempo sussurrando que algo se perdeu e eu me encontrei ali.”
A inspiração vem da dor, sempre da dor... Cada gesto de escrita nasce de uma ferida fresca ou de um hematoma emocional, sem essa dor, minha voz se calaria. Reconhecer que só a angústia me impulsiona a criar é aceitar que a beleza de cada frase vem acompanhada do sabor amargo de lembranças que preferiria esquecer.
Chorar não adianta mais. Eu e meu choro fazemos companhia um ao outro.
Já chorei até não sentir mais nada, as lágrimas se esgotaram, deixando apenas um vazio duro. Hoje, o choro é como um amigo que visita minha face sem quase derramar gota, ele lembra o tanto que tentei e falhei em encontrar alívio na própria tristeza.
Nascemos sem ter um futuro certo, sem saber o que haverá se porventura, tivermos um amanhã. Nossa vida é uma incógnita, agradeça todo instante a Deus, ou a qualquer força maior em que acredita. A vida é, por si só, um sopro. Aprendi, da forma mais cruel, que qualquer garantia de futuro se desfaz num segundo, meu “amanhã” virou promessa vazia. Agora, cada respiração é preciosa, pois reconhecer que existo é um milagre insistente, sustentado apenas por uma fé que teima em não me abandonar.
Às vezes a vida vai te apresentar acontecimentos que parecem ser o fim, e realmente é, porém é um fim necessário, esse fim chega para dar espaço para um novo e bonito começo. Comece diferente, que esse seu novo começo não se torne aquele fim que já foi embora. Escrever, por exemplo, tornou-se catarse que me mantém vivo, mas sei que esse novo rumo exige vigilância para não se perder no medo do passado.
O café esfria na xícara, enquanto o coração aquece com memórias de um lar que já não existe.
(LilloDahlan)
Das palavras que escrevo, tiro menos de um milésimo do que realmente quero dizer. Algo prende a essência do lamentar, não posso tirar nada frutífero do que escondo. Talvez seja esse o verdadeiro e complexo eu, que vive sorrindo e escondendo tudo, para não machucar ninguém. Cada linha que transborda no papel representa apenas a ponta de um iceberg emocional, há tanto temor de ferir quem lê que as verdades mais profundas ficam guardadas num cofre trancado pela própria insegurança. Reconhecer essa lacuna entre o que sinto e o que mostro é o primeiro passo para, talvez um dia, soltar as amarras que me impedem de expor meu eu por inteiro.
No princípio do princípio era tudo trevas, ausência de Deus, que é a luz. Não desanime, um degrau por vez. Fui lembrado que, mesmo quando não sinto Deus, Ele permanece oculto, movendo-me passo a passo. Esse princípio me ensina que cada conquista pequena, um som pronunciado, um passo sustentado, é um reflexo de uma luz que insiste em habitar onde só vejo escuridão.
Às vezes o excesso te faz desistir um pouco a cada dia, quando o peso de medicamentos, de cirurgias e de olhares comissivos se acumula, sinto-me afundar gradualmente, cada nova praga de dor retira uma parte da minha vontade de lutar, essa erosão diária ensina que a resistência não é
um salto heroico, mas uma sucessão de escolhas pequenas para continuar respirando apesar da exaustão acumulada.
Quão agradável é ser aquecido pelos raios de sol em um dia frio, e quão reconfortante é receber um abraço quando o frio da solidão nos envolve.
Se juntar todos os grãos de areia do mundo, ainda não seria um número próximo de galáxias em nosso universo, a terra é um grão, eu sou um grão de um grão, em meu estado de insignificância aparente, sinto-me perdido num oceano de vidas igualmente frágeis, mas, com frequência, isso me traz conforto, não sou o único a sofrer e minhas batalhas, embora quase invisíveis, fazem parte de algo maior, essa perspectiva cósmica me ajuda a relativizar meus problemas, lembrando-me que o universo é vasto demais para me enclausurar em desespero.
O cachorro come seus sapatos, porque ele tem medo de que você vá embora, assim como um cão ansioso agarra-se ao que tem para evitar abandono, percebo que minhas próprias angústias me fazem agarrar memórias dolorosas como forma de tentar controlar algo que nunca pude, entender esse
comportamento me ajuda a enxergar que a doença mental, às vezes, gera ações aparentemente irracionais motivadas pelo medo de ficar completamente só.
Há um encanto silencioso em ser tocado pelos raios de sol num dia frio... Mas há ainda mais poesia no calor de um abraço quando a solidão nos gela a alma.
Nos dias cinzas, a chuva é meu eco frio, um sussurro da cachoeira que conheci, onde mente e céu choram juntos, e a tristeza vira um abraço silencioso.
Na vida tudo nasce para superar o impossível. Nascer é um desafio, toda vida luta minuto a minuto. A sobrevivência é um milagre forte. A vida é nascer e gerar outra vida.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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