Um Homeme duas Paixoes

Quem conheceu a mais exigente das paixões, aquela cuja duração é cada dia abreviada pela idade, pelo tempo, por uma doença mortal, por algumas das fatalidades humanas, compreenderá os tormentos de Eugênia.

Falo das paixões cotidianas. Daquelas que, sem pedir permissão, irrompem peitos de todas as idades e tamanhos e lá se abrigam temporariamente. A intromissão pode acontecer numa manhã despretensiosa, numa tarde gélida ou numa noite solitária. Desde que seja executada de forma surpreendente. Sim, as sedutoras também são maquiavélicas. Preparam o clima fria e calculisticamente para que o alvo caia feito um patinho na história.

“O que está em pauta é a busca, a causa incessante ao que nos é essencial: ter paixões e ter amigos. O grande patrimônio de qualquer ser humano, quer ele perceba isso ou não.”

Espelho, espelho meu...
dizei-me se há alguém
mais, atrapalhada
mais confusa,
mais entusiasmada,
mais preguiçosa,
mais esquisita,
mais animada,
mais perdida,
e mais apaixonada
do que eu?

Na verdade um livro que não merece ser lido duas vezes não é digno de ser lido nem uma vez.

É melhor haver dois do que um, porque duas pessoas trabalhando juntas podem ganhar muito mais.

Um grande homem é aquele que morre duas vezes. Primeiro, como homem; e depois, como grande homem.

Se você está insinuando que tive um caso com Margareth Trudeau, está enganado. Só passamos duas noites juntos

Um homem inteligente pensa uma vez antes de falar duas vezes.

É muito mais contrário ao pudor ir para a cama com um homem que se viu apenas duas vezes, depois de três palavras em latim na igreja, do que ceder, mesmo contra a própria vontade, a um homem que se adora há dois anos.

A esquerda é boa para duas coisas: organizar manifestações de rua e desorganizar a economia.

Eu odiaria morrer duas vezes. É tão chato

O goleiro deve dormir com a bola. Se for casado, dorme com as duas.

As calamidades são de duas espécies: a desgraça que nos acontece e a sorte que acontece aos outros.

Há duas coisas que a experiência deve ensinar: a primeira é que se torna indispensável corrigir muito; a segunda é que se não deve corrigir de mais.

no parque vazio
duas árvores abraçam-se
em prantos de chuva

A paz e a força são duas mulheres ciumentas que recusam-se sempre a ficar na mesma casa.

Duvidar de tudo ou crer em tudo. São duas soluções igualmente cômodas, que nos dispensam, ambas de refletir.

Os velhos são duas vezes crianças.

De duas ou mais dores simultâneas, a nossa atenção escolhe uma e quase esquece as outras. Na ruína do nosso tempo, vê se escolhes o mais importante dela. Evitarás assim o ridículo de chorar a perda de um alfinete numa casa que te ardeu. E a História olhar-te-á com simpatia - talvez vá mesmo para a cama contigo.