Um Estranho Impar Poesia
AMAR
Amar é um rito
Amar é um grito
Amar é um fito
Amar toca o mito
Amar é bonito.
Amar não é desdito
É o que faz renascido
Amar é rolar no infinito
Amar no infinitivo.
A carne no seu gemido
O mar, na sua mesmice
Amar é sair do sito
Amar é conter um grito
Amar é soltar um grito.
Amar é como gripe
Dá um cansaço esquisito.
Uma viagem aos limites
Trazer das estrelas o brilho
E na distância perdido
Ver o mundo, um granito
Pedaço de um quarto aflito
O interminável bendito.
Todos os beijos prescritos
Os gestos mais precisos
Que se consegue, um alarido.
Gente dentro da gente, inciso
Amar é o que tem cabido
A parte melhor, amor parido.
Amor, um nome, amar, da vida.
__________________________
naeno* com reservas de domínio.
Ele não tem barba branca, nem um trono nas nuvens...
Ele não é aquele que faz parar de chover, nem aquele
que faz seu time de futebol vencer... Ele não comanda tudo, ele não faz escolhas por nós, ele não diz quem vive e quem morre, ele não evita a catástrofe humana...
Ele, é aquele que nos mostra os Caminhos, é aquele que ilumina, é aquele que nos mostra o poder do amor, e a força da união... ele é aquele, que anda sempre conosco, e nos diz quando estamos certos ou errados, porém, ele não nos impede de errar... Ele é a força, que motiva, é a beleza da vida... Como o amor, a saudade, a alegria, a dor, DEUS é um Sentimento, o sentimento da esperança, o sentimento de que tudo pode melhorar, e tudo podemos realizar... e não importa o quão delicada a situação seja, você sempre pedirá ajuda a ele, e com isso, você prova o quanto você é forte, o quanto é capaz, o quanto pode, o quanto quer ... Você Acredita em Deus? tenha orgulho disso, pois se você acredita nele, é porque acredita em você... Levante-se! Deus não está sentado te olhando, Deus está dentro de você, porque ele , é você!
MENESTREL
Ouvi de um menestrel
Das investidas de puro amor em seu corcel
Que o seu violão falava uma língua
Propensa a fazer morada no coração.
Que o desleixo de sua vida
E parecer-se cão sem dono
É que a cada estação,
Chuvoso tempo e de raro sol
Lindos cantos saiam de sua boca.
Um pinho, uma madeira às costas,
Já se ferindo roçando as encostas,
Onde o amor subira, pedindo me toca
Com teus dedos cegos.
A mão disposta por todas as cordas,
Um piano idêntico, de teclas amigas,
E a voz plangente daquele homem apeado
Amarrado ao cavalo, por ali comendo.
Ouvi de sua boca canções que nunca esqueço,
E quando me dou na ventura alegre,
De alguma me lembro,
Outras solfejo baixo,
Cá com o meu coração
Por tudo apaixonado.
Quando dou por mim amando intenso
Lembro do escondido canto
Que ele me guardou,
Num fundo sem fundo, entrando o coração
È essa a aventura, que me alegra tanto.
O menestrel das estradas
Lembro, o seu chapéu de barbicacho,
Nem lembrava ser todo esse riacho,
De águas perenes dos meus olhos inteiros
Que inda são de estação de inverno
Ainda ele insiste em ser meu cativo.
naeno*
CALMARIA
Horizonte calmo
Sem promessas
Mar sem riscos
O silêncio se contém
E não quebra um graveto.
O barco segue
Sem que se ouça
Os batimentos das águas
Cortadas nos dois lados
Da embarcação.
Tento e não consigo,
Cubro a cabeça com a camisa
E não consigo ouvir
Os batimentos do coração.
Com o cuidado de uma agulha
Vejo o meu lado esquerdo
Subir e descer.
Será minha respiração,
Será do meu coração
Quietos, silêncio das mãos.
EU LA MANCHA
Amar um gesto que de tudo ébrio,
Permite-se no vento afundar,
E dar-se mais, ao que tiver na espera.
A pedra o risco de voltar jamais.
Amar perdido de amor tomado,
Puxado a vil monumento agastado,
A voz já rouca de implorar que deixem
Seus olhos verem se lhe cabe a cabeça,
A altura a forca que se vão largar.
Solto o destino, solta a sorte,
Larga-se sozinho espreitando a morte,
Que antes de abraçá-lo se compadece e chora,
Ainda não é hora, o amor vai se abrasar.
Amar redondo, o mundo circundar,
Cadê Dulcinéia, fugiram meus lugares,
Onde fico, dormem meus cansaços,
E a minha fadiga de me levantar.
Acorda-me amor, amor, com beijos,
Retira a infante veste,
A espada pesa, sinto que a loucura,
Deixara-me louco, por não te encontrar.
Campos, trigais, moinhos ao vento,
Vê-se distante, mais longe, te amo,
Mostra-me antes, dos caminhos limpos,
O lume longe do olhar da bela.
Ó formosura, amar encarnado,
Amor que sinto, corpo atormentado.
DIVAGAR
Também sei sonhar...
Às vezes vejo que em cada ser
Existe um outro que o faz
Sentir, mover-ser, amar, sofrer.
A rosa tem por fora uma cor
Um cheiro, uma forma .
E por dentro, como sinto ser
Também há algo que lhe sustenta
E lhe dar esses movimentos, de tempo
A cor, o brilho, o amor que inquieta.
Dentro do homem reside calada
Mas dona dos seus movimentos
Seus sentimentos, e até sua aparência
Uma alma, invisível, mas que se vê
Por esses rompantes, essas quedas
Que acometem o corpo.
Deus, que existe, dentro de nós
E fora do alcance do nosso olhar
Por habitar o longe céu
E o nosso coração tão perto.
Por isso sonho, ou tenho a certidão
De que Deus, eterniza-se
Pois o que lhe acontece nunca podemos ver.
E dizemos Dele infindável
Como o sonho, de outra forma
Que todos sentem
E que se passa de um para outro
Às vezes iguais
E sempre tão diferentes.
Porque cada mulher traz em si o dom de ser feliz...
Porque cada mulher busca, a seu modo, criar um novo mundo, pintando com suas cores a sua realidade...
Porque cada mulher traz em si o dom do amor e carrega em seu ventre uma promessa...
Por isso, e só por isso, agradeço a DEUS o meu gênero e a alegria que é Ser Mulher... tendo sempre em mente que ‘a quem muito foi dado muito será cobrado’.
Preciso de um tempo para mim
Ser o centro da minha atenção
Buscar o que me agrada
O que dá prazer...
ouvir música...
soltar o corpo numa dança...
ou a imaginação em um livro...
dirigir sem destino...
cuidar do corpo e da alimentação...
curtir um hobby...
pintar...
Preciso de um tempo para mim
Um tempo para nutrir minha alma
Um tempo para ouvir meu coração
Um tempo para conversar com DEUS...
Sentimentos escoam como pedras em águas correntes.
A cada deslize um grito de dor ecoa no interior, onde não há mais nada.
O vazio agora toma o lugar que você deixou.
O desejo agora é solidão.
O coração que antes quase saltava pela boca por pura emoção,
agora vive incomodado por uma ferida que lateja.
Os olhos antes brilhosos como estrelas,
agora tem o breu das ruas desertas na noite.
E no lugar que antes era só seu, agora o vazio.
Vazio que cresce,
Um vazio sem nome.
Esse vazio que persiste,
Vazio que consome.
Um ultimo apelo
Me fale dos ventos frios da madrugada,
do calor da tarde.
Conte-me mentiras,
fale-me verdades.
Conte-me histórias que ainda não vivi,
de um tempo que não conheço.
Fale da chuva que insiste em cair,
e das regras que obedeço.
Fale das canções do tempo de outrora
e das brincadeiras de criança.
Fale da beleza da aurora,
da inocência da infância.
Diga o que puder,
até minta se quiser.
Fale do que está para chegar,
e da saudade que insiste em ficar.
Só não diga, meu amor, que não irá voltar.
AMOR E MEIO
Ai, o amor de sempre.
Os mesmos efeitos colaterais
Os mesmos rompantes tardes
Um foco que a todos queima
Dor que dói e a gente ver
Nos lugares onde se mostra
Até onde não pisoteia.
Uma calmaria assolada
Com os danos à nosso sentido.
Amor, desnecessária espera
E dos mesmos a desesperança.
Aquilo do que se diz:
Quem planta, mal apanha
Ou leva o que não apanhou
Ou não apanhou o que levou.
Amor, essa confusão,
Um chega e sai, ao redor das brasas
Um posto de gás incendiado
Das bombas a ameaçar da rua inteira.
E quem assegura que o amor
Repõe danos, que se está assegurado
Quem lucre com seu dissipar.
Ai, o amor elevado sentimento
movimento em trocadilho
A batida dos pratos no apogeu da filarmônica
Desnecessário, mas que, se não fosse
Desmembraria a vida corriqueira
No rumo das manhãs.
Até amanhã, ilusões, até amanhã!
Decepção, depois se vê!
______________________
Naeno*com reservas
PALMA DA MÃO
Eu não conheço a palma da minha mão.
Entre tantos cruzados de linhas,
E mais de um veio principal
Onde descambam as águas dos meus dias.
Não tenho noção do que seja a palma da minha mão,
Reconheço, e já é volumoso
As coisas que toco, a embaralhar meu destino.
Reconheço, quando a espalmo frente aos olhos,
Alguns poros suados, o anel centenário,
A cor, que coincide com a cor do meu corpo inteiro.
Na aventura a que me lancei,
Em me procurar e me achar,
Em algumas partes de mim deu pra ver
Outras nem que eu virasse o mundo o contrário
Daria para medir, saber, esboçar.
Alguém, como eu, desconhece, numa vista frontal
O seu crânio, seu cabelo, tal como tal, são?
Ou conhece seus buracos
Que só na cabeça contam-se sete,
Afora os outros por onde se mete
Nosso temor, dizer explorar.
E os seus encontros de mãos e pernas,
Como uma árvore, quem conhece?
O por trás todo, ninguém sabe o que é.
Sabemos dos outros, também minúcias,
Nada de definido se sabe
O que conhecemos de nós mesmos
Também os ouros conhecem,
E somos mais conhecidos por eles,
Do que por nós, da mesma forma inversa.
Se por fora de nós pouco sabemos,
Imagine um devaneio por dentro.
_________________
naeno*comreservas
NATAL
por um tempo eu vi toda a alegria
que podia o mundo.
Era um Deus menino a falar baixinho
De um amor profundo.
E nesse momento de contentamento
Do meu coração
Me senti tão perto de meu Deus presente
E elevei as mãos.
E naquele tempo era tão comum
Tantos reis na terra
A obediência de um homem pra o outro
Até matar na guerra.
Foi assim que Deus
Ao julgar violada toda sua lei
Não mandou profetas, todos ofendidos
Ele mesmo veio.
E chegou tão simples
Numa manjedoura, num leito de feno
Mas era o mais bonitos
E todos O olhavam, como a um Deus supremo.
E quando eu me lembro
Que aquele Menino foi tão diferente
Me angustia a alma
Por saber que os homens foram tão ausentes.
Quizera que o mundo
Só por um segundo O visse de novo
E deixasse Ele, como sempre quiz
Conduzir seu povo.
Eis aí o meu servo
A quem eu amparo por todo caminho
Sobre Ele eu faço repousar meu braço
Todo o meu carinho.
"O ser humano vive no mundo dominado por um sentimento que atende pelo nome de Medo. Sejamos realistas sem hipocresia.Todos nós temos medo de arriscar na vida. Temos medo de mudar de cidade, de roupa, de emprego e temos pavor quando esse medo invade o campo sentimenta no caso o tal do AMOR.Temos medo montruoso em dar uma chance para alguém, temos medo de nos apaixonar, pois vislumbramos ali no inicio o que pode acontecer no final e o que não pode também. Já começamos pensando que todo fim é triste. Mas se foi triste no fim, quer dizer que teve coisas ótimas no começo e ao meio também. Porque não arriscar? Me diz por qual motivo não enfrentamos os medos que existe em nossas vidas. Vivemos querendo ser aceitos por alguém ou por esse sistema avassalador que corrompe a maioria da sociedade. Morremos de medo de enfrentar os problemas, vivemos morrendo de medo de falar o que pensamos e sentimos.
A culpa é toda do medo?
Não minha cara amiga, o medo não é o único e real culpado. Outro sentimento envolvido nessa teia chama-se falta de coragem. Falta de coragem para enfrentar o medo,falta de coragem de arriscar, falta de coragem por se acomodar. Bela união entre medo e falta de coragem, eles se uniram e não pensam no final, pensam em apenas em atrapalhar nossas vidas e em não nos deixar fazer o que queremos. (...)
Quantos textos mais irei escrever sobre medo, indecisão,sentimentos, culpa, revolta amor,etc? Acho que são realmente assuntos que não tem fim e que irei escrever milhões de pensamentos que passam pela minha mente pensante, vocês podem ou não concordar com o que escrevo, mas pelo menos estou enfrentando o medo e a falta de coragem de me expor ao mundo."
CARTA
Um dos meus desejos mais ardentes
Sempre foi o de sair deste lugar
Minha primeira ambição foi ser
Um militar do exercito brasileiro
Sempre os julguei importantes demais
E trabalhadores eventuais.
Porém eu não era do tipo certo
Que recebiam ordens e a executava
E o mais complicado de tudo,
Sou o tipo miúdo, a que se serve quase a nada
E ainda com uma forte tendência a me perder
Nos meus devaneios de poeta.
CANTO
Alguém cantando é como estar falando
Ao mundo inteiro por um sopro penetrante.
Sua voz se espalha, harmoniosamente,
Como uma bruma a cobrir a natureza
Deslizando na pauta serena
Na versão melódica de suas palavras.
Um jeito que, quando se comanda,
Do modo usual, de palavras, não se ouve assim.
Cantar é uma versão da fala, a de encantar.
Quem canta quer se ouvir chorando e rindo,
Não espelha seus gestos, a sua boca, não cita
Palavras comuns.
É como se outra língua pronunciasse,
A letra que se pusesse o canto, e se molhasse o pranto,
Gota a gota, palavra a palavra, gesto a gesto.
Porque é o tom e o som que as palavras ditas emitem.
Quem canta, mostra o coração, uma caixa ressonante,
E não é só a boca que externa palavras que podiam ser ternas,
Que em sinais se transformassem.
Rezo a que todos cantem, que em vez da fala seca,
Palavras com as mesmas letras tenham esse soar ameno,
O canto, a oração que a alma faz, no seu melhor:
Furando ondas de obstáculos à palavra,
E mais direto a Deus, sua presença se faça chegar.
Cantar não é um dom que só alguns têm,
Como falar.
É comum também ser melodia, todas as letras,
É algo possível, e dado a qualquer um fazer.
Quando as pessoas descobrirem,
Que o canto, diferente da fala e gesticulações vãs,
É o dom natural dos passarinhos
O mundo seria um coral sem fim, um louvor, assim
Como fazem os anjos reunidos em todo entardecer
Alguém cantando é como estar falando
Ao mundo inteiro por um sopro penetrante.
Sua voz se espalha, harmoniosamente,
Como uma bruma a cobrir a natureza
Deslizando na pauta serena
Na versão melódica de suas palavras.
É triste sonhar e saber que não vai sair apenas de um sonho.
É triste quando você ama uma pessoa e ela não te correspondi,que você faria de tudo por ela,e ela não faria nada por nos.
É triste saber que existem pessoas melhores para formar seu par.
É triste ser amigo,se o que queriamos era ser amigos e um amor.
É triste só de saber,que você esta do lado de mim,mas não posso fazer nada por você.
É triste só de querer,um abraço e não poder receber.
É triste ser forte,se o que queriamos era chorar no ombro da pessoa amada.
É triste só de olhar para trás,e ver que não podemos voltar ao passado.
É triste só de pensar...
Mas haverá duas alegria,uma foi que um dia eu amei você.
E a outra que você vai dar aquele sorriso que eu sempre admirei.
As vezes tudo que voce quer é um pouco de paz.
Nada de Pai e Mae te dizendo o que fazer, nada de ter que acordar cedo, nada de amigos seus te falando o quanto sabem lidar com suas vidas patéticas, nada de amigos, nada de experiências traumáticas, nada de ônibus lotados, nada de conversas serias nem vocabulários idiotas, nada de parentes pra ti julgar, nada de escolhas, nada de conseqüências , e principalmente nada de relacionamentos , eles acabam com qualquer paz que poça existir em você.
As vezes , só as vezes seria muito bom viver sem NADA disso.
O que a vida pensa de se ? Que é tudo um coagulo repulsivo acumulado em qualquer lugar .
Quem sabe exatamente o que fazer , quando se deve saber? Ninguém sabe, e ai de quem souber, é esquartejado pela burrice humana .
Quem pode ser mais estúpido que a estupidez ? acredite ! Nos somos .
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