Um Estranho Impar Poesia

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Moço acorda para a vida
e para de viver nessa ilusão,
como é que podes falar tanta merda
se nunca tiveste noção nem razão.

Inserida por TiagoSuil

A LUZ DO FAROL

Não te recitei poemas nem fiz juras de amor,
eu te ofereci meus dias e minha vida
como um criminoso buscando redenção.
E você me abrigou sob sua luz,
intensa e constante como um farol
invadindo o mar para salvar os esquecidos
e os desesperados.
Você calou meus demônios com sua ternura
e fendeu a sepultura onde jazia meu coração
com um simples olhar, com um simples estar.

Eu deixarei morrer cada entardecer
enquanto teu beijo amanhecer o dia.
Eu deixarei morrer cada dezembro
enquanto tuas palavras brotarem janeiros.
Eu deixarei morrer as flores do meu jardim
enquanto teu corpo ressuscitar a primavera.
Eu deixarei morrer silenciosamente
no teu seio minh’alma ou meu espectro,
pois em mim toda paz perde o reinado
(não há virtude sem o pecado).

Inserida por purapoesia

POEMA DAS PALAVRAS AUSENTES

Hoje, embebedado de sentidos, resolvi escrever sobre você.
Quis narrar como sua beleza agressiva furta toda a atenção
e como seu olhar está sempre a pedir um afago
e breguices de amor, que adoro dizer ao seu ouvido.

Decidi descrever como seu desajeito é todo complexo,
querendo ser companhia para o meu descompasso.

Quis divulgar como suas curvas delicadas revelam desejos meus
e se exibem de maneira solar à meia-luz.
Cambaleei entre palavras relembrando
como seu sorriso me traz um futuro bom
e como tenho em mim uma tempestade de você.

Recordei cada instante, todo o tempo,
calando meus versos, por breve momento.
Percebi que para você nenhum verso é decente
e que palavras não seriam suficientes.

Para falar de você
minha poesia deveria ter o cheiro da primavera
e a tenuidade de uma manhã de inverno;
teria de ser bela como um pôr-do-sol sobre o mar
e quente como um abraço de saudade.
Pediria a transparência da água de uma nascente
e a pureza de lugares desconhecidos.

Para falar de você
minha poesia deveria ter o gosto ingênuo das nuvens.

Não bastaria uma canção,
seria necessário compor uma sinfonia.
Eu teria de divulgar segredos
– sagrados segredos –
que te fizeram assim: tanto!

Para falar de você
eu teria de desvendar o encanto
que nos cerca e que nos uniu:
teria de justificar o incompreensível.

Por isso, para você eu escrevo sem palavras
e te dedico um silêncio profundo,
porque só o silêncio pode falar
quando as palavras não podem descrever.

Inserida por purapoesia

O DITADOR

Se eu fosse o ditador da Síria, da Líbia ou do Iêmen
– lutando pelo poder –
não atiraria balas, não lançaria bombas:
a revolução não se curva às armas.
Eu atiraria rosas, lírios e tulipas,
recitaria poemas e entoaria canções:
eu mataria de amor.

Se eu fosse o ditador do Egito, do Iraque ou da Jordânia
– lutando pelo poder –
não atiraria balas, não lançaria bombas:
a revolução não se curva às armas.
Eu lembraria histórias, causos e mentiras,
compraria um circo e contaria piadas:
eu mataria de rir.

Se eu fosse um sangrento ditador,
eu deixaria de ser um sangrento ditador.
Não atiraria balas, não lançaria bombas, não faria nada:
eu mataria de tédio.

Inserida por purapoesia

E O QUE MAIS PODERIA SER?

O que mais poderia durar para sempre
senão o minuto que acabara de passar,
deixando teu fantasma cravado nos meus olhos
como a cicatriz de uma faca que aleija uma rosa?

O que mais poderia ser eterno
senão aquele beijo inesquecível,
que durou o tempo de uma vida libertada
ou uma caminhada pelo quintal das estrelas?

Onde mais poderia estar o paraíso
senão guardado nos teus sorrisos e nos teus gemidos,
que ecoam como o bater das asas de uma borboleta
nas minhas noites de luas repentinas?

Onde mais poderia encontrar o perdão
senão escondido no nosso pecado de amar,
que navega sem velas e ao acaso do vento,
guiado pela própria inconsistência da maré?

Em qual sermão poderia vislumbrar a redenção
senão nos segredos que me sussurra a luz do dia,
bendizendo teu singular passar pela praça
e a sorte que tem quem pode te tocar o coração?

Inserida por purapoesia

RENASCIMENTO

Eu não vou chorar por coisa alguma,
estou dando uma segunda chance à vida.
Tudo aqui é um milagre.
Vou bradar aos céus:
– Eu quero raios e trovões!
Tenho-te como uma mãe abraça o filho que nasceu,
cheia de carinho e fé
e com a certeza cega de que tudo vai dar certo.
Estou lapidando meu diamante
e a pureza é indescritível,
terá o preço de cada manhã futura.
Inestimável
como o cheiro do amanhecer no campo.
Simples como não se esquecer de aguar uma semente,
porque essa palmeira que plantei
não se envergará
nem se quebrará ao convite do vento.
Sou como um velho barco quebrando ondas em um mar revolto:
LIVRE!

Inserida por purapoesia

SE NÃO PUDERES MAIS ME AMAR

Se não puderes mais me amar,
tudo bem, eu compreendo.
Afinal, nos seus dias há saudade logo cedo
e nem todo ouro posso te dar.

Se não puderes mais me amar,
se não fores mais capaz de se alegrar
com minhas ranhetices e manias, não tem problema.
Afinal, toda rosa quer ser tema de poema.

Se não puderes mais aqui permanecer,
se tiveres que seguir seu caminho com razão,
não olhes pra trás e se permita renascer.
Só não te esqueças de que cabe ao sol render a escuridão.

Por isso, não se torture e tenha nos passos firmeza
e nos olhos aquela velha paixão pela vida.
Eu estarei a lembrar da minha paixão perdida,
mas tudo bem, reencontrarei a amiga tristeza.

Inserida por purapoesia

SONETO DO AMOR EM COLISÃO

Criatura de intensa inquietação
é amor que se apresenta em colisão:
pintor que na pintura tem prisão,
potro que não teme a fúria do peão.

Encontro nos teus olhos minh’alma
que roubaste com consenso e calma,
para ser indômito e imenso
caso, enlouquecido e intenso.

Secretamente corro teu corpo
como quem tange arisco rebanho,
sob a planície de um céu tamanho.

Aceita-me com pose desfeita
– aí está a suplica de socorro –
onde nasço e noutro dia morro.

Inserida por purapoesia

Todos somos frios e categóricos ao afirmarmos:
"O amor não tem explicação!";
aí...vem um caloroso carinho categórico,
e nos dá várias explicações.

Inserida por marcopaschoal

Profanos são esses delírios
Que alegram o meu ser
Corrompem minha alma
E me enchem de prazer
Numerados como os dias da semana
Encher-me de agonia eles vêm
a agonia de saber que são errados
os quais, são chamados capitais
delírios de codinome pecados.

Inserida por danielribeirog

Meu conselheiro é o vento
Com ele ando à conversar
Ainda que nada fale
Está sempre à me alcançar
Sempre me faz refletir
Em minhas lembranças imergir
Este mesmo vento sempre sopra
Trazendo consigo amargura
De tal forma, vai e volta
Sendo para mim, ares de tortura.

Inserida por danielribeirog

Acreditar ou não no futuro do país,
Gasta a mesma quantidade de energia.
Por que não acreditar!?

Se acreditamos e somente uma vez acertamos…
Gastaremos a mesma energia que desistindo.
Só que quem desiste não tem a chance de às vezes perder.
Quem desiste não tem a chance de às vezes errar,
Quem desiste nunca terá a chance de acertar.

Inserida por luisgouveiajr

O amor é essa falta do que se tem
É a presença daquela que não vem
É o que se vê quando os olhos não veem.

Inserida por luisgouveiajr

No picadeiro cheio de luz
Há muito o que se ver
Senhoras e senhores!!!
Grita o palhaço da entrada, todo listrado de cores
Entrai! pois não custa nada, na saída é que se paga!
Entra o palhaço em cena, explode a multidão!!! \o/\o/\o/
Ri palhaço! corpo de borracha e de aço! Rebola como uma bola, tem dentro não sei que mola, que grune, emperra, geme, zuni e faz Sorrir.

Inserida por WallyGarrett

É tarde
meu sono não me acompanha
escuto por entre os grilos da noite
o seu acinte resfolegar da solidão
O tempo perpassou por entre nós
e não nos demos conta do fugaz desejo que embebia nossos corpos
Nossa mente fora devassada por solilóquios assombrosos
que insistiam em negar o óbvio
Minha trêmula carne desvaneceu
perante a frustrante incerteza
de não ter certeza que um dia seríamos só nós
E assim
desejosos da comunhão carnal
desejo esse alimentado pelos alambiques soturnos
embaralhado pelas confissões ao pé do ouvido
fomos nos deixando à deriva no horizonte
Enganados pelas correntes
nossos corpos tomaram distâncias náuticas
Hoje, meus olhos se perdem de vistas
e não encontram os seus
Bravejo cânticos
Provoco estampidos
Procuro nos meus dedos o toque das suas mãos
mas já não te vejo
Não te sinto
Não me ouço
Não te entrego
Nem me redimo
Fica à mercê das coisas mundanas
Procuro em cada escaninho da noite
o som dos seus passos
Mas o silêncio encerra a madrugada
Quando dou por mim
o sol rompe minha retina
mais um dia se afiança no meu destino
Sigo meu caminho na vastidão desértica
desse oceano amoroso
que a falta de seus braços
comprimindo meu corpo
me faz

Inserida por alecristovam

O pescador e a sereia!

Pescador saiu pro mar
a procura de peixe bom
encontrou foi com serei
acabou encantado com o som
pescador não volta pra casa
serei leva mais um homem bom!

Inserida por AndersonCastanha

IMORTAL...

Aqui estou olhando o crepúsculo
E penso neste céu...
E bebo o mar... E penso em voar...
Com os olhos cativos a fantasia...
Esperando por ti nestes intermináveis dias...
Tento escrever em versos... Os sentires do meu coração
E vejo o sol se por em breve... E ele me leva qual uma canção...
De uma triste melodia...

Sorvo comigo a dor da saudade
Mas me sinto imortal diante da vida... !

Inserida por celinavasques

Os dias passam devagar
Não chego em nenhum lugar
Nessa vida entediante
Vivo tentando me encontrar...

Inserida por LuizDeOliveira

À MERCÊ DA VIDA...

Ando tão perdida pela vida...
Não sinto vontades de ir
Muito menos de ficar!
Estou estagnada no tempo
Nem mesmo me move o vento
Desalento
Melancolia
Nem agonia!
Uma indiferença passiva
Um cansar na alma
Calma sem paz
Ausência de risos
Choro , ou histeria!
Como se o mundo tivesse parado
para embalar a minha nostalgia...
Uma folha seca voa pela rua,
esboço um pequeno pensamento
preguiçoso;
Quisera ser como ela
Velejar à mercê da brisa
Sem dor
Sem impulso
Sem sentimentos...

Inserida por ElisaFlor1973

MEUS FILHOS, OS POEMAS...

Deus, quantos filhos já gerei!
Os gero o tempo todo!
Nas nuvens que passam
Na chuva que cai
No sol que queima a pele
No enlaçar das mãos
Na dor de um sonho morto
No barranco à beira da estrada...

Gero versos do nada!
Da essência de tudo!
Da tristeza velada, delatada no olhar,
ou no sorriso dúbio, sem fé no amanhã...
Gero palavras as vezes sem sentido...
E que sentido devem ter as palavras
antes de serem interpretadas por alguma
alma sedenta de beleza?

Gero. Procrio noite e dia!
E ai de mim, se me tornar infértil,
e me negar à trazer à luz a poesia!!

Inserida por ElisaFlor1973