Um Estranho Impar Poesia
Músicas para Amar
nada é pior do que sentir tudo
e não conseguir oferecer tanto
eu realmente amo você
queria dizer, mas são só palavras
me perdoe pelo atraso
me perdoe pela pressa
te viver é o que me interessa
não sei decifrar sonhos ou signos
nem traduzir o que suam seus poros
só te mostrarei o meu céu de meteoros
fundamos um país para coabitar
sem um hino para idolatrar
somente músicas para amar
e em toda estrofe achamos um lar
em toda garrafa inauguramos um bar
em toda amizade queremos estar
e só para você eu vou sangrar
meus versos
o vinho, a carne, o alho, as flores
o vento curioso nos visitando
a grama do quintal se acumulando
nos tapetes e nas quinas
a luz do sol nas cortinas
a mesa que eu tanto queria
e minha semana vazia
depois de domingo
QUEM É O POETA
O poeta não é só as palavra
Que escreve;
Não é só os versos
Que completa ...
O poeta é a emoção que
Que doe no peito,
É o grito que ficou preso na garganta;
É a lágrima que mareja dos olhos;
É o medo do futuro
E a esperança de dias melhores.
O poeta é tudo que escreve;
O poeta não é todo mundo...
Mas diz o que todo mundo
Queria dizer...
Quem tem uma amiga de verdade,
não morre em mar aberto, no meio de tempestades e de ondas gigantes,
terá sempre uma bóia de salvação,
um amanhã sorridente.
VIGÉSIMO SÉTIMO HEXÁSTICO
esse aprisionado sujeito
diz sempre o que não está dito
não sabe do uno se é bendito
ou talvez nem mesmo maldito
perdido no todo universo
junta cacos do ser diverso
MÃE DE TODAS AS HORAS
Mãe é luz que vela o filho adormecido,
Ultrapassando as veredas da vida noturna,
Para acalentar e cuidar do filho dolorido.
E com as mãos piedosas de amor nos contorna.
Mãe, do teu ventre veio a humanidade,
Renovando a geração dos teus filhos.
Na força maternal revela a posteridade,
E se desprende para seguir novos caminhos.
Mãe provém da natureza divina,
Em ti está o fulgor do amor que nos ilumina,
Por isso Deus a fez para guiar nossa alma.
Mãe age como anjo nas horas que faltou a calma.
No seio da terra é chama do amor profundo
Mãe há! São numerosas no mundo:
Mãe Aparecida, Mãe Maria, Mãe Izabel e Mãe Raquel,
Pois são todas mães, assumindo o sublime papel.
Mãe! É mãe de todas as horas, que vai e vem.
Ela, sempre confia na força que vem do além.
Mas, mesmo passando pelas vias dolorosas,
Orienta-nos com fé nos dias de noites chuvosas.
Mãe, que a tua bênção maternal
Interceda-nos nesta vida existencial.
Peço-te ó Mãe querida a vossa proteção
Neste vale de sombra que tenta apagar o teu clarão.
VIGÉSIMO OITAVO HEXÁSTICO
“conhece-te a ti mesmo” é nada
é puro pensamento inútil
é motor sem qualquer potência
todo “eu” é o todo desconhecido
a primeira e única essência
é tempo… é espaço… do “eu” nascido
VIGÉSIMO NONO HEXÁSTICO
filho da grande mamãe Gaia
d’África de Nana Buluka
n’América índio fui criado
pela Deusa Saia de Serpente
do ventre de todas gerado
tod’essa é minha teogonia
Se eu tivesse acertado tudo numa única vez, e entendido tudo de uma só maneira, talvez hoje eu não soubesse que o beijo e a framboesa não tinham nada haver com a realidade do tocar das bocas e o enrolar das línguas, que por acaso, não precisam ser tão ligeiras.
Diário de um Vegetal
Platônicamente apaixonado
Sua pele é branca como a neve
Seu cabelo é loiro como o cravo
Seu sorriso simplesmente leve
Nos seus olhos viajo
Estou platônicamente apaixonado
Ao te ver,meu coração a acelerar
Meus olhos começam a brilhar
Minha boca está a secar
O ar muda naturalmente
Seu perfume envolve minha mente
Seu jeito tímido me deixa inconsciente
Simplesmente és encantadora
O seu jeito de pensar é fascinante
Sua bela alma é um diamante
TRIGÉSIMO HEXÁSTICO
há por certo ainda muitas sombras
a caverna no ser resiste
“eus” diversos acorrentados
vidas assim são condenadas
Guaraci há de resgatá-los
luz… calor… há de libertá-los
Janela da vida
Abro a janela, lá fora existe o mundo,
pequeno ou grande, depende, nem importa,
posso ver apenas até o horizonte
que minha imaginação desenha e exorta
Pela janela é que vejo a vida plena,
sinto-a no ar puro que respiro,
vendo o mundo exterior sinto alegria,
mas dentro de mim outro mudo me inspira
Inspira-me a ser melhor a cada dia,
ter mais paciência e sorrir sem receio,
ser feliz é isso, viver passo a passo,
fazendo de conta que sou criança no recreio
Parei, pirei, deu pane e eu travei quando te vi sorrindo assim pra mim.
Sei lá, talvez, quem sabe a gente um dia por ai, jantar, sei lá, sair...
Estou achando que você roubou meu coração, pois nunca vi arder tão forte uma paixão, então vou me render, estou em tuas mãos.
Virei fan do teu cheiro, sonhei com o teu beijo, vem matar meu desejo de amor. (Inacabado)
Vagamundo
Carrego cicatrizes
(...e quem não as tem?)
De algumas esqueço,
enquanto outras sangram
porque feitas de punhais-palavras.
A cada (a)talho, vago pelo mundo
para driblar esse mal
chamado coração.
Caos climático
É temerário descartar
a memória das Águas
o grito da Terra
o chamado do Fogo
o clamor do Ar.
As folhas secas rangem sob os nossos pés.
Na ressonância o elo da nossa dor
em meio ao caos
a pavorosa imagem
de que somos capazes de expor
a nossa ganância
até não mais ouvir
nem mais chorar
nem meditar,
nem cantar...
só ganância, mais nada.
Dores d’África
Eh, meu pai!
Em vez de prantos
é melhor que cantemos.
Eh, meu pai!
É melhor que cantemos
a dor contínua
a solidária luta
de poetas-bantos
contra a tirania
Nem todas as flores
vivem gloriosamente em flor.
Uma delas sobrevive
catando os nossos restos
juntando os nossos pedaços
do playground à lixeira
marGARIda-amarela
marGARIda-do-campo
marGARIda-sem-terra
marGARIda-rasteira
marGARIda-sem-teto
marGARIda-menor
pela terra mais garrida
de maio a maio arrastando
o seu carrinho de GARI.
Catando os nossos restos
juntando os nossos pedaços
vai e vem uma marGARIda
brotar no seu jardim
Saúdo as minhas irmãs
de suor papel e tinta
fiandeiras
guardiãs,
ao tecer o embalo
da rede rubra ou lilás
no mar da palavra
escrita voraz.
Saúdo as minhas irmãs
de suor papel e tinta
fiandeiras
tecelãs
retratos do que sonhamos
retratos do que plantamos
no tempo em que nossa
voz era só silêncio.
AGONIA DOS PATAXÓS
Às vezes
Me olho no espelho
E me vejo tão distante
Tão fora de contexto!
Parece que não sou daqui
Parece que não sou desse tempo.
PANKARARU
Sabem, meus filhos...
Nós somos marginais das famílias
Somos marginais das cidades
Marginais das palhoças...
E da história ?
Não somos daqui
Nem de acolá...
Estamos sempre ENTRE
Entre este ou aquele
Entre isto ou aquilo !
Até onde aguentaremos, meus filhos ?...
O que tenho pra te oferecer amigo
Enquanto bebo tua fonte que me espera.
São palavras, são sentidos, são perigos
Ou são silêncios profundos de uma era
O que tenho pra te oferecer amigo
Enquanto sugo de teus olhos uma velha história.
São prazeres, são amores, roucos gritos
Ou sussurros de vencer até a vitória
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