Um Estranho Impar Poesia
SONETO DO AMOR POETA
O amor que poeta unicamente
para ti, luzente verso incisor
tão exclusivo em trova maior
e de inspiração total e ingente
É compendio tão integralmente
do coração, pulsando estertor
no peito forte e lugubremente
deste humilde, ao seu dispor
Poeta, outrora independente
agora prisioneiro e pecador
deste querer-te impaciente
Ao receber-te este poema flor
leia com o olhar complacente
é uma confissão do meu amor
Luciano Spagnol
Junho de 2016
Cerrado goiano
sim,
o mar, o céu, o infinito
confundindo a terra que jaz num paraíso que já não habita
o vento, a brisa, a chuva
confundindo a pele que arpeja
a força, a vontade, o desejo
confundindo a vida
o caminho, a trilha, o curso
de um rio inerte que se esvazia...
contemplo o inalcançável do teu corpo
a centelhas de milhas de mim
e me recolho a tocar-te em pensamento
num tempo altruístico
e de deleite de um sonho
tão intensamente sonhado
e nunca vivido
Por muitos anos vivi
sem esplêndida alegria
mas agora percebi
com tremenda euforia
por que estamos aqui
Finalmente sou feliz
Agradeço meu senhor
Depois de tantos anos
Ter recebido tanto amor
Colocou na minha vida
uma pessoa especial
que trouxe no seu ventre
uma linda semente
hoje virou minha filha
nosso maior presente
Uma nova vida a cultivar
difícil de cuidar
e aos poucos educar
mas quando da risada
leva-nos a entusiasmar
Ela encanta com seu jeitinho
deixando magia no ar
e dando amor e carinho
mas me entusiasma mesmo
se sorrindo pro paizinho
Ela deixa alvoroçado
e com ternura ela seduz
qualquer um que chegue perto
dos seus olhos azuis
Eu só vou agradecendo
de poder participar
dessa v idinha tao linda
que nasceu pra alegrar
SONETO DA SEGUNDA FEIRA
Por seres o primeiro dia útil da semana
O dia da tal preguiça a tu entitulada
Por seres tão lenta a manhã raiada
És indesejada, ao despertar tirana
Por seres ao mau agrado condenada
Num trato pequeno, de simples fulana
Por seres mais que um início traquitana
És evitada, e tão pouco mais celebrada
Como a coirmã, sexta, tão aplaudida
Querida, e esperada. És desanimada
Como um fim de festa, ali, chicana
Por não ter outra ou qualquer saída
És encarada como anódina estrada
E nesta pendenga és outra semana...
Luciano Spagnol
Junho de 2016
Cerrado goiano
Quem sou? Quem tu és?
E passaste em frente aos meus olhos
Tramando a crueldade no amanhã sombrio
Estou cansada de ti e de teus espinhos
Que cravas no meu peito...
Abri-te meus braços novamente a um abraço
quem sou?
quem tu és?
Sou...Talvez uma canoa sem alcunha
Um pássaro ferido... Por tua crueldade!
E eu qual ave que voa na alma do vento
Quero lembrar-te que te amei e
Que te dei aquele para quem cantei para faze-lo adormecer...
E que me encantei por ele durante toda a minha vida...e por
Seus sorrisos cândidos...e que dele fiz uma cintilante estrela
Para que seguisse estradas de flores perfumadas da vida
Com o farol do amor..
Quem tu és? aquela que me devolveu.a dor
Eu não merecia tanto desamor!!!
Amor eterno
No saber, eu quero, és quem eu quero
Não é algum engano, nem do coração
Se é preciso terei calma nesta paixão
E com paciência, assim, eu te espero
Até quando te aguardar? Sem noção!
Pois o meu amor por ti é muito sincero
E quando se sonha, tudo é próspero
E no afeto de verdade, nada é em vão
Se o tempo deixar, se não for austero
Aqui vou estar, irei além de ser razão
Neste ou noutro plano serei só seu
Nesta vida, eu, neste amar te venero
Se houver eternidade, com permissão
Pra poder dizer: amo você! Tudo valeu!
Luciano Spagnol
29/06/2016, 10'22"
Cerrado goiano
Único...
És único... Nossos fragmentos se juntaram
Encaixaram-se...
E qual duas estrelas chocamos... Tu e eu!
Tu és único no mundo!
Serei única pra ti!
Assim como nossos corpos segredam juras de amor
Em meio ao silêncio
Meu coração há muito tempo perdido bate junto ao teu
Cadenciado... Ritmando musicas
Espalhando notas musicais... Belas... Românticas... Primaveris...
... Dentro do teu alcance...
DESEQUILÍBRIO
Se entre nós existe
palavras cerradas
o não que insiste
o frio das madrugadas
um olhar triste
debruçar-se na janela
um horizonte enriste
paisagem com cancela
distância vindo a pé
o que me resta, dela
é eu passar um café!
Luciano Spagnol
Junho de 2016
Cerrado goiano
Guardo na gaveta
Minhas joias raras
Que não estão à venda
Não empresto
Não alugo
A lembrança
Os amores
As boas recordações
E quando a saudade aperta
Abro a gaveta
E lá volto ao passado
Que foi ontem
Outro dia
Muito tempo
Minha história de vida
Errando...
Foi que aprendi
Chorando...
Foi que valorizei
E amando...
Tive a certeza que fui feliz!
Quando o dia chega ao fim
e o sol beija o poente,
fecha-se uma página do livro da vida
que jamais poderá ser lida novamente.
SONETO DA SOLIDÃO
Eu estou completamente solitário
Passa o dia, vem a noite, agonia
A tarde entristece, cinzenta e fria
E eu aqui no cerrado, destinatário
O por do sol, de belo, virou nostalgia
Numa clausura da saudade... Unário
Eu, vejo o tempo não mais temporário
Tal folha de outono sem a autonomia
Nesta sequidão aumenta o itinerário
Do místico e algoz retiro em infantaria
Avançando firme, sendo um breviário
A solidão na vida, tornou-se relicário
Onde o tempo ora neste árido sacrário
Em cadência nas contas da melancolia
Luciano Spagnol
30/06/2016
Cerrado goiano
Mainha disse que falta leite
Piada se tornou
Mainha disse que falta o pão
Piada se tornou
Mainha disse que faltou o que comer
Piada se tornou
Pega a pasta dental
Passa na língua
Bebe água gelada, dorme menina
Com cinco anos aprendi esse macete
Tem merenda?
Hoje é farinha com açúcar
E antes? Na hora de almoçar?
Tem arroz e cinco pedaços miúdos de
carne de sertão
Que é pra combinar com sua idade e
também com o seu tamanho
Cadê o papai?
Saiu cedo para trabalhar!
Mal sabia eu
Não havia emprego algum
Papai ia na fé
Andando procurando um bico
Da cidade que morávamos
Até a cidade vizinha
Mamãe me arrumava
Colocava eu e meus dois irmãos
para ir à escola
Sempre na despedida nos dizia
"Estudem e se comportem."
Na lancheira as vezes um milagre
Cream Cracker com doce de goiaba
A noite chegava
Era a reunião familiar
Papai suado, cansado e assado
Mamãe na cozinha
Catava as migalhas para pôr no jantar
Todos unidos ao redor da mesa
Agradecemos a Deus em oração
A gente não reclamava
Simplesmente agradecia
O bom humor e a fé
Era o que nos renovava
E assim a vida a gente seguia
Foi nesse período da vida
Que aprendi com os meus sábios pais
Que rir é o melhor remédio, sim
Para cada problema que surgia
O bom humor era a solução
Agora que me fiz crescida
É assim que levo a vida
Com bom humor
Sempre com um riso pronto
Posso ser vista como imatura
Por dos problemas da vida eu sempre rir
Mas pra quem teve uma infância dura
Esse é o melhor caminho a seguir
*Gabriela Oliveira
27 de fevereiro de 2016
01:40 AM
@sejaamodaantiga
Sou estranha, assumo. Sou toda do avesso e de ponta cabeça. Mas gosto disso, vejo o mundo de uma forma diferente, consigo ver o que mais ninguém vê, consigo ir além.
Gabriela Oliveira
insta: @sejaamodaantiga
Sou do tipo que ri
Dou risada mesmo
Em qualquer situação
Meu riso pode ser alegria
Pode ser tristeza
Um susto
Pode ser raiva
E também incerteza
Porém não se assuste
É bem fácil os identificar
Pare, me repare e pare
De me julgar
Não sou imatura
Ou insegura
Só é assim que com a vida
Aprendi a lidar
Gabriela Oliveira
insta: @sejaamodaantiga
No relógio está o anúncio
Meia noite já badalou
O corpo se sente cansado
Mas a mente trabalha
Como nunca trabalhou
A cada minuto uma ideia
Em cada suspiro a inspiração
No papel desliza a caneta
Que seguro em minha mão
Paro e penso por um segundo
E acho que o poema está um lixo
Um lixo, sabe?
Igual ao meu coração
Que já sofreu tanto (coitado)
Por ti que nem se importa
Se o que escrevo é para o seu endereço
A propósito, preciso saber
Você sabe que tenho um ig?
Por favor, trate de me seguir!
Gabriela Oliveira
insta: @sejaamodaantiga
Mutação
Retratar o cerrado em vão eu cismo
Pois dele tento pintar o que se sente
Nem sempre sobra vestígio contente
Hão de surgir outros sem ser egoísmo
Porém eu, triste, cá tento ser presente
E o mínimo prazer me é eufemismo
Tentando me convencer no ceticismo
Que sopra desventura a mim somente
Sinto um misto de um cruel racionalismo
Também, pesares de um pesar diferente
E a solidão que sinto, não é radicalismo
Se ter saudade do mar não é prudente
Me condenam. Aqui tento mecanismo
Pra ficar no cerrado com olhar ardente
Luciano Spagnol
01/07/2016
Cerrado goiano
As vezes gosto
De deitar a cabeça
Sobre meu pulso
Para ouvir as batidas
Do meu coração
E imaginar
Que estou sobre teu peito
Ouvindo as batidas
Do teu coração
Gabriela Oliveira
insta: @sejaamodaantiga
Meia Lua
O tempo é de chuva
Meia Lua
A noite faz frio
Meia Lua
Coloque a sua
meia, Lua
Gabriela Oliveira
insta: @sejaamodaantiga
É o meu nome
É a minha vida
É o meu querer
Minha inspiração
Meu jeito de escrever
Eu sei que alguns agrado
E outros não
É por isso que existe algo chamado
"Liberdade de Expressão"
Gabriela Oliveira
insta: @sejaamodaantiga
SONETO DUM AMOR
Na cata dum amor, sincero
Nos rogos sempre andei
De vários, muitos esbarrei
E no acontece, eu espero
Se para além do ficar, olhei
No tempo eu não desespero
Na sinceridade sou austero
E de tudo muito encontrei
Agora, será assim, mero
Um amor convim, eu sei
Se não, eu não quero...
E assim vou, e assim irei
Se eu não tiver amor vero
No fado. Pertinaz buscarei.
Luciano Spagnol
Julho de 2016
Cerrado goiano
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