Um Estranho Impar Poesia
UM PEDIDO BOM
Oi amor... Se não te estorva
pega ai, p'ra mim,
o din-din n'aquela cômoda,
depois sem bronca,
pague as contas de...
Lixo, luz, gás e água,
... E, enquanto esta na moda...
Compra p'ra ti,
aquela, linda roupa nova.
Avia, avia bela minha...
É p'ra hoje, avia!
A cômoda é aquela que,
fica ali, nas proximidades
da cozinha.
Antonio Montes
é abraço e beijo, é beijo xingado, um tapa se cala, feito calo em sapato, você é assim e assim sou eu sem você, é esquisito amor, é algo com dor que se torna indolor quando cheiro sua ilusão.
Ao amor, pipoca doce de parque, à nossa paixão essa doce ilusão que ninguém quer, e a você, meu amor, eu te dou meu coração, faça de mim o que quiser.
EXPLICAÇÃO DA PARADA
A vida é uma incerteza de confundidade
um horizonte cego...
Um barco, sobre o oceano de indagação
sentimentos, sensações...
Esperanças em meio as, atrocidades.
Nascer sob o tempo... Suspiro!
Tic-tac movido por um pedaço de carne.
E a alma? Que alma, que nada!
Vem a vida, estou vivo, vivo!
A parada explica o ser,
eu você... Nós todos vivemos aqui!
E a morte esta, vivendo por ai,
para com seu desencanto...
Explicar o inicio, a tecelagem,
e a malha furada do fim.
Antonio Montes
CARA TORTA
Há um sinal atrás da porta,
piscar de uma cara torta
uns entram, outros entortam
Psiu! Você ouviu?
Será uma voz ou,
corrente macia de um rio...
Rio, sem elo, sem velo
sem linha, sem novelo...
Seria melhor telo.
Cadeado sem cuidado
passos, alinhados sem fado,
vamos marcar a musica...
Rodopiando no quadrado.
A noite assim é pequena
como uma menina serena,
sereno de uma brisa fina
lua cheia, noite rima...
ouça o pio da coruja
enquanto a estrela brilha
junto a lua, lá em cima.
Antonio Montes
CONGELO DE FELICIDADE
Eu vou tirar, a foto do seu rosto,
um prisma, meigo, contente, rindo...
E d'essa forma, eu congelarei a sua
alegria. Quem sabe assim, eu terei
a sua imagem de felicidade, tal qual
um arco-íres, escancarado só para
mim. Eu vou colocar, a sua foto
na moldura, e logo, pendurarei, na
parede do meu quarto. E quando
lá eu me achar só... Eu tenho certeza
que minhas lagrimas caindo se
levantarão só para fitar na parede...
O sorriso da minha paixão.
Antonio Montes
Na loteria da vida,
Cada um faz o seu jogo
E o ponteiro da sorte
Empurra todos no fogo
Dá a cada um seu prêmio,
Sem ninguém lhe fazer rogo.
NOSSAS ALMAS SE ABRAÇARAM...
COM O MESMO AFETO QUE UMA MÃE ABRAÇA UM FILHO...
E DESDE ENTÃO NUNCA MAIS SE SEPARARAM...
MESMO OS CORPOS DISTANTES PERMANECEM UNIDAS...
TAL QUAL O PARASITA A ÁRVORE...
QUE SE LARGA... MORRE...
Um país entregue a corrupção
Quem vende o país governa
Vai preso aquele que rouba um pedaço de pão
O povo omisso fica calado
E ainda os reelege na eleição
Clamam por justiça
No dia do voto se vendem por qualquer tostão
Tem muita gente culta que repete essa frase
Só que se vende mais caro, por algum benefício ou cargo de sua intenção
Esse é meu Brasil, caminhando rumo ao abismo
Com ele vai a sua nação.
Eu apenas me pergunto
Nossas crianças que futuro terão ?
Com esse exemplo de educação
Não respeitam uma fila
A furam e ainda acham que tem razão
Nem sequer dão uma descarga
É o branco contra o negro
O heterossexual contra o homossexual
o homem contra a mulher
O católico contra o evangélico
O rico contra o pobre
E vice-versa e o país sendo roubado por uma mídia corrupta em conluio com banqueiros
Sob regime de crime organizado por politiqueiros.
Nossa Amazônia
Já está nas mãos dos estrangeiros
Eu tenho um desejo intenso
Se realizar não consigo
Mas nele eu persisto e penso
E ele a vagar vai comigo.
Barco de papel
E então descobri
Que é assim a vida
Um barco de papel
Velejando pela eternidade...
Ela pode ser leve
Se permitir-se sentir o vento
Pode ela ser densa
Se você não compreender o valor do tempo
Pode ela ser dança
Descompassada pela maré da existência
Ela pode ser criança
Se vivida com pureza e inocência
Com elas, posso ser livre
Sem elas posso estar amargo
Só não me tire das águas da vida
Pois então estarei farto
Pois se o mar é minha morte
Eu aceito como quem sabe
Que no meu barco de papel
Está escrita a história que me cabe
O POETA
O poeta
É um mago ator
Tira de sua maleta
Trilhas de dor e amor
Encenando com a caneta
Atos com cheiro e sabor
Da criação
Para o ledor,
espectador...
Assim, nesta atuação
Dum eterno amador
Desfia fantasia da imaginação...
Em cenas, como autor.
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Uma escada escarlate
de inconstantes degraus e sonhos de prata
Onde o vento passeia
E um silente poeta
Seus sentimentos semeia
ILUSÓRIO OÁSIS
Apresenta-se bela vista ao sons das marés desta terra seca
Serás um oásis?
Não! Formação de uma ilusão pelo confronto do coração e o delírio de um ser que arde mesmo sem combustão
Respira! Bebe água! O ilusório oásis já se desmanchou na sua própria ilusão.
SOL DO OUTRO DIA
Formando um tipo de entrelaço
Redes neurais, química maravilhosa cerebral
Advindo de um ser maestral
Porém conduzindo a dois caminhos talvez distintos
Um serotonina dança valsa
Outro dor física e psicológica não se diferenciam
Nociva dor de tal rebelia
Outrora trouxera intelecto para o Sol que irradia no outro dia
Te ver chorar
Te ver chorar
É ver o mar
E não poder mergulhar
É ver um um rio doce secar
E não te levar pra alto-mar
Te ver chorar
É ver uma rosa murchar
E não poder te tocar
É te ver em espinho
Procurando um caminho
Te ver chorar
É não ver o sol nascer
Para poder aquecer
É ver a noite chegar
Sem ter pressa de me deixar
Te ver chorar
É me afogar
Num mar de desejos e sentimentos
É ter a praia por perto
E não saber como alcançar
Te ver chorar
É te perder na escuridão
E te sentir no coração
É querer seu sorriso
E enfrentar o que for preciso
Te ver chorar
É ver a palavra faltar
E falar com um olhar
É querer te beijar
E ter medo de errar
Te ver chorar
É viajar em você
E encontrar um destino
É ouvir sua dor
E falar meu amor.
Luzes de um Ser Tão imerso
As luzes brincam de sertão
A saudade brinca de gangorra
Às vezes dói, vez em quando vêm alívio
A saudade é a flâmula do desejo de estar
O pai a léguas de distância então
Exalta a resignação forçada
a estar em uma feliz solitude
Tresloucada mordaça em contos de fada
Um vão suspiro - de alívio ou solidão
Enternece o pai distante não por querer
A causa vence efeitos, júbilos, grãos
Assim as luzes podem - e devem
Brilhar mais na seca paisagem
Brincar por raras folhagens
E brincar como seres fortes que são
Tão ser...
Luciano Calazans. São Paulo - SP, 13/09/2015
Nas mãos, levo um ramalhete de flores, colhidas no campo ao amanhecer,
tem simplicidade e perfumes a granel,
com elas enfeito a vida de mil cores,
oferto-as a cada pessoa para que seja feliz
e que tenha um pedacinho de arco-íris
que possa chamar de seu...
ELEITORAL
O debate é um deboche,
Nunca tem nada de novo,
O de baixo nunca sobe,
O de cima nunca soube
Sentir as dores do povo.
ANÓDINAS
O que sou?
Sou um cão
Um grão
Um não
Um tudo
Um nada
Nada é talvez
Tudo é talvez
Mal-passado
Passado o mau
Peço anódinas
Quentes, frias, mal-passadas
Mas que cheguem depressa
Pois a depressão inútil e controversa
Está aqui, latente
Dentro de mim ou em forma de gente
Cercando minha casa de palha
Meu jardim de plumas
Meu viver de sonhos.
O que sou?
Um fruto de um ventre
Um soprar de um vento leste
Uma ponta de icebergue
Uma semibreve
Preliminar de uma vida seca
Linha torta desenhada pelo tempo
Que caleja e que ensina
Que somos o que não querem
Que fomos o que queriam
Seremos uma pergunta [sempre]
Quem sou?
A tépida face que gargalha
A funesta sílaba de uma fala
A sábia águia a voar
Na vastidão de mil tormentos
Em segundos, meses, momentos
Que voam em uníssono
Em diferentes cores e firmamentos
O grão germina
É da sua natureza
Quem enxergar tal grandeza
Há de ser sempre a tal águia
A grandeza de um grão está em sua morte
A grandeza do sim é suportar
Um simples não
Com ou sem anódinas
Passado mau
Leite derramado
Mal-passado.
Quem é você?
O que é você?
Outra luz a acender...
O livro
O livro é o refugio do escritor,
É um lugar mágico,
A cabeça de um poeta,
É um esconderijo,
É o mundo dos covardes que acharam a coragem,
Não se empolgue ainda são medrosos atrás de uma capa.
Pode-se chamar de real, mas há um medo atrás
É uma historia de sua alma, mas não de seu coração.
Não há como saber se é minha ou sua historia, posso ler, posso escrever, mas jamais mostrar todas as faces de um escritor.
Mas ele com certeza é um medroso atrás de uma capa,
ou corajoso para muitos, não se engane ele tem coragem.
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