Trechos Clarice Lispector
A vida humana é mais complexa: resume-se na busca do prazer, no seu temor, e sobretudo na insatisfação dos intervalos. [...] Toda ânsia é busca de prazer. Todo remorso, piedade, bondade, é o seu temor. Todo o desespero e as buscas de outros caminhos são a insatisfação.
Aviso: não confundir bobos com burros.
Nota: Trecho da crônica Das vantagens de ser bobo.
...MaisCaótica, intensa, inteiramente fora da realidade da vida.
Sobretudo no momento em que a tocara, compreendera: o que se seguisse entre eles seria irremediável. Porque quando a abraçara, sentira-a viver subitamente em seus braços como água correndo. E vendo-a tão viva, entendera esmagado e secretamente contente que se ela o quisesse ele nada poderia fazer... No momento em que finalmente a beijara sentira-se ele próprio de repente livre, perdoado além do que ele sabia de si mesmo, perdoado no que estava sob tudo o que ele era...
Daí em diante não havia escolha. (...) Sabendo disso ajudava-se a amá-la. Não era difícil.
Vida não tem adjetivo. É uma mistura em cadinho estranho mas que me dá em última análise, em respirar. E às vezes arfar. E às vezes mal poder respirar. É. Mas às vezes há também o profundo hausto de ar que até atinge o fino frio do espírito, preso ao corpo por enquanto.
"Eu te odeio", disse ela para um homem cujo crime único era o de não amá-la. "Eu te odeio", disse muito apressada. Mas não sabia sequer como se fazia.
À extremidade de mim estou eu. Eu, implorante, eu a que necessita, a que pede, a que chora, a que se lamenta. Mas a que canta.
Encontrar-se consigo própria era um bem que ela até então não conhecia. Acho que nunca fui tão contente na vida, pensou. Não devia nada a ninguém e ninguém lhe devia nada. Até deu-se ao luxo de ter tédio – um tédio até muito distinto.
Equilibro-me como posso entre mim e eu, entre mim e os homens, entre mim e o Deus.
Se reflito demais, deixo de agir.
Estes sonhos, de tanta interioridade, eram vazios porque lhes faltava o núcleo essencial de uma prévia experiência de – de êxtase, digamos.
Silêncio.
Se um dia Deus vier à terra, haverá um silêncio grande.
O silêncio é tal que nem o pensamento pensa.
A Clarice Lispector é meu lado fofo. A Tati Bernardi é a minha revolta. E o Caio Fernando Abreu? Ah, o Caio simplesmente me conhece e sai contando de mim por aí.
“Eu sou mais forte do que eu” (assim como escreveu Clarice Lispector) e apesar do meu corpo fraquejar, minha alma não desiste da esperança, porque ela sabe que a felicidade não é algo que se busca, mas que está presente nas pequenas coisas do nosso dia-a-dia. E por isto mesmo eu sigo sorrindo, mesmo que às vezes eu chore. E eu choro. Mas estou sorrindo agora.
Sim, eu sou estranha, mas querem saber? Eu gosto muito de mim!
Não se preocupe em entender. Viver ultrapassa todo entendimento. Renda-se como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei.
(...) passava o resto do dia representando com obediência o papel de ser.
Porque é uma infâmia nascer para morrer não se sabe quando nem onde.
Sua sensibilidade incomodava sem ser dolorosa, como uma unha quebrada. e se quisesse podia permitir-se o luxo de se tornar ainda mais sensível, ainda podia ir mais adiante.
De qualquer luta ou descanso me levantarei forte e bela como um cavalo novo.
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