Trabalho Escravo
escravos do silêncio
somos vistos por eles,
ditos como mortos,
ainda falaste como escravagista,
senti a dor carrego,
sabes o passo diante a escuridão,
sois mais conhecedora de minha vida,
que os mortos revelam o destino,
escrava das acensões do teu templo,
tantas mascaras que cobrem teu coração,
sem sentenças tão mortas quanto teu coração,
Olhe no espelho verá todos seus crimes,
sinta tudo passou, valeu a pena?
e se valeu descanse em paz na sua cova rasa.
Alforria
Medo
senhor de escravos,
o dono da casa grande
grande coisa seria
se a mesa virasse
e a gente tivesse
o poder que te cala
pra mandar na hora
e sem demora
você medo pra senzala.
Ex. Escravos
Veio de muito longe um povo obstinado
Sofreram perseguições, estavam exilados
Vieram de caravelas, vendidos e capturados
Sofreram nesta terra, eram apenas escravos...
O tempo passou e tudo na vida mudou
Hoje eles ganharam os seus espaços
Com qualidade, educação e bom humor
Pois venceram todos os obstáculos.
A discriminação que já foi muito forte
Hoje está quase totalmente superada
Não devemos discriminar a outra parte
Nem tentar agir de forma totalmente errada...
Ah o hoje, agora e hoje invejamos as 'maquinas' e somos escravos da nossas criações.
Avaliamos pela quantidade e não pela qualidade.
Perdemos a autenticidade, o sabor único, o desigual.
Dificultamos a nutrição de todas as variantes da FOME.
Fome está que rege a vida, que dá potência...e a transformamos em dor.
Ao despertar almejamos o Fim, o FIM da dor, o FIM do que não podemos alimentar, o FIM da Fome.
A Fome só tem FIM no Fim.
Não sou escravo de ninguém e de nenhum coração e não devo satisfação a ninguém;
E nos dias desleais não abaixo minha cabeça, não diminuo minha coragem nem nas traições que passo;
Vejo a lua me mostrando a excelência da magnitude do amor real, mas por honra o meu coração se alimenta das certezas e razões;
A verdade assombra e a estupidez que não convém o acalento de um sentimento que não se entrega sem lutar;
O pecado é antes de tudo algo prazeroso. Mas quem se rende aos seus prazeres torna-se escravo de suas vontades.
Morto
Morto é o escravo do hábito
Deixando se levar
Pela rotina do dia-a-dia
Percorrendo os mesmo lugares
Fazendo sempre a mesma coisa
Não se importando em mudar
Morto é quem não se arrisca
A falar uma nova língua
Dá pelo menos um grito
E apenas se põe a calar
Morto se contenta com uma só cor
Um só sabor, nenhum amor
Morto é aquele que não faz amigos
Não é amigo nem de si
Se aproxima do nada
Deixando o tudo partir.
Não sou escravo de nenhum coração, ninguém se faz certeza em minha razão;
sei o que devo realizar meu valor é ter leveza e o carinho é o meu falar;
Tenho o sentido quase perfeito, te imagino tão perfeita, com suas asas tão reais e os seus olhos debulhando o prazer que lhe despertei;
Desacreditou filhão? não posso fazer nada... falou e fez besteiras e hoje é escravo de suas próprias palavras.
