Toc
Acordo assustada! Tive um pesadelo horrível. Toda uma multidão ria de mim por um comentário infeliz que uma tia fez. Abraço o travesseiro e fecho os olhos. Fico na posição fetal por alguns minutos. Sinto uma coisa horrível dentro de mim. Abro os olhos. Preciso fazer alguma coisa. Delicadamente levanto-me, pego o celular e fico olhando as redes sociais em busca de alívio e distração. Vejo uma foto sua. Ontem, dormi com intenção de sonhar com você. Hoje, não consigo sentir nada. Olho a foto e nenhuma reação vêm a mim. Acho que, finalmente, superei!
Ela sempre gostou de ser sozinha. Comer sozinha, passear sozinha, viver sozinha. Mas tudo mudou. Passear sozinha já não lhe parecia tão interessante.
Ela tinha a pele com a maciez de uma pétala. As defesas dos espinhos. A beleza do conjunto e a delicadeza de toda flor.
É difícil sabe?
Tudo dói. Tudo. Cada célula do meu corpo dói. Cada fio de cabelo. Cada gota de sangue. Tudo parece se desmanchar como se eu fosse feita de plástico e estivesse exposta ao fogo. Eu não sei explicar. Não é por sentir demais, não é por gostar demais ou triste demais. Não é por isso. É por não sentir. Simplesmente. O mundo poderia acabar e eu não sentiria nada. É uma grande mistura de tanto faz, tanto fez. Não me importo. Cansei de me importar ou só achei que me importava.
Confesso que não sei o que está acontecendo comigo, mas sinto a sua falta. Falta de conversar e rir, sorrir e trocar aqueles olhares que pareciam durar horas e, ao mesmo tempo, segundos.
Dizem que felicidade é difícil de se encontrar. Engraçado, olho pra natureza e sinto-me infinitamente feliz.
Todas as coisas dessa vida acontecem por uma razão. Consequência ou destino? Quem sabe! O importante é que acontecem e nos ensinam grandes lições das quais carregaremos para o resto de nossas vidas. É clichê, eu sei, mas é sempre bom relembrar que 2015 teve muito o que ensinar e que em 2016 iremos colocar nossos aprendizados em prática. Fazer um ano incrível, não por ser um ano diferente, mas por sermos pessoas diferentes, não por ser um começo de novo ano, mas por ser um recomeço em nossas vidas.
Parei de pensar e comecei a sentir e foi a melhor decisão que tomei. Deixei de criar problemas na minha cabeça e comecei a sentir o quão bom é estar vivo, olhar para o céu e ver as nuvens.
Estava andando na rua. Havia me atrasado para a aula, novamente. Os problemas me consumiam por dentro: contas para pagar, problemas de família, crises existenciais...
Até que tropecei na calçada. Balancei, mas não caí. Resmunguei e olhei para o céu. Parei.
Fiquei ali olhando como tudo era belo. O céu azul anil, as nuvens brancas que, se prestasse muita atenção, formavam o desenho de um cachorrinho. E naquele instante eu pedi perdão e agradeci, pois, mesmo com os problemas, eu sabia, eu sentia, que não estava sozinha.
E talvez, só talvez, eu tenha me apaixonado pelo seu sorriso, pela sua voz gostosa e pelo modo como diz o meu nome. Talvez você não tenha começado a derreter meu coração por fora, e sim acendendo uma chama por dentro com cada abraço que me dá.
Vou começar minha historinha de hoje falando um pouco sobre a época de 2009.
Lembro-me de ser muito zoada por ser Vitória: seu time não tem nacional, time de série B, "timinho fulero nunca foi campeão brasileiro" (essa meu primo cantava constantemente para mim). Verdade, nunca foi. Mas isso nunca me desmotivou a torcer por ele.
É claro que como torcedor, nós queremos vitórias, títulos, valorização. Mas o Vitória nunca foi um time como os outros, ao menos, eu nunca achei e foi por isso que eu me encantei por ele. Sempre precisamos lutar pelos nossos títulos, lutar muito, na garra, na coragem. Nada vem fácil. Juízes estão contra nós (deveriam ser neutros), muitas vezes a torcida também (jogando fora de casa), mas nós não desistimos, nós vamos a luta, pois é lá que somos os melhores.
Tenho lembranças de quando o Vitória foi campeão Baiano, em 2009. Eu estava feliz da vida. Meu pai soltava fogos. Chovia um bocadinho e nós fomos até o depósito a pé. Eu não tinha bandeira na época e então eu fui com a toalha do Vitória, no meio da chuva, cantando com orgulho o hino até chegar lá. E fiquei na escada cantando todas as músicas, pois eu escutava tanto que sabia de cor e salteado. No outro dia, fui pra escola com a camisa por baixo da farda. Se eu pudesse, até hoje, eu só vestiria roupas do Vitória, pq mais do que uma roupa é a nossa segunda pele.
Por fim, encerro dizendo que eu não ligo para nacionais, principalmente se for algo que eu nunca vi (pq mais da metade das sardinhas que se gabam não eram nascidas, nem sonhavam em nascer, quando o jahia ganhou). Eu me importo com o que eu vi. E eu vi um Vitória de garra, um brinquedo assassino em campo. Minha época preferida é a de Ramon Menezes (o Rei da Toca <3), Vanderson Pitbull, Viáfara. Gosto de lembrar o Rildo, também, com sua treta com o juiz, inesquecível. <3
Bom, segue a lista dos jogos que eu vi depois que nasci no ano dourado do meu Leão da Barra:
1997 - O ano dourado para o EC. Vitória. Primeiro tricampeonato estadual e Copa do Nordeste, derrotando o jahia em ambas finais.
1999 - Campeão do Nordeste.
2000 - Campeonato Baiano.
2002 - Campeonato Baiano.
2003 - Campeonato Baiano e Copa do Nordeste.
2004 - Campeonato Baiano.
2005 - Campeonato Baiano.
2007 - Campeonato Baiano.
2008 - Campeonato Baiano.
2009 - Campeonato Baiano.
2010 - Campeonato Baiano, Copa do Nordeste e finalista da Copa do Brasil com os meus divos Viáfara, Nino, Vanderson e Ramon (O Rei da Toca).
2012 - Campeão do Brasil Sub-20.
2013 - Inauguração da Arena Fonte Nossa com o inesquecível 5 x 1 e logo após o 7 x 3. E melhor campanha de uma equipe NORDESTINA na era dos pontos corridos do Brasileirão, alcançando o quinto lugar.
2015 - Volta à série A.
2016 - Campeonato Baiano.
2017 - Campeonato Baiano.
O destino não pode cuidar de tudo. Se a gente quer que algo aconteça, temos que levantar e fazer acontecer!
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