Tiro no Escuro
São variáveis as cores de batom
Uma sintonia entre a boca e o tom.
Claro transparente escuro, ou um forte Vermelho uma relação entre mulher, batom e espelho.
Os ventos sopram, as ondas rugem,
O céu escuro ameaça desabar.
O coração treme, os olhos se enchem,
Será que Deus vem me salvar?
É paz no meio do caos,
é voz suave no escuro.
É fogo que não consome,
mas purifica o mais impuro.
É Ele quem consola o fraco,
ensina o que o mundo não vê.
Que o céu diga meu nome,
porque viu meu joelho no escuro.
Porque sentiu meu clamor,
porque me viu morrer pra mim mesma.
Prefiro que o mundo me esqueça,
mas o Céu me reconheça.
Está ficando escuro, escuro demais para enxergar
Sinto como se eu estivesse batendo à porta do paraíso
O escuro noturno não se nivela com a cegueira de corações sem fé. Tem estrelas, luar, pirilampos e o luzir no olhar dos gatos.
Conduz nas suas bordas volúveis auroras.
O medo mais antigo da humanidade
O ser humano, sempre, teve medo do escuro; da noite; da caverna; da natureza morrendo... acender um fogo era a melhor opção para sobreviver ao escuro inferno e esperar a ajuda dos céus com o sol que foi visto como um bom deus.
Os humanos vendo isso fizeram o sistema; e acender um fogo tinha que ser informado e pago ao sistema ou ficaria no escuro da noite até o deus sol chegar outra vez. E depois de tanto tempo estamos ainda com o medo da noite; e escravos do sistema pagando por tudo -impostos - ao acender uma misera fogueira.
Seria brutal e mortífero a troca da sua vida em Cristo pela vida do crivo escuro e espinhoso do inimigo, que oferece ponderações e prazeres passageiros da carne.
ALADO ALÍVIO
Iberna à caverna
Volta ao escuro
Homem em apuros
Sossega e reflete
La fora o que fez
Com a beleza da Luz
Será que condiz?
Roupante de mestre
Retorna aprendiz!
Abaixa o nariz
Sede exigente
Ajoelha a mente
Olhando pra cima
Iluminado da Cruz
Poderoso Conduz
Bem aventurados
Esforço e cautela
Pra passar a pinguela
Estreito equilíbrio
Sopesando alívios
Pra voar se preciso!
"Eu não deixo a vida me levar,
vai que ela me leva para um beco
escuro e sem saída...
Deixa estar Vida.
Deixa que eu me conduzo suaaaave,
com os meus próprios pés!"
Haredita Angel
28.01.24
Fé
A fé não mora no hino,
mas no martelo que encontra o prego no escuro.
Na mão que aperta a porca enferrujada
enquanto o dia chega atrasado.
É verbo de segunda pessoa:
Faze.
Desfaze.
Refaze.
Não o murmúrio grato pelo pão,
mas os joelhos rachados no canteiro
onde a semente, por fim, se entregou à terra.
Não se fala em milagres.
Fala-se em conserto.
Em pegar o vazamento antes que alague o assoalho.
Em ajustar a antena até a imagem perder o fantasma.
Em amarrar o sapato e caminhar,
mesmo sem destino divino traçado.
Pois o céu não desce em nuvem.
Desce no suor que escorre da testa
e salga o lábio.
No ombro que sustenta a viga.
No silêncio ativo de quem, sem respostas,
ainda assim coloca a panela no fogo
e acende o fogão.
A fé é um músculo.
Atrofia no sofá da repetição.
Cresce no tremor do braço
que insiste em levantar o peso
que hoje parece Deus.
Todo oceano que inunda as galerias de um coração escuro, traz sempre consigo uma força que tudo suporta e um dínamo cuja energia tudo transforma
