Tinta
Passado
Tentarao descobrir quem eu sou , pelas poesias que um dia escrevi, pois a tinta: carrega sentimentos e os traduzem por letras; que formam palavras de frases que eu ja vivi.
Escreva, não em tinta ou grafite.
Escreva com sentimento, com alma.
Escreva com um olhar, com um toque, com presença mesmo equidistante.
Escreva com silêncio, com ternura voz, com gritos de saudades.
Escreva com choros sentidos, risos espontâneos e coração aberto.
Há, Escreva e reescreva, mil, cem mil ou infinita vezes.
Escreva o conteúdo talvez o mais banal, singelo ou sofisticado.
Escreva linhas irregulares sem forma, ou as ajuste.
Mais Escreva, diuturnamente para que sua alma seja compreendida.
Por tal escrevo por uma vida ou mil que possamos ter.
Escrevo, você é importante para mim.
MINHA COR.
Pintei um quadro,
Nele tinha uma tinta,
Não importa a cor,
Porque ela sempre será o diferencial,
Pois a visão sai dos olhos,
Que transmite o sentimento ao coração.
Não importa a cor dos seus olhos,
Eu sempre serei preto,
Nisso podemos concordar plenamente,
Mas a minha competência e capacidade,
Tem sido analisada pela minha cor, infelizmente.
Não busco pena e nem perdão,
Quero virtudes,
Os sentimentos podem mentir por palavras,
Que nunca falam as realidades,
Mas o preconceito é transmitido por atitudes.
Nesses anos todos, ouvi falar de igualdade,
Entre os povos, não acredito,
Pois não existe algo pior do que ser excluído,
Por causa da sua cor preta, um súdito.
Pensam que nos deram a liberdade,
Mas vivemos trancafiados pelo racismo comercial,
Onde temos limites de cargos,
E somos contados em troca do faz de contas,
E vamos vivendo pelos passos do movimento social.
Existe a possibilidade de sucesso sim,
É ter uma profissão de vitórias individuais,
Você precisará depender de você mesmo,
E ser grande, e agradecer a Deus por esses dons especiais.
Agora, irei retornar a pintar o quadro.
Quem sabe, terei acertado na cor,
Quem sabe, um dia tudo passará,
E que seus olhos possam transmitir ao seu coração,
O sentimento de respeito e amor.
Autor: Cássio Charles Borges
A poesia jorra das minha veias,
como se fosse sangue,
como se fosse tinta,
pois a alma obrigada a calar-se
acha sua voz na pena, onde pinga
não, nunca escrevi por amor, senhor
escrevo por necessidade
o papel toma para si a dor,
que em mim não encontra eternidade.
Há beleza no poema,
mas não há na miséria.
por isso escrevo,
Pois fora do papiro minha dor é apenas ela,
Minha alma e arte
escorrem pela ferida aberta.
-José Ricardo Borelli-
Como o vinho posso ser seca, tinta, suave, encorpada. Me diga teu gosto que assim serei, para ser degustada, e, aos pouquinhos, então desvendada.
Linda, eu poderia assistir a você vendo tinta secar e não ficaria entediado.
A lâmina que rabisca
Não é a caneta que rabisca
Mas a lâmina que corta
Não é a tinta que transmite
Mas o sangue que escorre
Fraco e torto é o traço
Que marca a sua pele
Alegria e tristeza são as cores
Que revelam as suas emoções
Poucos são os que riscam
Com vontade e paixão
Muitos são os que sofrem
Com dor e solidão
Não é um poema que escrevo
Mas um grito que solto
Não é a caneta que uso
Mas o gilete que escondo
Mas o que você busca
Com esse ato de dor?
Será que você não vê
Que há mais vida do que rancor?
Não se deixe levar
Pela escuridão que te cerca
Há sempre uma luz
Que te espera e te acolhe
Não é a morte que te salva
Mas a vida que te cura
Não é o gilete que te liberta
Mas o amor que te abraça
Achar que a vida é feita de escolhas faz tanto sentido quanto achar que uma casa é feita de tinta, pois a pintura é a parte final do acabamento no processo de construir, da mesma maneira que as escolhas não são causas, mas consequências do processo de viver.
O destino escreve em tinta permanente, mas a coragem permite que rabisquemos nossas próprias notas à margem.
Tinta com Validade
Na solidão que só em mim ecoa,
Pensamentos dançam, tristes, à toa.
Me perco no café quente, na caneta a traçar,
Um poeta incerto, a vida a decifrar.
Cada verso meu, uma lágrima que se solta,
Sensação de liberdade, a alma revolta.
Escravo de mim, o ego a corroer,
Sanidade perdida, o tormento a crescer.
Momentos de descanso, a mente anseia,
Mas o tempo não espera, sua dança alardeia.
A tinta tem prazo, a validade da arte,
Corro, na eterna corrida, para não perder parte.
Sou autor do meu destino, mas o destino é fugaz,
Na busca da expressão, na vida que se faz.
Cada palavra escrita, um grito de libertação,
Na dança do tempo, a minha eterna canção.
Cada palavra escrita à mão, cada traço de tinta, carregava a emoção de quem esperava pacientemente pela resposta.
