Textos Vc Nao foi Homem pra Mim
Medo do bicho homem
Um leão rugindo, quando percebe o outro, tentando ser livre em seu habitat;
Uma cobra traiçoeira, desejando dá o bote, espalhando medo por todo o lugar;
Um rato sedento que não vive do pouco, diz: _ Tudo é migalhas, resto de coisas que a vida há de dar;
Um porco suvino, enfiado na lama, das suas verdades, espalhando a desordem, por todo lugar.
domingo
O pequeno homem caido no chão
No tapete ele dorme
Cansou sua mão
Tocou, tocou... dormiu
O violão trocou de mão
O teclado funciona!
Violão, tapete, carron, pastas
e o pequeno homem no chão
O teclado funciona!
Voz e som.... medo...
Teatro, música, poesia...
Nada dito
nada combinado
Nunca aos domingos...
Já é segunda!
Como definir servidão segundo Ettiénne La Boétie? E o que seria a servidão?
Se a liberdade é um bem tão caro e tão precioso para nós, por que alguém consentiria em se submeter e ainda contribuir voluntariamente para a privação dela? Por que apoiar de modo voluntário essa condição que ninguém quer estar? O que temos que observar para se ter uma ideia do absurdo que é estar submetido a um tirano, é que o tirano é um homem só, uma pessoa como qualquer outra, de carne e osso e com limitações humanas comuns a todos. Como é que um único homem pode inspirar medo em milhares de outros? E será que, quem o serve voluntariamente, o faz por ter medo? A possibilidade de que a covardia é a causa da servidão é imediatamente descartada, é possível que um homem tenha medo de outro, mas impossível que cem milhões tenham medo de um só, para manter os outros sobre o seu jugo, o tirano utiliza uma hierarquia de pequenos tiranos abaixo dele, um grupo pequeno de bajuladores que se aproximam dele com o objetivo de obter vantagens e com isso tornam-se cúmplices de sua tirania. A esse pequeno grupo de indivíduos é dado o poder sobre uma determinada província. Cada um deles tem um conjunto de subordinados que dão apoio ao seu poder. Estes por sua vez também tem seus subordinados que possuem outros subordinados e assim, por conseguinte até chegar às massas. Com isso, o tirano mantém seu poder através de uma hierarquia de indivíduos que estão interessados em participar do poder do tirano para adquirir benesses, condição do ser submisso a uma servidão voluntária, além dessa hierarquia, o tirano também usa outros artifícios para manter seu poder. Eles privam seus súditos da educação, pois aqueles que pensam representam uma ameaça em potencial ao poder deles; eles embrutecem o povo, ou seja, idiotizam as massas através de "iscas da servidão", como a política do "pão e circo" por exemplo; utilizam a religião como meio para manterem os súditos obedientes e sempre lançam mão de discursos demagógicos onde afirmam que seu objetivo é o "bem público e o interesse da nação".
Como nos habituamos facilmente a servidão e como ela é uma força que contribui para perpetua-la através de vontades submissas. Indivíduos livres, quando imediatamente subjugados, servem ao tirano de modo forçado. Porém, quando os indivíduos já nascem sob o jugo da servidão, encaram seu estado como natural e dessa forma, a sujeição ao tirano é aceita e passivamente consolidada. Isso significa que quando alguém nasce numa sociedade onde servir voluntariamente é um costume de todos, essa vivência acaba sendo incorporada à formação e ao desenvolvimento do indivíduo. Assim, ele aprende a encarar com naturalidade a estar submetido ao tirano e enxergar isso como algo absolutamente normal.
Como acabar com a servidão? Ettiénne La Boétie nos traz uma resposta simples, porém profunda: não consentindo com ela. Deixando de financiar o tirano. Não consentindo. O tirano só tem o poder porque existem pessoas que estão dispostas a servi-lo. Se essas pessoas simplesmente deixassem de obedece-lo, o poder dele ruiria naturalmente, sem que fosse necessário fazer qualquer esforço. Não é necessário nem que haja uma luta armada para derrubá-lo. Basta simplesmente que ninguém o obedeça. O poder do tirano é como o fogo, para extingui-lo, não é necessário jogar água, basta apenas que não seja alimentado, diz Ettiénne Lá Boétie, aos cúmplices do tirano que servi-lo em troca de bens é a pior decisão que eles podem tomar, algumas razões para isso:
(1) servindo ao tirano eles acabam renunciando a própria liberdade.
(2) não basta obedecer ao tirano, é necessário também agradá-lo.
(3) O tirano será inconstante para defendê-los e os esmagará sem remorso quando lhe for conveniente.
(4) não se pode esperar amizade do tirano pois ele não vê seus cúmplices como amigos, mas como pessoas que trapaceiam e mendigam seus favores.
(5) O tirano nunca ama e nunca é amado.
(6) O tirano é alguém que aprendeu que está acima de todos, que nenhum dever o obriga e que sua vontade é a lei.
A liberdade é um direito natural, sendo totalmente desnecessário questionar isso, pois não se pode manter alguém em servidão sem prejudicá-lo, todos nascem com a paixão pela própria liberdade e ninguém é privado dela sem antes oferecer firme resistência. Ettiénne exemplifica isso mostrando que os próprios animais resistem quando vão ser capturados, acostumados desde sempre à vida livre, quando são capturados, não resistem ao cárcere, definham e acabam morrendo precocemente. Quem mantém alguém em servidão, comete injustiça e não há nada que seja mais contrário a natureza do que a injustiça. Nossas diferenças de aptidões naturais e talentos, como força e inteligência que são mais presentes em uns do que em outros, não existem para que vivamos guerreando uns contra os outros, essas diferenças são úteis para que aqueles que tem mais possam ter a oportunidade de demonstrar afeição fraterna para os que tem menos. A ideia de que só é feliz quem decide ser livre de toda servidão, mas não abandona seu ser por uma liberdade mórbida de um passeio no shopping atrás de cérebros.
Da minha cruz vou fazer um remo
E vou remar, remar e remar.
Se em altas madrugadas avistar
Um homem que caminha sobre o rio
Eu vou saltar ao encontro Dele e
Por cima das águas eu vou andar.
Sozinho eu sei que não vou conseguir,
Sozinho eu sei que posso ate cair,
Mas se o Mestre esta na frente
Eu não vou temer a escuridão.
Do Gênesis ao Apocalipse
Do começo ao fim,
No bom e no ruim:
Civilização progredindo,
Humanidade evoluindo,
O Criador intervindo,
A história acontecendo,
As plantas florescendo,
Os bebês nascendo,
Água nas fontes vertendo,
Homem e mulher a aprender
A respeitar e conviver,
Longe do ideal, porém,
Gira a terra e além,
Quem sabe um dia
Haja verdadeira harmonia
Neste mundo de Deus,
Paz enfim entre os seus.
Aberio Christe
Deus e o homem
Deus ergueu a liberdade,
o homem, a escravatura.
Deus expandiu a bondade,
o homem, a tortura.
Deus abraçou a caridade,
o homem, a ditadura.
Deus triunfou a verdade,
o homem, a desventura.
Deus olhou a imensidade,
o homem, a censura.
Deus coroou a afetividade,
o homem, a frescura.
Deus garantiu a amizade,
o homem, a ruptura.
Deus moldou a simplicidade,
o homem, a fartura.
Deus promoveu a humildade,
o homem, a descompostura.
Deus trouxe a prosperidade,
o homem, a armadura.
Deus focou na cumplicidade,
o homem, na travessura.
Deus se estende na longevidade…
o homem, na sepultura.
COTIDIANO URBANO
Uma mulher elegante rasga a multidão de transeuntes a passos largos com seu salto agulha.
A tranquilidade do velhinho sentado no banco da praça incomoda alguns com sua conversa fiada e afiada.
O vendedor com voz de locutor grita na porta da loja as promoções do dia.
Uma criança sardenta chora por um picolé de chocolate do Bené, e a mãe impaciente grita com o filho: - picolé no frio não pode senão inflama a garganta.
Do outro lado da rua vendedoras bem maquiadas trocam ideias animadas na porta da loja deserta.
O barbudo ambulante vende goiabas e peras gigantes na esquina jurando que as frutas são orgânicas.
Ao seu lado um homem grisalho oferece produtos importados com o slogan “bom e barato”.
As adolescentes mal saídas das fraldas comentam animadas no ponto de ônibus sobre a beleza do funcionário da padaria.
Um rapaz “vida loka” compartilha seu funk “bombadão” com todos pelo celular barulhento enquanto observa as “novinha” passarem com seus micro shorts.
Entremeio os carros ziguezagueia um ciclista aventureiro (ou inconsequente) pendurado numa roda só.
Uma senhora de idade avançada para na faixa de pedestre, tenta atravessar a rua sem sucesso, pois os motoristas a ignoram.
Já a mulher marombeira atravessa facilmente fora da faixa, pois para o trânsito com sua roupa de academia dois números a menos, destacando suas curvas, celulites e culotes.
Uma moça em seu vestido esvoaçante atravessa a rua falando ao celular, quase é atropelada, é buzinada e nem percebe.
Já sua amiga distraída segue no mesmo caminho colocando em perigo a vida do seu poodle encardido.
E a senhora de idade ainda esta lá tentando atravessar na faixa de pedestre sem sucesso.
Um jovem oriental com camiseta de super-homem ajuda o deficiente físico com suas sacolas até o ponto do ônibus.
Aqui uma estátua viva finge-se de morta para sobreviver.
Acolá artistas de rua também se esforçam para agradar e esmolar uns trocados.
Meninos e meninas saem animados da escola, tagarelas, brincalhões com uniformes surrados e imundos depois de uma tarde de aprendizado diverso.
Um homem calvo fala ao celular, gesticula, anda pra lá e pra cá, esbraveja como se quisesse que a pessoa se materializasse na sua frente para que pudesse apertar o pescoço do infeliz.
Pessoas se acotovelam, se empurram e se espremem para entrar no coletivo lotado “soltando elogios” para todos os lados, lei do mais forte, do mais esperto ou do menos educado?
É o cotidiano urbano.
Vida que vai e vem, vem e vai.
Pulsante desafio diário, sofrível, recompensador, aprendizado.
Olhe à sua volta...
Qual o sentido da vida quando se vive uma vida de gado confinado?
Pensou na mesmice desse mosaico vivo?
E o mendigo indigente a tudo observa em silêncio tragando sua bituca de cigarro.
Rosto cadavérico, raquítico, cabelo encruado, mãos calejadas, homem vivido.
Ele é como uma sombra que quase ninguém vê, o qual a maioria prefere apenas desviar o olhar e o corpo para nele não roçar.
Ele observava a tudo e esboçava um sorriso de canto de boca por não entender a natureza humana, tanta aflição, agitação, tanta correria pra que.
Ele vive como “Carpe Diem”. Aproveita ao máximo o agora, vive dia a dia, só se preocupa com o que matar a sua fome e matar o vício antes que morra.
Sentado no chão em meio à multidão, aspira a fumaça dos veículos, a poeira dos calçados frenéticos, o odor alheio, em silêncio.
Ouvem-se as portas dos estabelecimentos baixando causando um frenesi imediato.
Ansiedade latente, a agitação toma conta do ambiente, pressa pra voltar pra casa ou ir seja lá pra onde for.
De repente a rua se esvazia de gente.
Restam carros transitando e lixo parado nos cantos da rua.
Mais um trago no cigarro, mais um gole de cachaça, mais um papelão para passar mais uma noite.
E amanhã recomeçar novamente a vida de gado de cada dia, de cada um, de quase todos nós...
Numa espécie de hino, o autor celebra o Criador, que forma o universo como preparação para a vinda do homem. Ao mesmo tempo, celebra a grandeza do homem, chamado a governar toda a criação e dotado de inteligência para reconhecer a soberania de Deus. A ordem suprema, colocada no íntimo da consciência, proíbe cometer injustiça e manda relacionar-se fraternamente com o próximo.
(eclesiástico 16,24-17,12)
Procura-se um homem!
O que está em falta e é difícil de encontrar,
O que incessantemente estamos a procurar,
é um homem de caráter piedoso e singular...
Um homem honesto que ocupe uma elevada posição;
um homem com objetivos e aparência sem ostentação;
um homem cuja nobreza não se prenda ao egoísmo, à ganância ao poder ou a alta renda...
um homem cujo Machado não precise ser afiado;
um homem que não busca o espírito entusiasmado o próprio bem-estar...
um homem de coração fechado a ambição desmedida e ao lucro exagerado...
um homem de ampla sincera e fervorosa visão;
um homem de decisões rápidas e de muita sabedoria;
um homem que não se encolha a qualquer zombaria...
um homem cuja a alma tenha asas para voar na amplidão.
E passa pelos nossos olhos.
A gente sabe que o tempo passa.
Sempre soubemos que isso aconteceria, que o tempo correria, que o mundo mudaria, que “nós” poderíamos voltar a ser só “eu” e “você”, separados pelo mar ou por um continente a nos tomar.
Ninguém sabe a nossa história, nosso filme, a música que é nossa por direito e viver. Ninguém sabe dos nossos beijos, nossos encontros, nossos segredos, mas são coisas que ninguém tem que saber. O que foi nosso, guardado está, passem os anos que passarem.
Espera, fica um pouco mais… O café está quase pronto.
É tão gostoso quando só a gente sabe, só a gente vive, só a gente sente. É tudo tão nosso. Aquelas pétalas ainda estão dentro do livro. As fotos ainda no meu mural. Os beijos, na minha boca. Teu encanto, nos meus olhos. Teus olhos cristalinos refletindo aquele pôr-do-sol estarão para sempre em meus sonhos.
Eu guardo tudo. Guardo nossa paixão instantânea, nosso amor totalmente pessoal. Guardo as besteiras ditas, e sei que você guarda também. Eu espero você, espero te ver, e sei que você vai abrir a porta ao me ver chegando.
Somos tão nossos, e não é de hoje, nem de ontem. É de uma vida. E ficamos assim, nesse “eu” e “você” traçando um eterno “nós”. Embolando esses diversos nós. Laços são difíceis de fazer e nós mais difíceis de se desembolar, e aí a gente se enrola, a gente se namora.
O cheirinho está tão bom. O gosto, ainda melhor. Aproveita o teu café, beba como se fosse me beber a cada gota. Desmanche-me em tua boca, deixe o seu cheiro em minha roupa. Estamos marcados e quero que fique assim, sempre. Eu, eu, você, você, nós, a gente, um abraço quente.
Não deixe esfriar. Se acontecer, eu faço um café novo, como os inúmeros que já fiz… Mas dessa vez o café é bom, o gosto melhor, e sei que você vai aproveitar muito mais dessa xícara, a cada gole. Um gole ali, um pouco de mim aqui, e nós nos formamos novamente.
Tudo isso, debaixo do nosso nariz… Passando diretamente por nossos olhos, mas antes a gente viu sem enxergar. A cegueira passou e estamos em nosso lugar, e que assim permaneça.
Um Fora
Eu sinto algo tão sensato
Inventando a coisa errante
Estou-me envolvendo,
E você me dando ‘um fora’.
Estou-me com pensamento estarrecido
Pois tudo em minha criatura
Namora tudo em você
Não posso parar de escrever
Eu gosto de pensar que a gente tinha tudo
Sinto-me certo
De nunca deixar você esquecer
Pois tudo em minha criatura
Namora tudo em você
Dê a fórmula que faltava, a ajuda necessária, a contribuição desejada; ensine-o a depender e criar dependentes e será condicionalmente amado por aquilo que fez.
Destrua o que se acredita, ensine o que é o amor, o homem, o humano; dê lhe independência, apenas, e será incondicionalmente odiado por aquilo que não fez.
Deus é subversivo, Ele contraria totalmente a lógica do homem, é um Deus que se faz "do contra", para ser a favor:
Quer ser Forte? Reconheça sua Fraqueza.
Quer ser Perfeito? Reconheça sua Imperfeição.
Quer Liderar? Seja Servo.
Quer ser o Maior? Seja o Menor.
Quer ser Exaltado? Humilhe- se.
Quer ser o Primeiro? Seja o Último.
Quer Tudo? Não faça questão de Nada.
Quer Altura? Busque Profundidade.
Quer ser Cheio? Esvazie- se de si.
Quer Enxergar? Fique Cego para si.
Quer Voar? Caminhe.
Quer Viver? Morra para si.
Quer Salvação? Reconheça sua Perdição.
Quer ser Mais que Vencedor? Seja um Perdedor Rendido por Seu Amor.
"Creio que o amor seja uma das poucas habilidades que se nasce pronto para oferecer.
Creio que esteja entre as raras virtudes inatas das pessoas.
Creio que ninguém precise aprender a amar, o quanto careça saber qualquer outra coisa.
Creio que o amor seja a base sobre a qual o saber se edifica.
Acredito que seja a mais importante matéria-prima para o começo de qualquer projeto.
Creio que o amor, apenas o amor, seja o início de tudo que o homem precisa"
Es a Deusa de meu imperio
a musa de meu pensamento
de ti vertem as gotas de meu sumo
de ti cresce as sementes de meu tronco
em ti mergulho em pensamento
em ti nado com sentimento
em ti toco neste momento
em ti nasço, morro, rebento
e de novo me alimento
és o fruto de meu desejo
és o sopro de meu beijo.
Tolo o homem que acredita que uma mulher se conquista ou que ela se convença apenas com belas palavras transformadas em meros elogios.
Um homem sem atitude, é como aquele batom velho que não combina mais com nossos lábios, como aquela sombra que não destaca mais nossos olhos, como aquele perfume que não deixa mais seu cheiro ou como aquele lindo salto alto scarpin que não nos passa segurança. É assim o homem sem atitude é como itens em nosso closet que não fazemos mais questão de usar.
Eu sei isso parece algo frio para se dizer, mas alguém precisava dizer a verdade.
Mas isso também pode ficar como conselho, não sei é apenas um poco do meu jeito de ver as coisas, do meu jeito de pensar.
Realmente penso que é de mais atitudes e de menos palavras que as mulheres de hoje precisam.
Deixa-me ser...
A chuva que te molha sem tocar,
A fronha que te aquece ao deitar,
O sumo que tu bebes ao acordar,
A mão que te percorre sem parar,
O chão que te ampara o caminhar,
O peixe que mergulha nesse mar,
A luz que ilumina o teu lar,
Sem nunca mais deixar de acreditar
Que não te vais embora sem te beijar.
Maldita é a decisão do homem
Aquele que marca sua causa, defende ser o soberano da sua natureza, escolhe não errar por achar que esta certo sobre quase tudo.
Descobre outrora que se enganou, não percebe em que errou, se distrai com o que acha certo e já não sabe se o que faz é correto. Se contradiz e no fim, aceita que enfim pode voar e recomeçar.
E agora, se perdoa ou acredita no que tem de ser e que seja assim?
Ou no pior dos casos, sequer entende aquilo que foi dito.
"Homem invisível"
Falta de empatia
Sinto apatia
Falta de amor
Sinto desamor
Falta de saudade
Sinto que o desapego me pegou de jeito
Antônimos que me deixam longe de tudo
Sinônimo que estou seguindo em frente
Ir para uma direção sem ponto marcado
Andar pra frente, pra trás e pros lados
Sem me preocupar com o certo ou errado
Se fico longe de todos
Me aproximo do mais importante
Eu mesmo
Já estive mal
Agora estou bem
Já estive muito além
Já procurei ausência
Agora tenho minha atenção e presença
Fui fraco por vontade própria
Sou forte agora e isso é o que me importa
Odeio dormir no claro
Algumas vezes tenho pavor do escuro
Não gosto de subir escadas
Não quero descer no elevador do prédio
Ando cheio de pensamentos vazios de entendimentos
É possível ser mais complicado ?
É impossível
Me sinto o homem invisível,
Esta vida desmedida
Tem um sentido divino
Nada posso confirmar
E nem mesmo aceitar
Os dilemas do sentir
Qual a razão de existir
Sem saber o que está para vir
Os propósitos secretos
E murmurios indiscretos
Acumulando o cansaço
Derivando, passo a passo
Nas incertezas do caminho
Aceitando gentilmnte
Este mundo indiferente.
