Textos sobre Música
O outono chegou
o piano começará a tocar
a música te fara sentir
a música te fará chorar
o dedilhado sobre o piano te partira, mas sempre haverá o recomeçar
as flores, os jardins.
Tu iras amar novamente
o seu jardim ira florir novamente
a primavera chegara, mas chore, sinta, que logo
virá o seu Desabrochar
minha flor do Luar.
O sono bem distante, a madrugada muito acolhedora, uma música cativante, ideais para uma mente poética, ativa, que não se cansa facilmente, gerando aqueles pensamentos com as suas falas precisas ou inesperadas, algumas verdades declaradas ou implícitas
Despertando certos sentimentos instigantes, verdadeiros, pausando o tempo, trazendo uma sensação prazerosa que é intensificada pela inspiração na criação de versos que vão além de palavras, um entrosamento de frase, essência e emoção que provocam a reação da alma
Daqueles momentos bastante satisfatórios sem nenhuma perturbação indesejada, simplesmente, valiosos por trazerem um pouco de equilíbrio, de lucidez e de uma profundez aprazível que tanto acalma quanto abraça a intensidade, resultado genuíno, fruto da minha arte.
Sobre gafanhotos, borboletas, música, violão, vinhos e outras coisas…
Numa tarde de céus que se adiantam ao anoitecer, o Gafanhoto irrompeu no meu jardim – curador de batimentos alheios com mãos de cirurgião que domam arritmias com a delicadeza de um sussurro, mas que descompassaram o meu coração com um olhar gentil, que promete tudo sem falar nada.
Logo no primeiro voo cruzado, ele não esperou o ritmo das horas: “quer me ver Amanhã?”, perguntou como um inseto faminto por luz, pulando cercas invisíveis com a teimosia de quem sabe que o coração não obedece calendários. Ri, recordando a personagem de um livro guardado na alma: “Calma, gafanhoto!”. E assim o apelido floresceu, leve como pena inquieta ao vento, afetuoso como o jeito dele de se fazer presente mesmo no silêncio.
Ele me devolveu o encanto, batizando-me Borboleta, e, como aquilo balançou as minhas asas!
Meu Gafanhoto tocava como ninguém: dedos que, de dia, salvam vidas em salas brancas e auditórios cheios de olhares ávidos, à noite se rendiam ao violão, dedilhando notas que acalentavam minha alma e coração.
Uma noite de taças rubras, erigiu um palco só para mim: uma apresentação solo no breu acolhedor da sala, onde as cordas gemiam chorinho com a ternura de um abraço e bossa nova com a suavidade de quem sabe pausar o tempo.
Fechei os olhos e me entreguei: uma daquelas raras noites que se inscrevem na memória, especiais por sua natureza e inesquecíveis, onde a música não era só som, mas ponte entre almas que se reconhecem no improviso de uma noite qualquer.
Mas sombras sem nome, medos que pulam antes do compasso, razões tecidas de fios invisíveis e frágeis, nos guiaram para um recuo suave, que pesam como uma pausa no solo. Dói? Como corda esticada ao limite, vibrando com o eco do que foi. Mas o Gafanhoto se faz presente em Mensagens que chegam como notas avulsas, leves e persistentes: um “como vc está minha borboleta?” camuflado de gracejo, outra “beijos, beijos. Borboleta!” que carregam o aroma de noites passadas. É o jeito dele de se fazer eco, de curar o afastamento com a mesma paciência que dedica a batimentos errantes e alunos inquietos – teimoso, afetuoso, como quem sabe que saltos verdadeiros não caem em esquecimento.
E eu, Borboleta de retalhos coloridos, remendada pela brisa das boas melodias, guardo o violão na memória tátil, o pulsar na veia aberta, e sorrio para o refrão que insiste em voltar.. Porque encontros como o nosso são breves na forma,mas eternos no ritmo…
LRFN
Música
Algo de miraculoso arde nela,
fronteiras ela molda aos nossos olhos.
É a única que continua a me falar
depois que todo o resto tem medo de estar perto.
Depois que o último amigo tiver desviado o seu olhar
ela ainda estará comigo no meu túmulo,
como se fosse o canto do primeiro trovão,
ou como se todas as flores explodissem em versos.
A música e o Tempo
A gente que viveu o tempo da poesia que se vestia de notas musicais. Das letras que não só tocavam o nosso coração, mas transmitiam conhecimento, cultura e sensibilidade sem a intenção de criar um exército de adoradores de qualquer conteúdo, mas, sim, de apreciadores de uma mensagem que, naturalmente, agregava ousadia melódica, à afinidade entre o artista e o público. Letras que desnudavam um talento desprovido da obrigação de ser um serviçal da moda musical que, em tempos modernos, foi criada, racionalmente, para atender demandas convenientes, do mercado. Letras que retratavam a alma do compositor e do intérprete, através de uma expressão literária e corporal, para além da superficialidade e do narcisismo humano, hoje nos obriga a entrar numa fase de nos tornamos órfãos dos artistas os quais foram uma referência na construção do nosso apuradíssimo gosto musical.
A gente que viveu o tempo de ouro e da importância da música, sem o suporte seletivo do marketing mercenário, estamos ficando cada vez mais saudosos, dada a travessia de talentos como Gal Costa.
Pra gente que viveu a qualidade irretocável da Música Popular Brasileira, está nos restando o exercício, cada vez mais assíduo, do sentimento de nostalgia a nos convidar à viagens ao início de tudo que elevou a nossa sensibilidade auditiva.
Mas o Tempo é o Senhor da vida e do movimento. Ele passa e, com o seu passar, Ele tem o poder de mudar tudo. Faz parte. A gente que lute para conviver com as mudanças. Para nos adaptarmos, no caso de alguma mudança nos deixar desconfortáveis, bem como para sabermos, com diplomacia e respeito às diferenças, desprezar algumas afrontas aos nossos ouvidos.
O Tempo só não tem o poder de reverter o valor de tudo aquilo que se estabeleceu, na sociedade, justamente pela sua qualidade inquestionável e atemporal.
Através do Tempo, a música tornou-se um veículo usado para servir às mudanças. Nela é feito o registro do caminho pelo qual a sociedade escolheu trilhar a fim de deixar a sua contribuição existencial, materializando uma fase da expressão cultural, como reflexão sobre o estilo de vida que ditou o comportamento e os valores de uma geração.
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Música é vida. Música é refúgio para todas as dores, amores e sabores. Sem música, talvez a vida se resumisse na morte.
Tive uma idéia, vamos fugir um pouquinho?
Vamos pra um lugar onde só tenha música, tranquilidade e nós dois?
Não precisamos ficar por muito tempo,
é só até essa saudade acalmar...
Mas o engraçado é que ela não passa, cada vez é mais um pouco.
Então ao invés de fugir, vamos construir um esconderijo?
Nem toda música é benéfica ao cérebro. Certos estilos contemporâneos, especialmente os que envolvem altas frequências, ritmos muito acelerados, distorções sonoras e estímulos visuais intensos, podem induzir o cérebro a estados de alerta contínuo, ativando predominantemente a faixa Beta ou, em casos mais extremos, levando a um padrão de excitação caótica.
Do livro: a mente em hertz de Nina Lee Magalhães de Sá
A música não nasce,
ela desperta.
Surge do sopro invisível
que ecoa no silêncio do universo,
um fio sagrado que costura o tempo
e toca a eternidade.
É a língua das estrelas,
o segredo dos rios,
o canto oculto que as árvores guardam
nas raízes mais antigas.
Quando uma nota vibra,
a alma se recorda de si mesma.
O coração, antes pesado,
se torna leve como brisa.
O espírito se ergue,
viajando em asas invisíveis
por mares sem nome
e céus que não se medem.
A música é cura,
é oração sem palavras,
é portal que abre mundos
e devolve ao ser humano
o que ele esqueceu:
que dentro dele há cosmos,
há infinito,
há luz.
- Brendon Siatkovski
Eu sinto uma profunda dor silenciosa...
Gosto do som da música, do percurso
da minha casa até o trabalho;
estou sempre ouvindo música.
Em casa e no trabalho, ouço o barulho
dos carros, dos comboios e de toda a gente.
Chego em casa, ligo a televisão e ouço o noticiário:
outra vítima do silêncio se atirou
nos ruidosos trilhos do trem.
No trabalho, ouço o rádio, que toca uma música ridícula, e
minh'alma sofrida dança desolada.
Gosto do som da chuva, lágrimas do céu;
até os homens choram, silenciosamente.
E o choro da terra é abafado
pelos nossos gritos ambiciosos;
ouço o barulho das fábricas, corro para o campo,
e a chuva, tempestuosamente,
em seu suave cair, encharca meu coração ressecado.
Gosto do canto dos pássaros;
da minha cama me levanto,
e nela me deito, ouvindo os tordos ao amanhecer
e os urutaus ao anoitecer que, calmamente,
levam distante meu espírito atormentado.
Gosto de deitar-me e dormir
com o barulho do ventilador;
porque gosto de barulho,
assim silencio os gritos sussurrados
em minha cabeça. E eu, que tenho sido tão quieto,
se os ouço e me falam, descanso resignado.
As melodias suaves e vibrantes da música ecoam dentro do coração da mulher, como se estivessem cantando uma canção de amor. O som da música preenche o ar com a magia de seus acordes e a poesia de suas letras. A mulher sente que os versos estão em sintonia com sua alma, tocando alegria, tristeza, saudade e amor. Ela abraça a música e deixa que suas notas a levem para longe de tudo, para um lugar onde ela possa dançar e cantar livremente, abrindo seu coração para as melodias mágicas.
Uma coisa que amo é colocar meu fone, aumentar o volume, e deixar a música tomar todo o meu ser. Vibrar intensamente, sentir, deixar o som me dominar. Pensar, imaginar, lembrar. Sentir que meu coração acompanha cada batida.
A música é, para mim, terapia. É o momento onde mergulho em meu próprio abismo interior, sem que ninguém possa interromper. Sem que haja qualquer interferência. Os problemas, a correria, tudo some. Em seu lugar fica a música, em uma estranha união com o silêncio. Tudo toca e silencia ao mesmo tempo. E eu preciso do som e do silêncio.
Vivo entre os extremos, mas a música traz uma espécie de paz, calma, conexão. Há momentos onde necessito silenciar completamente, outros onde preciso ouvir, e também há aqueles onde preciso do som e do silêncio. Quando a música é tudo e nada. Não sei se mais alguém já se sentiu assim, se entendem o que digo. Talvez eu pareça louca falando isso, mas tudo o que sei é que, sem isso, não viveria.
- Marcela Lobato
Eu Vi o Amor
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Por um momento, eu vi o amor
E ele me trouxe flores,
Cantou uma suave música
E me fez viajar em seus tons, sons.
Vi os sentimentos mais puros,
Os toques mais sinceros
E uma doce vontade no olhar.
Eu vi, por um momento, o amor
E tudo se tornou eterno pra mim:
A intensidade de um dia sem fim,
Os lugares bem mais iluminados,
O encontro da paz em nós.
Vi a certeza da felicidade
Quando ela surge na simplicidade
De um querer ficar juntos.
Eu vi o amor por um momento.
Inacabado, sem pontos finais,
Que joga fora as indagações
E acredita na afirmação das manhãs.
Vi, no que mais verei, quando ele
O amor, pleno, abre os meus olhos
E me faz enxergar você em mim
Como a mais bela paisagem,
O mais lindo cenário,
Através de um mundo mágico,
Quando estamos a nos amar.
Você é a minha música preferida;
fonte de tensão e repouso pro meu coração;
euforia da minha voz e silêncio de minha alma.
Te amo com toda força e ternura que ainda existe
dentro de mim e, de todas as formas e tamanhos sem medida.
Você é o encaixe perfeito para as minhas notas suaves;
gota que desliza pelo meu rosto, emoção que transborda tudo.
Doce voz que ecoa em meus ouvidos...
-Te transformei em canção -
Certo dia ouvi uma música
Nessa música um mundo perfeito era apresentado
Eu fiquei maravilhado!
Como um mundo tão perfeito poderia ser concretizado?
Mas logo eu acordei
Um sonho impossível foi o que e pensei
Como um mundo tão desigual
Sem empatia e desleal
Onde a vida não é prioridade
E a ignorância é a realidade
Onde poucos têm muito
E muitos não tem nada
Onde as pessoas são todas contra
Onde a ganância do homem toma conta
Onde o dinheiro é levado como mantra
Não seria possível o mundo
Que John Lennon canta
Porque a música enleva a paz.
Faz nossa alma sonhar e o impossível tocar.
Porque a música é poesia que verso com amar.
A música é o brilho que transcende em teu olhar e faz meu coração de amor cantar.
A música nos une mesmo
Nos faz ter esperança de um no outro morar.
O encontro acontecerá, e a música nosso amor há de embalar…
Saí do requinte de um sonho ideal, no qual me adentrei a um castelo, a música preenchia o ambiente, mas não havia ninguém por perto.
E agradeci por isso, sempre me considerei minha melhor companhia, nem tentei mudar e o meu destino fora omisso.
Mas lá não senti pesar, andei um pouco mais e sozinha permaneci, novamente a música estava presente e me permiti continuar ali.
A música fazia do ambiente minha casa e não identifiquei de onde vinha. Talvez viesse de dentro de mim, mesmo me sentindo rasa.
A música me fez sair dali, do mais belo cenário, sem razão alguma. Uma parte de mim quis estar no castelo um pouco mais, mas a música me prendia com um elo imaginário.
Caminhei tranquila sentindo a música que ia à frente, o tempo se tornou um mero coadjuvante, não parava nem seguia, apenas olhava a gente.
De repente me perdi, cheguei a paisagem de montanhas desenhadas, e o sol, tal qual as maquiava, me extasiou. Segurei uma porção de lágrimas, minhas bochechas coradas, descobri que o paraíso me alcançou.
Seu calor me acolheu como um abraço de urso, embora não possa te tocar um único segundo. Mas não me senti em casa como ao som da música, agora queria voar e conhecer o mundo.
Pedi que me levasse consigo ao ver o sol partindo, mas já não podia me ouvir. E assim, despertei e me deparei com você.
Me permiti viver o êxtase mais uma vez, mas agora é real.
Sua voz soa como a música do castelo; a luz, aurora boreal.
Te sinto de uma forma tranquila, preenchendo cada espaço.
Te vejo nas coisas que faço e te encaixo no meu futuro
Na verdade ele se resume a você.
Essa distância amiga e inimiga, o amanhã incerto... Mas é quando chego mais perto de ter tudo que eu quero.
Eu já devia saber, mas é que o amor não dá tempo, assim, meu coração sai do peito e vaga até te encontrar
Cercada de gente desconhecida, perdida nas rotas da minha rotina, me concentro em te imaginar.
Um sentimento de adrenalina que dá frio na barriga, mas sensação de casa. Sem aviso nem nada, sinto que é você meu lar e a musica que eu quero escutar.
Você tem a energia de um amor inicial e ao mesmo tempo a calma de planejar
Você me olhou com tanto cuidado que fez o mundo parar, me olhou com a calma que o falta encontrar.
Agora sei que o melhor foi acordar e viver meu doce clichê.
Te sinto tão junto que não mais sei dicernir onde termino e começa você.
Você se misturou com a liberdade, com a minha essência, mas talvez, ainda assim, não dê certo
Talvez a gente nunca se encontre de perto
Sigo não querendo fazer planos
Talvez não vejamos, juntos, o flamengo em campo
Mas talvez, precipitadamente, eu te amo
Gosto do mar...
Ainda que seja só pra sentar na areia e ficar apreciando.
Sinto que a música intervalada das ondas me convida a um desacelerar do coração, da mente, da alma...
Desconectar das ansiedades da vida e me reconectar com a essência do que é eterno.
Gosto da maneira carinhosa que as ondas brincam de tocar meus pés na areia. Daquele "vou te pegar" que fazem comigo.
Parece que vejo o mar sorrindo, quando timidamente, em ondas brancas espumantes, ele me alcança, acarinha meus pés e rapidamente se recolhe.
Isso me ajuda a lembrar que a vida é feita de ciclos e que existe beleza na impermanência.
Amigos virtuais
Eu sou uma eterna apaixonada por palavras.
Música.
E pessoas inteiras.
Não me importa seu sobrenome, até porque o meu é mais simples possível,
ou onde você nasceu,
e muito menos quanto você carrega no bolso.
Pessoas vazias são chatas e me dão sono.
Gosto de quem mete a cara,
arrisca o verso,
desafia a vida.
Eu sou criança, uma criança de 20 e uns anos.
E vou crescer assim.
Gosto de abraçar apertado,
sentir alegria inteira,
inventar mundos,
inventar e viver cada vez mais as muitas facetas do amor, em todos os seus aspectos e características.
Gosto de gente!
De olhar no olho,
de falar cara a cara
e de sentir a verdade de cada palavra e expressão.
O simples me faz rir,
o complicado me aborrece.
E,
por essas e outras,
EU VOU SEGUIR EM FRENTE!
Eu amo o contato virtual que tenho com muitos aqui,
mas NECESSITO do contato real, físico, do olhar que existe efetivamente, da vida que se respira longe da tecnologia.
Por isso,
nesse momento meu chato de minha vida,
quero desejar um excelente dia pra todos os amigos reais e os virtuais, que sabem realmente o significado da palavra AMIZADE.
Nada além da canção que atravessa o anoitecer, música jogada no ar. Um bate papo com a lua, assim é a voz do poeta que no seu quarto escuro escreve versos. O poeta dá aquilo que mais lhe fornece prazer; vida as letras e calor ao coração frio. Noite de domingo tinha sido dia das mães. Naquela madrugada, juntei os meus cacos com os restos da imensa tristeza que me consumia. Coloquei tudo em um envelope negro e selei com pranto que inundava de lágrimas meus olhos .Despedaçado por dentro, vesti a dor do caminho que se pintava a minha frente. Hoje sou os passos que dei nos rudes caminhos que percorri tenho em mim o grito mais ensurdecedor a tristeza mais aguda o vazio mais estridente. Hoje sei que Seu amor 'infinito', terminou naquela noite".
Boa noite
A tua voz é música aos meus ouvidos...
Deixas os meus dias coloridos...
Que nem arco-íris...
Sinto meu coração fortalecido...
Sim, meu coração coração fortalecido.
Quando meus olhos olham-te...
Com olhar de apaixonado.
És um sentimento pra mim...
Estás presa nas profundezas do meu coração...
Meu âmago não te vai soltar...
Por seres minha fonte de inspiração...
E...
Minha maior pretenção.
