Textos sobre Mar
Fazer-se-á caminhos, de nuvens cinzentas e sinuosas, aos ventos que sopram o mar, no feitio à goela dos ofendidos.
Fazer-se-ei infinitos, assobiados por aves impetuosas, que gorgeiam as primeiras horas de manhãs mal nascidas, louquejando as desnudas noites indormidas, ao sereno lacrimejante do universo,
em volúpias despedidas.
Não Te Faltes De Mim!
Não te faltes de mim!
Porque secarias o meu mar
E o deserto seco e amargo
Invadiria o meu rosto
Espinharia meu corpo
Como um cacto solitário.
Não te faltes de mim!
Porque teu silêncio
Perturbaria o meu sol,
Queimaria meus sonhos,
Sufocar-me-ia de realidades
Estúpidas e cruéis.
Não te faltes de mim!
Porque vida sem ti não se vinga.
E quando da estrada percorrida,
Fria e abatida,
Teu vazio há de me corroer
Minha rota, minhas rosas,
Retrato de um porvir,
Numa triste desventura.
E mesmo assim,
Se assim tu me faltares,
Quando dos olhos por abrir
Não mais te encontrar,
Fecho-me para o mundo
Em cinzas gotas de dor
A me manchar as vestes da alma.
E de lá, um turvo sabor,
Em completo,
Há de me sempre tomar.
O sangue bronze infinito mar-horizonte
A triste mortalidade que supera o seu poder
derrete-se diante da fúria, fúria que o dia perdura
Cuja a dor pode a cálida aragem de estio superar o meu amor
O destroços ataque dos exaustivos dias, noite dolorida seguida de madrugadas chorosas
Sólidas lagrimas são indevassáveis
portões do coração-aço poupam o tempo da ruína
Ó temível pensamento! Onde se esconderá?
A joia mais magnífica do gélido abraço do tempo
Quem promove a destruição de sua beleza
negra tinta possa resplandecer o meu amor.
Cansado de tudo isto, uma morte pacífica imploro por que não impeça que nasça tão destinado sofredor
E a virginal virtude rudemente pisoteada, erroneamente desgraçada, a força desarmada pelo vacilante, loucura controlada cativo na tenda à insanidade
afastaria o tempo ao morrer para não abandonar o meu amor
Viver sabendo da sua existência que a dor desatina no peito solidão pois que vivas e não demoras
Por Charlanes Oliviera Santos
NÃO BASTA APENAS VIVER PARA SEMPRE
Um Homem e uma Mulher conversam a bordo de um navio mar adentro. Assim que o navio desaparece no horizonte, ela pergunta:
— O que foi? Você viu tudo, fez tudo, sobreviveu, é o jogo, não é?
— Não basta apenas viver para sempre, meu amor. O jogo é: saber conviver consigo para sempre.
— E a minha mamãe?
— Ela estará aqui.
Instantâneo
o mar adormece
e as gaivotas vão planando…
o sonho acontece
e a vida vai-nos chamando
para a derradeira prece
que o silêncio vai rezando.
enquanto a brisa arrefece
o mar realmente adormece
com gaivotas a planar…
e no sonho que acontece
o silêncio é uma prece
que nos parece chamar…
Olhava para aquele mar tão infinito
Mas hoje estava um tanto diferente
Parecia realmente não ter fim
Os raios de luz solar refletiam nele e mostravam o quanto ele realmente não tinha fim
Foi a cor mais linda que já vi em muito tempo, branco que simbolizava a paz
E assim é você e os seus poemas
Todos nós temos sonhos
Uns tantos, outros poucos
Depende de cada realidade vivenciada
Olho as pessoas e enxergo as suas diferenças, mas elas possuem algo em comum
O anseio por serem amadas e aceitas como são
Limoeirense, de Limoeiro, é um prazer conhecer você amigo
A rosa nos trouxe até aqui
Somos parte de uma única fraterna idade
Tantos talentos que há pouco espaço para dissertar
Fiz esse poema para contemplar
Olho os teus olhos verdes, verdes como o verde do mar.
Lábios vermelhos como vermelhos são as rosas da terra a brotar. E neste cenário ela está, e eu cá a te exaltar.
Ela é tão bela que faz com que eu perca a razão e misture amor com a emoção.
E dessa pele branca e macia, o que devo falar? Seria sacrilégio compará-la as nuvens em pleno ar? E os teus cabelos ondulados que lembra o redemoinho dos ventos do litoral, e em todo esse palco principal, és a peça teatral que posso sempre exaltar ou talvez em sonetos te galantear.
Nem mesmo Homero em sua tragédia sobre Tróia, definiria tal beleza tua comparada a Helena de Tróia. E até Shakespeare não tenha pensado em tal musa para suas peças, pois essa junta o dom da beleza e das clássicas tragédias. E entre tantas outras musas, nunca vi brilhos tão ofuscante em tal beleza, permita-me que seja o seu Orpheu e você a minha Eurídice, fujamos daqui, para amar e ficarmos juntos até a nossa velhice.
E assim tu és, mulher. A eterna garota a qual esbanja a beleza tal qual a mais bela fauna e flora contida na natureza. Tens no coração as incertezas ou certezas da sua paixão. E se um dia precisares de um enamorado, faz de mim teu eterno conselheiro, confissionário ou até quem sabe eterno namorado. As palavras de amor clamam a te decantar, e aqui estou eu para tudo isso sempre te falar.
Energia radiante
O pôr do Sol no horizonte de um rio ou no mar é um espetáculo que mexe com as emoções no fundo da alma
O espelho na água a refletir um esplendoroso encontro entre a luz e a água revigorando os sentimentos a cada entardecer
Ao anoitecer um outro espetáculo da vida nos contempla com o brilho das Estrelas e da Lua
No dia seguinte o Sol chega de mansinho no final da madrugada
Trazendo a esperança de um dia radiante de alegria
Para mostrar que nada é impossível
Quando esta energia radiante brilha dentro de nós.
UM VALE DE LAGRIMAS
Enfim a lama chegou ao mar
Levando tristezas e dor por onde passou
De Mariana das Minas Gerais
A Baixo Guandu, Colatina e Linhares no Espírito Santo
Foi tirando a vida das águas do Rio
Causando desespero e decepção
Transformando as águas em lama
Desaguando no mar e tirando um encanto natural
Da praia de Regência com azul anil
Em águas do mar e do rio em uma extensão amarelada
Das montanhas das minas até o desaguar do rio no mar
Uma mistura de água doce e salgada com barro e lagrimas
A lamentar a morte do rio que antes era fonte de vida
Uma grande mancha barrenta a mostrar a ganância e ambição dos homens que em nome do progresso e do capitalismo selvagem, agridem a natureza e destroem um grande ecossistema que levará décadas para se recompor.
Vamos tentar amar
ainda que seja difícil,
já nadamos neste mar
mas apenas na superfície,
as vezes mergulhamos e logo temos que subir,
nos falta ar, nos enganamos e tememos sucumbir.
Amar é um mar e não um lago,
amar é profundo e largo.
Nessa nossa pequenez nós julgamos conhecê-lo por inteiro,
mas essa não é a primeira vez que fazemos este apelo
Humanos, Amemo-nos !
Estranho amor!
Desenhei um coração vermelho da cor do mar, nele escrevi alegrias em forma de um poema, que ao ler! Me fez chorar! Lembranças não esquecidas azuis da cor do luar, nas noites embranquecidas tua alma fui buscar, nos escuros das manhãs saudades me fez chorar! A cor negra de seus olhos! Meus caminhos a clarear! Olhei dentro dos teus olhos e vi o amor brotar Como espinhos de azaleias! Minha alma a machucar...
(Zildo de oliveira barros)16/05/13
No Azul Do Mar.
O mar tem um azul maravilhoso.
Uma coloração brilhante.
Que o torna ainda mais cativante.
Com calmaria,vê aves voando em sua vida.
Aves que voam entre o amanhecer e o entardecer.
Mar azul e visto no horizonte.
Por algum cais que o espera,mais uma vez.
Em um misto de saudade e recordação.
Em águas transparentes ele vive.
No ir e vir,das ondas que o envolvem.
E são tantas em sua vida que passaram,e que deixaram motivos para que ele continue assim.
Em muitos lugares está.
Nas areias das praias,em uma pequena concha.
Ainda mergulhando em outras belezas.
Nas grandes viagens que já fez,tem muitas histórias para contar.
Como o Sol,nascendo sobre si.
Guiando a sua longa travessia,
os seus segredos.
E iluminando o seu coração azul.
Sob a luz da Lua,várias vezes sonhou.
Encantado com aquela cor esbranquiçada,que se deita em suas águas ao anoitecer.
E que transforma os seus movimentos,a cada nova fase.
Como um bonito reencontro,entrelaçado por milhares de estrelas.
O mar continua seguindo o seu percurso em águas profundas.
Porque é gigante.
Azul e desbravador.
Nas profundezas do seu coração se encontra.
E se emociona,a cada vez que vai.
Na direção de uma nova conquista.
Com aquelas ondas azuis que são a sua vida,o seu recomeço.
Haja mar!
Esse mar imenso que canta permanentemente para o Criador.
Esse mar que movimenta para a vida,
Esse mar que é de sal, porque quem o fez, de sal entende.
Me responda Onipotente, foi com a mão direita ou esquerda estendida que ajuntastes essas águas? Ou será que não estendeu a mão ao falar?
Pergunto porque me tomas por essa mão, há paz e segurança, e nela gravado está, as estende para salvação.
Esse mar, borda de oceano, expressão de puro poder!
Para mergulhar em nosso Cristo basta parar, caminhar na areia na montanha com Santo Espírito, sabendo para onde olhar!
LBF
Mulheres de Pano e Terra
Vieram de longe, cruzaram o mar,
trouxeram a cruz, o aço e a fome,
tomaram o chão, queimaram os nomes,
fizeram o sangue da terra jorrar.
Os povos caíram, as terras sangraram,
ergueram engenhos, correntes, senzalas,
o açúcar crescia, o latifúndio mandava,
e o povo do Nordeste aprendia a lutar.
Mas quando o homem partiu sem aviso,
quem ficou foi o ventre, a enxada e a dor.
Foram as mães que costuraram a vida,
fiando o tempo com linha e suor.
Lavadeiras de rio, rendeiras da sorte,
mãos que tecem, que lavram, que oram.
E enquanto o homem some na cidade,
elas seguram o sertão nos ombros.
O Nordeste é feito de suas pegadas,
de suas vozes, de suas lutas.
Se o passado arrancou-lhes a terra,
foram elas que ficaram — e criaram a vida.
Bem disposto
Um mar de lágrimas já tentou afogar a minha alma, mas são muitas as lembranças que me trouxeram felicidade, foram muitos dias de loucura e intensidade vivenciados ao lado daquele grande amor. O espírito de vitória de reviver o antes, sobrevive em mim e quer sair voando para confrontar a saudade e pousar em solo fértil aonde plantei um pouco de mim.
Tenho marcas de ti na minha pele, as rosas que te dei sabem dos nossos segredos mais íntimos, não a dias que eu não te veja, não a noites sem você nos meus sonhos. Dizem por ai que os opostos se atraem, pois eu te digo que os dispostos se completam.
Cadeira de balanço
Sentado em uma cadeira de balanço olhando para as nuvens densas e o mar, vi passar em meus pensamentos muito do que me fez bem na minha vida,
Revive momentos, passei em alguns saudosos lugares, encontrei alguns amigos e pensei nela com muito carinho,
Sentado em uma cadeira de balanço olhando para as nuvens densas e o mar, tomei decisões, coloquei alguns sonhos na ordem certa para poder realizar, eu vi o futuro acontecendo e dei muitas risadas,
A cadeira de balanço, continuou balançando sozinha apoiada pelos fortes ventos trazidos pelas nuvens densas que agitavam o mar.
Mude o tempo
Ventos fortes, barulho de trovões, revoada dos pássaros,
O mar revolto, as nuvens densas, os sinos da igreja balançando freneticamente,
O coração ofegante, olhos esbugalhados, avisos estão sendo dados,
Algo novo esta chegando, de repente a calmaria, o silêncio, a tempestade não teve tempo de abalar as estruturas,
O Sol sorriu, a vida ganhou um arco-íris, o cenário é de amor,
As vezes encarar os problemas, as vezes desviar ou nem da atenção, muitas vezes viver de sorrisos, muitas vezes abraçar a felicidade.
Paz, amor e liberdade!
Dê comida aos pássaros a beira mar e faça amizade com eles, perceberá como isso te fará bem,
Dê uma boa olhada nos passos desconcertantes e engraçados dos caranguejos e tente acompanha-los, sentirá a alegria contida no lugar,
Divirta-se com a beleza da paisagem a sua volta, acompanhe com olhares firmes as ondas do mar quebrando, tente imaginar a imensidão do oceano ou até aonde vai aquela linha do horizonte no momento em que o sol está se pondo,
Segure as mãos da pessoa amada e caminhe com ela, aprecie a sensação e a riqueza contida na liberdade de poder amar.
Provocação e desejo
Convencido da proposta, deixei o meu corpo navegar mar a dentro,
Fascinado pelo teu canto de sereia, senti o teu beijo com sabor de sorvete tomar conta de mim,
Perdido no teu corpo, me achei em teus movimentos,
Conectado com a tua alma, recarreguei com toda a minha força aquilo que me consumia.
Experiência na remada
Numa jangada mar a dentro sigo firme em direção ao pôr do sol,
O continente tá ficando distante, mas um novo porto seguro eu tinha que buscar,
Depois de cada onda vencida conquistei um aprendizado novo, em cada remada entendi o valor do esforço e me dediquei a alcançar o meu objetivo,
Entre o Sol e a Lua de dias na solidão estávamos eu e o infinito mar,
Não consigo descrever a emoção que senti ao enxergar aquele pedaço de mundo crescendo a minha frente do outro lado do horizonte com a aparência de uma miragem,
Agora continuo olhando todos os dias o pôr do sol com o ar de agradecimento pelas aventuras vivenciadas e pelas conquistas realizadas, sabendo sobre muitas que hão de vir.
