Textos sobre Mar
A nossa Nação
Ó Portugal doce sátira!
Perto do mar plantado!
Estás a caminho do fim!
Do que foi a tua pátria!
Só nos resta agora um estado!
Que nos rouba a ti e a mim!
Por onde andei neste mundo!
Toda a vida trabalhei!
Deixei muita ponta solta!
Sinto agora bem profundo!
Que não mais as unirei!
Sem uma grande revolta!
Com cravos se ludibriou!
Um povo inocente e pobre!
Em cantigas de embalar!
Quanto ouro se desviou!
Do inteligente ao nobre!
Estudaram pra nos roubar!
Minha voz de raiva treme!
Quando nessa gente penso!
Distribuindo o que é nosso!
Para se manter no leme!
Deste barco podre imenso!
Aguentar mais! já não posso!
O mar que vidas ceifou!
Em prol da nossa riqueza!
Afoga agora os afoitos!
Triste sonho que passou!
Se afogasse a safadeza!
E os retorcesse em oitos!
Plos sonhos que nos roubou!
O cobre, a conta gotas!
Que nos vem parar à mão!
Vem da Europa à tonelada!
Pra engordar certas tropas!
Distribui-se plo ladrão!
O honesto não leva nada!
E o povo tem de pagar!
Porque o querer não é poder!
Sem ter o pilim na mão!
Pra quem menos trabalhar!
Ganha quem menos fizer!
Pode quem for mais ladrão!
Da América com sua frota!
Nos chega a inspiração!
Cada Estado é colossal!
O mesmo faz a Europa!
Com cagadelas de mosca!
Como a Grécia e Portugal!
A Justiça! ó justicice!
Outrora nos deu orgulho!
Aos justos também servia!
Serve agora a malandrice!
Minada pelo gorgulho!
A safar quem não devia!
O pobre mama! cansado!
Numa teta bem magrinha!
Em favor dos comilões!
Engorda-se o engravatado!
Aos funcionários do Estado!
Distribuem-se os milhões!
Junta-te a mim Zé povinho!
Faz da minha a tua voz!
Não para ganhar a guerra!
Agarra-te a um ancinho!
Rebenta a casca de noz!
De quem rouba a nossa Terra!
À beira-mar
Decidindo à beira-mar
Por que orla caminhar, chegou o verão
Quente como sempre
E pra onde quer que olhe
Tem olhos sedentos, safados
Pele morena e corpos sarados
E o Rio com seu Cristo
Nos protege e abençoa
E mesmo em meio a tanto pecado
Nosso Cristo nos perdoa
Decidindo à beira-mar
Em que dia embarcar
Esperar as festas ou não
Mesmo apertando o coração
Quero é recomeçar
Em outro lugar
Também à beira-mar
Mar
Mar
Misterioso e sombrio, mar
Me abra seus caminhos, mar
Deixa eu nadar contigo, mar
Pra essa lenda eu eternizar
Me conte da Runas e dos seus mistérios
Do povo do norte , da morte, dos ventos
Mar, me ensina a amar...
Me fale daquela que há muito me espera
Qual será seu nome e o perfume dela
Mar, me ensina a amar...
E mesmo que um dia
Eu tenha que te cruzar
Pro meu caminho encontrar e minha historia estrelar
Espero que vá comigo
Aonde quer que eu vá
Me ensine e seja meu amigo
Me ajude a me encontrar...
E encontrar a paz...
Meu Prado
Sou filho de Prado cidade onde nasce o sol
Onde barcos e redes seguem mar a fora
Buscando realizar sonhos de filhos e pais pescadores
É lá que parece que a alegria foi morar e nunca mais foi embora
Tenho orgulho e amo esse povo feliz que sempre soube apagar as dores
Por mais que o mundo quer que ele chora
Tão pequena é a cidade com grandes sonhadores
Terra que de uma aldeia de índios nasceu uma grande nação
Culturas indígenas, onde negros e brancos são das mesmas cores
O querer, o tentar e o poder sempre se dão a mão
Patriotas orgulhosos desta cidade de um rio tão belo
Em prado o povo vive de verdade com um grande coração
Os dias são lindos, as noites maravilhosas e o sol é bem amarelo
Os namorados se amam mais pois lá a noite, a lua é mais linda
Prado é na verdade um jardim onde flores e pessoas têm mais vida
Crianças tem a certeza do nascer e viver com a alegria
O povo sabe que viverá bem, não só um, mas em todos os dias.
Senhor, meu Deus, quando eu, maravilhado,
Contemplo a tua imensa criação,
A terra e o mar e o céu todo estrelado
Me vêm falar da tua perfeição.
Então minh’alma canta a ti, Senhor:
- “Grandioso és Tu! – grandioso és Tu!”
Então minh’aima canta a ti, Senhor:
- “Grandioso és Tu! – grandioso és Tu!”
Quando as estrelas, tão de mim distantes,
Vejo a brilhar com vivido esplendor,
Relembro, oh! Deus, as glórias cintilantes
Que meu Jesus deixou, por meu amor!
Olho as florestas murmurando ao vento
E, ao ver que Tu plantaste cada pé,
Recordo a cruz, o lenho tão cruento,
E no teu Filho afirmo a minha fé.
E quando penso que Tu não poupaste
Teu Filho amado por amor de mim,
Meu coração, que nele Tu ganhaste,
Transborda, oh! Pai, de amor que não tem fim!
E quando Cristo, o amado meu, voltando,
Vier dos céus o povo seu buscar,
No lar eterno quero, jubilando,
A tua santa face contemplar.
MAR DE ROSAS
Foi de súbito! De repente os sentimentos se viram quietos demais, parados no espaço como se estivessem num vácuo inesperado. Nada de intenso surgia pela mente que, como que em filmes de ficção, sentia-se sugada, oca. Só era possível captar paz. Os sorrisos, as cortesias, afagos, conquistas... tudo estava guardado na “meia-memória”. A lembrança tratou de jogar fora os maus bocados que pesavam inconscientemente. Tudo o que justificava a existência do rancor e dos males que o mundo trazia fora ignorado de uma hora para outra. Não como uma opção! Não! O corpo simplesmente resolveu tomar as suas providências, e os outros seres do mundo – todos eles!- fizeram o mesmo. Eu... Ah, eu... Que era dura feito uma rocha, azeda e inexorável, fiquei oca. Sim, oca! O conhecimento não encontrava uma forma de entrar em mim! Eu não precisava mais da educação que aprendi quando menina. Quem lembraria as minhas ofensas? As mentes livravam-se imediatamente das lembranças ruins, sem deixar tempo para tristezas, raiva ou revide. Então, como o previsto, era também o fim das reconciliações, desentendimentos, corações partidos, provas de amor... Aliás, o amor ficou seco, sem sentido. Se só existia amor, qual a importância que ele teria?
Então a vida virou um verdadeiro mar de rosas. Rosas penduradas num dos quadros da parede.
O meu desejo é correr para os teus braços
Assim como o rio corre para o mar
Como um objeto sem importância
É atirado para cima, volta para o chão
Obedecendo a lei da gravidade
Como os pássaros voam para o sul
Fujo do frio congelante da solidão
Em direção a alegria
Quente e feliz do corpo teu.
Como tudo gira em torno do sol
Assim tudo o que sou
Todo meu mundo gira em torno de ti.
Desejo-te mais que o marinheiro
Anseia por terra firme depois de
Meses em alto mar.
Desejo-te mais que um sedento
Anseia por um oásis em árido deserto.
Fecho os olhos e posso ver meu coração
Indo ao teu encontro.
Sim meu espirito sai a procura de ti
E se nega a ficar mais um minuto sequer
Sem o teu olor.
Como é possível viver se meu espirito me rejeita?
Mas não o condeno, pois
Ele é dependente de ti para ter vida.
A alegria de viver vem da tua presença comigo.
Anseio por ser um homem culto
Preciso aprender. ler mais,
Pois sinto que me faltam palavras
Para expressar o que sinto.
Sou como um sino que não retine.
Uma flor sem olor
Um navio sem leme
Uma biruta agitada pelo vento
Pra sempre.. quanto tempo não uso mais essa palavra.. é, lembra de quando tudo era o mar de rosas? tudo era tão perfeito ao seu lado, tudo era tão bom, todos os dias eram contados pra estar ao seu lado..
mais as coisas mudam, tudo mudou, tudo foi ficando tão escuro, não consigo mais ver uma luz vindo lá de baixo, para onde eu olho, só vejo escuridão. estou num beco sem saída, te vejo pedindo minha mão, uma ajuda mais eu não consigo chegar até você.. eu choro, suplico, peço.. mais não consigo pegar na sua mão..
tudo terá de mudar, tudo será um recomeço, tudo vai se acertar e vamos viver intensamente novamente.. consigo agora ver uma luz vindo lá de baixo, consigo olhar em seus olhos, consigo pegar na ponta do seus dedos e sentir o leve toque em minhas mãos.. como uma pipa, estamos precisando de um vento, um vento que nos carregue, leve tudo de mal e deixe nos levar..
em meu rosto não se vê mais tristeza, eu não choro mais, eu não preciso suplicar mais, sei que tenho você novamente.. aos poucos.. mais eu tenho. vamos levantar e erguer a cabeça, vamos caminhar juntos novamente, sem se machucar, sem tristeza, vamos viver bem, vamos apreciar a cada dia que estaremos juntos, vamos viver, vamos sorrir, vamos brincar, vamos ficar juntos….. pra sempre!
Vela, veleja oh navegante
Não temas o mar nem coisa vil
Embala o vento com estorias mil
Nos mais revoltos, nem hesitante
Vela, veleja oh navegante
Parte na sina da descoberta
Espera-te fortuna ou sorte incerta
Alem do monte, a jusante
Vela, veleja meu amigo
Que no suor e árduo labor
Fermenta o pão com mais sabor
Vela, veleja com valor
Lembra-te dos teus no desabrigo
No coração, leva-os contigo.
Nosso pensamento voa distante do mar
voa dia , voa noite, o pensamento,
é a fonte de saber do nosso corpo
gere, comflitos, paixões, esqueçimentos
odio, e a seta que vou dia dia, não atinge
nosso pensamento, o homen não
vive bem sem pensar, Pensar tras vida
tras cosias boas ? Nem sempre, se o homen
não tiver seu pensamento, ele acaba se drogando
ele acaba se matando, ele não ira cumprir as
ordens da natureza, já o homen que pensa de outra
forma, ele ira trazer coisar boas pra si mesmo, um futuro
brilhante, terá em mãos uma vida vivida e saudavel,
REFLEXO
O rio às vezes mergulha
Nos teus olhos insaciáveis.
Queres o mar e outras conquistas
O que distingues com o teu olhar
Acedidos nas nuvens precipitadas.
O que tem pra ti no que distingues
Que não haja em mim
Todo refeito?
Meu amor revolve o meu amor
Ao teu coração mais uma vez
Por que mais sofro
Vendo os teus olhos assim
Abismados por outra coisa
Que não sejam os meus.
Eu tantas vezes procuro
O teu olhar perdido
Nas matas ribeirinhas
E lavo e me ponho com o sol
Na desistência do dia
Na enfermidade do arrebol.
Passas agoniada com teu frio
Da ausência de mim a me desfazer
E eu bem que sei ser cobertor
Meu amor volves o teu olhar pra mim
A descrença com que olhas o nada
Descrito entre mim e o cais do rio.
Que sejas teu o semblante do mundo
E que tu o guardes em teus olhos mudos
Porém abranges nesta área oca
Eu que te aceno, eu que te cerco
Eu que sou água e quero ser um inclinado
Para refletir o teu olhar tão lindo.
Mirela tem Medo do Mar
Mirela
teme meu mar.
Do mar que Mirela tem medo
não temo.
Temo
o mar que Mirela
causar.
Eu levo Mirela agora
agora, em meu barco
sem o medo nela
pairar.
Eu largo este barco agora
agora, se a mim pro seu mar
Mirela
levar.
Pescador que quer
se prezar
não casa com aquela,
aquela Mirela que teme
seu mar.
Navego sozinho
e se Mirela quiser me levar,
eu prezo o amor,
meu barco navega
navega além
além de um só mar.
Espelho seu
Seus olhos-de-cana
me atraem pra cama,
levam-me ao mar,
fazendo incendiar.
Tens beijos molhados,
doces,
amargos,
salgados.
Cabelos mexidos
revelam segredos
e os lindos vestidos
encobrem-te aos pés
sob encantos fiéis.
Nossos corpos amarrados,
cheiros entrelaçados
num abraço colado
qual fazem-me amado.
Sorriso aberto
sinto-me certo.
Sinto-me bom.
Sinto-me um.
Sinto-me eu.
Sinto-me dois.
Sinto-me nós.
Escuto sua voz
que me leva pra longe
e depois nos esconde.
Deixa eu te amar,
deixa eu sonhar
deixa eu falar.
Só não me deixe
recordar.
Amor a Marinheiro
Ó marinheiro que vais pr’a marinha
Toma cautela não caias ao mar
Olha que a vida da guerra é só uma
E tu a mim tens que voltar
Há nove meses que me enganaste
E me deixaste nesta escuridão
Hei-de ir ao sol amor hei-de ir a lua
Mas nunca nunca te darei perdão
Mas se um dia te chegar a ver
A mendigares pedindo pão
Dar-te-ei esmola como a qualquer pobre
Mas nunca nunca te darei perdão
E se algum dia eu chegar-te a ver
Preso em alguma prisão
Irei te ver como a qualquer preso
Mas nunca nunca te darei perdão
Mas se algum dia chegar-te a ver
Morto estendido naquele caixão
Dar-te-ei um beijo de eterna saudade
E só aí eu te darei perdão ......
“A vida é um mar de decepções”
O que importa se ultrapassei todos os obstáculos, rompi barreiras, fiz minha história, abri aquela porta, se no final do meu caminho percebi que estava sozinho...
O que importa se todos os meus amores foram como flores, se meu sorriso veio acompanhado de dores, se no meu amanhecer faltou apenas o carinho...
O que importa ser igual ao seu amigo, ter pena de seu orgulho ferido, dar risadas forçadas, fingindo, invejando outra vez mais, um belo caminho...
O que importa ser solidário esperando a volta, doar suas emoções em troca de uma aposta, se alegrar com a miséria alheia, um desejo mesquinho...
O que importa esperar do dia uma nova prosa, se o pensamento é velho, latente e sem juízo, teimar e seguir em frente, caminhando quietinho...
eria poder ter asas
longas asas,
asas da cor do mar
asas que me levariam para perto
de você..
nas noites tristes e solitarias eu apenas fecharia meus olhos
e voaria. voaria tao longe qnto meus pensamentos..
e em questao de minutos em seus braços descansaria.
entao meus medos nao mais em meu coraçao iriam ficar.. e me entregaria..
me entregaria ao amor.. seria sua, e você seria meu
e ao te ver dormir beijaria-lhe os labios suavimente e voaria de volta ao lugar onde outrora
a solidao me desfalecia"..
Quando o vento levar o que eu sou...
Quero que seja para o mar.
Lá sou mais um livre, despojado de qualquer tranca da cor...
Não preciso rasgar minha dor...
Nem mesmo tentar corrigir o que fiz.
Quero que seja rápido, mas que dure o suficiente para eu lembrar o quão eu vivi.
Certa é a face em lágrimas que ficará escondida, pois ...
eu pó...
estarei banhada pelo mar
Aqueles olhos de mar
cobertos de branco pele
prontos pra me apaixonar
tímido frágil! Floco de neve
Aos teus lábios aquele som
meus ouvidos bailavam
na cabeça um sonho bom
e a consciência delirava
Medo bonito da saudade
do gosto da língua doce
e do perfume que o ar trouxe
Aqueles olhos de mar
fechados somente pro beijo
e prontos pra me apaixonar
Quisiera ser tu risa
user tu llanto
llegar cercano a ti
estar contigo
quisiera ser el mar
en que te bañas
ése verde esmeralda
tu amigo
quisiera ser la arena
en que te acuestas
u orilla del mar
en que tú pisas
y del viento caliente
que te besa
quisiera yo
Eneyda
ser la brisa.
Quisiera ser la lluvia
en tus cabellos
suave deslizar
mojar tu cuerpo
abrir para ti mis brazos
y guardarte
y si quisieras tu
quedarte en ellos
del barco de tu vida
ser su puerto
y por toda mi vida
yo amarte
Vento do amor
Vento sopra sobre o mar
Levando os navios para o infinito
Sonho sobre a lua brilhante
O amor colorido do porão azul
Vento me leva para longe
Para onde você esta agora
Mela meu corpo de mel
Dos beijos que vem do céu
Vento bate na minha janela
Janela aberta do coração
O amor abre com as rosas
Rosas que não tem perfume
