Textos sobre Jovens Carlos Drummond

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A FLOR AMARELA

⁠Veio um passarinho
Feito abelha
E deixou cair uma semente
Nos interstícios das pedras negras
Da velhinha calçada...

Brotou aí uma pobre flor,
Sem calor,
Nem carinho,
Nem nada...

Tinha a cor amarela,
Tão singela
E pura
De quem nasce ao deus-dará,
Pobrezinho...

Nunca pediu água a ninguém...

Quando vinha a chuva tarde, porém,
Dava-lhe vigor,
Em rega de amor,
Numas gotas de magia
Que a enchiam de alegria.

Veio um sapato e calcou-a.

Por milagre ou sorte,
Ela venceu a morte
E no outro dia
Lá estava ela,
A florzinha amarela
Fresca e viçosa,
Como alface graciosa.

Em frente, nos jardins dos ricos,
As flores ricas morreram todas...

Por serem muito mimosas.

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 29-07-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

OS ABUTRES

Voluptuavam e voavam em rasantes de dia,
Como morcegos errantes na noite escura...
Pareciam falos sem testículos por companhia,
A poisarem no largo da minha freguesia,
Como aviões sem asas ou abreviatura.

Tinham enfiadas roupas de boa cagança.
Aquela tentação de pelo hábito conquistar
O que o monge não conseguiu na esperança
De querer despi-lo, para um bom defecar.

Purguem-se, dejetem rijo ou de soltura, vilanagem!
Ó abutres ceguinhos, cofres podres com dinheiro,
Prefiro uma tosca foto do demónio sem imagem,
Que sentir o execrável perfume do vosso cheiro!

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 30-07-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠OLHOS MORTOS

Quando te beijei naquela manhã,
Trazias nos olhos um regato de água,
Seco.
Estéril.
Forjado.

Senti em ti rios de desprezo
Subtis,
Hostis,
A correr sem destino,
Mal cheirosos,
Pelas margens do teu rosto,
Dos teus olhos covardes, mortos,
Por não olharem os meus.

Na sede que eu tinha da tua água,
Nem reparei que a tua estudada mágoa
Se misturava com o PH da tua acidez,
Sempre que queres magoar quem te fez.

Minha querida estátua que já és
Para mim tão absorta e estarrecida,
Nas tuas gélidas palavras sem sortida,
Um ser que não conheço nem de frente
Nem já de revés,
Eu que fui o obreiro da tua própria vida.

Um pai, já dizem não valer de nada
Agora neste mundo podre, sem guarida,
Houvera tempo de vida atrás voltada
Que nunca eu te geraria, nem cerzida.

(Carlos De Castro, in Há um Livro Por Escrever, em 31-07-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠Eles te instigam a fazer algo, e quando você faz ou toma alguma atitude que eles não estavam esperando, ai se juntam a outros, para fazer a sua endemonização.
As pessoas só descobrem que você também é RUIM, quando deixa de ficar mostrando-se ser do bem e um cara bom, e passa a resolver as coisas sendo justo e fazer justiça dando o troco.

Inserida por Marc7Carl6Rod9

⁠Esquece o tempo

O que é o tempo?
O tempo é tudo
Ou o tempo é nada?
O tempo passa
Ou só o tempo permanece?
Quanto tempo dura o tempo?

Eu não sei do tempo

Eu não sei do tempo
Mas sei que o tempo é espera
O tempo é separação, é saudade
O tempo é ida, nunca volta
E o tempo é gigante

Mas esquece o tempo

Esquece o tempo
Deixa que passe o tempo como a tempestade
Que depois do tempo tudo renasce
Depois do tempo tudo existe
Tudo é agora
E nada é por vir
Nada está terminado

Esquece o tempo

Esquece o tempo
Que depois do tempo
O instante é a eternidade
E o instante é maior que o Universo
Importa que estivemos aqui

Então esquece o tempo

Esquece o tempo
Que o tempo é gigante
O tempo é poderoso
E o tempo é feroz
Mas sobretudo o tempo
É a única coisa que não existe

Inserida por CarlosAlbertoSilva

⁠Sei da vida

Sei da vida o que a vida sabe de mim
Sei andar perdido por onde me perdi
O mundo inteiro é do tamanho que sei
A verdade inteira é do jeito que acreditei
Sei tentar e persistir
Sei errar e evoluir
Mas do mundo perfeito que existe, ouvi dizer
Nunca estive ali
Tudo o que sei da vida
É o que a vida sabe de mim

Inserida por CarlosAlbertoSilva


ELA

Café e tasca na aldeia.
Era sábado de cálido verão.
A noite teimava na ideia
De não querer o escuro
Como um muro
Que lhe tapasse a visão.

O poeta entrou e nada comunicou.

De pé, observou uma pintura naif
Escarrapachada
Na parede do café triste
E imaginou
E mais não disse
Mas sempre observando.

Eram só dois, para ele olhando.

Um ébrio, de pé e uma mulher sentada
Que dali a nada veio ter com ele, eu,
A perguntar se gostava da pintura
Da parede triste e abandonada.

Na conversa dela com o poeta,
Este correspondeu pela certa.

Falaram, cultivaram e quiçá divagaram...

No final, despediram-se,
Prometeram ficar amigos
Nestas coisas das redes sem trapézio,
As sociais redes de perigos
Que só vingam no mistério
De ser pessoa com mais artigos.

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 07-08-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠A maior força da humanidade chama-se Burrice porque ela matando seus deuses, colocam sempre outros no mesmo lugar.
Aínda bem que não existe a Ignorância ARTIFICIAL.
Porque se a Ignorância natural já é maior do que a INTELIGÊNCIA natural e a IA juntas. Então, seria TRÁGICO e covardia se elas se juntassem também.

Inserida por Marc7Carl6Rod9

⁠CORRE MEU VELHO

Anda, poeta velho!
Escarcavelado!
Escaravelho!
Pingarelho desarmado
De olhos cerados,
Magoados,
Galga, meu velho!

Secaram-te as lágrimas,
Brotaram-te as águas
No leito do teu rio,
Tão vazio
E tão cheio de mágoas.

Não durmas mais a sesta.

Caminha,
Noutro caminho
E foge de mansinho
Da prisão desse lar
Em que te querem encerrar,
Sem te ouvir
Se queres ficar ou desistir
De pensares,
De sonhares...

Foge!
Foge!
Corre, meu velho!

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 10-08-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

PRAIA DA NOSTALGIA

⁠Só te vejo agora pelas tecnologias
Que me mostram marés cheias
E outras tantas coisas vazias
Num vazio tão triste de ideias.

Corpos pequeninos na praia distante,
Que já foi só nossa nas noites frias
De gente comigo, na areia escaldante.

Que saudades quando nela eu indo
Na cíclica maré da baixa-mar,
Tanta areia havia para levantar
Milhões de castelos para albergar
Os amantes dos amores proibidos.

Agora, após longos anos idos,
Ainda te amo, mas de forma estranha,
Praia de areia do mar dos meus sentidos,
Eras a menina dos olhos meus,
Quando a tua beleza era tão tamanha
Que até um dia foste pintada por Deus.

(Carlos De Castro, In Há Um Livro Por Escrever)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠O pior INIMIGO da humanidade é será sempre ela mesma, estando todos ou todes (SIC) mostrando-se em maioria nas suas religiões em primazia e em grupos dispersos, como se não fossem oriundos de um só mundo.
Com os seus seres humanos estupidos e Irracionais, que ainda estão evocando significados em mitos, lendas e superstições, sendo imbecilizados para a política e sendo religiosos políticos.

Inserida por Marc7Carl6Rod9

⁠⁠Não existe isso que está falando, e ponto final. O ateismo é somente a constatação do que se faz óbvio: deuses nao existem.

Alegações extraordinárias requer provas também extraordinárias.

O que dito sem provas, também pode ser refutado sem provas, até porque sem fatos ou evidencias, NADA EXISTE.

Quem tem que provar que o unicórnio existe, são os que estão alegando sua existência, mesmo ele com uma inexistência, estando visível em todos os lugares.

Inserida por Marc7Carl6Rod9

⁠A Bíblia e é um arremedo de literatura. Uma bosta com merdas escritas e mal traduzida, feitas por imbecis e idiotas de eras passadas, apreciadas pelos de uma era contemporânea.
Isso só prova que a Ignorância é maior força da humanidade, e chama-se burrice. É ela que transcende ao tempo, e atemporal, sobrevive a todos eles também.

Inserida por Marc7Carl6Rod9

⁠O pior INIMIGO é o que está nas mentalides ainda acreditando nas coisas que lhes foram encucada desde tenras idades, e depois de adultos, não conseguirem deletar isso esquecendo.
Estando convivendo com esses demônios interiores, fazem a demonização dos contrários que estão com suas mentes sãs.

Inserida por Marc7Carl6Rod9

⁠É tão gostoso amar você!! (sem que me queiras)
É como o mel que adoça os olhos,
Como água escorrendo pelo corpo,
Sem censura, livre entrega ...
Abraços , beijos, ternura...
Renascimento ... paixão...Ocaso...
Futuro que acontece...Busca...
Presente desfrutado...paz
Sofrimento acabado...AMOR!!
Amor que inicia ... a vida
Vida que começa sem fim....
Eterna...Vence a Vida e sua Morte!!!

Carlos Kau Romano/30022130

Inserida por carloskauromano

⁠Poema dói !

Estou sofrendo com a dor de ser poeta!
Nem sei se quero inspiração...
Ela vem do tudo... do nada...passado...pedrada!
E minha alma sempre está descoberta!
A “pena” que escreve nunca tem dó !
Sei o que sinto
Mas não quero esquecer...nem escrever!!!

Carlos Kau Romano20029002

Inserida por carloskauromano

⁠O ESPELHO DA POESIA!!!

Por que me pergunto sempre ?
A vida que escreve com palavras sua poesia,
Nunca deveria ser vivida e exaltada ou
Jamais escrita pela alma ou coração.

Fazendo lágrimas nos olhos de quem a vê e de quem a lê!
Pelos olhos de quem a viveu...
PELA VIDA DE QUEM SE DEU,
Pelo poeta que já morreu!

SOMENTE VIVIDA...
SEMPRE VIVIDA!!!

(Carlos Kau Romano)
Accb/20212131

Inserida por carloskauromano

⁠CHORAR PELOS PECADOS DO MUNDO

Tantas lágrimas escorriam,
Como sangue fluindo, se esvaíam
Dos olhos dum puto sentado à beira de uma estrada
Na minha aldeia nordestina industrial safada.

Não, não era África, nem outro continente, nada...

Era no Portugal presente, pretérito e escuro.

Havia ali uma fronteira, sem muro.

Ah, nessa minha triste caminhada,
Vi também um velho a acariciar a estrada
Há tanto tempo por ele estudada
Para fugir a um presente sem futuro.

Cansado, sentei-me numa pedra da berma
Dessa estrada também minha de estaferma,
Para sentir as lágrimas do puto a chorar.

Quando meti o choro dele dentro de mim,
Inferi e senti com total e mística emoção,
Que quanto mais aquele puto chorava,
Mais eu, em dobro sentia enfim
Que o meu pobre e louco coração,
De ardor, de compaixão, rebentava.

(Carlos De Castro, In Há Um Livro Por Escrever, em 21-08-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠Leis da física que nunca foram escritas:
- Todo parafuso que cai no chão desaparece embaixo de alguma coisa, mesmo que não haja lugar para se esconder num raio de muitos quilômetros.
- O parafuso sumido reaparecerá em lugar bem visível onde já havia sido procurado várias vezes, depois que tiver sido substituído e não for mais necessário.

Inserida por jose_carlos_fineis

⁠Leis da Física que nunca foram escritas (2):
- Um comprimido derrubado no chão, se for o último da cartela e sua não ingestão tiver consequências graves para a saúde, nunca mais será encontrado.
- O comprimido será encontrado e ingerido, entretanto, por um animal de estimação; as probabilidades de isso ocorrer crescem na mesma proporção do risco para a vida do animal.

Inserida por jose_carlos_fineis

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