Textos sobre como Curtir a Vida
Eterna turista
Fui de muitas famílias, como folhas ao vento
Passando de casa em casa, buscando um momento
Cativar corações, meu desejo profundo
como a luz do sol que ilumina o mundo
Mesmo sem raízes, sempre volto ao início
recomeçando a dança, em um novo feitiço
Sou uma lembrança, como estrela no céu
brilho em cada vida, um suave véu
Aceitei ser turista na terra do sentir
Uma onda passageira que vem e faz sorrir
Mesmo longe no espaço, tão perto na essência
deixo marcas sutis, como a brisa da presença
Entrego-me por inteiro, como o sol ao amanhecer
com intensidade de querer tudo viver
A vida é um quadro pintado em cores vibrantes
faço todos se sentirem especiais e importantes
como a luz que ilumina a sombra da dúvida
Sou um riso discreto que dissolve a amargura
Sem alarde ou pressa, sou uma poeta em ação
aproveito cada instante como se fosse canção
E quando a hora chega de partir para o além
Levo comigo o amor que plantei também
pois em cada despedida, uma nova flor brota
E assim sigo viajando na alma que se nota
"Soneto do Amor Sem Medidas"
Amo-te assim, sem tempo e sem medida,
como a maré que se entrega à lua cheia.
Em teu silêncio, minha voz vagueia,
e, em teu olhar, vejo a luz da minha vida.
Sou teu no vento, na manhã erguida,
na rosa que, do inverno, ainda semeia.
És minha sede, a fonte que clareia
os becos escuros dessa alma ferida.
Não te amo como quem deseja posse ou nome,
mas como quem respira, sente e some
nas mãos daquilo que não se explica.
Amor que arde sem queimar o peito,
mas faz do mundo um verso mais perfeito,
onde o teu ser, no meu amor, habita.
O que somos é uma continuidade da natureza como um todo.
Em constante conexão.
Reagimos às coisas e à natureza como um reflexo do todo.
Isso nos permite ser quem somos e parte de tudo o que somos, interferindo em nosso ciclo de existência.
Pensamentos, ações e atitudes definirão e traçarão nossos caminhos neste ciclo existencial.
De tal forma que somos responsáveis pelo que pensamos e pela forma como agimos em relação à vida em todos os seus aspectos, à natureza e aos demais seres vivos e ao próprio universo.
Causas e consequências.
Escolhas e responsabilidades que nos avaliam a cada momento de tudo o que buscamos. É isso que temos e somos. As experiências e experimentos nos moldam com base em quem realmente somos e, em nossa consciência, somos julgados com base em nossas escolhas.
E por meio desse reconhecimento alcançamos o conhecimento de nós mesmos.
Assim, entendemos quem somos e o que representamos em meio ao todo de tudo o que existe; somos uma pequena parte de toda a existência.
Visão quântica do ser.
Sinto como se vivesse em um loop infinito, em que várias imagens são repetidas continuamente.
Tento me dispersar da situação, mas você me persegue. Uma mácula que me persegue há muito tempo.
Embora eu tente me esgueirar, você me observa à espreita, torcendo para que haja uma falha, para assim dar início às vozes que não se calam.
Estou acorrentada, presa em minha própria mente; a angústia e a desesperança já tomaram conta de mim.
As lágrimas estão presentes; cada gota escorre com um peso, e, sem perceber, os dias se tornam cada vez mais lentos e torturantes, porque você está neles, a sombra que me segue aonde quer que eu vá.
A INSANIDADE TALVEZ SEJA A CURA
Por que a insanidade é vista como mal? Ela é a chave que nos faz felizes, dá-nos importância, mesmo que só em nossa mente, onde somos donos do impossível.
Ela nos faz não temer, a não nos preocupar com nada, e, ainda assim, nos permite viver nossos próprios sonhos sem medo, sem limites.
Versões sombrias, sedutoras e ocultistas — frases que soam como sussurros de um mago, ou como se viessem de alguém que conhece os mistérios da sedução e do poder oculto:
Teus lábios sussurram feitiços; teus olhos, como portais negros, arrastam almas sem promessa de retorno.
Tua beleza é uma armadilha: teus lábios enfeitiçam, teu olhar sentencia.
Entre teus olhos e teus lábios habita um abismo: quem ousa se aproximar, já se perdeu.
Há veneno doce no teu beijo e sombras eternas no teu olhar; ambos inescapáveis.
Teus olhos não apenas veem: eles consomem. Teus lábios não apenas tocam: eles marcam para sempre.
O toque dos teus lábios é o selo; o peso do teu olhar, a maldição silenciosa de quem ousa te amar.
Sob a doçura dos teus lábios e o fulgor do teu olhar, esconde-se o fio invisível que prende corações à perdição.
Tudo veio como brisa — de repente, suave,
e aquela conversa tola, despretensiosa,
floresceu em algo imenso, raro,
como quem planta sem saber,
e vê nascer uma flor preciosa.
Não sei dar nome ao que sinto,
só sei que é doce, sereno, e me invade,
um carinho que abraça sem tocar,
que acalma o peito e faz morada.
Nunca imaginei que alguém pudesse.
Mas você... ah, você chegou.
Sete meses — e cada dia um sopro novo,
um ensinamento de amor,
um motivo a mais pra ficar.
Sim, brigamos.
Mas no fundo, você nunca foi embora.
Você ficou.
Persistiu.
Me resgatou.
Obrigado por ser sol em dia cinza,
por fazer do riso um hábito meu.
Teu jeito de me chamar de “idiota”,
tuas crises de ciúme,
tuas zoeiras com meu time perdedor —
são poesia viva no meu cotidiano.
Você, inteiro, é verso que me faz feliz.
E eu?
Eu te agradeço por me lembrar
que ainda sei amar.
O caminho da redenção, revelado em Cristo para todos os povos, não vem como imposição, mas como um convite oferecido à cada alma pela graça que nos liberta das amarras do pecado, convence o espírito e chama à comunhão.
Na interseção entre o arbítrio humano e o amor divino, encontramos a certeza de que nossa jornada perseverante é sustentada não por nossas capacidades limitadas, mas pela infalível fidelidade do autor de nossa fé.
depressão
A depresso me vem como um furacão
Destruindo tudo em sua frente
Me mostrando o quanto insignificante eu sou vem me mostrar q amores se vão
Vem me mostra q amigos se vão
Vem me mostrar Irmãos se vão
Vem me mostra q esse turbilhão de sentimentos são todos bons
Que quando chegamos ao fim do poço sonos resta uma solução olha para cima e subir ou continuar alguém q nunca vira para jogar uma corda pra vc n morre na desilusão
Como é triste ver e não tocar,
querer e não estar.
Como é triste sentir vontade,
sem poder beijar, ter tanto tempo,
tantos passeios, sem ser
construção.
Triste é não ter razão,
nem forças
para navegar, esquecer
ou tentar...
quando tudo caminha para o “não”.
Como é triste beijar o sol,
quando queima sua fantasia,
dilata seu coração,
sem chão.
Como é triste a solidão
dependendo do “gostei”,
de tantos likes sem sentido.
Como é triste ver o corpo
carente, dependente de um abraço,
na companhia da visualização.
Triste é viver no automático
deste mundo sem direção.
Soneto da Alma Serena
E então o amor se fez real, como nunca,
Que sem seu manual, me abre, me manca.
E se vem, é bruma, cada vez que sua tranca
Se tem e se traça, com suas vertes brancas.
Ela se separa e se ajunta, de tanto amar a mim com boa ventura.
Quase o céu lembra sua figura, de tanto pensar em beleza.
Quase em mim o véu forma a solidez
De que a sutileza se fez azul — natureza,
E com grande certeza, minha riqueza.
Como uma ditadura em meu peito, a incerteza.
Hei de sempre lembrar a ti: o quanto a pintura é mistura
De amor, arte e conjuntura.
E quando te deparei nua, quis ir de encontro à lua,
Buscando ali a cura, para a doçura
Que nunca vi a sentir: ternura.
E de tantos poemas impressos, somente este hei de escrever sem mudar nada.
Que de tanto que estou de encontro à m'alma,
Escrevi somente uma vez, pra minha serena.
E juro, que em plena luz do dia,
Não há nada além de tudo, me adorna
Que me faça sempre amar-te mais, como única.
E de tanto sofrer, o amor ali termina,
Que parece que a qualquer dia,
A flor à luz de velas se queima, contagia,
Se torna florida a nobreza de uma delicadeza suave — cordura.
E de tanto ler poema, há de descobrir eternamente o que é o amor, presuma.
Como diz o ditado: Deus escreve certo por linhas tortas.
Essas linhas são como montanhas — é preciso caminhar, passo a passo, até alcançar o topo.
E lá de cima, você percebe: tudo é possível!
Posso dar mais uma dica?
— Só mais um pouquinho! Cada passo é uma vitória que te fortalece e te faz nunca desistir.
E o nosso tempo aqui na terra é curto, e a morte é certa
para todos, mas muitos vivem como se não fossem morrer.
Devo sempre lembrar que a vida eterna ao lado de Deus
Pai é mais importante que o meu pouco tempo de vida aqui
na terra.*
* [Salmos 90 : 10] "Os dias da nossa vida chegam a setenta anos, e se
alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o orgulho deles é
canseira e enfado, pois cedo se corta e vamos voando."
— Eles sempre perguntam… “Por quê?”
— Como se houvesse uma lógica ética por trás daquilo que move o topo. Como se tudo precisasse de justificativa.
— Mas vou te contar um segredo que a maioria não suporta ouvir:
— Porque eu posso.
— E se eu posso, eu faço.
— Não é sobre justiça. Nem sobre necessidade. É sobre potência. Sobre deixar claro que eu não preciso da permissão de ninguém para existir onde ninguém quer que eu exista.
— Eles querem respostas morais, mas o jogo não é moral. O jogo é mental. E quem tem o domínio da narrativa… tem o mundo inteiro ajoelhado pedindo explicações. Enquanto isso, eu avanço.
— Porque o poder real não pede. O poder real ocupa. Silenciosamente. Inegociavelmente.
— E quando eles finalmente entendem, já estão dentro da minha estrutura… jogando pelas minhas regras.
— E você ainda me pergunta… “Por quê?”
— Porque eu sou o sistema. Porra.
O encanto do predador
Caçada final
Como fonte de águas cristalinas, assim é a minha alma diante da Tua presença, ó Senhor, meu Deus.
Minha alma exulta e se edifica em Ti! Tu és o Santo de Israel, o meu Deus, e foi por tua misericórdia e benignidade que fui salvo.
Não havia em mim mérito algum, sou pecador e indigno, mas alcancei a salvação pelas mãos de Jesus Cristo, que por amor se entregou por mim no Calvário, tomando sobre si as minhas iniquidades.
De Relance
Ele ouviu minha voz
e virou para olhar —
como quem sente o vento
e precisa confirmar.
Mas eu, com o coração em tumulto,
fingindo calma, segui o culto
do silêncio e da distração,
com os olhos presos na contramão.
O vi de relance, só por um fio,
como quem toca a borda do frio.
Fingi que não vi, que não doeu,
mas cada passo longe era só meu.
O tempo parou naquele segundo,
tão breve e mudo quanto o mundo.
Ele me olhou com alma e sede,
e eu... fugi dentro da própria rede.
Talvez por orgulho, talvez por medo,
talvez por tudo que ficou em segredo.
Mas meu coração — esse, sem fingir —
ainda queria apenas... o teu sorrir.
Maio e suas manhãs
Nas manhãs de maio, o céu se estende,
Como um lençol de neblina que suavemente
Desperta o dia em tom sereno,
Com brisa leve e ar moreno.
O sol, tímido,beija as janelas,
Pinta de ouro as bordas das aquarelas,
E os pássaros, fiéis ao seu ensaio,
Entoam hinos ao mês de maio.
Flores nascem no meu quintal,
Com um sussurro quase celestial,
E cada manhã guarda um encanto,
Que maio entrega em forma de manto.
É tempo de pausa, de olhar e sentir,
De deixar o coração se abrir,
Pois cada manhã que maio me dá
É um presente que o tempo não há de tirar.
LAR
Eu sempre vou te amar.
Mesmo que me doa pensar em ti.
Eu nunca me abri com ninguém como com você.
Você me passava segurança.
Você era meu lar.
Um lugar quente e aconchegante, onde eu poderia desabar, mas ela me confortaria.
Hoje ela está inundada com todas as minhas lágrimas.
Estava tão acostumada a ter seus braços quentes envoltos de mim, enquanto aos poucos
desabava.
Hoje, seus braços não me seguram, mas sim, me derrubam.
Como vou superar se as (malditas) memórias me inundam?
(como nunca antes)
Ainda me encontro aqui.
Presa em nosso 'lar'.
Consequentemente presa em nossas lembranças.
Se foi você quem errou, por que eu me sinto assim?
Como se nunca tivesse sido o suficiente para ti.
E mais uma vez, você voltou ao nosso lar
E ateou fogo na cozinha.
(O coração)
Você derramou suas lágrimas, mágoas, TUDO na cozinha.
(Gasolina, coração)
E riscou suas palavras…
(Fósforo)
E então, como num passe de mágica, a cozinha se encontrava destruída.
(coração)
Tudo o que aconteceu ali, não existe mais.
Nem mesmo café da manhã.
(Respiração)
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- ÓBITO...
"A Eternidade Mora em Ti, Mãe"
Mãe, em teus braços o tempo parece adormecer. É como se o mundo lá fora silenciasse, e tudo se resumisse ao bater do teu coração, ao sussurro manso da tua voz, que embala até a alma cansada. Em teus braços, a dor se dissolve como bruma ao sol da manhã. Nada pesa, tudo encontra lugar: os medos, as culpas, os sonhos partidos.
Teu colo é chão antigo, onde os passos da infância ainda ecoam. É abrigo que não cobra, é amor que não exige. É perdão que chega antes do erro, é presença mesmo na ausência, é eternidade guardada em gestos tão simples, que só o coração sabe entender.
Em teus braços, mãe, volto a ser essência. Volto a ser o que fui antes da pressa, antes das dores do mundo. Em teus braços, sou inteiro — mesmo quando me sinto em pedaços.
E, se um dia tua presença física me faltar, saberei, mesmo assim, que teus braços ainda me envolvem — invisíveis, mas reais. Eternos, como tudo o que é feito de amor.
Palco do Silêncio
Por Nereu Alves
Um dia brilhou como estrela na aurora,
salão imenso, janelas abertas, luz que aflora.
O palco, infinito em sonho e criação,
morada da arte, da vida, da imaginação.
Ali dançaram ideias, versos e canções,
ecoaram risos, palmas, gerações.
Cenário de peças, recitais, emoção —
cada ato, um sopro de transformação.
Ainda está lá, firme, sobrevivente,
com vida que pulsa, embora diferente.
Mas algo o abafa, o cerca, o silencia,
como um véu pesado que cobre sua poesia.
Ergueram ao lado um gigante sem alma,
frio, sem história, que rouba a calma.
Um elefante branco de concreto e vaidade,
que engoliu a luz, abafou a verdade.
O vizinho tombou, não por tempo ou idade,
mas pelo descaso, pela falsidade.
Assassinaram paredes cheias de memória,
e enterraram ali um pedaço da história.
Agora o palco, mesmo em uso e movimento,
vive ofuscado por fora e por dentro.
Resiste em silêncio, com dignidade,
mas luta contra a sombra da modernidade.
Não é preciso demolir pra matar —
basta sufocar, fazer o brilho apagar.
E onde antes brotava beleza e união,
fica a sensação de lenta extinção.
Mas há quem veja, quem guarde, quem clame,
quem sinta que a arte é chama que inflame.
Enquanto houver alma, memória e razão,
não se fecha jamais o grande portão.
Abram-se janelas, cortinas, corações —
que o palco renasça em mil gerações.
—
Nereu Alves
Dedico este poema à Irmã Maria.
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