Textos sobre a Morte
A Vida E A Morte
Porque a vida
É mais curta
Que a morte?
Se as duas chegaram
Juntas no mundo
Uma mostrando
Que viver é uma sorte
E a outra querendo
Provar que é mais forte
Por quê a vida
É mais curta
Que a morte?
Se as duas chegaram
Juntas no mundo
Uma te furta
Quando vai embora
Deixando por dentro
Um profundo corte
Por quê a morte
É mais certa que a vida?
E se viver é uma sorte
Ela tem andado meio destraida
Porque a estrada já nasceu torta
E a vida uma grande iludida
Por quê a morte
É mais certa que a vida?
E se viver é uma sorte
Por quê existe a despedida?
Se o amor já nasceu pobre
E o coração uma grande ferida
Mais cedo
Ou mais tarde
A sua alma descobre
E não precisa estar despida
Nem ser ela assim tão nobre.
Lilith
A dama da noite me toca com a morte
um toque suave, um sentimento ruim
um tristeza tão grande para mim
Rezo e imploro para que nada seja assim,
Para que isso não seja o fim
Posso ver em seu olhar todos os sentimentos
Posse sentir toda a tempestade em um simples vento
Olhei esse infinito...
No cruel e triste descobri o que é bonito
Sua voz por mim percorria
Lilith era tudo que eu via,
tudo que eu queria,
meu desejo, minha única fantasia
Em minha morte eu ria
Pois tudo aquilo que eu temia
agora me causava alegria
Uma triste, estranha e abundante alegria
Assim foi, o meu ultimo dia
Somente eu e você, MINHA DAMA SOMBRIA!
Morte em honra
Dançam as espadas.
Faiscas de dor.
Olhares surpresos.
Lágrimas de amor...
O corte profundo
Atravessa a alma
E me leva desse mundo
Destrói os sonhos em menos de um segundo
Dores e convulsão
Medos e alucinação
Todos me olham
E eu não sinto mais meu coração
Em meu leito de morte
Irei implorar
Para que outro sonho
Outro amor ela deva encontrar
Vejo todo o meu sangue se esvair
Minhas pernas já não me sustentam
Deitado no chão vejo o passado
E começo a sorrir...
A visão se ofusca
O sonho se torna tão distante
não sinto mais dores
E seu olhar é a única coisa que me lembro nesse instante...
No fim não há nem uma luz
Somente o infinito
No qual vago sozinho
A espera daquela que o olhar me mostrara o caminho
Dias se passarão
Anos se acabarão
Estarei a te esperar
Estarei aqui pronto a te abraçar...
desejo infernal morte repentina
sentimento morto por algo mais belo,
desatino, fora do auge puro terror,
quando se diz amou nunca fui amado,
meramente a sordidez... (vamos ser amigos)
vamos rir ou chorar... diante tal tentou...
a morte para poucos corações dignos
no vespertino da realidade somos almas perdidas.
Minha arrogância é destruída cada dia mais;
quando um amigo perde pra morte;
Sobra um pensamento vinho e lilas;
Com meu olhos vejo o fim ou começo da sorte;
A meu amigo, foi bom o ultimo momento,
Eu fiz o que dava pra fazer;
E você aceitou como se tudo eu tivesse feito;
Fico aqui ainda com meus anseios;
E você com a resposta de tudo;
nem pra dar com os ombros e sons alheios
Nem um sorriso de direito contudo;
Uma gargalhada muda vou ter na saudade;
Pensamento barulhento; vou guardar nas lembranças;
O abraço grato é de verdade
E o falar com as mãos a esperança
O tapa nos ombros pra chamar a atenção,
Falar com os olhos e assim sem som, nunca dizer não.
Vai em paz Germano.
!Você!
A vida vive assim como a morte mata
Viva por ele, ele por ele, ele por ela, ela por ela
Morra por ele, ele por ele, ele por ela, ela por ela
Beije ele, ela, eles, elas, eles e elas
Ame ele, ela, eles, elas, eles e elas
Transe com ele, ela, eles,elas, eles e elas
Esteja com ele, ela, eles, elas, eles e elas
Seja com ele, ela, eles, elas, eles e elas
Mas acima de tudo contigo!
Viva, Morra, Beije, Ame, Transe, Esteja, Seja você com você por você para você!
Triste fim da morte
A morte entrou na vida trazendo as suas mazelas
Em cada esquina que passava pegava um despercebido
Ela tinha um amigo que se chamava pecado
Um envolvia o despercebido
Enquanto o outro o levava para o buraco
Chegando lá o escravizavam num inferno perdido
Sem esperanças ele chorava por ser mais um despercebido
A morte triunfou e teve os seus dias de glória
O que ela não sabia
É que haviam contado os seus dias de vitória.
Quando a morte viu um homem desconhecido, ela falou!
Lá vai mais um despercebido
Achando que o pecado o havia envolvido
Planejou a morte do desconhecido
E no princípio até pensou ter conseguido
Mas aquele homem não era um despercebido
E pecado não havia cometido.
A morte não pode retê-lo em seu presídio
Ele ressuscitou e tragou a morte em sua vitória
Então morte, onde está agora o teu aguilhão?
Onde está agora, oh inferno a tua vitória?
Graças a Deus que nos dá a vitória
Por nosso Senhor Jesus Cristo
Que venceu a morte e foi para glória.
Independência ou morte!
Ou sorte, se eu tiver direito.
Dói no peito, de um jeito que não tem tamanho.
Sei que sou apenas um diante do rebanho,
Mas preciso ser, antes de qualquer coisa!
Se não tem lugar pra mim,
Enfim, deixo meu adeus.
Aos meus amores, flores!
Cores de despedida, não da vida.
Mas devidas!
Hoje já nem tenho forças mais.
Estou correndo pra ser isso,
E isso não é ser!
Desprazer gigante, boiadeiro sem boi.
Errante e errôneo!
Antes de minha morte
Antes de minha morte
Darei meus últimos abraços
Darei meus últimos beijos
Darei meu último adeus.
Escreverei meus últimos versos
Escreverei minhas últimas poesias
Derramarei minhas últimas lagrimas
Darei meus últimos suspiro na terra.
Farei tudo isso hoje
Por não saber o meu dia
O dia de minha morte.
Autor
Sergio Macedo
Eternidade
Nunca teremos realmente certezas absolutas da vida após a morte. Nossa construção lógico-racional vai digladiar com a fé e esse combate, chamado dúvida, irá permear nossa existência.
A melhor definição de eternidade se chama saudade. É a existência que permanece na mente daqueles que nos amam. É a ausência transformada em presença através das imagens, feitos, exemplos.
Quer viver para sempre? Ame! Ame muito! Não importa as consequências, mesmo que isso muitas vezes possa doer, tu te tornarás saudade!
Opera de nossas almas.
Seres pujantes,
Dominantes de uma expressão,
Tão semi igual que morte a deixou,
Plenamente pelo fardo do destino,
Reviravoltas num caos de minha mente...
Debulho meus sonhos em busca de amor
O que encontro são farpas de solidão...
Sem paz no momento que sempre desatino
Se da de repente por mais um dia...
MEU AVÔ
A morte nos ensina muito. Ver a morte se apossando lentamente de alguém, é um aprendizado sofrido, eu diria. É como se Deus, ou quem quer que seja, escancarasse na nossa frente, a nossa fragilidade perante o mundo, perante tudo. Aprendi muito com meu avô e sua espera da morte. Meu vô Zé, um lindo senhorzinho que se foi a pouco tempo. Aprendi com ele e na verdade, aprendi sobre mim e sobre todos. Por que estamos todos à espera da morte. Estamos todos sentados em cima de uma cama, esperando a morte chegar. O que nos diferencia, é como esperamos esta morte. Por que é certo, é definitivamente certo que ela virá. E nos cobrirá os olhos com seu manto negro. Somos todos mortais. E de uma hora pra outra, ser mortal parece uma afronta.
Risível. Sim, é de rir. É de rir, nos ver afrontados com o divino pela morte. Vê-la nos olhos de outra pessoa e agir com ira e insanidade. Por que? Alguém sempre pergunta. E outro responde: Por que é injusto! Embora, ninguém nos tivesse dito, que seria o contrário.
A morte nos aproxima dos nossos, nos une, nos fragiliza e nos fortalece ao mesmo tempo. Uma grande ironia. De certo isto foi pensado por um ser maior? Por Deus? Quem responderia estas perguntas? Quem poderia nos dizer como e quais caminhos e que ventos nos levam à morte? E quais os motivos? E se devem haver motivos?
Sei que nos olhos de minha família, houve tamanho sofrimento. Muito sofrimento. Por que aquele que gostaríamos de ter conosco, teve que ir. Esta dor transforma. Une. Mesmo que as relações antes, estivessem rompidas, trincadas. A morte, esta vilã, uniu, transformou. Que ironia, isto tudo.
Pra mim, viver é uma grande ironia. E a morte a única certeza.
Morte culpada e inocente!
Morte nunca culpada, mas sempre presente, seja em tragédias ou no curso natural evolutivo da vida. Morreu de que? Pergunta frequente em todas as situações de “morte”, ninguém responde morreu de morte ou a morte matou, sempre existe uma justificada mesmo que inebriada de dor a morte logo e absolvida, morreu pela idade, por alguma doença ou morreu de um acidente, mas morreu de "morte" nunca é dito.
O medo da morte a raiva à sensação de impotência diante dela será certo ou errado ela não mata, mas exerce um papel fundamental nesta enigmática existência que é a vida, a morte em culturas antigas e comparada com um barqueiro que tem a função de transportar as almas.
A morte faz um papel que ninguém gostaria ou quer fazer, um papel necessário de acompanhar as almas, ao contrário do que se diz ou que já foi escrito ela não é o ceifeiro da vida, pois a cada morte existe uma justificativa nunca “morreu de morte morrida”, mesmo que incompreendida a morte é, e sempre será culpada, nunca será inocente.
Como em todo conto sempre existirá um herói e um vilão um não sobrevive sem o outro, a vida só faz sentido pela existência da morte, mesmo que trágico e cruel viver é um ato de ação e reação, de fatos e atos, eterna interpretação e incompreensão, uma viajem com várias paradas no qual o destino final de cada passageiro é a estação de nome morte.
O que se deve saber, que cada ser vivo que existe neste grande mundo tem uma missão e quando sua missão já foi realizada sua alma “espirito” evolui para outro plano, e não somos nós mortais em nossas limitações que iremos questionar o plano do Grande Mestre “Deus” e seu fraterno amor pelos seus filhos.
Já nascemos com passagem comprada para a morte.
Cada dia a mais é um dia a menos.
Depois dos 40 anos percebemos o quanto mais próximos do fim estamos. É só a partir daí é que começamos a considerar a inexorabilidade da morte: Não somos eternos.
Acho que passei a ser uma pessoa melhor a partir dessa consciência. Talvez por isso eu não valorize tanto as coisas materiais e também eu não me obrigue a ter que conviver com pessoas hipócritas e que só maquinam o mal, mesmo sabendo que "elas um dia passarão e eu... passarinho." (diria M. Quintana)
Caminhamos
Lado a lado
Com a onipotente morte –
Simples, pura e real...
Deusa dispersiva, ignorada
E desconhecida por leigos
E doutos capitalistas;
Inobstantemente,
Ovacionamos a vida –
Complexa, falsa e fictícia...
Onde
Um câncer terminal,
Sua fragilidade,
Justifica...
Quem é e onde está o falso e
Perecível criador desta vida?!
"" Fiasco tempo da vida
Um flash no infinito
Maldita morte soberana
Irmana o continuar depois
Assim que se for
Tudo passado, levado pelo tempo
E as pedras do mar?
Quando irão navegar?
Ouro de tolo nas mãos de magnatas
que compram um (belo) caixão
Adornado com fitas de cetim
Marfim,
E dai podridão?
Teu cheiro não é legal
Teu suor ahhh
Inaceitável revolta de querer continuar
Como se o mundo pudesse
Dar marcha ré... ""
A morte de Bento Rodrigues
O que eu posso fazer é um poema,
Já que o meu dilema
Ninguém vai escutar.
A lama lambeu Mariana
E numa atitude insana
Passou também a vomitar.
Ficou tudo dejetado
Que até o meu compadre
Veio a se afogar...
Pobre de Bento Rodrigues
Que morreu soterrado
Na Barragem do Fundão.
O culpado, segundo atestado
Foi um tal de Samarco
Que fazia a exploração...
Agora ficou complicado
Pois até em Espírito Santo
Essa lama chegou.
Tudo foi contaminado
Pelo pior dos pecados
Que é a ganância
Desse povo explorador.
Leandro Flores
BH, 09/11/2015
*Em solidariedade as vítimas no desastre ambiental em Mariana-MG.
A morte do amor
Para que o amor não fique insosso
Não dure somente uma canção
Não passe de uma paixão
Sou capaz de planejar anos e anos em solidão
Multiplicar tudo que for tangível
Segurança à união
Depois, concretar a alma e o coração
Alicerce para uma duradoura relação
Os desatinados não acreditam nisso
Acham que, se existe amor, mora-se até no lixo
Não existe amor que dure
Quando falta o tostão
Dói tanto outros órgãos do corpo
Que se esquece o coração
Morre a afeição.
Deixe morrer
Morte ao que te segura,
Morte à frase bonita na sepultura.
Deixe morrer...
Morte ao falso amor,
Morte para tudo que nos causa dor.
Deixe morrer...
Morte a ele, a ela, a vós.
Morte para todos aqueles que nos deixaram sós.
Deixe morrer...
Para que, finalmente,
você possa
viver.
A MORTE DO RIO DOCE
Lamentavelmente,
o Rio Doce
não será mais
aquele rio fértil
que saciava
a sede
de muita gente
e das plantações ....
Foi mutilado,
estuprado,
atrozmente
infectado...
Por muitos anos
em suas águas
se ouvirá
o lamento
sombrio
dos seres vivos
que o tinham
como fonte
de sobrevivência ...
Suas águas,
lágrimas
amargas,
sofridas,
estéreis,
sem vida...
mel - ((*_*))
14/11/15
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