Textos que Falem eu Nao Vivo sem Voce
Diz que não se importa, que superou as perdas e que as conversas diárias do passado já não fazem a menor falta. Mas todos os dias depois de acordar se apega às crises de orgulho e deseja que um raio parta a todos aqueles que lhe ofenderam sem pensar. Quanta indecisão, a noite chega e você se pergunta a razão de estar tão só, tão solitário, mas eu te dou uma boa razão: ignoramos tanto alguém, que acabamos falando com nosso próprio desprezo.
É foda achar alguém que não troque de alguém tão fácil, que perdoe, espere, aguente, mesmo sem saber no que as coisas irão dar. É foda encontrar alguém que ame, não finja, respeite e não tenha medo de se doar. É foda, admitir que falta algo que some, que viva, que não tenha a menor intenção de lhe machucar. É foda, se sentir tão vazio, sem lugar nenhum para se encaixar.
Sentir a falta de alguém é horrível, dói e não é pouco. Em determinado momento, sua alma se sente letárgica, praticamente adormecida pelo peso do abandono. Em seguida, quase explode ansiando por algo a mais, um sustento, uma liberdade, um sinal qualquer capaz de demonstrar vida. E sim, você permanece de pé, vivenciando essa descrença vergonhosa, sabendo que algo se foi e que agora, não volta mais.
Cuidado, as pessoas respeitam o que lhes parece convincente até quando não precisarem mais. Pensamos que somos a torre principal do castelo, mas nunca sabemos o que se passa na imaginação de alguém. Quando menos esperamos, as pessoas vestem as máscaras de lobo e implodem o edifício da confiança, sem dó nem piedade.
Quando pensamos em pessoas, cada uma irá agir de uma forma única e especial, talvez egoísta. Não existem tradutores para expressar as diferenças existenciais. O inferno de alguém pode ser apenas o pedaço do céu em outra pessoa, nunca se sabe. E claro, nesses becos da alma nem nós nos entendemos por completo. Mas o que custaria alguém chegar e arrumar um pouco da nossa bagunça?
Depois de um tempo é praticamente impossível não conviver com si mesmo. O espelho do seu quarto reflete uma prisão da qual você não pode fugir, apenas admirar. Seus olhos tornam-se respostas confusas, com certezas praticamente abstratas. É inegável deixar de lado o pouco que te faz feliz, aprendendo que o pouco na verdade, pode não ser tão suficiente assim. E claro, você sente falta de algo, num sentimento âmago que se arrasta pelo insuportável, desejando os lábios de alguém.
A perfeição é inatingível. Então, por favor, deixe-me viver na imperfeição. Não tente me mostrar que a vida é perfeita, pois nem mesmo a criatividade é linear. Faça algo por muito tempo, e você retornará de onde começou. O mundo é assim, ele não é plano e o seu ciclo vicioso de buscar certezas não existe. Somos artistas natos até começar a retratar nosso viver com amor, com paz, com pequenos gestos. Mas em determinado momento a tinta acaba e as inspirações tornam-se passageiras. Então, você percebe que a vida só pode ser bela quando você perde tudo. Antes disso, você sequer se importava com os talentos que possuía.
Chorar de verdade não significa estar triste. Às vezes, apenas estamos felizes sem saber como dizer ou demonstrar isso. Batemos tanto no edifício da negação, que acabamos criando miragens onde não existem desertos. Em desacordo, sorrir não tem nada a ver com a felicidade. É possível estar aos cacos por dentro, permanecendo extasiado por fora.
A vida é uma nebulosa de dúvidas onde pouco se vê e pouco se entende. Não adianta desdobrar um roteiro para ler o seu futuro, não adianta revirar uma gaveta com a intenção de ressuscitar o seu passado. Certas portas não possuem uma chave e às vezes, viver de cacos e rabiscos pode ser a melhor das fugas.
Tenho desistido de muitas coisas, mas não de mim mesmo. Sei o que não vale a pena, o que não me completa. E se continuo indo a algum lugar é porque restaram alguns sonhos. Ninguém vive só de pessoas e reciprocidade, elas se vão e amor enche de erva daninha. Não é uma dor física, é algo que rasga a alma e rabisca o papel. Simples assim, as palavras saem como um tiro de canhão, não desejam mais nada, apenas vitalidade. Amor próprio é aquele que você encontra quando tenta carregar um peso vazio, um peso que nem sempre condiz com a sua tristeza.
Sei que é errado. Estou esperando um amanhã, uma pessoa certa, um dia que pode não chegar. Talvez um dia eu esteja com 50 anos, sem amor, sem ninguém, aguardando pétalas caírem do teto por tentativas que nunca fiz. Não haverá uma família para relembrar de mim ou alguém para sussurrar meu nome. E tempo não volta, muito menos arrependimento pra corrigir algo.
Minha vida está no silêncio. Não tenho problema algum em falar com pessoas ou ouvir músicas com letras agitadas, mas eu sei que em determinado momento a faixa perde a graça e a humanidade torna-se um grande poço de chatice. Quero estar só, sem ninguém para me perturbar. O sol só se esconde de verdade quando eu o transformo numa sombra.
Não dá para saber se o mundo é um réquiem ou uma parte do inferno. Nós temos lugares agradáveis, mas nem sempre possuímos ótimos amigos. Como saber se às vezes não somos apenas um tijolo no muro sustentando um ego vazio? Por trás do sorriso das pessoas, sempre existe algo frio que não condiz com aquilo que pensam sobre nós. Sempre há alguém pintando uma parede com todo o ódio possível, nunca se achando bom o suficiente para continuar. Sempre existe alguém se remoendo no chapisco de um muro, procurando vida entre os cacos que cortaram durante um dia inteiro. Sempre há alguém procurando uma pessoa perfeita, encontrando-se numa milha milagrosa de ilusão. O chão do seu quarto torna-se um abismo, transgredindo sua falta de vida e a atenção que ninguém soube te dar. Atenção que não se implora, mas que se abre no peito igual uma ferida acesa pelo tempo. Todos nós queremos ser algo para alguém, sem sequer dizer ou demonstrar isso. E depois de tanto suportar, mudar, chorar, rir, gritar ou sufocar, você entende que precisa se amar enquanto é possível. Entende que falar sobre desconfianças gera apenas mais dúvidas e que não se apegar é a melhor forma de sobreviver. Tudo que é demais pesa e agir de menos não leva a lugar nenhum. Quando tudo passa, percebemos que era inútil se preocupar tanto por algo banal. Afinal, você estava chegando ao fundo do poço sem saber que sempre existe mais um palmo para se afundar.
A folha de papel insistia em ficar vazia, não existiam palavras para descrever o irretratável. Pior era com a vida, tudo fragmentado, indeciso, um novo dia que precisava ser consolado ou sentido. Era quase uma certeza, procurar por alguém, entender por alguém. Mas não era o suficiente, o mosaico era eu e as cinco mil peças de dúvidas eram minhas. Queria que estivesse aqui, mesmo não estando. E isso nem é algo tão bom assim. Vivo do indizível, do inimaginável, insistindo em bater na mesma porta que não se abre nunca.
Não despeje dor em quem não se importa, por mais que isso pareça inexplicável. Todos carregam essas poças de medo onde pisam e acabam afundando na própria desgraça. Seus bons olhos podem compartilhar a felicidade, mas por que não devem compartilhar a tristeza? Cuidado ao se afogar sozinho, tudo que é guardado para si apodrece com o tempo. Explique-se com calma, sem chutes nem socos. É inegável que certas coisas doem pra caramba, mas sempre existe alguém disposto a desatar parte dos nós existenciais, jogando os cacos de agonia cortantes na lixeira.
Somente quem se decepcionou sabe que a verdade não é apenas um drama, mas um tiro de calibre .12 que atravessou o peito deixando marcas irreversíveis. Pior ainda é quando a pessoa procura diante da vida os estilhaços de ilusão. Lá contém todo tipo de porcaria: solidão, autoestima baixa, angústia e negação. E é a partir desses cacos que ela tenta encaixar os pedaços e regenerar o que sobrou.
Aos poucos o tempo vai acalmando as tempestades e curando as cicatrizes, deixando para lá quem não te acrescenta nada mais. Com o passar dos anos a noite se torna o novo dia e você aprende que a existência não se mede em relógios, mas com quanta coragem fomos capazes de entregar nossa vida a alguém. Amor é assim, você entrega seu coração, seu ombro amigo e alguns abraços em troca de algo, mas algo que nem mesmo os julgamentos e as expectativas poderiam prever. E aí meu amigo, você chegou num beco quase sem saída. Aquilo que parecia ser eterno não dura e quem parecia ser o nosso mundo se torna um fim de nada. Aprenda a deixar ir, não precisa esquecer, apenas saiba que quando decidem nos amar, talvez seja tarde demais. Quando precisam de nós, talvez não estejamos disponíveis para se doar. Quando resolvem nos entender, talvez não existam motivos para continuar. E desta forma, a vida mostra seu jeito estranho de ser, provando que quando falam com nós, talvez não sejamos capazes de ouvir. É aquela velha história onde aqui se faz e aqui se paga, e que nenhum piscar de olhos devolve um sorriso que se transformou numa decepção.
Sempre existirá um fim, uma triste regra que não irá mudar a lógica da vida. Só que ficar nesse vai e vem, nessa agonia e nessa indecisão não faz o meu tipo. Basta bagunçar ainda mais, porque apesar de existirem poucas razões para prosseguir, ao prosseguir, encontramos coisas para aproveitar. As pedras que alguém atirou, as palavras que alguém disse e as oportunidades que tantos outros perderam são verdadeiras lições de como aprender a ser uma pessoa melhor. É isso que nos torna humanos.
Se existe algo que os erros não podem esconder é o inevitável. Por menor que seja, a luz estará sempre um passo atrás de você. Fugir do que os outros podem ou não gostar é como julgar a si mesmo. Esconde-se o que é verdadeiro, para demonstrar o dolorido cicatrizado no peito. Uma hora ou outra, o futuro que desconhecemos nos obrigará a reviver os mesmos defeitos sem um dia sequer sonhar, sequer vencer.
As pessoas pensam dominar as outras de um jeito completamente inusitado. Pluralidade não é o meu forte, a minha vida sempre foi uma caixa selada por medo. Quanto menos as pessoas souberem o que eu faço, menor a probabilidade delas me derrubarem. Caio e me levanto com meus problemas, procuro ver se existe alguma graça em continuar. Sei que me aprisiono em minha mente, embora viajo para além dos portões densos da solidão. Abro-os perante minha própria vontade e dou o comando, fecho-os se achar necessário. Sua presença é bem vinda, embora esses apegos quase gritam adeus. Não é como uma simples saudade. Primeiro vou abrir todas as janelas e depois as portas. Vou deixá-la entrar, e então espero que você não derrube todas as paredes e arranque o telhado como um tornado. Essas tempestades que me provam até onde caímos e quebramos dentro de nós mesmos. O abismo não é real, mas somente alguém que me toque profundamente irá saber a imensidão dos penhascos que eu carrego. É inviável jogar as pedras e a ironia sobre as minhas costas, talvez elas rolem e te acertem no meio do caminho. Culpar alguém somente o fará responsável por algo que você não pode lidar.
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